sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

D. JOÃO II - O PIEDOSO

João III de PortugalOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
D. João III
Monarca de Portugal

Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.

Ordem: 15.º monarca de Portugal
Cognome(s): O Piedoso

O Colonizador

Início do reinado: 13 de Dezembro de 1521
Término do reinado: 11 de Junho de 1557
Aclamação: Lisboa, 19 de Dezembro de 1521
Predecessor(a): D. Manuel I
Sucessor(a): D. Sebastião
Pai: D. Manuel I
Mãe: D. Maria de Aragão
Data de nascimento: 7 de Junho de 1502
Local de nascimento: Lisboa, Paço da Alcáçova
Data de falecimento: 11 de Junho de 1557
Local de falecimento: Lisboa, Palácio da Ribeira
Local de enterro: Mosteiro de Santa Maria de Belém, Lisboa
Consorte(s): D. Catarina de Áustria, Infanta de Espanha
Príncipe herdeiro: Príncipe D. João (filho)
Sebastião I de Portugal

Dinastia: Avis-Beja
D. João III de Portugal (Lisboa, 6 de Junho de 1502 — Lisboa, 11 de Junho de 1557) foi o décimo quinto Rei de Portugal, cognominado O Piedoso ou O Pio pela sua devoção religiosa. Filho do rei Manuel I de Portugal, sucedeu-o em 1521, aos 19 anos. Herdou um império vastíssimo e disperso, nas ilhas atlânticas, costas ocidental e oriental de África, Índia, Malásia, Ilhas do Pacífico, China e Brasil. Continuou a política centralizadora do seu pai. Durante o seu reinado foi obrigado a negociar as Molucas com Espanha, no tratado de Saragoça, adquiriu novas colónias na Ásia - Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau e um grupo de portugueses chegou pela primeira vez ao Japão em 1543, estendendo a presença portuguesa de Lisboa até Nagasaki. Para fazer face à pirataria iniciou a colonização efectiva do Brasil, que dividiu em capitanias hereditárias, estabelecendo o governo central em 1548. Ao mesmo tempo, abandonou diversas cidades fortificadas em Marrocos, devido ao custos da sua defesa face aos ataques muçulmanos. Extremamente religioso, permitiu a introdução da inquisição em Portugal em 1536, obrigando à fuga muitos mercadores judeus e cristãos-novos, forçando o recurso a empréstimos estrangeiros. Inicialmente destacado entre as potências europeias económicas e diplomáticas, viu a rota do Cabo fraquejar, pois a rota do Levante recuperava, e em 1548 teve de mandar fechar a feitoria Portuguesa de Antuérpia. Viu morrer os dez filhos que gerou e a crise iniciada no seu reinado amplificou-se sob o governo do seu neto e sucessor, o rei Sebastião de Portugal.

Índice [esconder]
1 Dados biográficos iniciais
2 Reavaliação do Império
3 Panorama do reinado
4 Abdicação de D. Joana de Castela
5 Descendência
6 Cultura popular
7 Bibliografia
8 Ver também

[editar] Dados biográficos iniciaisNascido em Lisboa, era filho do rei Manuel I de Portugal e de Maria de Aragão, princesa de Espanha, filha dos Reis Católicos. Na câmara da Rainha, parturiente, Gil Vicente em trajes de vaqueiro representou sua primeira peça, o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro. O batismo em 15 de junho foi realizado na capela de São Miguel do Paço da Alcáçova, tendo como padrinho o doge de Veneza, Leonardo Loredan, representado por Pero Pasquaglio. Foram madrinhas uma tia paterna, a Rainha Dona Leonor, viúva de Dom João II, e a avó paterna, a infanta Dona Beatriz, duquesa de Beja. Nas Cortes a seguir convocadas para 15 de agosto, o príncipe foi jurado herdeiro.

