Fernando VII da Espanha
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(1784 - 1833)
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Rei absolutista da Espanha da Casa de Bourbon (1808-1833) nascido em San Ildefonso, em cujo reinado a Espanha perdeu seu domínio sob a maioria das possessões americanas. Filho do rei Carlos IV, rei de Espanha, e de María Luisa, princesa de Parma, era Príncipe de Astúrias e herdeiro do trono. Assumiu após a revolta de Aranjuez, que derrotou o governo do poderoso primeiro-ministro Manuel Godoy, fazendo o pai abdicar a seu favor e afastar Godoy (1808) do governo. Pouco depois foi destronado por Napoleão, célebre imperador militar francês, e o trono passou para José I, irmão do imperador. Preso no castelo de Valençay, na França (1809-1814), forçado a permanecer ausente do trono por seis anos, foi libertado após a revolta nacionalista que expulsou José Napoleão (1813) e foi reconduzido ao trono espanhol (1814) pelo Tratado de Valença, embora Carlos IV ainda estivesse vivo. Ao contrário do que esperavam seus aliados, revogou a constituição liberal (1812), instaurou um regime absolutista e perseguiu os que haviam lutado por sua volta ao poder. O sentimento popular e o crescimento dos movimentos pela independência das colônias na América, culminou com a revolta vitoriosa chefiada por Rafael de Riego (1820). Este impôs a volta da antiga constituição (1812) e um ministério liberal. Aliando-se rei francês, Luís XVIII, integrante da Santa Aliança, permitiu ao exército francês invadir a Espanha e restabeleceu o absolutismo monárquico (1823) com ele novamente no poder, porém importantes colônias espanholas da América como México, Argentina, Chile entre outras já tinham declarado independência da coroa. Outras, como o Paraguai, já estavam independentes e outras como Cuba e Porto Rico permanecerem colônias. Vingativo, desenvolveu então uma violenta perseguição aos seus adversários, enquanto no continente americano a Espanha continuava perdendo suas possessões. Foi casado quatro vezes, a saber, com Maria Antonieta de Bourbon, princesa das Duas Sicílias (1802) e com quem não teve descendência, com D. Maria Isabel de Bragança, infanta de Portugal (1816) com quem teve duas filhas, com Maria Josefa, princesa de Saxe (1819) e com quem também não teve descendência, e com Maria Cristina de Bourbon, princesa das Duas Sicílias (1829) com quem também teve duas filhas, e morreu em Madri. Com sua morte ocorrida na capital espanhola, iniciou-se uma guerra civil e foi sucedido por sua filha Maria Luisa, Isabel II de Espanha (1830-1904).
Figura copiada do GENEA.PT:
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