sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

D. DUARTE - O ELOQUENTE

Duarte I de PortugalOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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D. Duarte I
Monarca de Portugal

Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor de Ceuta

Ordem: 11.º monarca de Portugal
Cognome(s): O Eloquente, O Rei-Filósofo
Início do reinado: 14 de Agosto de 1433
Término do reinado: 9 de Setembro de 1438
Aclamação: Leiria, 1433
Predecessor(a): D. João I
Sucessor(a): D. Afonso V
Pai: D. João I
Mãe: D. Filipa de Lencastre
Data de nascimento: 31 de Outubro de 1391
Local de nascimento: Viseu
Data de falecimento: 9 de setembro de 1438 (46 anos)
Local de falecimento: Tomar
Local de enterro: Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha
Consorte(s): D. Leonor, Infanta de Aragão
Príncipe herdeiro: Infante D. Afonso (filho)
Dinastia: Avis
D. Duarte I de Portugal (Viseu, 31 de Outubro de 1391 – Tomar, 9 de Setembro de 1438) foi o décimo-primeiro Rei de Portugal, cognominado o Eloquente ou o Rei-Filósofo pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu. Filho de D. João I de Portugal e D. Filipa de Lencastre, desde cedo foi preparado para reinar como primogénito da ínclita geração. Em 1433 sucedeu a seu pai. Num curto reinado de cinco anos deu continuidade à política exploração marítima e de conquistas em África. O seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, de onde dirigiu as primeiras navegações e, em 1434, Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador. Numa campanha mal sucedida a Tânger o seu irmão D. Fernando foi capturado e morreu em cativeiro. D. Duarte interessou-se pela cultura e escreveu várias obras, como o Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela. Preparava uma revisão da legislação portuguesa quando morreu, vitimado pela peste.

Índice [esconder]
1 Reinado
2 Obra
3 Descendência
4 Bibliografia
5 Ver também
6 Ligações externas

[editar] ReinadoD. Duarte recebeu o seu nome em homenagem ao avô de sua mãe, o rei Eduardo III da Inglaterra. Desde muito jovem, D. Duarte acompanhou o seu pai nos assuntos do reino, sendo portanto um herdeiro preparado para reinar; em 1412 foi formalmente associado à governação pelo pai, tornando-se seu braço direito.


Estátua de D. Duarte em ViseuAo contrário de D. João I, D. Duarte foi um monarca preocupado em gerar consenso e ao longo do curto reinado de cinco anos convocou as Cortes cerca de cinco vezes, para discutir assuntos de estado. Várias vezes as Cortes tinham pedido a D. João I a organização de uma colectânea em que se coordenasse e actualizasse o direito (lei) vigente, para a boa fé e fácil administração na justiça. Para levar a cabo essa obra D. Duarte designou o doutor Rui Fernandes, que concluiu o trabalho após a sua morte em 1446, e que revisto por ordem do infante D. Pedro resultou nas chamadas Ordenações Afonsinas.

D. Duarte deu continuidade à política de incentivo à exploração marítima e de conquistas em África. Durante o seu reinado, o seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, a partir de onde dirigiu as navegações: assim, em 1434 Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador, um ponto lendário da época, cuja travessia causava terror aos marinheiros; daí avançou-se para Angra dos Ruivos em 1435, e Afonso Gonçalves Baldaia atingiu o Rio do Ouro e Pedra da Galé em 1436.

Em 1437, os seus irmãos Henrique e Fernando convenceram-no a lançar um ataque a Marrocos, de forma a consolidar a presença portuguesa no norte de África, que se pretendia uma base para a exploração do Oceano Atlântico. A ideia não foi consensual: D. Pedro, Duque de Coimbra e D. João, Infante de Portugal estavam contra a iniciativa de atacar directamente o rei de Marrocos.

A campanha foi mal sucedida e a cidade de Tânger não foi conquistada,custando a derrota grandes perdas em batalha. O próprio príncipe Fernando foi capturado e morreu em cativeiro, por recusar-se a ser libertado em troca da devolução de Ceuta, o que lhe valeu o cognome de "Infante Santo". O próprio D. Duarte morreu pouco tempo depois de peste.

Fora da esfera política, Duarte foi um homem interessado em cultura e conhecimento. Escreveu vários livros de poesia e prosa. Destes últimos destaca-se o Leal Conselheiro (um ensaio sobre variados temas onde a moral e religião têm especial enfoque) e a Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela (em forma de manual para cavaleiros). Estava a preparar uma revisão do código civil português quando a doença o vitimou.

Jaz nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

[editar] Obra-O Leal Conselheiro, obra moral, aderençado a sua mulher, Leonor de Aragão.

-Aínda compuso um livro de Regimento pera os que custumarem andar a cavallo o Bem Cavalgar. (Ruy de Pina, Cronica d'el-rei dom Duarte, capitulo iii).

[editar] DescendênciaDa sua esposa, a infanta Leonor de Aragão (1402-1455), teve nove filhos. A rainha tornar-se-ia regente do reino até Afonso V atingir a maioridade, o que gerou controvérsia no reino, pois a opinião pública considerava os infantes D. Pedro, D. Henrique e D. João mais capazes para a regência.