Educado em Latim e nos clássicos pelo bispo de Viseu, o castelhano Diogo Ortiz de Villegas, que morreu em 1519, e depois por Luís Teixeira, que lhe ensinou Direito Civil, pelo clérigo Tomás de Torres, que lhe deu noções de matemática, astronomia e geografia, e por João de Menelau, grego. Teve casa própria após a morte da mãe em 1517. Iria casar com Leonor de Áustria, que depois foi escolhida terceira mulher do próprio pai, apesar de ser noiva destinada ao filho.

Sucedeu em 1521 ao pai, morto no auge de seu poder aos 52 anos de idade, que reinara 26 anos. Dom João III, aos 19 anos, foi aclamado a 22 de dezembro, no alpendre da igreja de São Domingos. Jovens dominavam então a dinâmica cena europeia: a viúva de seu pai tinha 23 anos, o imperador Carlos V, 22 anos, Francisco I de França, 28 anos, Henrique VIII da Inglaterra tinha 31 anos.

Manteve a equipe governante do pai: o conde de Tarouca, Dom João de Meneses; o conde de Vila Nova (hoje Portimão) Dom Martinho de Castelo Branco; o primeiro conde de Vimioso, Dom Francisco de Paula de Portugal e Castro; o segundo barão de Alvito, Dom Diogo Lobo, e António Carneiro, secretário de Dom Manuel desde 1509.

Ascendeu ao trono quando Portugal possuía cidades fortificadas no Norte de África e os seus marinheiros tinham navegado nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, espalhando-se pelas ilhas atlânticas, pelas costa ocidental e oriental de África, Índia, Malásia, Ilhas do Pacífico e possivelmente Austrália, China e Brasil. Destacava-se entre as potências europeias do ponto de vista económico e diplomático, mas o país não chegava a um milhão e meio de habitantes. Durante o seu reinado Portugal adquiriu novas colónias na Ásia - Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau.

António Mota, Francisco Zeimoto e António Peixoto chegaram ao Japão sendo os primeiros europeus a visitar este arquipélago. Começou a colonização do Brasil. Ao mesmo tempo deu-se o abandono de algumas cidades fortificadas em Marrocos, como Safim, Azamor, Arzila, Aguz e Alcácer-Ceguer, devido ao custos da sua defesa contra os ataques dos xerifes muçulmanos. João III era, no entanto, extremamente religioso, o que o tornou subserviente ao poder da igreja e permeável à introdução da inquisição em 1536, pois o movimento luterano era já uma realidade europeia. As consequências sociais foram desastrosas, pois provocou insegurança nos cristãos novos, obrigando à fuga muitos mercadores judeus, forçando o recurso a empréstimos estrangeiros.

Com a Inglaterra intensificam-se as relações comerciais, o mesmo acontecendo com os países do Báltico e Flandres. Teve como amigo e conselheiro António de Ataíde, 1.º Conde da Castanheira, que fez embaixador em Paris e que viria a aconselhar na criação do sistema de Capitanias-hereditarias no Brasil em 1534.

[editar] Reavaliação do ImpérioHerdou «um império vastíssimo mas demasiado disperso», de modo que o reavaliou com ajuda de conselheiros, abandonando o projeto imperial de seu avô e de seu pai. O novo homem forte dos assuntos relativos à expansão marítima passou a ser Vasco da Gama, que se incompatibilizara com Dom Manuel, nomeado em 1524 vice-rei da Índia, onde morreu.

