sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

D. JOÃO II - O PRINCIPE PERFEITO

João II de PortugalOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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D. João II
Monarca de Portugal

Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África (1481-1485)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, e Senhor da Guiné (1485-1495)

Ordem: 13.º monarca de Portugal
Cognome(s): O Príncipe Perfeito
Início do reinado: 29 de Agosto de 1481
Término do reinado: 25 de Outubro de 1495
Aclamação: Sintra,
31 de Agosto de 1481
Predecessor(a): D. Afonso V
Sucessor(a): D. Manuel I
Pai: D. Afonso V,
Mãe: D. Isabel
Data de nascimento: 3 de Maio de 1455
Local de nascimento: Lisboa
Data de falecimento: 25 de Outubro de 1495
Local de falecimento: Alvor
Local de enterro: Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha
Consorte(s): D. Leonor, Infanta de Portugal
Príncipe herdeiro: Príncipe D. Afonso (filho)
D. Manuel, Duque de Beja (primo)
Dinastia: Avis
D. João II de Portugal (Lisboa, 3 de Maio de 1455 – Alvor, 25 de Outubro de 1495) foi o décimo-terceiro Rei de Portugal, cognominado O Príncipe Perfeito pela forma como exerceu o poder. Filho do rei Afonso V de Portugal, acompanhou o seu pai nas campanhas em África e foi armado cavaleiro na tomada de Arzila. Enquanto D. Afonso V enfrentava os castelhanos, o príncipe assumiu a direcção da expansão marítima portuguesa iniciada pelo seu tio-avô Infante D. Henrique.

D. João II de Portugal sucedeu ao seu pai após a sua abdicação em 1477, mas só ascendeu ao trono após a sua morte, em 1481. Concentrou então o poder em si, retirando-o à aristocracia. Nas conspirações que se seguiram suprimiu o poder da casa de Bragança e apunhalou pelas suas próprias mãos o seu primo Diogo, Duque de Viseu. Governando desde então sem oposição, João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica, dando prioridade à busca de um caminho marítimo para a Índia. Após ordenar as viagens de Bartolomeu Dias e de Pêro da Covilhã, foi D.João II que delineou o projecto da primeira viagem.

O seu único herdeiro, o príncipe Afonso de Portugal estava prometido desde a infância a Isabel de Aragão e Castela, ameaçando herdar os tronos de Castela e Aragão. Contudo o jovem príncipe morreu numa misteriosa queda em 1491 e durante o resto da sua vida D. João II tentou, sem sucesso, obter a legitimação do seu filho bastardo Jorge de Lancastre. Em 1494, na sequência da viagem de Cristóvão Colombo, que recusara, D. João II negociou o Tratado de Tordesilhas com os reis católicos. Morreu no ano seguinte sem herdeiros legítimos, tendo escolhido para sucessor o duque de Beja, seu primo direito e cunhado, que viria a ascender ao trono como D. Manuel I de Portugal.

Índice [esconder]
1 Antes do trono
2 A época das conspirações e da morte dos conspiradores
3 A exploração marítima
4 O problema da descendência
5 Descendência
6 Notas
7 Ver também
8 Ligações externas

[editar] Antes do tronoD. João II de Portugal nasceu no Paço das Alcáçovas, no Castelo de São Jorge. Era filho do rei Afonso V de Portugal e de Isabel de Coimbra, princesa de Portugal. João II sucedeu ao seu pai após a sua abdicação, em 1477; no entanto, Afonso V retornou e logo D. João lhe devolveu o poder, e só se tornou de novo rei após a sua morte em 1481. Como príncipe, João II acompanhou o seu pai nas campanhas em África e foi armado cavaleiro por Afonso V, depois da tomada de Arzila a 21 de Agosto de 1471, junto ao corpo do conde de Marialva, perecido nessa batalha. No início desse ano, a 22 de Janeiro, em Setúbal, desposou Leonor de Viseu, princesa de Portugal e sua prima direita, filha do infante D. Fernando. Fruto desta união, nasce em 1475 o infante D. Afonso.

Em 1474 assumiu a direcção da política da expansão enquanto D. Afonso V travava luta com os castelhanos e, a 25 de Abril do ano seguinte, assumiu a regência do reino que, por ir socorrer o pai a Espanha, passara para o encargo de D. Leonor. Participou, a 2 de Março, na batalha de Toro.

[editar] A época das conspirações e da morte dos conspiradoresDesde jovem que João não era popular junto dos pares do reino, visto que parecia ser imune a influência externa e desprezava a intriga. Os nobres poderosos, nomeadamente Fernando II, duque de Bragança, tinham medo da sua governação e, assim que ganhou as rédeas do país, João provou que tinham razão para isso.