D. Leonor manteve-se regente até 1440, assinando os atos régios como «a triste rainha», e nesse ano foi substituída pelo Infante D. Pedro e afastada da corte. Exilou-se em Espanha e morreu em Toledo. Deste casamento nasceram:

D. João de Portugal (1429-1433), morreu jovem
D. Filipa de Portugal (1428-1439), morreu em idade de onze annos de pestenença em Lisboa (Ruy de Pina, cap. XLIV).
D. Afonso V de Portugal (1432-1481), sucessor do pai no trono português
D. Maria de Portugal (nascida e morta em 1432)
D. Fernando de Portugal, Duque de Viseu (1433-1470), pai do rei D. Manuel I de Portugal
D. Leonor de Portugal (1434-1467), casou com Frederico III, Sacro Imperador Romano-Germânico
D. Duarte de Portugal (nascido e morto em 1435)
Realeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência

João I[Expandir]
Filhos
Infante Duarte (futuro Duarte I)
Infante Pedro, Duque de Coimbra
Henrique, o Navegador (Infante Henrique, Duque de Viseu)
Infanta Isabel, Duquesa da Borgonha
Infante João, Senhor de Reguengos
Infante Fernando, o Infante Santo
Afonso, Duque de Bragança (ilegítimo)
Beatriz, Condessa de Arundel (ilegítima)
Netos
Infanta Isabel de Avis, Rainha de Portugal

Duarte I[Expandir]
Filhos
Afonso, Príncipe de Portugal (futuro Afonso V)
Infante Fernando, Duque de Viseu
Infanta Leonor, Sacra Imperatriz Romana
Infanta Catarina
Infanta Joana, Rainha de Castela
Netos
Infante Manuel, Duque de Beja (futuro Manuel I)
Infanta Leonor de Avis, Rainha de Portugal
Bisnetos
Jaime, Duque de Bragança e Príncipe de Portugal

Afonso V[Expandir]
Filhos
João, Príncipe de Portugal
Santa Joana, Princesa de Portugal
João, Príncipe de Portugal (futuro João II)

João II[Expandir]
Filhos
Afonso, Príncipe de Portugal
Jorge, Duque de Coimbra (ilegítimo)

Manuel I[Expandir]
Filhos
Miguel da Paz, Príncipe de Portugal e das Astúrias
João, Príncipe de Portugal (futuro João III)
Infanta Isabel, Imperatriz do Sacro-Império Romano-Germânico
Infanta Beatriz, Duquesa de Sabóia
Infante Luís, Duque de Beja
Infante Fernando, Duque da Guarda e de Trancoso
Cardeal-Infante Afonso
Cardeal-Infante Henrique (futuro Henrique I)
Infante Duarte, Duque de Guimarães
Infanta Maria, Duquesa de Viseu
Netos
Filipe II de Espanha (futuro Filipe I de Portugal)
António, Prior do Crato (ilegítimo)
Infanta Maria de Guimarães, Duquesa de Parma e Piacenza
Infanta Catarina de Guimarães, Duquesa de Bragança
Bisnetos
Teodósio II, Duque de Bragança
Ranuccio I Farnese de Parma
Trinetos
João II, Duque de Bragança (futuro João IV de Portugal)

João III[Expandir]
Filhos
Maria Manuela, Princesa de Portugal e das Astúrias
João Manuel, Príncipe de Portugal
Netos
Sebastião, Príncipe de Portugal (futuro Sebastião I)
Carlos, Príncipe das Astúrias

Sebastião I[Esconder]
Henrique I[Esconder]
D. Catarina de Portugal (1436-1463)
D. Joana de Portugal (1439-1475), casou com o rei Henrique IV de Castela e foi mãe de Joana a Beltraneja ou a Excelente Senhora
D. Duarte teve ainda um filho natural de uma união anterior com Joana Manoel de Vilhena, ou Joana Manuel, nobre de ascendência espanhola:

João Manoel (1420-1476), religioso da Ordem do Carmo, provincial da O, Bispo de Ceuta e primaz da África; depois bispo da Guarda onde residiu; deixou por sua vez dois filhos: D. João Manuel e D. Nuno Manuel.
[editar] BibliografiaManuel de Sousa, "Reis e Rainhas de Portugal", SporPress, 7ª Edição, 2003
[editar] Ver tambémÁrvore genealógica dos reis de Portugal
[editar] Ligações externasO Commons possui uma categoria com multimídias sobre Duarte I de PortugalChronica de El-Rei D. Duarte, Rui de Pina (1440-1522), Porto: Renascença Portuguesa, 1914, na Biblioteca Nacional Digital (em português)
Precedido por
João I
Rei de Portugal e do
Algarve e Senhor de Ceuta
1433 - 1438 Sucedido por
Afonso V

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Dinastia Afonsina Afonso I • Sancho I • Afonso II • Sancho II • Afonso III • Dinis I • Afonso IV • Pedro I • Fernando I
Dinastia de Avis João I • Duarte I • Afonso V • João II • Manuel I • João III • Sebastião I • Henrique I
Dinastia Filipina Filipe I • Filipe II • Filipe III
Dinastia de Bragança João IV • Afonso VI • Pedro II • João V • José I • Maria I (com Pedro III) • João VI • Pedro IV • Maria II • Miguel I • Maria II (com Fernando II) • Pedro V • Luís I • Carlos I • Manuel II

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