Em 1541 um acontecimento precipitou sua decisão, pois perdeu Santa Cruz de Cabo de Gué. Os xerifes do norte da África em 1518 haviam proclamado a guerra santa contra o infiel, apoderando-se em 1524 de Marraquexe (em 1549, finalmente, retomaram Fez). Cercaram Safim em 1533, forçando Dom João a abandonar Azamor, Safim, Alcácer Céguer, Arzila. Havia ao mesmo tempo crise no estado da Índia, descrito como «um conjunto de territórios, estabelecimentos, bens, pessoas e interesses, administrados, geridos ou tutelados pela Coroa portuguesa no Oceano Índico e mares adjacentes ou nos territórios ribeirinhos, do Cabo da Boa Esperança ao Japão» (Luiz Filipe Thomaz). No Índico surgira o perigo otomano, estimulando os chefes locais a lutarem contra os portugueses. Pacém e Calecute foram abandonados. Economicamente a rota do Cabo começava a fraquejar, pois a rota do Levante recuperava lentamente. Em 1548 D. João III mandou fechar a feitoria de Antuérpia. Havia concorrência castelhana no Extremo Oriente e Pacífico mas o maior perigo vinha de outras potências como a França.Foi, entretanto, um rei que geriu muitas crises - a financeira, pois em seu reinado as despesas ordinárias da Coroa incluíam tenças, moradias, benesses pias, ordenados, obras públicas, universidade, obras em Belém e em Tomar, houve dotes a pagar, a compra do arquipélago do Maluco, socorros às praças do Norte da África, as armadas à Índia, a defesa das costas do Brasil e África, a aquisição de trigo nos anos maus. Crise política, pois seu reinado assistiu à emergência de duas potências, a Espanha de Carlos V e o Império Otomano, que tomou Buda e cercou Viena em 1529. Tudo isso em meio à proliferação de peste, maus anos agrícolas, instabilidade meteorológica, até o grande terremoto de Lisboa de 26 de janeiro de 1531.Como governante coube-lhe a gestão de várias crises: crise financeira, ameaça protestante, perigo turco, concorrência francesa e inglesa no império, crises no estado da Índia, peso da vizinhança demasiado forte de Carlos V.

Dom João preocupou-se efetivamente com o pleno domínio do Brasil, que dividiu em capitanias-donatárias, as conhecidas capitanias hereditárias, estabelecendo um governo central em 1548. «Foi o verdadeiro criador do Brasil, que rapidamente se tornou o elemento fundamental do império português, assim o sendo até o início do século XIX» (Paulo Drumond Braga, op. cit, pg 145).

[editar] Panorama do reinado
Mapa do Império Português no reinado de D. João IIIHouve sem dúvida um ar de renovação cultural em seu reinado, preponderante na afirmação do renascimento português. Na literatura apareceu o poeta mais conhecido mundialmente Luís Vaz de Camões, como também Garcia de Resende, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e João de Barros. Na náutica surgiu Pedro Nunes, na botânica Garcia da Orta, na arquitetura Francisco de Holanda, Miguel de Arruda, João de Castilho. Outros nomes foram Luís Vives, André de Resende, Damião de Góis, João de Ruão e Nicolau Chanterrene. Erasmo lhe dedicou uma de suas obras e o rei teria pensado em o contratar para professor da nova universidade de Coimbra, criada em 1537. Foi em seu reinado que se criaram bolsas de estudo no estrangeiro e o Colégio das Artes.

João III era, no entanto, extremamente religioso, o que o tornou subserviente ao poder da igreja e permeável à introdução da inquisição em 1536, pois o movimento luterano era já uma realidade europeia. As consequências sociais foram desastrosas, pois provocou insegurança nos cristãos novos, obrigando à fuga muitos mercadores judeus, forçando o recurso a empréstimos estrangeiros.

Continuou a política centralizadora e absolutista do seu pai, convocando apenas três cortes em períodos bem espaçados: 1525, 1535 e 1544. A estagnação que caracterizou seu reinado amplificou-se sob seu neto e sucessor, o rei Sebastião de Portugal.

Afirma-se que sua alegada neutralidade era na verdade política de apoio ao cunhado, Carlos V, e que teria mesmo pensado em uma união ibérica, o que é indefensável face às teorias atuais. Sempre desejou claramente a independência de Portugal, pois jamais fechou as portas à França, à Inglaterra e até à Polônia. Foi, entretanto, um rei que geriu muitas crises - a financeira, pois em seu reinado as despesas ordinárias da Coroa incluíam tenças, moradias, benesses pias, ordenados, obras públicas, universidade, obras em Belém e em Tomar, houve dotes a pagar, a compra do arquipélago do Maluco, socorros às praças do Norte da África, as armadas à Índia, a defesa das costas do Brasil e África, a aquisição de trigo nos anos maus. Crise política, pois seu reinado assistiu à emergência de duas potências, a Espanha de Carlos V e o Império Otomano, que tomou Buda e cercou Viena em 1529. Tudo isso em meio à proliferação de peste, maus anos agrícolas, instabilidade meteorológica, até o grande terremoto de Lisboa de 26 de janeiro de 1531.