Depois da sua ascensão ao trono, o monarca tomou uma série de medidas com vista a retirar poder à aristocracia e a concentrá-lo em si próprio. Imediatamente, começaram as conspirações mas inicialmente o rei adoptou uma posição de mero observador. Cartas de reclamação e pedidos de intervenção foram trocadas entre o duque de Bragança e os Reis católicos de Espanha. O escrivão de sua Fazenda em Vila Viçosa e um mensageiro, entregaram ao rei correspondência comprometedora com os Reis Católicos em 1483. Foi o próprio monarca quem prendeu o duque de Bragança, ao fim de uma conversa a sós, em Évora. Foi julgado ao longo de 22 dias, em uma sala revestida de tapetes, à volta de uma mesa onde se encontravam 21 juízes, fidalgos e cavaleiros, com o rei sentado no topo e, em algumas sessões, com o réu a seu lado. A votação, iniciada com um discurso do monarca, consumiu dois dias e terminou com a condenação do duque à morte. No dia seguinte, 20 de junho de 1483, D. Fernando foi degolado na praça de Évora, diante do povo. O episódio é narrado pelos cronistas Garcia de Resende e Rui de Pina.[1]

No ano seguinte, o duque de Viseu, D. Diogo, primo e cunhado de João II (irmão da rainha D. Leonor), concebeu um plano para apunhalar o soberano na praia, em Setúbal. Um dos envolvidos avisou o monarca, que decidiu viajar por terra, inviabilizando o plano dos conspiradores. Mandou então chamar ao palácio o duque e apunhalou-o pessoalmente. Depois de eliminar o cunhado, o rei enviou dois emissários à mãe do duque, comunicando o ocorrido. Chamou ainda um irmão do falecido, D. Manuel, e explicou-lhe que tinha esfaqueado o duque porque ele "o quisera matar", prometendo-lhe que, se o príncipe D. Afonso viesse a falecer, e não tivesse mais nenhum filho legítimo, ficaria D. Manuel como herdeiro de todos os seus reinos e senhorios.[2]

Na sequência, mais de 80 pessoas foram perseguidas por suspeita de envolvimento nesta conspiração. Outras foram executadas, assassinadas ou exiladas para Castela, incluindo o bispo de Évora, D. Garcia de Meneses, envenenado na prisão. Diz a tradição que João II comentou, em relação à limpeza no país: eu sou o senhor dos senhores, não o servo dos servos.

Depois destes eventos, mais ninguém em Portugal ousou desafiar ou conspirar contra o rei, que não hesitava em fazer justiça pelas suas próprias mãos. João II podia agora governar o país sem que ninguém se lhe opusesse.

[editar] A exploração marítimaPouco depois de subir ao trono, em 1482, D. João II centralizou na coroa a exploração e comércio na costa da Mina e Golfo da Guiné, determinando a construção de uma feitoria para apoiar o florescente comércio do ouro de aluvião na região. Sob o comando de Diogo de Azambuja foi rapidamente construído o "Castelo de São Jorge da Mina"[3] com pedra previamente talhada e numerada em Portugal, enviada como lastro nos navios, sistema de construção depois adoptado para numerosas fortificações.

João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica iniciada pelo seu tio-avô Henrique. Os descobrimentos portugueses serão a sua prioridade governamental, bem como a busca do caminho marítimo para a Índia. Durante o seu reinado conseguiram-se os seguintes feitos:

1484 – Diogo Cão descobre a foz do Rio Congo e explora a costa da Namíbia
1488 – Bartolomeu Dias cruza o Cabo da Boa Esperança, tornando-se no primeiro europeu a navegar no Oceano Índico vindo de oeste
1493 – Álvaro de Caminha inicia a colonização das ilhas de São Tomé e Príncipe, sendo a ilha do Príncipe baptizada em homenagem ao único filho e herdeiro do rei, Afonso, Príncipe de Portugal (1475).
São enviadas expedições por terra lideradas por Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva ao Cairo, Adém, Ormuz, Sofala e Abissínia, a terra do lendário Preste João, donde enviam relatórios sobre essas paragens, ficando D. João II com a certeza de poder atingir a Índia por mar.
1493- 1494 – João II contesta a Bula Inter Coetera e negoceia um tratado directamente com os Reis Católicos: o Tratado de Tordesilhas.
1495 – Delineou a primeira viagem no caminho marítimo para a Índia. O comando foi inicialmente atribuído a Estevão da Gama. Contudo, dada a morte de ambos, foi delegado em 1497 pelo novo rei D. Manuel I de Portugal ao filho, Vasco da Gama.
A totalidade das descobertas portuguesas do reinado de João II permanece desconhecida. Muita informação foi mantida em segredo por razões políticas e os arquivos do período foram destruídos no Terramoto de 1755. Os historiadores ainda discutem a sua verdadeira extensão, suspeitando que navegadores portugueses chegaram à América antes de Cristóvão Colombo. Para suportar esta hipótese são citados com frequência os cálculos mais precisos que os portugueses tinham do diâmetro da Terra. No fim do século XV, havia em Portugal uma escola de navegação, cartografia e matemática há mais de oitenta anos, onde os cientistas mais talentosos se dedicavam à investigação. Enquanto Colombo acreditava poder chegar à Índia seguindo para oeste, é provável que João II já soubesse da existência de um continente no meio. As viagens do misterioso capitão Duarte Pacheco Pereira, para oeste de Cabo Verde foram possivelmente mais importantes do que as interpretações tradicionais supõem. Portanto, quando Colombo pediu apoio para a sua viagem, João II recusou. Colombo, capitão sem experiência atlântica, partia de uma suposição que o rei sabia estar errada. Decidido a chegar à Índia pelo ocidente, contornando África, não havia razão para subsidiar a expedição. Em 1492, ao serviço dos reis de Castela e Aragão, Colombo descobriu oficialmente a América. Até à sua morte, esteve convencido que havia chegado à Índia. Este evento iniciou entre Portugal e Castela uma série de disputas sobre o domínio dos mares. Foi esta rivalidade que levou à assinatura do Tratado de Tordesilhas a 7 de Junho de 1494. O tratado definia o semi-meridiano de Tordesilhas e estipulava que as terras a este desta linha seriam possessões portuguesas, enquanto que a outra metade do mundo seria espanhola.

[editar] O problema da descendênciaRealeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência

João I[Expandir]
Filhos
Infante Duarte (futuro Duarte I)
Infante Pedro, Duque de Coimbra
Henrique, o Navegador (Infante Henrique, Duque de Viseu)
Infanta Isabel, Duquesa da Borgonha
Infante João, Senhor de Reguengos
Infante Fernando, o Infante Santo
Afonso, Duque de Bragança (ilegítimo)
Beatriz, Condessa de Arundel (ilegítima)
Netos
Infanta Isabel de Avis, Rainha de Portugal

Duarte I[Expandir]
Filhos
Afonso, Príncipe de Portugal (futuro Afonso V)
Infante Fernando, Duque de Viseu
Infanta Leonor, Sacra Imperatriz Romana
Infanta Catarina
Infanta Joana, Rainha de Castela
Netos
Infante Manuel, Duque de Beja (futuro Manuel I)
Infanta Leonor de Avis, Rainha de Portugal
Bisnetos
Jaime, Duque de Bragança e Príncipe de Portugal

Afonso V[Expandir]
Filhos
João, Príncipe de Portugal
Santa Joana, Princesa de Portugal
João, Príncipe de Portugal (futuro João II)

João II[Expandir]
Filhos
Afonso, Príncipe de Portugal
Jorge, Duque de Coimbra (ilegítimo)

Manuel I[Expandir]
Filhos
Miguel da Paz, Príncipe de Portugal e das Astúrias
João, Príncipe de Portugal (futuro João III)
Infanta Isabel, Imperatriz do Sacro-Império Romano-Germânico
Infanta Beatriz, Duquesa de Sabóia
Infante Luís, Duque de Beja
Infante Fernando, Duque da Guarda e de Trancoso
Cardeal-Infante Afonso
Cardeal-Infante Henrique (futuro Henrique I)
Infante Duarte, Duque de Guimarães
Infanta Maria, Duquesa de Viseu
Netos
Filipe II de Espanha (futuro Filipe I de Portugal)
António, Prior do Crato (ilegítimo)
Infanta Maria de Guimarães, Duquesa de Parma e Piacenza
Infanta Catarina de Guimarães, Duquesa de Bragança
Bisnetos
Teodósio II, Duque de Bragança
Ranuccio I Farnese de Parma
Trinetos
João II, Duque de Bragança (futuro João IV de Portugal)

João III[Expandir]
Filhos
Maria Manuela, Princesa de Portugal e das Astúrias
João Manuel, Príncipe de Portugal
Netos
Sebastião, Príncipe de Portugal (futuro Sebastião I)
Carlos, Príncipe das Astúrias

Sebastião I[Esconder]
Henrique I[Esconder]
Mas a divisão do mundo não era o único assunto pendente entre os reinos ibéricos. Os reis católicos tinham várias filhas, mas apenas um filho, Juan, de saúde frágil. A filha mais velha, Isabel, era casada com o príncipe Afonso de Portugal desde a infância. Se Juan morresse sem deixar herdeiros, o mais provável seria Afonso, único filho de João II, tornar-se rei não só de Portugal, mas também de Castela e Aragão. Esta ameaça à coroa espanhola era bem real: Fernando de Aragão e Isabel I de Castela tentaram todas as vias diplomáticas para dissolver o casamento, sem qualquer sucesso. Finalmente, em 1491, o príncipe Afonso morre em consequência de uma misteriosa queda de cavalo durante um passeio à beira do rio Tejo. A ligação dos reis católicos ao acidente nunca foi provada, mas eram eles quem mais tinha a ganhar.

