sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ANTONIO JOSÉ DE ALMEIDA

António José de AlmeidaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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António José de Almeida

6º presidente de Portugal
Mandato 5 de Outubro de 1919 até
5 de Outubro de 1923
Antecessor(a) João do Canto e Castro
Sucessor(a) Manuel Teixeira Gomes
Vida
Nascimento 17 de Julho de 1866
Vale da Vinha, Penacova, Portugal
Falecimento 31 de Outubro de 1929 (63 anos)
Lisboa, Portugal
Primeira-dama Maria Joana Perdigão
Queiroga de Almeida
Partido Partido Evolucionista, depois
Liberal Republicano
Profissão Médico
ver

Estátua de António José de Almeida, na praça homónima, em Lisboa.António José de Almeida GC TE • GC C • GC A • GC SE (Vale da Vinha, Penacova, 17 de Julho de 1866 — Lisboa, 31 de Outubro de 1929) foi um político republicano português, sexto presidente da República Portuguesa, cargo que exerceu de 5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923. Foi o único presidente da Primeira República Portuguesa a cumprir integralmente e sem interrupções o seu mandato de 4 anos, tendo com ele Portugal retornado a uma presidência civil[1].

Índice [esconder]
1 Biografia
1.1 Vida pessoal e formação
1.2 Carreira profissional e política
2 Homenagens
3 Referências
4 Bibliografia
5 Ligações externas

[editar] Biografia[editar] Vida pessoal e formaçãoAntónio José de Almeida nasceu em Vale da Vinha, uma localidade do concelho de Penacova[2], filho de José António de Almeida e Maria Rita das Neves Almeida. Foi baptizado na igreja paroquial de São Pedro de Farinha Podre, hoje São Pedro de Alva, a 3 de Setembro de 1866[3]. Oriundo de uma família modesta, o seu pai afirmou-se como pequeno industrial e comerciante local, chegando, no final do século XIX, a ocupar a presidência da Câmara Municipal de Penacova[4].

Depois de ter frequentado o ensino primário em São Pedro de Alva, em 1880, com 14 anos de idade, matriculou-se no Liceu Central de Coimbra e, em 1889-1890, inscreve-se no curso de Medicina da Universidade de Coimbra, que completou em seis anos.

Era ainda aluno de Medicina em Coimbra, quando publicou no jornal académico Ultimatum um artigo que ficou célebre, intitulado Bragança, o último, que foi considerado insultuoso para o rei D. Carlos.[2] Apesar de ter sido defendido por Manuel de Arriaga, acabou condenado a três meses de prisão.[2].

Faleceu em Lisboa, no dia 3 de Outubro de 1929.[2]

António José de Almeida foi casado com Maria Joana Perdigão Queiroga de Almeida (Redondo, 9 de Março de 1885 - 27 de Junho de 1965), com quem teve uma filha (Maria Teresa). Maria Teresa teve três filhos: António José D'Almeida de Abreu, Maria Manuela D'Almeida de Abreu, Maria Teresa D'Almeida de Abreu. Nenhum dos filhos optou pela carreira política, seguindo carreira médica. António José e Maria Teresa residem em Portugal, Lisboa. Maria Manuela e seus filhos residem no Brasil, Rio de Janeiro. Maria Manuela teve três filhos: Pedro de Almeida de Abreu Elvas, Filipe de Almeida de Abreu Elvas e Carolina de Almeida de Abreu Elvas.

[editar] Carreira profissional e políticaUm dos mais populares dirigentes do Partido Republicano, desde muito novo manifestou ideias republicanas.[2]

Depois de terminar o curso, em 1895, foi para Angola e posteriormente estabeleceu-se em São Tomé e Príncipe, onde exerceu medicina até 1904.[2] Regressou a Lisboa nesse ano[2], e depois foi para França onde estagiou em várias clínicas, regressando no ano seguinte. Montou consultório, primeiro na Rua do Ouro, depois no Largo de Camões, entrando então na política republicana.[2]

Foi candidato do Partido Republicano em 1905 e 1906, sendo eleito deputado nas segundas eleições realizadas neste ano, em Agosto. Em 1906, em plena Câmara dos Deputados, equilibrando-se em cima duma das carteiras, pede aos soldados, chamados a expulsar os deputados republicanos do Parlamento, a proclamação imediata da república. No ano seguinte adere à Maçonaria.

Os seus discursos eloquentes e inflamados fizeram dele um orador muito popular nos comícios republicanos[2] foi preso por ocasião da tentativa revolucionária de Janeiro de 1908[2], dias antes do assassinato do rei D. Carlos e do príncipe Luís Filipe. Posto em liberdade, voltou a embrenhar-se na política[2], sobretudo enquanto director do jornal Alma Nacional.

Após a Proclamação da República Portuguesa, foi nomeado Ministro do Interior do Governo Provisório; exerceu, posteriormente, várias vezes as funções de ministro e deputado, tendo fundado em Fevereiro de 1912 o partido Evolucionista, que dirigirá, partido republicano moderado organizado em torno do diário República, que tinha criado em Janeiro de 1911, e que também dirigia.[2] Nesse periódico, opôs-se aos outros partidos, especialmente ao Partido Democrático de Afonso Costa, contra o qual escreveu um célebre artigo[2]; no entanto, aliou-se a Afonso Costa no governo da União Sagrada, em Março de 1916, ministério de que foi presidente.

Em 6 de Agosto de 1919 foi eleito presidente da República e exerceu o cargo até 5 de Outubro de 1923, sendo o único presidente que até 1926 ocupou o cargo até ao fim do mandato.[2] Realizou uma visita oficial ao Brasil[2], para participar no centenário da independência da antiga colónia portuguesa.

Durante o seu mandato deu-se o levantamento radical que desembocou na Noite sangrenta de 19 de Outubro de 1921, em que foram assassinados, por opositores republicanos, o chefe do governo da altura, António Granjo, assim como Machado Santos e Carlos da Maia. Nomeou 16 governos durante o seu mandato. Viveu de forma clandestina, durante o governo de Sidónio Pais.[5]

Em 1929 foi eleito 12.º Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido mas não chegou a tomar posse por entretanto ter falecido.[6]

[editar] HomenagensUma estátua sua foi erguida pelos seus admiradores e amigos em Lisboa[5], de autoria do escultor Leopoldo de Almeida e do arquitecto Pardal Monteiro, e reuniram os seus principais artigos e discursos em três volumes, intitulados Quarenta anos de vida literária e política[5], obra publicada em 1934.

A Câmara Municipal de Lagos decidiu, numa sessão realizada no dia 12 de Dezembro de 1929, colocar o nome de António José de Almeida num arruamento da Freguesia de São Sebastião.[5]

Referências↑ António José de Almeida (1866-1929).
↑ a b c d e f g h i j k l m n o Ferro, 2002:36
↑ Município de Penacova: Gente com História.
↑ Nota biográfica no Museu da Presidência da República Portuguesa.
↑ a b c d Ferro, 2002:37
↑ http://members.tripod.com/gremio_fenix/dirigentes.html
[editar] BibliografiaFERRO, Silvestre Marchão. Vultos na Toponímia de Lagos. Lagos: Câmara Municipal de Lagos, 2002. 358 p. ISBN 972-8773-00-5
[editar] Ligações externasO Commons possui uma categoria com multimídias sobre António José de AlmeidaNota biográfica na página oficial da Presidência da República Portuguesa
Retrato oficial no Museu da Presidência da República Portuguesa
António José de Almeida (1866-1929) - 6.º Presidente da República



Precedido por
Afonso Costa Primeiros-ministros de Portugal
1916 - 1917 Sucedido por
Afonso Costa




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Teófilo Braga - João Pinheiro Chagas - Augusto de Vasconcelos - Duarte Leite - Afonso Costa - Bernardino Machado - Azevedo Coutinho - Pimenta de Castro - Junta Constitucional - João Pinheiro Chagas (2.ª vez; não empossado) - José de Castro - Afonso Costa (2.ª vez) - António José de Almeida - Afonso Costa (3.ª vez) - Sidónio Pais - Canto e Castro - Tamagnini Barbosa - José Relvas - Domingos Pereira - Sá Cardoso - Fernandes Costa (não empossado) - Sá Cardoso (reconduzido) - Domingos Pereira (2.ª vez) - António Maria Baptista - Ramos Preto - António Maria da Silva - António Granjo - Álvaro de Castro - Liberato Pinto - Bernardino Machado (2.ª vez) - Barros Queirós - António Granjo (2.ª vez) - Manuel Maria Coelho - Maia Pinto - Cunha Leal - António Maria da Silva (2.ª vez) - Ginestal Machado - Álvaro de Castro (2.ª vez) - Rodrigues Gaspar - Domingues dos Santos - Vitorino Guimarães - António Maria da Silva (3.ª vez) - Domingos Pereira (3.ª vez) - António Maria da Silva (4.ª vez)

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I República Manuel de Arriaga • Teófilo Braga • Bernardino Machado • Sidónio Pais • Canto e Castro • António José de Almeida • Teixeira Gomes • Bernardino Machado
II República Mendes Cabeçadas • Gomes da Costa • Óscar Carmona • Oliveira Salazar (interino) • Craveiro Lopes • Américo Tomás
III República Junta de Salvação Nacional • António de Spínola • Costa Gomes • Ramalho Eanes • Mário Soares • Jorge Sampaio • Cavaco Silva

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