Estátua de Dom João III - CoimbraAdoeceu após 1550 e teve grave doença perigosa em 1555. Morreu dois anos depois de acidente vascular cerebral, ou apoplexia, em Lisboa, estando sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.

Psicologicamente, foram características pessoais sua enorme bondade, a lentidão na tomada de decisões, a dissimulação no relacionamento com os súditos ou como arma diplomática, a piedade (recebeu do papa em dezembro de 1525 a 'rosa de ouro'). Filho de um gênio político, Dom Manuel I de Portugal, foi neto de dois outros, os Reis Católicos de Espanha.

Sua imagem foi atacada no século XIX, acusado por Alexandre Herculano de homem medíocre, inábil, fanático, «inábil para governar por si próprio». Defendido por uma biografia importante escrita em 1936 por Alfredo Pimenta, acrítico, visões menos apaixonadas surgiram na década de 1960 em textos de Joaquim Veríssimo Serrão, Borges de Macedo, Silva Dias e Romero de Magalhães.

[editar] Abdicação de D. Joana de CastelaA 20 de Julho de 1530, por escritura pública na corte, a sua prima D. Joana de Castela, viúva de D. Afonso V, abdicou dos seus direiros ao Trono de Castela a seu favor, para evitar que esses direitos caíssem na posse dos Reis Católicos.

[editar] DescendênciaRealeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência

João I[Expandir]
Filhos
Infante Duarte (futuro Duarte I)
Infante Pedro, Duque de Coimbra
Henrique, o Navegador (Infante Henrique, Duque de Viseu)
Infanta Isabel, Duquesa da Borgonha
Infante João, Senhor de Reguengos
Infante Fernando, o Infante Santo
Afonso, Duque de Bragança (ilegítimo)
Beatriz, Condessa de Arundel (ilegítima)
Netos
Infanta Isabel de Avis, Rainha de Portugal

Duarte I[Expandir]
Filhos
Afonso, Príncipe de Portugal (futuro Afonso V)
Infante Fernando, Duque de Viseu
Infanta Leonor, Sacra Imperatriz Romana
Infanta Catarina
Infanta Joana, Rainha de Castela
Netos
Infante Manuel, Duque de Beja (futuro Manuel I)
Infanta Leonor de Avis, Rainha de Portugal
Bisnetos
Jaime, Duque de Bragança e Príncipe de Portugal

Afonso V[Expandir]
Filhos
João, Príncipe de Portugal
Santa Joana, Princesa de Portugal
João, Príncipe de Portugal (futuro João II)

João II[Expandir]
Filhos
Afonso, Príncipe de Portugal
Jorge, Duque de Coimbra (ilegítimo)

Manuel I[Expandir]
Filhos
Miguel da Paz, Príncipe de Portugal e das Astúrias
João, Príncipe de Portugal (futuro João III)
Infanta Isabel, Imperatriz do Sacro-Império Romano-Germânico
Infanta Beatriz, Duquesa de Sabóia
Infante Luís, Duque de Beja
Infante Fernando, Duque da Guarda e de Trancoso
Cardeal-Infante Afonso
Cardeal-Infante Henrique (futuro Henrique I)
Infante Duarte, Duque de Guimarães
Infanta Maria, Duquesa de Viseu
Netos
Filipe II de Espanha (futuro Filipe I de Portugal)
António, Prior do Crato (ilegítimo)
Infanta Maria de Guimarães, Duquesa de Parma e Piacenza
Infanta Catarina de Guimarães, Duquesa de Bragança
Bisnetos
Teodósio II, Duque de Bragança
Ranuccio I Farnese de Parma
Trinetos
João II, Duque de Bragança (futuro João IV de Portugal)