Durante o resto da sua vida, João II tentou, sem sucesso, obter a legitimação do seu filho bastardo, Jorge. D. Jorge, Duque de Coimbra, era fruto da relação adúltera do rei com D. Ana Furtado de Mendonça, filha de um fidalgo da corte e dama de honor da princesa D. Joana, a Beltraneja.

João II morreu em 1495, sem herdeiros legítimos. Dado o ódio que a nobreza portuguesa sempre lhe teve, a hipótese de envenenamento por um copo de água que tomou não é de excluir. Antes de morrer, João II escolheu Manuel de Viseu, duque de Beja, seu primo direito e cunhado (era irmão da rainha Leonor) para sucessor.

A rainha Isabel, a Católica, de Castela, por ocasião da sua morte, terá afirmado «Murió el Hombre!», referindo-se ao monarca português como o Homem por antonomásia, devido às posições de força que assumira durante o seu reinado.

Foi-lhe atribuído o cognome o Príncipe Perfeito pois foi graças às medidas por ele implantadas que emergiu triunfante o valor da sua obra, ou seja, a época de ouro de Portugal.

Jaz no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

[editar] DescendênciaDe sua mulher, D. Leonor de Viseu, princesa de Portugal (1458-1525):
rapaz, morto à nascença
Afonso, Príncipe de Portugal (1475-1491)
De Ana de Mendonça (Moita, Alhos Vedros, c. 1460):
D. Jorge de Lancastre, 2º Duque de Coimbra (1481)
De Brites Anes de Santarém, a Boa Dona, c. 1460, filha de Álvaro Anes de Santarém:
D. Brites Anes de Santarém, c. 1485, casada com Amador Baracho Correia, com descendência.[4][5]
Notas↑ CASTRO, Pedro Jorge. "Sexo, Traição, Violência - e mais Sexo". Sábado, nº 355 - 17 a 23 de fevereiro de 2011, p. 44.
↑ Anos mais tarde, o príncipe herdeiro D. Afonso sofreu uma queda de um cavalo e faleceu. O monarca tentou que o Papa aceitasse como seu sucessor o seu filho bastardo, D. Jorge, sem sucesso graças a diligências da rainha junto aos Reis Católicos e às famílias nobres. D. Leonor vingou assim a morte do irmão e do cunhado. CASTRO, Pedro Jorge. "Sexo, Traição, Violência - e mais Sexo". Sábado, nº 355 - 17 a 23 de fevereiro de 2011, p. 45.
↑ Castelo de Elmina. Governo de Gana.
↑ Manuel José da Costa Felgueiras Gaio, "Nobiliário de Famílias de Portugal", Vol. I, p. 350 (Amados)
↑ Direcção de Gonçalo de Mesquita da Silveira de Vasconcelos e Sousa, "Genealogia & Heráldica", Universidade Moderna, Porto, 1999, Nº 3, p. 63
[editar] Ver tambémÁrvore genealógica dos reis de Portugal
Isaac Abravanel, caiu em desgraça no reinado de D. João II
[editar] Ligações externasO Wikisource contém fontes primárias relacionadas com este artigo: D. João Infante de PortugalD. João II
Precedido por
D. Joana
Príncipe herdeiro de Portugal
1455-1481 Sucedido por
D. Afonso
Precedido por
Afonso V
Rei de Portugal e dos Algarves
daquém e dalém-mar em África
1477; 1481 - 1495 Sucedido por
Manuel I
[Expandir] Ancestrais de João II de Portugal


8. João I de Portugal



4. Duarte I de Portugal



9. Filipa de Lencastre



2. Afonso V de Portugal



10. Fernando I de Aragão



5. Leonor de Aragão



11. Leonor, Condessa de Alburquerque



1. João II de Portugal



12. João I de Portugal



6. Pedro, Infante de Portugal



13. Filipa de Lencastre



3. Isabel de Coimbra



14. Jaime II, Conde de Urgel



7. Isabel de Aragão



15. Isabel de Aragão (1380-1424)





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