sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

D. SANCHO I - O POVOADOR

Sancho I de PortugalOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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D. Sancho I
Monarca de Portugal

Pela Graça de Deus, Rei dos Portugueses (1185-1189;1191-1211)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal, de Silves e do Algarve (1189-1191)

Ordem: 2.º monarca de Portugal
Cognome(s): O Povoador
Início do reinado: 6 de Dezembro de 1185
Término do reinado: 26 de março de 1211 (25 anos)
Aclamação: Coimbra, 9 de Dezembro de 1185
Predecessor(a): D. Afonso I Henriques
Sucessor(a): D. Afonso II
Pai: D. Afonso I Henriques,
Mãe: D. Mafalda
Data de nascimento: 11 de Novembro de 1154
Local de nascimento: Coimbra
Data de falecimento: 26 de março de 1211 (56 anos)
Local de falecimento: Coimbra
Local de enterro: Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra
Consorte(s): D. Dulce, Infanta de Aragão
Príncipe herdeiro: Infante D. Raimundo (filho; 1185-1189) Infante D. Afonso (filho; 1189-1211)
Dinastia: Borgonha (Afonsina)
D. Sancho I de Portugal (Coimbra, 11 de Novembro de 1154 - Coimbra, 26 de Março de 1211), cognominado o Povoador (pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país - destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc, povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha.

Índice [esconder]
1 Biografia
2 Descendência
3 Bibliografia
4 Ver também
5 Ligações externas

[editar] BiografiaQuarto filho do monarca Afonso Henriques, foi baptizado com o nome de Martinho, por haver nascido no dia do santo com o mesmo nome, e não estaria preparado para reinar; no entanto, a morte do seu irmão mais velho, D. Henrique, quando contava apenas três anos de idade, levou à alteração da sua onomástica para um nome mais hispânico, ficando desde então Sancho Afonso.

Em 1170, Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo reino de Castela e Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja Católica demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce Berenguer, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.

No ano de 1178, D. Sancho faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os cerca de Sevilha e do rio Guadalquivir, e ganha-lhes a batalha. Com essa acção, expulsa assim a possibilidade deles entrarem em território português.

Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo sido coroado na Sé de Coimbra, manteve essa cidade como o centro do seu reino. D. Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os Mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na primavera de 1189, para conquistar Silves, um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur cercou a cidade de Silves com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante dez dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.


Estátua de D. Sancho I frente ao Castelo de Torres Novas - trabalho de João CutileiroSancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc, criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao mosteiro de Santa Cruz 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.

O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai.

[editar] DescendênciaPor sua mulher, Dulce de Barcelona , infanta de Aragão (1152-1198, filha da rainha Petronila ou Petronilha de Aragão :

Beata Teresa de Portugal, infanta de Portugal (1176-1250), casou com o rei Afonso IX de Leão.
Beata Sancha de Portugal, infanta de Portugal (ca.1180-1229), abadessa do Lorvão.
Raimundo de Portugal (ca.1180-1189).
Constança de Portugal (1182-1202).
Afonso II de Portugal (1185-1233) casou com Urraca de Castela, rainha de Portugal (1185 - 1220).
Pedro, infante de Portugal (1187-1258), conde de Urgel pelo casamento com Aurembiaix Armengel; foi também Senhor de Maiorca.
Fernando, infante de Portugal (1188-1233), viveu no estrangeiro, casou com Joana da Flandres.
Henrique de Portugal (1189-?).
Branca, infanta de Portugal (1192-1240), senhora de Guadalajara.
Berengária, infanta de Portugal (1194-1221), casada com o rei Valdemar II da Dinamarca.
Beata Mafalda de Portugal, infanta de Portugal (ca.1200-1257), casada com o rei Henrique I de Castela, depois fundadora do mosteiro cisterciense de Arouca e sua primeira abadessa.
Realeza Portuguesa
Casa de Borgonha
Descendência

Afonso I[Expandir]
Filhos
Infante Henrique
Infanta Mafalda
Infanta Urraca, Rainha de Leão
Infante Sancho (futuro Sancho I)
Infanta Teresa, Condessa de Flandres e Duquesa de Borgonha

Sancho I[Expandir]
Filhos
Infanta Teresa, Rainha de Castela
Infanta Sancha, Senhora de Alenquer
Infanta Constança
Infante Afonso (futuro Afonso II)
Infante Pedro, Conde de Urgell
Infante Fernando, Conde da Flandres
Infanta Branca, Senhora de Guadalajara
Infanta Berengária, rainha da Dinamarca
Infanta Mafalda, Rainha de Castela

Afonso II[Expandir]
Filhos
Infante Sancho (futuro Sancho II)
Infante Afonso, Conde de Bolonha (futuro Afonso III)
Infanta Leonor, rainha da Dinamarca
Infante Fernando, Senhor de Serpa

Sancho II[Esconder]
Afonso III[Expandir]
Filhos
Infanta Branca, Viscondessa de Huelgas
Infante Dinis (futuro Dinis I)
Infante Afonso, Senhor de Portalegre
Infanta Sancha
Infanta Maria

Dinis I[Expandir]
Filhos
Infanta Constança, Rainha de Castela
Infante Afonso (futuro Afonso IV)

Afonso IV[Expandir]
Filhos
Infanta Maria, Rainha de Castela
Infante Pedro (futuro Pedro I)
Infanta Leonor, Rainha de Aragão

Pedro I[Expandir]
Filhos
Infanta Maria, Marquesa de Tortosa e Princesa de Aragão
Infante Fernando (futuro Fernando I)
Infanta Beatriz, Condessa de Alburquerque
Infante João, Duque de Valência de Campos
Infante Dinis, Senhor de Cifuentes
João, Grão Mestre da Ordem de Avis (futuro João I)

Fernando I[Expandir]
Filhos
Infanta Beatriz, Rainha de Castela e Leão

Filhos naturais:

Havidos de Maria Aires de Fornelos
Martim Sanches de Portugal, conde de Trastâmara
Urraca Sanches
Havidos de Maria Pais Ribeira, dita a Ribeirinha, filha de Paio Moniz de Ribeira e de Urraca Nunes de Bragança (1150 - ?), filha de Vasco Pires de Bragança.
Rodrigo Sanches (1200-1246)
Gil Sanches (1200-1236)
Nuno Sanches
Maior Sanches
D. Teresa Sanches (1205-1230) casou com D. Afonso Teles (1170 - 1230), 2º senhor de Meneses, 1º senhor de Albuquerque.
Constança Sanches (1210-1269)
Havidos de D. Maria Moniz de Ribeira (1150 -?), filha de D. Monio Osórez de Cabrera (1110 -?) Conde de Cabreira e Ribeira, e de Maria Nunes de Grijó (1120 -?) filha de Nuno Soares de Grijó (1085 -?) e de Elvira Gomes (1095 -?)
Pedro Moniz ou Pero Moniz (1170 -?)
[editar] BibliografiaManuel José da Costa Felgueiras Gayo. Nobiliário das Famílias de Portugal (em português). 2ª ed. Braga: Carvalhos de Basto, 1989. vol. VII, pg. 61 e vol. X, pg. 64 p.
José Augusto Sotto Mayor Pizarro. Os Patronos do Mosteiro de Grijó (em português). 1ª ed. Ponte de Lima: Carvalhos de Basto, 1995. 125, 143 p.
Maria João Violante Branco. D. Sancho I.: O filho do fundador (em português). Colecção Reis de Portugal ed. Lisboa: Círculo de Leitores, 2006.
Armando de Sousa Pereira. (2010). "Silves no itinerário da terceira cruzada: um testemunho teutónico" (em português). Revista Militar (62): 77-88. Página visitada em 11 de Junho de 2010.
[editar] Ver tambémÁrvore genealógica dos reis de Portugal
[editar] Ligações externasO Commons possui uma categoria com multimídias sobre Sancho I de PortugalRui de Pina. Chronica do muito alto e muito esclarecido principe D. Sancho I, segundo rey de Portugal (em português). [S.l.]: Lisboa Occidental (Biblioteca Nacional Digital), 1727.
Geneall.net. D. Sancho I, rei de Portugal (em português). Página visitada em 11 de Junho de 2010.



Precedido por
Afonso Henriques
Rei de Portugal
1185 - 1211 Sucedido por
Afonso II
Precedido por
'N/A'
Rei de Portugal, de Silves e do Algarve
1189 - 1191 Sucedido por
Afonso III
(1249)

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Dinastia de Avis João I • Duarte I • Afonso V • João II • Manuel I • João III • Sebastião I • Henrique I
Dinastia Filipina Filipe I • Filipe II • Filipe III
Dinastia de Bragança João IV • Afonso VI • Pedro II • João V • José I • Maria I (com Pedro III) • João VI • Pedro IV • Maria II • Miguel I • Maria II (com Fernando II) • Pedro V • Luís I • Carlos I • Manuel II

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