João III[Expandir]
Filhos
Maria Manuela, Princesa de Portugal e das Astúrias
João Manuel, Príncipe de Portugal
Netos
Sebastião, Príncipe de Portugal (futuro Sebastião I)
Carlos, Príncipe das Astúrias

Sebastião I[Esconder]
Henrique I[Esconder]
Da mulher Catarina da Áustria, infanta de Espanha (1507 - 1578) irmã mais nova do imperador Carlos V, com quem casou (desposórios em Tordesilhas, 10 de Agosto de 1525) teve nove filhos, tendo a infelicidade de os ver morrer todos, muitos por epilepsia.
Afonso, Príncipe de Portugal (1526) nascido quando a corte estava em Almeirim, a 24 de Fevereiro e falecido em Junho do mesmo ano em Santarém, de grave doença na cabeça.
Maria Manuela, princesa de Portugal (15 de Outubro de 1527 - 1545) casou com Filipe II de Espanha e morreu de parto.
Isabel, Infanta de Portugal (29 de Abril de 1529) rapidamente morta em 23 de Julho do mesmo ano.
Beatriz, Infanta de Portugal (1530 - 1 de Agosto de 1531);
Manuel, Príncipe de Portugal (1 de Novembro de 1531 - 14 de Abril de 1537), herdeiro em 1535.
Filipe, Príncipe de Portugal (25 de Maio de 1533 - 29 de Abril de 1539), herdeiro em 1537.
Dinis, Infante de Portugal (16 de Abril de 1535 - 1 de Janeiro de 1537).
João Manuel, Príncipe de Portugal (3 de Junho de 1537 - 1554), herdeiro em 1539. Deixou grávida sua mulher, Dona Joana, que dias depois deu à luz o rei Dom Sebastião de Portugal.
António, Infante de Portugal (9 de Março de 1539 - 20 de Janeiro de 1540)
Filho natural gerado antes do casamento:
Manuel, Infante de Portugal, tido em 1523 de Dona Isabel Moniz, moça da câmara da Rainha Dona Leonor, viúva de Dom João II, e filha de um alcaide de Lisboa apelidado O Carranca. Passou seus primeiros anos em Sintra no mosteiro de Penhalonga. Seu nome foi mudado para Duarte para evitar confusão com o nome do herdeiro legítimo: assim, foi chamado Duarte de Portugal (1523 - 1543), arcebispo de Braga. Permaneceu no mosteiro da Costa em estudos até 1542. Em 1542 o rei o autorizou a visitá-lo na corte. Homem extremamente culto, traduziu para o latim a maior parte da Crónica de Dom Afonso Henriques de Duarte Galvão. Recebeu do Papa Paulo III a Sé de Braga, onde entrou em 12 de agosto de 1543. Faleceu a 10 de novembro deste ano, de varíola.
[editar] Cultura popularNo filme português Camões (1946), de José Leitão de Barros, foi interpretado pelo ator João Villaret.

[editar] Bibliografia«D. João III», por Paulo Drummond Braga, Hugin Editores Ltda. 2002. Em cuja contracapa se lê: «Dom João III (1502 - 1557) foi rei de Portugal durante mais de 30 anos (1521 - 1557). Homem indubitavelmente bondoso, propositadamente lento na tomada das decisões, sem pressa nas mudanças profundas, dissimulado no relacionamento com os súbditos e com as potências estrangeiras, persistente, por vezes obstinado, muito prudente e cauteloso, plenamente consciente da sua função de rei, cioso da sua autoridade, extremamente piedoso, talvez até mesmo para os padrões da época. Mas foi também um homem capaz de se divertir e com um apurado sentido de humor. Em termos pessoais foi alguém muito infeliz, que viu morrer os dez filhos que gerou e seis dos oito irmãos com quem conviveu. Como governante coube-lhe a gestão de várias crises: crise financeira, ameaça protestante, perigo turco, concorrência francesa e inglesa no império, crises no estado da Índia, peso da vizinhança demasiado forte de Carlos V. A forma como agiu em tudo isto teve sempre como base uma grande dose de sensatez e de realismo que, entre outras coisas, se traduziu na aposta certeira no Brasil, rapidamente tornado o elemento fundamental do império português, papel que desempenharia durante cerca de dois séculos e meio. Assim, quando se fala da extraordinária e inigualável visão política e geo-estratégica de Dom João II, não se pode, em paralelo, olvidar a de Dom João III, verdadeiro «fundador» do Brasil.»

[editar] Ver tambémOutros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Citações no Wikiquote
Categoria no Wikisource
Imagens e media no Commons
Commons
Wikiquote
Árvore genealógica dos reis de Portugal



Precedido por
Dom Miguel
Príncipe herdeiro de Portugal
1502 — 1521 Sucedido por
Dom Luís, Duque de Beja
Precedido por
Manuel I
Rei de Portugal e dos Algarves
daquém e dalém-mar em África
1521 — 1557 Sucedido por
Sebastião I
Precedido por
D. Joana de Castela
Rei Titular de Leão, Castela, Galiza, Toledo, Sevilha,
Córdova, Múrcia, Jaén, Algarve, Algeciras e Gibraltar,
Senhor da Biscaia e de Molina
de jure 1530 — 1557 Sucedido por
Sebastião I

[Expandir]v • eBiografias
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

[Expandir]v • eMonarcas de Portugal
Dinastia Afonsina Afonso I • Sancho I • Afonso II • Sancho II • Afonso III • Dinis I • Afonso IV • Pedro I • Fernando I
Dinastia de Avis João I • Duarte I • Afonso V • João II • Manuel I • João III • Sebastião I • Henrique I
Dinastia Filipina Filipe I • Filipe II • Filipe III
Dinastia de Bragança João IV • Afonso VI • Pedro II • João V • José I • Maria I (com Pedro III) • João VI • Pedro IV • Maria II • Miguel I • Maria II (com Fernando II) • Pedro V • Luís I • Carlos I • Manuel II

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jo%C3%A3o_III_de_Portugal&oldid=28136210"
Categorias: Reis de PortugalReis do AlgarveCasa de Avis-BejaCavaleiros da Ordem do Tosão de OuroSepultados no Mosteiro dos JerônimosMortos em 1557Monarcas católicos romanosNaturais de Lisboa
Ferramentas pessoaisEntrar / criar conta Espaços nominaisArtigo Discussão VariantesVistasLer Editar Ver histórico AçõesBusca NavegaçãoPágina principal Conteúdo destacado Eventos atuais Esplanada Página aleatória Portais Informar um erro ColaboraçãoBoas-vindas Ajuda Página de testes Portal comunitário Mudanças recentes Estaleiro Criar página Páginas novas Contato Donativos Imprimir/exportarCriar um livroDescarregar como PDFVersão para impressãoFerramentasPáginas afluentes Alterações relacionadas Carregar ficheiro Páginas especiais Ligação permanente Citar esta página CorrelatosCommons Wikiquote Noutras línguasБеларуская Български Brezhoneg Català Česky Dansk Deutsch English Español Suomi Français Galego עברית Magyar Bahasa Indonesia Italiano 日本語 ქართული 한국어 Latina मराठी Nederlands ‪Norsk (bokmål)‬ Polski Română Русский Slovenčina Svenska Українська 中文 Esta página foi modificada pela última vez à(s) 13h34min de 28 de dezembro de 2011.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-Partilha nos Mesmos Termos 3.0 não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Consulte as condições de uso para mais detalhes.
Política de privacidade Sobre a Wikipédia Avisos gerais Versão móvel


COPÝRIGHT WIKIPÉDIA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas