Trabalhos Exercícios Resumos Livros Profissões ShoppingPublicidadeCola da Web » História » A formação dos reinos bárbaros A formação dos reinos bárbaros
1. Os reinos bárbaros
A história política da Europa na Alta Idade Média é caracterizada, no Oriente, pelas expansões e contrações do Império Bizantino (Império Romano do Oriente) e do Império Árabe (Islão). No Ocidente, é a história dos Reinos bárbaros de origem germânica, formados a partir do século V dentro dos limites do antigo Império Romano do Ocidente.
Os vândalos se fixaram no Norte da África (Tunísia e Argélia atuais), sob a liderança de Genserico. Esse reino foi absorvido pelo Império Bizantino em meados do século VI, durante a Reconquista de Justiniano. No século seguinte, a região passaria para o controle dos muçulmanos.
Os ostrogodos, estabelecidos na Península Itálica, procuraram conservar as tradições romanas sob seu rei Teodorico; mas a conquista da Itália pelo Império Bizantino pôs fim à monarquia ostrogótica. Em seu lugar foi instalada uma administração bizantina na Itália, com capital em Ravena (Exarcado de Ravena). Entretanto, mal se completara a ocupação bizantina, os lombardos (outro povo germânico) invadiram o Norte da Itália, fixando sua capital em Pavia.
Os visigodos, que dominavam a Espanha e todo o Sul da Gália, foram expulsos desta última pelos francos. Em 711, os mouros (árabes do Norte da África) começaram a conquista da Península Ibérica, onde fundaram o Califado de Córdoba sob Abder-Rahman. Os visigodos recuaram para o norte, onde mantiveram um Estado independente sob o nome de Reino das Astúrias.
A Britânia foi ocupada por três povos germânicos. Os jutos instalaram-se no sul e fundaram o Reino de Kent. Os saxões também se fixaram no sul, dando origem aos Reinos de Essex, Wessex e Sussex. Os anglos estabeleceram-se no centro e nordeste do país, onde criaram os Reinos de East Anglia, NortCimbria, Bernícia e Deira (os dois últimos reunidos mais tarde, formando o Reino da Mércia). Esse conjunto de sete monarquias constituía à Heptarquia Anglo-Saxônica. Da unificação desses pequenos Estados, completada em 902, iria surgir a Inglaterra.
2. O Reino Franco e o Império Carolíngio
Os Merovíngios (481-751)
Clóvis, neto de um chefe tribal chamado Meroveu, foi o primeiro rei dos francos (481-511), fundador da Dinastia dos Merovíngios. Sob sua liderança, os francos criaram o mais importante de todos os Reinos bárbaros.
Antes de Clóvis, as tribos francas formavam dois grandes grupos: os francos sálios, junto ao Canal da Mancha, e os francos ripuários, localizados mais para o interior. Depois de assumir a chefia dos francos sálios, Clóvis incorporou os francos ripuários. Em seguida, conquistou o reino de Siágrio, general romano que fundara um Estado próprio no oeste da Gália. Em 496, bateu os alamanos do leste da Galia na Batalha de Tolbiac — ocasião em que se converteu ao cristianismo — e, com a ajuda dos borgúndios, impeliu os visigodos para trás dos Pireneus. Mais tarde, voltar-se-ia contra os próprios borgúndios e anexaria seu reino, localizado no sudoeste da Gália.
O batismo de Clóvis foi realizado em Reims, juntamente com 3.000 de seus guerreiros. Essa cerimônia religiosa trazia embutido um importante significado político: a maioria da população da Gália (galo-romanos) era cristã, e Clóvis compreendera que somente convertendo-se ao cristianismo obteria sua adesão. Assim, a Igreja tomou-se aliada na expansão do poder de Clóvis — poder que começou a sair da simples aclamação dos guerreiros para a ratificação pelo poder religioso.
Ademais, visigodos e borgúndios haviam adotado o arianismo — uma heresia condenada pela Igreja. Por essa razão, as guerras de Clóvis para unificar a Gália contaram com o apoio do próprio Papado, interessado na supressão daquela heresia.
As divisões do Reino dos Francos (511-687)
Com a morte de Clóvis, em 511, o Reino dos Francos foi dividido em quatro partes, de acordo com o costume germânico de repartir as propriedades do falecido entre seus filhos varões, sem levar em conta a primogenitura. A partilha enfraqueceu a monarquia franca, uma vez que os herdeiros passaram a lutar entre si. Seguiram-se unificações parciais e novas divisões, com os Merovíngios se digladiando constantemente.
A Gália permaneceu dividida durante um longo período, excetuando-se o reinado de Dagoberto I, que conseguiu governar sozinho de 629 a 639. Os Estados francos mais importantes eram a Austrásia e a Nêustria.
Os prefeitos do palácio (640-751)
Após a morte de Dagoberto, o poder dos Merovíngios entrou em declínio. Os soberanos desse período, tanto da Nêustria como da Austrásia, praticamente deixaram de governar, delegando sua autoridade a um alto funcionário: o prefeito do paço (palácio) ou major domus. Os prefeitos assumiram o poder de fato e marginalizaram os reis - conhecidos desde então como reis indolentes.
Na Austrásia, Pepino de Héristal conseguiu que o cargo de major domus se tomasse hereditário. Em 687, ele venceu em batalha o major domus da Nêustria, estabelecendo uma união de fato entre os dois Reinos. Seu filho, Carlos Martelo (ou Martel), em 721 unificou definitivamente os Reinos da Austrásia e da Nêustria, impondo-lhes um monarca único e constituindo a entidade geopolítica que ficaria conhecida pelo nome de França. Carlos ganhou o apelido de Martelo depois de esmagar os árabes em Poitiers (732), detendo o avanço do Islão sobre a Europa.
Com a morte de Carlos Martelo, em 740, tornou-se prefeito do paço seu filho Pepino, o Breve. Em 751, contando com a aprovação papal, Pepino internou o último Merovíngio em um convento e se fez aclamar rei dos francos em Soissons. A coroação foi realizada pelo papa Estêvão II, para enfatizar a origem divina do poder real.
Em retribuição ao apoio do pontífice, Pepino comandou uma expedição à Itália contra os lombardos, que ameaçavam Roma e o Papado. As terras tomadas aos lombardos foram doadas por Pepino à Igreja, formando o Patrimônio de São Pedro — núcleo dos futuros Estados da Igreja.
O Império Carolíngio (800-843)
Quando Pepino faleceu, em 768, o trono foi compartilhado por seus filhos Carlos (mais tarde Carlos Magno) e Carlomano. Este morreu três anos depois, e Carlos passou a reinar sozinho.
Carlos Magno foi o mais guerreiro dos governantes cristãos da Alta Idade Média. Sob o pretexto de expandir a fé cristã, levou a guerra aos muçulmanos da Espanha e aos pagãos da Germffitia. Na Itália, reabriu a luta contra os lombardos, submetendo-os e tomando-lhes a Coroa de Ferro (coroa contendo um aro interno de ferro que, segundo a tradição, fora fundido com um dos cravos que crucificaram Jesus). O território dos lombardos foi incorporado aos domínios de Carlos, com o nome de Reino da Itália — localizado entre os Alpes e o Patrimônio de São Pedro (este último foi confirmado como domínio pontifício). Na Península Ibérica, o soberano franco ocupou uma larga faixa de terra além Pireneus, ali criando a Marca da Espanha.
A mais violenta guerra de conquista e conversão foi conduzida contra os saxões da Germânia. Tribos inteiras foram aniquiladas; mas Carlos conseguiu estender sua autoridade a uma vasta região, correspondente aproximadamente à Alemanha, Áustria e República Checa atuais.
Como fizera na Espanha, o soberano franco criou na Germânia algumas marcas (áreas de fronteira sob a administração civil e militar de um marquês), destinadas a conter os ataques dos povos da Europa Oriental. Uma delas, estabelecida junto ao Rio Danúbio, daria origem à Áustria.
As conquistas de Carlos Magno expandiram o cristianismo e ampliaram a área de influência da Igreja. Grato ao monarca franco, o papa Leão III coroou-o em Roma, no Natal de 800, com o título de imperador dos romanos, sucessor de Constantino. Formalmente, renascia o Império Romano do Ocidente, desaparecido em 476. Mas o novo Estado, cujos limites não coincidiam com os de seu predecessor, ficaria conhecido historicamente pelo nome de Império Carolíngio.
Os domínios de Carlos Magno tinham como centro de governo o palácio imperial. Nele residiam os altos funcionários, escolhidos pelo imperador e demissíveis a sua vontade: o conde palatino era o chefe da administração; o arquicapelão tratava dos assuntos eclesiásticos; o chanceler, da legislação e das relações exteriores; o camareiro guardava a câmara do tesouro; o senescal cuidava do abastecimento; finalmente, o condestável organizava as forças militares.
O Império foi dividido em condados — circunscrições administrativas governadas pelos condes e, na sua ausência, pelos vice-condes (viscondes). As fronteiras terrestres estavam divididas em marcas, governadas pelos marqueses. Inspetores imperiais denominados missi dominici circulavam pelo Império, fiscalizando a atuação não só dos condes e marqueses, mas também dos bispos.
Nas Assembléias de Maio, todos os grandes do Império, leigos e eclesiásticos, reuniam-se para relatar o de suas administrações, discutir os problemas existentes e tomar deliberações - cabendo a decisão final sempre ao imperador (rei antes de 800). Eram redigidas, então, as capitulares, leis que evidenciavam o renascimento do poder do Estado.
Surpreendentemente para um monarca guerreiro e com raízes culturais germânicas, Carlos Magno incentivou as atividades intelectuais. Em seu governo ocorreu um efêmero florescimento cultural, que a História chamaria de Renascimento Carolíngio. Algumas escolas foram abertas, para ensinar os filhos dos nobres a ler e escrever; seu modelo era a Escola Palatina, instalada no próprio palácio imperial. Religiosos com grande prestígio intelectual — como o saxão AIcuíno, o franco Eginhardo e o lombardo Paulo Diácono — foram convidados a lecionar e também se incumbiram da produção literária do período.
O fim do Império Carolíngio
Luís, o Piedoso, filho e sucessor de Carlos Magno, faleceu em 840. Sua morte marca o início da desintegração do Império, pois o trono foi disputado por seus filhos: Lotrio, o mais velho e herdeiro legal do Império, Luís e Carlos.
Em 843, pelo Tratado de Verdun, o Império Carolíngio foi desmembrado: a França Ocidental ficou para Carlos, o Calvo; a França Oriental, para Luís, o Germânico; Lotário, embora reconhecido como imperador e suserano dos irmãos, recebeu um extenso mas estreito território, que compreendia a Itália Setentrional e depois se estendia até ao Mar do Norte, acompanhando o Vale do Reno. À falta de uma denominação preexistente, Estado incongruente recebeu o nome de Lotaríngia (restrito mais tarde à faixa situada ao norte dos Alpes).
A Lotaríngia subsistiria por pouco tempo. Lotário foi sucedido por seu filho Lotário II (855-869), que recebeu apenas o título de rei da Lotaríngia. Após a morte de Lotário II, seus tios Luís e Carlos dividiram entre si o território ao norte dos Alpes, ficando a Itália Setentrional como um reino independente. Quanto ao título de imperador, foi concedido pelos papas a diversos membros da família dos Carolíngios, sem obedecer a uma linha sucessória regular. O último imperador titular foi Berenguer, que também ostentava o título de rei da Itália e morreu em 924. A essa altura, a dignidade imperial perdera totalmente seu prestígio.
As duas partes remanescentes do Império Carolíngio, França Ocidental e França Oriental, dariam origem a dois grandes Estados europeus: França e Alemanha. Na França Ocidental (ou seja, a França propriamente dita), o poder dos grandes senhores (condes) fortaleceu-se a tal ponto que um deles, Roberto, o Forte, chegou a assumir o trono, com a aprovação de seus pares. Em 987, quando o último Carolíngio francês morreu sem herdeiros diretos, a nobreza aclamou rei o conde de Paris, Hugo Capeto, fundador da Dinastia dos Capetíngios.
Na França Oriental (ou Germânia), o poder dos duques (chefes dos grandes territórios) era muito grande. Em 911, quando o último Carolíngio germânico faleceu sem deixar sucessor, os duques decidiram fundar o Reino da Germânia, que seria uma monarquia eletiva e não hereditária. O primeiro rei foi Conrado, duque da Francônia, eleito pelos duques da Baviera, Suábia e Saxônia.
Henrique, o Passarinheiro, duque da Saxônia, sucedeu a Conrado em 916. Suas campanhas militares contra húngaros e eslavos tiveram o poder de criar uma certa unidade nacional entre as populações da Germânia, prenunciando a formação da futura Alemanha., Foi sucedido por seu filho Oto I, com a concordância dos outros duques. Em 962, Oto recebeu do papa João XII o título de imperador, dando início ao Sacro Império Romano-Germânico. Esse Estado, considerado sucessor do Império Carolíngio e do Império Romano do Ocidente, sobreviveria por mais de oito séculos, até ser extinto por Napoleão em 1806.
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terça-feira, 31 de janeiro de 2012
FREDERICO VI - O BARBA ROCHA - SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÃNICO
Frederico I, Sacro Imperador Romano-GermânicoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Nota: Se procura o pirata também conhecido por Barbaruiva ou Barbarossa, veja Capitão Khizr.
Frederico Barbarossa
Imperador germânico
O imperador Frederico I, por Max Barack
Governo
Vida
Nascimento 1122
Waiblingen ou Ravensburg
Morte 1190
Cilícia
ver
Frederico I da Germânia (Waiblingen ou Ravensburg, 1122 – Cilícia, 10 de junho de 1190) - também conhecido por Frederico Barba-roxa, Frederico Barbarossa (ou simplesmente o Barbarossa) e sob a forma aportuguesada de Frederico Barba-Ruiva - foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1152-1190), rei da Itália (1155-1190), e, com nome de Frederico III, duque da Suábia (1147-1152, 1167-1168). Pertencia à poderosa família dos Hohenstaufen (Staufen). O nome "Barbaroxa", forma aportuguesada do italiano "barbarossa" (isto é, barba ruiva) popularizou-se apesar de seu evidente despropósito, pois o significado original é "barba vermelha", devido à longa barba ruiva que ele usava.
Índice [esconder]
1 Governo
2 Relações familiares
3 Curiosidades
4 Bibliografia
5 Ligações externas
[editar] GovernoO Sacro Império Romano-Germânico conheceu um momento de esplendor com Frederico I Barba-Ruiva, que conseguiu impor sua autoridade sobre o papado e assegurou a influência alemã na Europa ocidental. No século XIX, foi reconhecido como precursor da unidade do povo alemão.
Sucedeu ao seu pai Frederico II da Suábia no ducado da Suábia, quando este faleceu em 1147. À morte do seu tio, o imperador Conrado III, foi eleito rei da Alemanha em Frankfurt, no ano de 1152.
Era seu desejo restaurar as glórias do Império Romano, motivo pelo qual decidiu consolidar a posição imperial tanto na Germânia como na península Itálica. Inicialmente pretendeu pacificar o país para depois se concentrar na dominação germânica na Itália, para onde o imperador empreendeu numerosas expedições a fim de cumprir os seus objetivos.
Brasão da dinastia Hohenstaufen.A pedido do Papa Adriano IV, foi para a Itália com o propósito de conquistar Roma, então em poder de Arnaldo da Brescia, que foi vencido e capturado. Frederico I foi proclamado, em Pavia, rei da Itália pelo papa em 1155. Desde o começo de seu reinado desafiou a autoridade papal e lutou para estabelecer o domínio germânico na Europa ocidental.
Depois de conquistar Milão, cujos governantes haviam tentado opor-se a ele, Frederico I convocou a Dieta de Roncaglia, para definir e consolidar a autoridade imperial na Lombardia. Entretanto, suas campanhas na Itália tiveram a oposição dos papas e das cidades italianas que tentou subjugar. Em 1159, apoiou a nomeação de um antipapa, Vítor IV, em oposição ao papa legítimo, Alexandre III, e três anos depois destruiu Milão. Constituíram-se então entre as cidades do papado a Liga Lombarda e a de Verona, com o propósito de defender-se contra o imperador.
Frederico I Barbarossa como um cruzado (iluminura do século XII).Frederico lutou contra a Liga Lombarda, mas as cidades italianas aliaram-se ao Papa Alexandre III e em 1176 derrotaram o invasor em Legnano. Após a derrota na batalha de Legnano, Frederico I foi obrigado a reconhecer o papa Alexandre III as pretensões das vilas lombardas aliadas ao papado, além de assinar a paz de Veneza. Fracassaram assim suas tentativas de apoderar-se do norte da Itália, embora continuasse ameaçando os Estados Pontifícios nos domínios de Toscana, Spoleto e Ancona.
Embora o controle imperial na Itália tivesse chegado virtualmente ao fim com a derrota em Legnano, Frederico conseguiu aumentar seu prestígio na Europa Central. Fez da Polônia um Estado tributário do império, elevou a Boêmia à categoria de reino e transformou o margraviato da Áustria em ducado independente com caráter hereditário.
Frederico I tratou também de consolidar sua autoridade dentro da Alemanha, opondo-se ao poderio crescente dos príncipes de seu império. Em 1180, clero e nobreza o apoiaram na destituição de seu mais poderoso vassalo da Baviera e da Saxônia, Henrique o Leão, castigado por ter-se negado a ajudar na campanha italiana de 1176.
Depois de ter abdicado em favor de seu filho mais velho, Frederico empreendeu uma cruzada no Oriente após a tomada de Jerusalém por Saladino (a Terceira Cruzada). Morreu em 10 de junho de 1190, ao atravessar o Sélef (atual rio Göksu), na Anatólia.
[editar] Relações familiares
Frederico I Barbarossa e o seu filho numa miniatura da Crónica dos Guelfos (século XIII).Foi filho de Frederico II da Suábia, duque da Suábia (1090 - 1147) e de Judite de Baiern (1100 - 1132), filha de Henrique IX de Stolze "O negro", duque da Baviera e de Wulfhilde de Sachsen.
Casou por duas vezes, a primeira em 1147 com Adelaide de Vohburg (1125 -?) de quem não teve filhos e a segunda em 1156 com Beatriz I de Borgonha (1145 -1184), filha de Reinaldo III da Borgonha (1093 - 1148) e de Ágata da Lorena (1122 - 1147) de quem teve:
Frederico V da Suábia, duque da Suábia (16 de julho de 1164 -?)
Henrique VI de Hohenstaufen (1165 - 1197), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, casou com Constança de Hauteville, princesa da Sicilia.
Conrad de Hohenstaufen, duque da Suábia, (1172 -?), casou com Berengária de Castela (Segóvia, 1 de junho de 1180 - Las Huelgas, 8 de novembro de 1246), infanta de Castela e mais tarde Rainha de Castela.
Otão I da Borgonha (1175 -?), conde palatino da Borgonha, casou com Margarida de Blois.
Filipe da Suábia ou Filipe de Hohenstauten, como também é referido, duque da Suábia, (1176 - 1208) casou com Irene Angelina (1180 - 1208), Rainha de Constantinopla, filha de Isaac II Ângelo (1156 - 1204) e de Margarida Maria de Monteferrat.
Beatriz de Hohenstaufen, casou com Guilherme II de Thiers, conde de Châlon
Inês de Hohenstaufen
[editar] CuriosidadesNo jogo Age of Empires II, existe uma campanha em homenagem a Barbarossa, contando desde a fundação do Sacro Imperio Romano até a sua morte, além de ter dois capitulos sobre a traição de Henrique, o Leão (Henry Welf), sendo que o próprio Henrique, o Leão é o narrador da campanha.
No livro Baudolino, de Umberto Eco, ele é um dos personagens principais, sendo pai adotivo de Baudolino, personagem que dá nome à obra. No livro ele não morreu afogado, mas sim assassinado e depois teve o seu corpo jogado no rio.
A popularidade de Barbarossa foi tão grande e tamanha que deu origem a um mito messiânico na Alemanha, em que se acreditava que Frederico I não havia morrido e um dia voltaria para salvá-la do caos. Influênciou também o mito do Sebastianismo em Portugal.
[editar] Bibliografia
A Morte de Frederico Barbarossa, por Gustave Doré.Heinrich Appelt: Friedrich Barbarossa (1152-1190). In: Helmut Beumann (Hrsg.): Kaisergestalten des Mittelalters. München ²1985, S. 177–198. ISBN 3-406-30279-3
Joachim Ehlers: Friedrich I. In: Bernd Schneidmüller, Stefan Weinfurter (Hrsg.): Die deutschen Herrscher des Mittelalters, Historische Porträts von Heinrich I. bis Maximilian I. München 2003, S. 232–57. ISBN 3-406-50958-4
Odilo Engels: Die Staufer. Stuttgart [u. a.] 71998. ISBN 3-17-015157-6 (Standardwerk; dort auch weiterführende Literatur)
Knut Görich: "Die Ehre Friedrich Barbarossas". Kommunikation, Konflikt und politisches Handeln im 12. Jahrhundert. Darmstadt 2001. ISBN 3-534-15168-2
Hagen Keller: Zwischen regionaler Begrenzung und universalem Horizont. Deutschland im Imperium der Salier und Staufer 1024–1250. Propyläen Geschichte Deutschlands. Bd 2. Berlin 1986. ISBN 3-549-05812-8
Ferdinand Opll: Friedrich Barbarossa. Darmstadt ³1998. ISBN 3-534-04131-3
Heinz Löwe: Die Staufer als Könige und Kaiser. in: Die Zeit der Staufer. Geschichte - Kunst - Kultur. Bd 3. Aufsätze. Ausstellungskatalog. Hrsg. vom Württembergischen Landesmuseum, Stuttgart 1977, S. 21–34.
Bernhard Töpfer: Friedrich I. Barbarossa. In: Evamaria Engel, Eberhard Holtz (Hrsg.): Deutsche Könige und Kaiser des Mittelalters. Köln - Wien 1989, S. 159–187. ISBN 3-412-03688-9
Cardini, Franco (1987). Barbarroja: vida, triunfos e ilusiones de un emperador medieval. Edicions 62. ISBN 978-84-297-2533-9.
[editar] Ligações externasGeneall.net.
O Commons possui multimídias sobre Frederico I, Sacro Imperador Romano-Germânico
Frederico I Barba-Ruiva
Precedido por
Lotário III Sacro Imperador Romano - Germânico
1152 - 1190 Sucedido por
Henrique VI
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Frederico Barbarossa
Imperador germânico
O imperador Frederico I, por Max Barack
Governo
Vida
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Morte 1190
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Frederico I da Germânia (Waiblingen ou Ravensburg, 1122 – Cilícia, 10 de junho de 1190) - também conhecido por Frederico Barba-roxa, Frederico Barbarossa (ou simplesmente o Barbarossa) e sob a forma aportuguesada de Frederico Barba-Ruiva - foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1152-1190), rei da Itália (1155-1190), e, com nome de Frederico III, duque da Suábia (1147-1152, 1167-1168). Pertencia à poderosa família dos Hohenstaufen (Staufen). O nome "Barbaroxa", forma aportuguesada do italiano "barbarossa" (isto é, barba ruiva) popularizou-se apesar de seu evidente despropósito, pois o significado original é "barba vermelha", devido à longa barba ruiva que ele usava.
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1 Governo
2 Relações familiares
3 Curiosidades
4 Bibliografia
5 Ligações externas
[editar] GovernoO Sacro Império Romano-Germânico conheceu um momento de esplendor com Frederico I Barba-Ruiva, que conseguiu impor sua autoridade sobre o papado e assegurou a influência alemã na Europa ocidental. No século XIX, foi reconhecido como precursor da unidade do povo alemão.
Sucedeu ao seu pai Frederico II da Suábia no ducado da Suábia, quando este faleceu em 1147. À morte do seu tio, o imperador Conrado III, foi eleito rei da Alemanha em Frankfurt, no ano de 1152.
Era seu desejo restaurar as glórias do Império Romano, motivo pelo qual decidiu consolidar a posição imperial tanto na Germânia como na península Itálica. Inicialmente pretendeu pacificar o país para depois se concentrar na dominação germânica na Itália, para onde o imperador empreendeu numerosas expedições a fim de cumprir os seus objetivos.
Brasão da dinastia Hohenstaufen.A pedido do Papa Adriano IV, foi para a Itália com o propósito de conquistar Roma, então em poder de Arnaldo da Brescia, que foi vencido e capturado. Frederico I foi proclamado, em Pavia, rei da Itália pelo papa em 1155. Desde o começo de seu reinado desafiou a autoridade papal e lutou para estabelecer o domínio germânico na Europa ocidental.
Depois de conquistar Milão, cujos governantes haviam tentado opor-se a ele, Frederico I convocou a Dieta de Roncaglia, para definir e consolidar a autoridade imperial na Lombardia. Entretanto, suas campanhas na Itália tiveram a oposição dos papas e das cidades italianas que tentou subjugar. Em 1159, apoiou a nomeação de um antipapa, Vítor IV, em oposição ao papa legítimo, Alexandre III, e três anos depois destruiu Milão. Constituíram-se então entre as cidades do papado a Liga Lombarda e a de Verona, com o propósito de defender-se contra o imperador.
Frederico I Barbarossa como um cruzado (iluminura do século XII).Frederico lutou contra a Liga Lombarda, mas as cidades italianas aliaram-se ao Papa Alexandre III e em 1176 derrotaram o invasor em Legnano. Após a derrota na batalha de Legnano, Frederico I foi obrigado a reconhecer o papa Alexandre III as pretensões das vilas lombardas aliadas ao papado, além de assinar a paz de Veneza. Fracassaram assim suas tentativas de apoderar-se do norte da Itália, embora continuasse ameaçando os Estados Pontifícios nos domínios de Toscana, Spoleto e Ancona.
Embora o controle imperial na Itália tivesse chegado virtualmente ao fim com a derrota em Legnano, Frederico conseguiu aumentar seu prestígio na Europa Central. Fez da Polônia um Estado tributário do império, elevou a Boêmia à categoria de reino e transformou o margraviato da Áustria em ducado independente com caráter hereditário.
Frederico I tratou também de consolidar sua autoridade dentro da Alemanha, opondo-se ao poderio crescente dos príncipes de seu império. Em 1180, clero e nobreza o apoiaram na destituição de seu mais poderoso vassalo da Baviera e da Saxônia, Henrique o Leão, castigado por ter-se negado a ajudar na campanha italiana de 1176.
Depois de ter abdicado em favor de seu filho mais velho, Frederico empreendeu uma cruzada no Oriente após a tomada de Jerusalém por Saladino (a Terceira Cruzada). Morreu em 10 de junho de 1190, ao atravessar o Sélef (atual rio Göksu), na Anatólia.
[editar] Relações familiares
Frederico I Barbarossa e o seu filho numa miniatura da Crónica dos Guelfos (século XIII).Foi filho de Frederico II da Suábia, duque da Suábia (1090 - 1147) e de Judite de Baiern (1100 - 1132), filha de Henrique IX de Stolze "O negro", duque da Baviera e de Wulfhilde de Sachsen.
Casou por duas vezes, a primeira em 1147 com Adelaide de Vohburg (1125 -?) de quem não teve filhos e a segunda em 1156 com Beatriz I de Borgonha (1145 -1184), filha de Reinaldo III da Borgonha (1093 - 1148) e de Ágata da Lorena (1122 - 1147) de quem teve:
Frederico V da Suábia, duque da Suábia (16 de julho de 1164 -?)
Henrique VI de Hohenstaufen (1165 - 1197), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, casou com Constança de Hauteville, princesa da Sicilia.
Conrad de Hohenstaufen, duque da Suábia, (1172 -?), casou com Berengária de Castela (Segóvia, 1 de junho de 1180 - Las Huelgas, 8 de novembro de 1246), infanta de Castela e mais tarde Rainha de Castela.
Otão I da Borgonha (1175 -?), conde palatino da Borgonha, casou com Margarida de Blois.
Filipe da Suábia ou Filipe de Hohenstauten, como também é referido, duque da Suábia, (1176 - 1208) casou com Irene Angelina (1180 - 1208), Rainha de Constantinopla, filha de Isaac II Ângelo (1156 - 1204) e de Margarida Maria de Monteferrat.
Beatriz de Hohenstaufen, casou com Guilherme II de Thiers, conde de Châlon
Inês de Hohenstaufen
[editar] CuriosidadesNo jogo Age of Empires II, existe uma campanha em homenagem a Barbarossa, contando desde a fundação do Sacro Imperio Romano até a sua morte, além de ter dois capitulos sobre a traição de Henrique, o Leão (Henry Welf), sendo que o próprio Henrique, o Leão é o narrador da campanha.
No livro Baudolino, de Umberto Eco, ele é um dos personagens principais, sendo pai adotivo de Baudolino, personagem que dá nome à obra. No livro ele não morreu afogado, mas sim assassinado e depois teve o seu corpo jogado no rio.
A popularidade de Barbarossa foi tão grande e tamanha que deu origem a um mito messiânico na Alemanha, em que se acreditava que Frederico I não havia morrido e um dia voltaria para salvá-la do caos. Influênciou também o mito do Sebastianismo em Portugal.
[editar] Bibliografia
A Morte de Frederico Barbarossa, por Gustave Doré.Heinrich Appelt: Friedrich Barbarossa (1152-1190). In: Helmut Beumann (Hrsg.): Kaisergestalten des Mittelalters. München ²1985, S. 177–198. ISBN 3-406-30279-3
Joachim Ehlers: Friedrich I. In: Bernd Schneidmüller, Stefan Weinfurter (Hrsg.): Die deutschen Herrscher des Mittelalters, Historische Porträts von Heinrich I. bis Maximilian I. München 2003, S. 232–57. ISBN 3-406-50958-4
Odilo Engels: Die Staufer. Stuttgart [u. a.] 71998. ISBN 3-17-015157-6 (Standardwerk; dort auch weiterführende Literatur)
Knut Görich: "Die Ehre Friedrich Barbarossas". Kommunikation, Konflikt und politisches Handeln im 12. Jahrhundert. Darmstadt 2001. ISBN 3-534-15168-2
Hagen Keller: Zwischen regionaler Begrenzung und universalem Horizont. Deutschland im Imperium der Salier und Staufer 1024–1250. Propyläen Geschichte Deutschlands. Bd 2. Berlin 1986. ISBN 3-549-05812-8
Ferdinand Opll: Friedrich Barbarossa. Darmstadt ³1998. ISBN 3-534-04131-3
Heinz Löwe: Die Staufer als Könige und Kaiser. in: Die Zeit der Staufer. Geschichte - Kunst - Kultur. Bd 3. Aufsätze. Ausstellungskatalog. Hrsg. vom Württembergischen Landesmuseum, Stuttgart 1977, S. 21–34.
Bernhard Töpfer: Friedrich I. Barbarossa. In: Evamaria Engel, Eberhard Holtz (Hrsg.): Deutsche Könige und Kaiser des Mittelalters. Köln - Wien 1989, S. 159–187. ISBN 3-412-03688-9
Cardini, Franco (1987). Barbarroja: vida, triunfos e ilusiones de un emperador medieval. Edicions 62. ISBN 978-84-297-2533-9.
[editar] Ligações externasGeneall.net.
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Frederico I Barba-Ruiva
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Lotário III Sacro Imperador Romano - Germânico
1152 - 1190 Sucedido por
Henrique VI
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HENRIQUE VI - SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÃNICO
Henrique VI da GermâniaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Henrique VI
Sacro Imperador Romano-Germânico
Henrique VI
Governo
Vida
ver
Henrique VI da Germânia ou Henrique VI de Hohenstaufen (Nimega, Novembro de 1165 – Messina, 28 de Setembro de 1197), imperador do Sacro Império Romano-Germânico, casou com Constança de Hauteville também conhecida como Constança da Sicília ou Constança de Altavilla, princesa da Sicília. Foi rei da Alemanha entre 1190 e 1197 e imperador do Sacro Império Romano-Germânico entre 1191 e 1197.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Relações familiares
3 Ver também
4 Bibliografia
5 Ligações externas
[editar] Biografia
Henrique VI da Germânia,(Códice Manesse, aprox. 1300.Foi coroado como rei dos romanos em Bamberg em junho de 1169 e como Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1193, pela mão do Papa Celestino III na cidade de Roma juntamente com a sua esposa.
No ano de 1190 e também em 1193 tentou impor-se aos nobres alemães que lhe ofereciam resistência e eram liderados por Henrique XII de Baviera também denominado por Henrique, O Leão (Ravensburg, 1129 – Brunswick, 1195) e que tiveram a ajuda do papado e do rei de Inglaterra, na pessoa de Ricardo Coração de Leão, não tendo no entanto grande êxito pois apesar da vitória alcançada não obteve o seu principal objectivo que era converter em heriditario o trono da Alemanha que era sempre uma fonte de problemas da nobreza alemã com o papado e a Inglaterra.
Em 1194, depois dos seus intentos estarem derrotados recebeu o trono da Sicília em 1191 praticamente pela força das armas e depois de o haver reveindicado devido à herança por direito da sua esposa.
Em 28 de Setembro de 1197, morreu na cidade italiana de Messina.
[editar] Relações familiares
Pormenor de uma representação, que representa Constança da Sicília, esposa de Henrique VI.Foi filho de Frederico I, Sacro Imperador Romano-Germânico (Waiblingen ou Ravensburg, 1122 – Cilícia, 1190) e de Beatriz da Borgonha (1145 - 15 de novembro de 1184)), condessa da Borgonha. Casou em 27 de janeiro de 1186 com Constança da Sicília, conhecida também como Constança de Altavilla, (2 de novembro de 1154 - 27 de novembro de 1198), de quem teve:
Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico (Jesi, Província de Ancona, 26 de Dezembro de 1194 — Castel Fiorentino, Apúlia, 13 de dezembro de 1250), foi Rei da Sicília (1197-1250), Rei de Tessalónica, Rei de Chipre e Jerusalém, Rei dos Romanos, Rei da Germânia e imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1220-1250). Casou por quatro vezes, a primeira com Constança de Aragão, (1179 – Catania, 23 de junho de 1222) infanta de Aragão, a segunda com Isabel II de Jerusalém, (1212 – Andria, Itália, 25 de abril de 1228) rainha de Jerusalém, a terceira com Elisabete de Inglaterra, (1214 – 1 de dezembro de 1241) princesa de Inglaterra e a quarta com Bianca Lancia (1200 ou 1210 - 1244).
[editar] Ver tambémLista de reis da Germânia
[editar] BibliografiaHenry Bogdan, Histoire de l'Allemagne de la Germanie à nos jours, coll. « Tempus », Perrin, 2003 ISBN 2-262-02106-6, p. 113-115
[editar] Ligações externasGeneall.net.
Precedido por
Frederico I Barba-Roxa Rei da Germânia
1169 - 1197 Sucedido por
Frederico II (rei co-regente)
Precedido por
Frederico Barbarossa Sacro Imperador Romano - Germânico
1191 - 1197 Sucedido por
Otão IV
Precedido por
Guilherme III Rei da Sicília (como Henrique I )
1194 - 1197
( com Constança I )
Sucedido por
Frederico I
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Henrique VI
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Henrique VI da Germânia ou Henrique VI de Hohenstaufen (Nimega, Novembro de 1165 – Messina, 28 de Setembro de 1197), imperador do Sacro Império Romano-Germânico, casou com Constança de Hauteville também conhecida como Constança da Sicília ou Constança de Altavilla, princesa da Sicília. Foi rei da Alemanha entre 1190 e 1197 e imperador do Sacro Império Romano-Germânico entre 1191 e 1197.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Relações familiares
3 Ver também
4 Bibliografia
5 Ligações externas
[editar] Biografia
Henrique VI da Germânia,(Códice Manesse, aprox. 1300.Foi coroado como rei dos romanos em Bamberg em junho de 1169 e como Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1193, pela mão do Papa Celestino III na cidade de Roma juntamente com a sua esposa.
No ano de 1190 e também em 1193 tentou impor-se aos nobres alemães que lhe ofereciam resistência e eram liderados por Henrique XII de Baviera também denominado por Henrique, O Leão (Ravensburg, 1129 – Brunswick, 1195) e que tiveram a ajuda do papado e do rei de Inglaterra, na pessoa de Ricardo Coração de Leão, não tendo no entanto grande êxito pois apesar da vitória alcançada não obteve o seu principal objectivo que era converter em heriditario o trono da Alemanha que era sempre uma fonte de problemas da nobreza alemã com o papado e a Inglaterra.
Em 1194, depois dos seus intentos estarem derrotados recebeu o trono da Sicília em 1191 praticamente pela força das armas e depois de o haver reveindicado devido à herança por direito da sua esposa.
Em 28 de Setembro de 1197, morreu na cidade italiana de Messina.
[editar] Relações familiares
Pormenor de uma representação, que representa Constança da Sicília, esposa de Henrique VI.Foi filho de Frederico I, Sacro Imperador Romano-Germânico (Waiblingen ou Ravensburg, 1122 – Cilícia, 1190) e de Beatriz da Borgonha (1145 - 15 de novembro de 1184)), condessa da Borgonha. Casou em 27 de janeiro de 1186 com Constança da Sicília, conhecida também como Constança de Altavilla, (2 de novembro de 1154 - 27 de novembro de 1198), de quem teve:
Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico (Jesi, Província de Ancona, 26 de Dezembro de 1194 — Castel Fiorentino, Apúlia, 13 de dezembro de 1250), foi Rei da Sicília (1197-1250), Rei de Tessalónica, Rei de Chipre e Jerusalém, Rei dos Romanos, Rei da Germânia e imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1220-1250). Casou por quatro vezes, a primeira com Constança de Aragão, (1179 – Catania, 23 de junho de 1222) infanta de Aragão, a segunda com Isabel II de Jerusalém, (1212 – Andria, Itália, 25 de abril de 1228) rainha de Jerusalém, a terceira com Elisabete de Inglaterra, (1214 – 1 de dezembro de 1241) princesa de Inglaterra e a quarta com Bianca Lancia (1200 ou 1210 - 1244).
[editar] Ver tambémLista de reis da Germânia
[editar] BibliografiaHenry Bogdan, Histoire de l'Allemagne de la Germanie à nos jours, coll. « Tempus », Perrin, 2003 ISBN 2-262-02106-6, p. 113-115
[editar] Ligações externasGeneall.net.
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Frederico I Barba-Roxa Rei da Germânia
1169 - 1197 Sucedido por
Frederico II (rei co-regente)
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Guilherme III Rei da Sicília (como Henrique I )
1194 - 1197
( com Constança I )
Sucedido por
Frederico I
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FILIPE DA SUÁBIA
Sacro Império Romano-GermânicoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Sacrum Romanum Imperium (latim)
Heiliges Römisches Reich (alemão)
Sacro Império Romano-Germânico
Império
←
←
962 – 1806 ↓
Bandeira Brasão
As fronteiras do Sacro Império Romano-Germânico entre os anos de 962 a 1806, sobre as fronteiras da Europa moderna
Continente Europa
Capital Nenhum especificado; sentado em Ratisbona 1594 - 1806.
Língua oficial Latim, alemão, italiano, Línguas germânicas ocidentais, Línguas românicas e Línguas eslavas
Religião Católica romana
Governo Monarquia eletiva
Imperador
• 962 - 967 Oto I
• 1027–1039 Conrado II
• 1530–1556 Carlos V
• 1637–1657 Fernando III
• 1792–1806 Francisco II
Legislatura Reichstag
Período histórico Idade Média
• 2 de fevereiro de 962 Oto I é coroado Rei da Itália
• 1034 Conrado II assume a coroa da Burgúndia
• 25 de setembro de 1555 Paz de Augsburgo
• 24 de outubro de 1648 Paz de Vestfália
• 6 de agosto de 1806 Dissolução
Precedido por Sucedido por
Reino da Germânia
Reino Itálico
Antiga Confederação Helvética
República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos
Confederação do Reno
Império Austríaco
Primeiro Império Francês
Reino da Prússia
História da Alemanha
Antiguidade
Germanos
Grande Migração
Idade Média
Frância oriental
Reino da Germânia
Sacro Império
Romano-Germânico
Colonização do Leste
Seccionalismo
Formando uma nação
Confederação do Reno
Confederação Germânica
Revolução de 1848
Confederação da
Alemanha do Norte
Unificação Alemã
Império Alemão
Império Alemão
I Guerra Mundial
República de Weimar
Alemanha Nazi
Governo Flensburg
Alemanha pós-1945
Ocupação Aliada
Expulsão dos alemães
após a II Guerra Mundial
Alemanha Oriental
Alemanha Ocidental
Reunificação da Alemanha
Alemanha moderna
Alemanha moderna
ver • editar
O Sacro Império Romano-Germânico (em alemão Heiliges Römisches Reich; em latim Sacrum Romanum Imperium) foi a união de territórios da Europa Central durante a Idade Média, durante toda a Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea sob a autoridade do Sacro Imperador Romano. Embora Carlos Magno seja considerado o primeiro Sacro Imperador Romano, coroado em 25 de dezembro de 800, a linha contínua de imperadores começou apenas com Oto o Grande em 962. O último imperador foi Francisco II, que abdicou e dissolveu o império em 1806 durante as Guerras Napoleônicas. A partir do século XV, este Estado era conhecido oficialmente como o Sacro Império Romano da Nação Germânica.[1]
A extensão territorial do império variou durante sua história, mas no seu ápice englobou os territórios dos modernos Estados da Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Luxemburgo, República Tcheca, Eslovênia, Bélgica, Países Baixos e grande parte da Polônia, França e Itália. Na maior parte da sua história, o império consistiu de centenas de pequenos reinos, principados, ducados, condados, Cidades livres imperiais, e outros domínios. Apesar de seu nome, na maior parte da sua existência o Sacro Império Romano-Germânico não incluiu a cidade de Roma em seus domínios, e recebeu este nome em homenagem as glórias e ao poder que o Império Romano deteve em quase todo o continente europeu.
Os primeiros soberanos do Sacro Império, por um curto período, foram os Carolíngios, depois os Guideshi, novamente a Dinastia Carolíngia, depois os Saxões, posteriormente a Dinastia Sália, os von Süpplingerburg, os von Hohenstaufen, os Guelfos, os von Wittelsbach, e por maior tempo, desde 1273 até a dissolução do Império em 1806, em decorrência das Guerras Napoleônicas, foram os von Habsburg.
Índice [esconder]
1 Nomenclatura
1.1 Um império "romano"?
2 Instituições
2.1 Rei dos Romanos
2.2 Patrimônio imperial
2.3 Reichstag
2.4 Cortes imperiais
2.5 Círculos Imperiais
3 História
3.1 Dos Francos do Leste à Controvérsia da Investidura
3.2 Sob os Hohenstaufen
3.3 Crescimento territorial depois dos Staufen
3.4 Reforma imperial
3.5 Crise depois da Reforma
3.6 O longo declínio
3.7 Resquícios atuais
4 Análise
5 Impérios sucessores
6 Ver também
6.1 Instituições
6.2 História
6.3 Estados componentes
6.4 Outros
7 Notas
8 Referências
9 Bibliografia
10 Ligações externas
10.1 Mapas
[editar] NomenclaturaO Sacro Império Romano-Germânico invocava o legado do Império Romano do Ocidente, considerado como acabado com a abdicação de Rômulo Augusto em 476. Embora o Papa Leão III tenha coroado Carlos Magno como Imperator Augustus em 25 de dezembro 800, e seu filho, Luís I, o Piedoso, também tenha sido coroado como Imperador pelo Papa, o império e toda sua estrutura não foram formalizados por décadas, devido principalmente à tendência dos francos de dividir as heranças entre os filhos após a morte do rei. Isso é notável quando Luís I coroou-se em 814, após a morte de seu pai, mas apenas em 816, o Papa Estêvão VI, que sucedeu Leão III, foi a Reims e de novo coroou Luís. Com esse ato, o imperador fortaleceu o papado, instituindo o papel essencial do papa nas coroações imperiais.[2][3]
Terminologias contemporâneas para o império variaram muito durante os séculos. O termo Império Romano foi usado em 1034 para denotar as terras sob o domínio de Conrado II, e Império Sagrado em 1157. O uso do termo Imperador Romano para referir-se aos governantes do Norte da Europa começaram com Oto II (imperador 973-983). Os imperadores de Carlos Magno (imperador de 800 a 814) a Oto I o Grande (Imperador de 962-973) usavam simplesmente a frase Imperator Augustus (ambos, sem a palavra "romano", eram os títulos preferidos em vez de imperador romano). O termo preciso Sacro Império Romano (alemão: Heiliges Römisches Reich; latim: Sacrum Romanum Imperium) data de 1254; a versão final Sacro Império Romano Germânico (alemão Heiliges Römisches Reich deutscher Nation) apareceu em 1512, depois de diversas variações no fim do século XV.[notas 1]
Contemporâneos da época não sabiam ao certo como definir essa entidade. Na sua famosa descripção de 1667, De statu imperii Germanici, publicada sob o codinome Severinus de Monzambano, Samuel Pufendorf escreveu: "Nihil ergo aliud restat, quam ut dicamus Germaniam esse irregulare aliquod corpus et monstro simile ...".
No seu Essai sur l'histoire generale et sur les moeurs et l'esprit des nations (1756), o filosofo francês Voltaire descreveu o Sacro Império Romano como uma "aglomeração" que não é "nem sagrada, nem romana, e nem um império".
Em Fausto I, numa cena escrita em 1775, o autor alemão Goethe era um dos bebedores no Porão de Auerbach em Leipzig e perguntou "Nosso império romano e sagrado, jovens, o que o mantém ainda unido?" Goethe tinha um longo, mas não muito favorável ensaio sobre suas experiências como aprendiz no Reichskammergericht em seu trabalho autobiográfico Dichtung und Wahrheit.
[editar] Um império "romano"?De um ponto de vista jurídico o Império Romano, fundado por Augusto em 27 a.C. e dividido por em duas "partes" após a morte de Teodósio I, em 395, havia sobrevivido somente na parte oriental que, com a deposição do último imperador ocidental Rômulo Augusto, em 476, tinha obtido também as insígnias da parte ocidental reunindo de um ponto de vista formal o Império Romano.
A coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III em 800 foi ato privado de perfil jurídico legítimo: somente o imperador romano do Oriente (chamado "bizantino" mais tarde pelos iluministas no século XVIII) seria digno de coroar um par seu na parte ocidental, razão pela qual Constantinopla viu-se sempre com superioridade e suspeita aquele ato.
Este ato foi justificado, do ponto de vista formal, com dois expedientes:
O fato de que, na época, o Império Bizantino era governado por uma mulher, Irene de Bizâncio, ilegítima aos olhos ocidentais, criava um vazio de poder que tornava possíveis eventuais golpes de mão (de fato na época o Império Bizantino não tinha nenhuma possibilidade de intervir diretamente na Europa ocidental);[4]
A questão que o papa se declarasse como direto herdeiro do Império romano arrogando-se o poder temporal graças ao documento (falso) da Doação de Constantino, com o qual Constantino I teria cedido a soberania sobre a cidade de Roma (e seu território limítrofe) ao papa Silvestre I; o documento, desmentido como falso já no século XV, foi redigido realmente no século VIII, quando o papa, ameaçado pelo avanço dos lombardos, tinha que fazer valer a própria autoridade. Naquela ocasião ele havia feito outro ato análogo, entretanto formalmente ilegítimo, com a coroação do rei dos francos Pepino o Breve, como agradecimento pela ajuda recebida na luta com os lombardos.
Os imperadores romano-germânicos buscaram com poucos modos fazer-se aceitar pelos bizantinos como seus pares: com relações diplomáticas, matrimônios políticos ou ameaças. Algumas vezes porém não obtiveram os resultados esperados, porque de Constantinopla eram sempre chamados como "rei dos germanos", jamais "imperador".
A pretensão de apresentar como herdeiro dos romanos, juridicamente discutível, teve alguns inegáveis resultados positivos, como a recuperação do direito romano, a partir da metade do século XII, que com as atividades da universidade, tornou-se presente no ocidente, substituindo na parte as legislações germânicas, em vigor desde os tempos das invasões bárbaras.
[editar] InstituiçõesA partir da Alta Idade Média em diante, o império estava sendo regido sob uma frágil coexistência do império com a luta de duques locais para tirar o poder para longe dele. Com uma grande extensão que encontrava outros reinados medievais como a França e a Inglaterra, os Imperadores eram incapazes de manter controle sobre as terras que oficialmente tinham. Em vez disso, para assegurar sua própria posição e não ser deposto, os Imperadores eram forçados a dar mais e mais autonomia aos governantes locais: nobres e bispos. Esse processo começou no século XI com a Controvérsia da Investidura e foi mais ou menos concluída em 1648 com a Paz de Vestfália. Diversos imperadores tentaram reverter essa dissolução da sua autoridade, mas eram frustrados pelo papado e pelos príncipes do Império.
[editar] Rei dos RomanosVer artigo principal: Rei dos Romanos
A coroa do Sacro Império Romano Germânico (segunda metade do século X), agora em exposição no Schatzkammer de Viena.Um pretendente a imperador deveria primeiramente ser eleito como Rei dos Romanos (Rex romanorum/römischer König). Reis eram eleitos desde muito tempo: no século IX pelos líderes das cinco tribos mais importantes: (os francos sálios da Lorena, os francos ripuários da Francônia, os saxões, os bávaros, e os suábios);depois pelos principais duques e bispos do reino; finalmente apenas pelo chamado Kurfürsten. Esse colégio eleitoral foi formalmente estabelecido em 1356 pelo Rei da Boêmia, Carlos IV, através do decreto conhecido como Bula Dourada. Inicialmente, havia apenas sete eleitores: o Conde Palatino do Reno, o Rei da Boêmia, o Duque da Saxónia, o Margrave de Brandemburgo, e os Arcebispos de Colônia, Mainz, e Trier. Durante a Guerra dos Trinta Anos, o Duque da Baviera ganhou direito ao voto como oitavo eleitor. Esperava-se de um candidato à eleição que oferecesse concessões de terra e dinheiro para os eleitores para que assim pudesse assegurar os votos.
Em muitos casos, isso levava muitos anos enquanto o rei se ocupava de outras tarefas: freqüentemente ele precisava primeiro resolver rebeliões no norte da Itália, ou alguma querela com o papa. Depois os imperadores dispensaram a coroação papal, contentando-se com o título de Imperador-Eleito: o último imperador a ser coroado pelo papa foi Carlos V em 1530.
O imperador devia ser um homem de bom caráter com mais de dezoito anos. Esperava-se que todos os seus quatro avós tivessem sangue nobre. Nenhuma lei exigia que ele fosse católico, mas o direito imperial presumia que ele o fosse. E ele também não precisava ser alemão (Carlos V e Afonso de Castela não eram, e Henrique VIII da Inglaterra foi candidato na eleição de 1519). A partir do século XVII, os candidatos geralmente possuíam estados dentro do Império. Luís XIV, Rei da França, considerou permitir que a Alsácia-Lorena, recentemente adquirida pelos franceses, voltasse a fazer parte do Império de modo a habilitá-lo a candidatar-se ao trono.
O imperador não podia simplesmente expedir decretos e governar o Império de maneira autônoma. Seu poder era severamente restrito pelos diversos líderes locais: no final do século XV, o Reichstag estabeleceu-se como o corpo legislativo do Império, uma complexa assembléia que se reunia a períodos irregulares a pedido do imperador e cujo local de reunião variava. O Reichstag se tornaria uma assembléia permanente somente após 1663.
[editar] Patrimônio imperialUma entidade era considerada Reichsstand (patrimônio imperial) se, de acordo com o direito feudal, não fosse subordinada a mais ninguém exceto o próprio Sacro Imperador Romano. Eles incluíam:
Territórios governados por um príncipe ou duque, e em alguns casos reis. Governantes do Sacro Império Romano-Germânico, com a exceção dos Rei da Boêmia (um eleitor), não podiam ser soberanos de reinos dentro do império, mas alguns tinham reinos fora dos domínios do Império, como era o caso do Reino Unido, onde o governante era também Príncipe-eleitor de Hanôver desde 1714 até a dissolução do império.
Territórios feudais liderados por um dignitário clérigo, que era então considerado príncipe da Igreja. Num caso parecido de Príncipe-Bispo, o território temporal (chamado príncipe-bispado) freqüentemente excedia a sua – já grande – diocese, dando ao bispo tanto o poder temporal quanto o clerical. São exemplos os três príncipe-arcebispados: Colônia, Trier, e Mainz.
Cidades Livres Imperais
O número de territórios era incrivelmente grande, chegando a aproximadamente 300 na época da Paz de Vestfália. Muitos deles não possuíam mais do que alguns quilômetros quadrados, razão pela qual o Império era freqüentemente descrito como uma "colcha de retalhos" (Flickenteppich) (veja Kleinstaaterei). Para uma lista de Reichsstände em 1792, veja Lista de participantes do Reichstag (1792).
[editar] ReichstagVer artigo principal: Reichstag (instituição)
O Reichstag era o corpo legislativo do Sacro Império Romano. Ela era dividido em três classes distintas:
O Conselho de Eleitores, que incluía os Eleitores do Sacro Império Romano.
O Conselho de Príncipes, que incluía tanto nobres como clérigos.
A bancada secular: Príncipes (aqueles com o título de Príncipe, Grão-Duque, Duque, Conde Palatino, Margrave, ou Landgrave) com votos individuais; alguns tinham mais que um voto porque governavam diversos territórios. Ainda, o Conselho incluía Condes e Grafs, que eram agrupados em quatro colégios: Wetterau, Suábia, Francônia, e Vestfália. Cada colégio contava um voto no total de votos.
A Bancada Eclesiástica: Bispos, certos abades, e os dois grão-mestres da Ordem Teutônica e da Ordem de São João tinham votos individuais. Outros abades eram agrupados em dois Colégios: Suábia e o Reno. Cada colégio tinha um voto coletivo.
O Conselho das Cidades Imperiais, que incluía representantes das cidades imperiais livres eram agrupados em dois colégios: Suábia e Reno. Cada colégio tinha direito a um voto coletivo. O conselho das cidades imperiais não era totalmente igual aos outros; ele podia não votar em várias votações como a admissão de novos territórios. A representação das cidades livres no Reichstag se tornou comum desde a Alta Idade Média. No entanto, sua participação foi formalmente reconhecida apenas em 1648, com a paz de Vestfália quando acabara a Guerra dos 30 anos.
[editar] Cortes imperiaisO império tinha também duas cortes: o Reichshofrat (também conhecido como o Conselho Áulico) baseada na corte do Rei/Imperador (depois em Viena), e a Reichskammergericht (Corte da Câmara Imperial), estabelecida com a Reforma Imperial de 1495.
[editar] Círculos Imperiais
O Sacro Império Romano-Germânico em 1512 e os Círculos ImperiaisComo parte da Reichsreform (Reforma Imperial), seis Círculos Imperiais foram estabelecidas em 1500 e estendidos para dez em 1512. Esses eram grupos regionais compostos pela maioria (mas não por todos) os vários Estados do império com o propósito de defesa, impostos imperiais, supervisão tributária, manter a paz e segurança pública. Cada círculo tinha seu próprio Kreistag ("Dieta Circular").
[editar] História[editar] Dos Francos do Leste à Controvérsia da InvestiduraVer artigo principal: Império Carolíngio, Questão das Investiduras
Seguindo a tradição franca, Carlos Magno tinha a intenção de dividir seu território quando morresse entre seus filhos. Assim que ele morreu, apenas um filho tinha sobrevivido, Luís I, o Piedoso. Luís concordou em herdar todos os domínios de seu pai e o título de imperador. A resolução de Luís de quebrar com a tradição e passar todas suas terras para apenas um filho levou para uma série de guerras civis que terminaram com o repartição de 843. É importante distinguir o Reino Franco Oriental criado pela repartição dos territórios de Carlos Magno em 843 do império. O título imperial foi primeiramente concedido a Lotário I filho mais novo de Luís I, o Piedoso e depois passado a diversos ramos da dinastia Carolíngia, freqüentemente tendo sido sustentado por não mais que alguns monarcas do norte da península Itálica.
O Reino Franco Oriental desenvolveu-se como uma entidade separada até que um não-Carolíngio foi eleito como rei no começo do século X. A posterior coroação de seu filho Oto I como sucessor a imperador marcou o início da associação do Reino Franco Oriental com o título de imperador, uma associação que se manteve intacta até a abdicação de Francisco II em 1806.
Com a divisão do reinado Franco com o Tratado de Verdun em 843, a dinastia Carolíngia prosseguiu independente nas três divisões. A parte oriental ficou sob o domínio de Luís o Germânico, que foi substituído por diversos líderes até a morte de Luís, a Criança, o último carolíngio da parte oriental.
Os líderes da Alamania, Baviera, França e Saxônia elegeram Conrado I dos Francos, que não era um Carolíngio, como líder em 911. Seu sucessor, Henrique (Heinrich), I o Passarinheiro (r. 919-936), um saxão eleito no Reichstag de Fritzlar em 919, conseguiu a aceitação de um Império Oriental separado da parte Ocidental(ainda comandada pelos Carolíngios) em 921, chamando a si mesmo Rex Francorum Orientalum (Rei dos Francos do Leste). Ele fundou a dinastia Otoniana.
Henrique indicou seu filho Otto, que foi eleito rei em Aachen em 936, como seu sucessor. Um casamento-aliança com a soberana viúva do Reino Itálico deu a Otto o controle de toda essa nação. Sua posterior coroação como imperador Oto I (depois chamado "o Grande") em 962 marcaria um avanço importante, quando desde então a realeza Franco-Oriental – e não o Reino Franco Ocidental que era o outro restante dos reinos francos – teria a bênção do Papa. Otto ganhou muito do seu poder logo, quando, em 955, os Magiares foram derrotadas na Batalha de Lechfeld.
O Império em 1000Em contemporâneas e posteriores escrituras, essa coroação seria também referida como translatio imperii, a transferência do "Império dos Romanos" para um novo império. Os imperadores alemães ainda pensavam serem sucessores diretos daqueles do Império Romano; por isso inicialmente chamavam-se Augustus. No começo eles não se chamavam imperadores "romanos", provavelmente para não provocar um conflito com o imperador romano que ainda existia em Constantinopla. O termo imperator romanorum apenas se tornou comum sob Conrado II (sendo sua coroação em 1027, portanto na primeira metade do século XI) depois do Grande Cisma.
Nesse tempo, o reinado oriental não era "alemão", mas uma "confederação" de antigas tribos germânicas de Bávaros, Alamanos, Francos e Saxões. O império era uma união política que provavelmente sobreviveu por causa da influência do rei Henrique, o Saxão e seu filho, Oto. Embora formalmente eleito pelos líderes das tribos germânicas, eles eram na verdade capazes de indicar seus sucessores.
Isso mudou depois que Henrique II morreu em 1024 sem ter tido nenhum filho. Conrado II, primeiro da Dinastia Saliana, foi então eleito rei em 1024 depois de um certo debate sobre. Como exatamente era escolhido o rei aparentava ser uma complicada conglomeração de influência pessoal, querelas tribais, heranças, e a aprovação pelos líderes no que acabou tornando-se o colegiado de Eleitores.
Já nesse tempo, o dualismo entre os territórios das tribos antigas enraizadas nas terras francas, e o rei/imperador, ficou aparente. Cada rei preferia gastar mais tempo em suas próprias terras; os Saxões, por exemplo, gastavam muito tempo em Palatinados em volta das montanhas de Harz, entre elas a Goslar. Essa prática apenas mudou sob Oto III (rei 983, imperador de 996 a 1002), que começou a usar bispados por todo o império como locais temporários de governo. Além disso, seus sucessores Henrique II, Conrado II, e Henrique III, aparentemente se organizavam para apontar os duques dos territórios. Nessa época não tinha mais coincidência, a terminologia mudara e as primeiras denominações de regnum Teutonicum (Reino Alemão) surgiam.
O Império em 1097.O império quase entrou em colapsou na Controvérsia da Investidura, na qual o Papa Gregório VII declarou a excomunhão do rei Henrique IV (rei em 1056, imperador de 1084 a 1106). Embora ele tenha voltado atrás em 1077 Caminhada a Canossa, a excomunhão teve fortes conseqüências. Durante isso, os duques alemães elegeram um segundo, Rodolfo, Duque da Suábia, na qual Henrique IV conseguiu derrotar apenas depois de uma guerra de três anos em 1080. Os místicos pilares do império foram permanentemente abalados; o rei alemão foi humilhado. Mais importante ainda, a igreja era claramente um jogador independente no sistema político do império, não sujeita à autoridade imperial.
[editar] Sob os HohenstaufenConrado III subiu ao trono em 1138, sendo o primeiro da Dinastia Hohenstaufen, que queria restaurar a glória do império mesmo depois das condições de 1122, a Concordata de Worms. Foi Frederico I "Barba Ruiva" (rei 1152, imperador de 1155 a 1190) que primeiro chamou o império de "Sacro", com o qual ele pretendia mudar principalmente as leis e a legislação.
Adhemar de Monetel carrega a Lança Sagrada.Ainda, sob Frederico Barbarossa, a ideia da romanização do império surgia de novo, o que aparentava ser um esforço para justificar o poder do imperador independentemente do (agora fortalecido) papa. Uma assembleia imperial nos arredores de Roncaglia em 1158 explicitamente contestou os direitos imperiais durante o conselho dos quattuor doctores do emergente setor judicial da Universidade de Bologna, citando frases como princeps legibus solutus ("o imperador não é coberto pela lei") da Digestae do Corpus Juris Civilis. As leis romanas foram criadas para um sistema totalmente diferente e não cobria a estrutura do império que era obviamente secundária; o importante aqui foi que a corte do imperador fez um esforço para criar uma constituição legal.
Direitos imperiais foram referidos como regalia desde a Controvérsia da Investidura, mas foram citadas pela primeira vez em Roncaglia. Essa compreensível lista incluía estradas públicas, tarifas, tributos, taxas punitivas, e a investidura. Esses direitos eram agora explicitamente ditos na Lei Romana, um importante ato constitucional; no norte dos Alpes ele era agora ligado à lei feudal, a mudança mais significativa da dissolução dos feudos de Henrique o Leão em 1180, o que levou a sua excomunhão pública. Barbarossa então comandou por um tempo promovendo uma maior união dos duques germânicos para todo o império.
Outra importante mudança constitucional de Roncaglia foi o estabelecimento de uma nova paz (Landfrieden) para todo o império, num esforço para abolir hostilidades pessoais não apenas entre os diversos duques locais, mas por outro lado ligar os subordinados do imperador ao sistema legal de jurisdições e ao tribunal público de atos – um conceito primitivo do "Estado de direito", em termos modernos, que na época, não era ainda inteiramente aceito.
Para resolver o problema de que o imperador não era (depois da Controvérsia da Investidura) mais capaz de usar a igreja como mecanismo para manter o seu poder, o Staufer surgiu lentamente tornando-se o ministerialia, antigo "militar não livre", que Frederico esperava ser mais consistente do que os duques locais. Inicialmente usado principalmente para a guerra, essa nova classe de povo formaria a base para os posteriores cavaleiros, outra base de poder imperial.
Outro conceito novo da época era a fundação sistemática de novas cidades, tanto pelo imperador como pelos duques locais. Isso acontecia parcialmente devido a explosão populacional, mas também para concentrar o poder econômico em locais estratégicos, no lugar de se ter apenas cidades sobre as fundações de antigas cidades romanas ou sob o poderio dos antigos bispados. Cidades que foram fundadas no século XII incluem Friburgo, possivelmente o modelo econômico de muitas outras futuras cidades, e Munique.
O reino do último imperador Staufer, Frederico II, era em muitos aspectos diferente dos antigos Imperadores. Ainda uma criança, ele primeiro foi o soberano do Reino da Sicília, enquanto na Alemanha, o segundo filho de Barba Ruiva Filipe da Suábia e o filho de Henrique, o Leão Oto IV competiam com ele pelo título de Rei dos Alemães. Depois de finalmente ser coroado imperador em 1220, ele entrou em conflito com o papa quando clamou poder sobre Roma. Surpreendentemente para muitos, ele organizou a Sexta Cruzada para tomar Jerusalém em 1228 enquanto ainda estava excomungado pelo papa.
Enquanto Frederico trouxe a ideia mística do império até o último estágio, ele foi também o primeiro a dar o maior dos passos que levariam à fragmentação. De um lado, ele concentrou o poder ao criar um estado inovador na Sicília, com serviços públicos, finanças, e outras reformas. Do outro lado, Frederico foi o imperador que mais deu poderes aos duques alemães sob a forma de dois importantes privilégios que nunca mais seriam retirados pelo poder central. Em 1220, Confoederatio cum principibus ecclesiasticis, Frederico deu um certo número de regalias em favor dos bispos, dentre eles as tarifas e o fortalecimento. No Statutum in favorem principum de 1232 ele estendeu esses privilégios aos outros territórios (não-clericais) (Frederico II foi forçado a dar esses privilégios devido à rebelião de seu filho, Henrique). Embora muitos desses privilégios tenham existidos antes, eles eram agora garantidos globalmente, e de uma vez por todas, permitir aos duques alemães que mantivessem a paz no norte dos Alpes enquanto Frederico concentrava-se na sua terra natal na Itália. O documento de 1232 marcou a primeira vez que duques alemães foram chamados de domini terræ, donos de suas terras, uma grande mudança na terminologia.
Os Cavaleiros Teutônicos foram chamados para a Prússia pelo duque Conrado de Masóvia para cristianizar os Prussianos em 1226.
Durante o longo período dos imperadores da dinastia Hohenstaufen (1138-1254) na península Itálica, os príncipes alemães se tornaram fortes e começaram, sucessivamente, a colonização majoritariamente pacífica das terras eslavas ocidentais, assim a influência do império cresceu fortemente e incluía a Pomerânia e a Silésia.
[editar] Crescimento territorial depois dos Staufen
Bandeira do Sacro Império Romano Germânico 1200-1350Depois da morte de Frederico II em 1250, nenhuma das dinastias nobres de produzir um rei provaram serem capazes de tal, e os duques líderes elegeram diversos reis para a competição a imperador. O período de 1246 (começando com a eleição de Heinrich Raspe e Guilherme da Holanda) até 1273, quando Rodolfo I de Habsburgo foi eleito rei, é geralmente referido como o Interregno. Durante o interregno, muito do que restou da autoridade imperial foi perdido, assim como os príncipes tiveram tempo de consolidar seus territórios e se tornar cada vez mais independentes.
Os Príncipes-eleitoresEm 1257, uma dupla eleição gerou uma conjuntura que garantiu um longo interregno. Guilherme da Holanda tinha caído no ano anterior, e Conrado da Suábia tinha morrido três anos antes. Primeiro, três eleitores (Palatinado, Colônia e Mainz) (sendo a maioria da persuasão de Guelph) deram seu veredito para Ricardo de Cornwall que era o sucessor de William da Holanda como rei. Depois de um tempo, um quarto eleitor, Boêmia, aderiu a essa escolha. Entretanto, poucos meses depois, a Boêmia e os outros três eleitores Trier, Brandemburgo e Saxônia votaram por Afonso X de Castela, este tendo como base o partido de Gibelino. O Conselho agora tinha dois reis. Era permitido ao rei da Boêmia de mudar o seu voto, ou a eleição estaria completa quando quatro eleitores escolhessem um rei? Seriam os quatro eleitores juntos capazes de depor Ricardo alguns meses depois, se a eleição tivesse sido válida?
Sacro Império Romano Germânico de 1273-1378, e suas principais dinastias reais.As dificuldades em eleger um rei eventualmente levaram ao surgimento de um colégio fixo de eleitores, o Kurfürsten, cuja composição e procedimentos foram estabelecidos na Bula Dourada de 1356. Esse desenvolvimento provavelmente simboliza o surgimento da dualidade entre Kaiser und Reich (imperador e reino), imperador e realeza, que não eram mais consideradas a mesma coisa. Isso foi ainda mais exposto quando os reis pós-Staufen tentaram sustentar seu poder. Antes, a força do império (e as finanças) era amplamente garantida pelas próprias terras do império, o chamado Reichsgut que sempre pertenceu ao respectivo rei (e incluía muitas cidades imperiais). Depois do século XIII, sua relevância perdeu força (muito embora em algumas partes a situação continuou a mesma até o fim do império em 1806). Em vez disso, o Reichsgut estava cada vez mais sob as mãos de duques locais, algumas vezes para dar mais dinheiro ao império, mas mais freqüentemente, para recompensar a fidelidade deles ou num esforço de civilizar alguns duques teimosos. A governança direta do Reichsgut não fazia parte mais nem do desejo do rei nem dos duques.
Em vez disso, os reis, começando com Rodolfo I de Habsburgo, se baseavam nas terras de suas respectivas dinastias para dar suporte ao seu poder. Em contraste com o Reichsgut, que era mais esparso e difícil de administrar, esses territórios era compactos e, portanto mais fáceis de controlar. Em 1282, Rodolfo I deu o comando da Áustria e a Estíria para seus próprios filhos.
Com Henrique VII, a Casa de Luxemburgo entrava em cena. Em 1312, ele foi coroado como o primeiro imperador desde Frederico II. Depois dele todos os reis e imperadores fortaleceram as terras de suas próprias famílias (Hausmacht): Luís IV de Wittelsbach (rei 1314, imperador de 1328 a 1347) fortaleceram suas terras na Baviera; Carlos IV de Luxemburgo, neto de Henrique VII, deu mais força à sua terra natal na Boêmia.
O século XIII também foi palco de mudança estrutural geral em como as terras eram administradas. Em vez de deveres pessoais, o dinheiro se tornou cada vez mais comum o representante do valor econômico da agricultura. Camponeses estavam sendo obrigados a pagar tributos por suas terras. O conceito de "propriedade" estava substituindo formas mais antigas de jurisdição, embora eles estivessem intimamente ligados. Nas dependências (não no mesmo nível do Império), o poder se tornou cada vez mais enriquecido: Não importa quem tivesse a terra tinha jurisdição, de onde outros poderes se derivavam. É importante notar que, entretanto, dentro da jurisdição, nessa época, não incluía legislação, o que virtualmente não existia direito até o século XV. A prática do tribunal foi fortemente misturada com costumes e hábitos tradicionais.
Foi durante esse tempo que essas regiões começaram a se transformar nos predecessores dos estados modernos que surgiram depois. Esse processo variou bastante entre os territórios e foi mais avançado nos territórios que eram mais semelhantes às terras das antigas tribos germânicas, como por exemplo, Baviera. Foi mais lento naqueles territórios mais esparsos e que foram fundados com privilégios imperiais.
[editar] Reforma imperialA "constituição" do império ainda estava desorganizada no começo do século XV. Embora alguns procedimentos e instituições tenham sido criados, como por exemplo, a Bula Dourada de 1356, as regras de como o rei, os eleitores, e os outros duques deviam cooperar dentro do império dependia mais da personalidade do respectivo rei. Isso foi provado ser fatal quando Sigismundo de Luxemburgo (rei 1410, imperador de 1433 a 1437) e Frederico III de Habsburgo (rei 1440, imperador de 1452 a 1493) ignorou as velhas terras do império e majoritariamente morou nas suas terras natais. Sem a presença do rei, a velha instituição do Hoftag, a assembléia dos homens da nobreza. O Reichstag como um órgão legislativo do império não existia ainda. Pior ainda, duques freqüentemente iam aos seus feudos para organizarem guerras locais contra outros duques.
Ao mesmo tempo, a igreja também estava em crise. O conflito entre diversos papas só foi resolvido no Concílio de Constança (1414-1418). Depois de 1419, muita energia foi gasta na luta contra a heresia dos Hussitas. A ideia medieval de um Corpus christianum unificado, na qual o papado e o império eram as instituições líderes, começava a sucumbir.
Com essas mudanças dramáticas, muita discussão surgiu no século XV dentro do império. Costumes antigos não eram mais adequados para descrever a estrutura da época, e um reforço do antigo Landfrieden era necessário. Durante esse tempo, o conceito de "reform" surgiu, no senso original do verbo em Latim re-formare, para reganhar a antiga identidade que fora perdida.
Quando Frederico III precisou dos duques para financiar a Guerra contra o Reino da Hungria em 1486 e no mesmo tempo que seu filho, Maximiliano I foi eleito rei, ele foi confrontado com um pedido dos duques para a união de um conselho imperial. Pela primeira vez, a assembleia de eleitores e outros duques, agora chamada de Reichstag (que mais tarde ganhou a união das Cidades Imperiais Livres). Enquanto Frederico recusava-se a se unir ao conselho, seu filho, mais conciliatório, finalmente compareceu ao Reichstag em Worms em 1495, depois da morte de seu pai em 1493. Nisso, o rei e os duques concordaram em quatro propostas, geralmente referidas como Reichsreform (Reforma Imperial): um conjunto de decretos legais para dar ao Império em estado de quase-fragmentação a sua estrutura original. Dentre outros, esse decreto produziu os Círculos Imperiais e a Reichskammergericht (Câmara da Corte Imperial); estruturas que iriam — em certo nível — persistir até a queda do império em 1806.
Entretanto, demorou mais algumas décadas até que as novas regulamentações fossem aceitas e a nova corte entrasse em funcionamento; apenas em 1512 que os Círculos Imperiais ficariam totalmente formados. O rei também deixou claro que a sua própria corte, o Reichshofrat, continuasse funcionando paralelamente ao Reichskammergericht. É interessante notar que nesse mesmo ano, o império recebeu o seu novo título, o Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation ("Sacro Império Romano da Nação Germânica").[1]
[editar] Crise depois da ReformaEm 1517, Martinho Lutero iniciou o que seria depois conhecido Reforma Protestante. Nessa época, muitos duques locais viram a chance para se opor à hegemonia do Carlos V. O império então ficou dividido por linhas religiosas, com o Norte, o Leste e a muitas das grandes cidades — Estrasburgo, Frankfurt e Nuremberg— tornando-se Protestante enquanto o Sul e o Oeste permaneceram católicos. Conflitos religiosos emergiram em varias partes da Europa durante um século, embora a região alemã estivesse quieta desde a paz de Augsburgo em 1555 até a Defenestração de Praga em 1618. Quando os Boêmios rebelaram-se contra o imperador, o resultado imediato foi uma série de conflitos conhecidos como a Guerra dos 30 Anos (1618-1648), que devastou o império. Poderes externos, incluindo a França e a Suécia, intervieram no conflito e fortaleceram o poder imperial, mas eles também tomaram consideráveis partes de terra para eles mesmos. O longo conflito feriu o império de tal forma que ele nunca mais recuperaria sua força total de novo.
[editar] O longo declínio
O império depois da Paz de Vestfália, 1648
O império em 1705, mapa "L’Empire d’Allemagne" de Nicolas de FerO fim do império veio em diversas etapas. A Paz de Vestfália em 1648, que acabou com a Guerra dos 30 Anos, deu aos territórios autonomia quase que completa. A Confederação Suíça, que já tinha conseguido uma quase-independência em 1499, e a Holanda do Norte deixaram o império. Embora os estados constituintes ainda tivessem algumas restrições — em particular, eles não podiam formar alianças contra o Imperador — o império a partir desse ponto foi uma entidade impotente, existindo apenas no nome. Os imperadores Habsburgo focaram-se em consolidar seus Estados no Império Austríaco e outros lugares.
Com o avanço de Luís XIV, os Habsburgos ficaram dependendo da ajuda dos Arquiduques da Áustria para conter o avanço do Reino da Prússia, que estavam dominando alguns territórios dentro do próprio império. Durante o século XVIII, os Habsburgos estavam envolvidos em vários conflitos pela Europa, tal como a Guerra da Sucessão Espanhola, a Guerra da Sucessão Polonesa e a Guerra da Sucessão Austríaca. O Dualismo alemão entre Áustria e Prússia dominava a história do império desde 1740. A partir de 1792, a França revolucionária estava em Guerra com varias partes do Império interruptamente. O império foi formalmente dissolvido em 6 de agosto de 1806 quando o último sacro imperador romano-germânico Francisco II (a partir de 1804, imperador Francisco I da Áustria) abdicou, sendo seguido por uma derrota militar pelos franceses sob o comando de Napoleão (ver Tratado de Pressburg). Napoleão reorganizou muito do império na Confederação do Reno, um estado satélite francês. Francis da Dinastia de Habsburgo-Lorena sobreviveu ao desmanche do império, continuando a reinar como Imperador da Áustria e rei da Hungria até a dissolução final do Império dos Habsburgos em 1918 depois da Primeira Guerra Mundial. Após, a Confederação Napoleônica do Reno foi substituída pela Confederação Germânica e depois pela Confederação Norte-Germânica, até que os territórios que falavam o alemão, menos a Áustria, foram unidos sob a liderança do Reino da Prússia em 1871, no Império Alemão, o Estado predecessor da atual Alemanha.
[editar] Resquícios atuaisÀs vezes é dito que o único atual sobrevivente do império é o pequeno principado de Liechtenstein, localizado entre a Suíça e a Áustria.
Ainda existe um Habsburgo reclamando o trono imperial, Otto de Habsburgo. Entretanto, o trono do império nunca foi meramente hereditário, e títulos de nobreza não são mais oficiais na Alemanha e nas outras repúblicas da Europa Central.
[editar] AnáliseTem sido dito que a história moderna da Alemanha foi predeterminada por três fatores: o Reich, a Reforma Protestante, e depois o dualismo entre Áustria e Prússia. Muitos esforços têm sido feitos para entender por que o Reich nunca formou um poder forte e centralizado sobre seus territórios, como aconteceu com a sua vizinha França.[1] Algumas razões incluem:
O império era um corpo federativo desde o início: ao contrário da França, que tinha feito parte do Império Romano, na parte oriental do Reino Franco, as tribos germânicas que depois fizeram parte da nação germânica (Saxões, Turíngios, Francos, Bávaros, Alamanos ou Suábios) eram muito mais independentes e relutavam em ceder o poder a uma autoridade central. Todas as tentativas de fazer o reino uma monarquia hereditária falharam; em vez disso, o rei era sempre eleito. Depois, cada candidato para rei fazia promessas para o seu eleitorado, o chamado Wahlkapitulationen (Capitulações eleitorais), assim dando aos nobres mais e mais poder através dos séculos.
Devido às conotações religiosas, o império era uma instituição duramente afetada pela disputa entre o Papa e os reis germânicos em suas respectivas coroações como imperador. Nunca ficou claro sob quais condições o papa devia coroar o imperador e especialmente se todo o poder do imperador era dependente do poder clerical do papa. Muito debate aconteceu sobre isso, especialmente durante o século XI, levando à Controvérsia da Investidura e a Concordata de Worms em 1122.
Se o sistema feudal do império, onde o rei era formalmente o topo da chamada "pirâmide feudal", era a causa ou sintoma da fraqueza do império não é certo. Em qualquer caso, a obediência militar, que – de acordo com a tradição germânica – estava intimamente ligada à doação de terras aos tributários, sempre foi um problema: quando o império tinha que ir para a guerra, as decisões demoravam e eram tímidas.
Até o século XVI, os interesses econômicos do sul e do oeste divergiam daqueles do norte, onde a Liga Hanseática operava. A Liga Hanseática era muito mais ligada com a Escandinávia e o Báltico do que com o resto da Alemanha.
A historiografia alemã de hoje vê o Sacro Império Romano-Germânico como um sistema balanceado de organizar uma multidão de estados (efetivamente independentes) sob um complexo sistema de regulamentos legais. Pequenos estados como os senhorios e as cidades imperiais livres sobreviveram por séculos como entidades independentes, embora eles não tivessem nenhum poderio militar. As cortes supremas, Reichshofrat e o Reichskammergericht ajudaram a diminuir os conflitos, ou ao menos mantê-los como guerras de palavras em vez de guerras verdadeiras.
O grande número de territórios diferentes com diferentes línguas (alemão, francês, italiano, tcheco, esloveno, etc.), denominações religiosas e diferentes formas de governo levaram a uma grande variedade de culturas, o que pode ser visto na atual Alemanha com as culturas regionais, costumes e dialetos que mudam às vezes no raio de poucos quilômetros.
[editar] Impérios sucessoresDepois do fim das Guerras Napoleônicas um nova União alemã foi criada em 1815. Ela sobreviveu até 1866 quando o Reino da Prússia dissolveu a Confederação germânica para formar a Confederação Norte-Germânica que se tornaria um estado-nação em 1871, o Império Alemão.[5]
[editar] Ver também A Wikipédia possui o
Portal da Alemanha
[editar] InstituiçõesSacro Imperador Romano-Germânico
Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
Lista de monarcas Alemães
Lista de rainhas da Germânia e imperatrizes do Sacro Império Romano-Germânico
Reichstag (instituição)
Círculos Imperiais
[editar] HistóriaHistória da Alemanha
História da Áustria
História de Liechtenstein
História dos Países Baixos
História da Suíça
História da República Tcheca
História da Itália
História da Polônia
História da Eslovênia
[editar] Estados componentesLista de estados do Sacro Império Romano Germânico
Monarquia de Habsburgo
Margrave de Brandemburgo (Brandemburgo-Prússia)
Eleitorado da Baviera
Eleitorado da Saxônia
Eleitorado de Hannover
Palatinado Eleitoral
Estados Papais
Silésia
Pomerânia
Boêmia
[editar] OutrosImpério Carolíngio
Studia Generalia
Misticismo Alemão
[editar] Notas↑ A expressão para designar o império, em outras línguas faladas historicamente dentro de suas fronteiras era:
Em checo: Svatá ríše rímská, depois Svatá ríše rímská národa nemeckého;
neerlandês: Heilige Roomse Rijk, depois; Heilige Roomse Rijk der Duitse Naties/Volkeren;
francês: Saint Empire Romain Germanique;
italiano: Sacro Romano Impero;
esloveno: Sveto rimsko cesarstvo, depois Sveto rimsko cesarstvo nemške narodnosti
Referências↑ a b c História da Alemanha (em português). infoescola. Página visitada em 14/01/2012.
↑ John Gilissen, « La notion d'empire dans l'histoire universelle », in : Les grands empires, De Boeck Université, 1989, p. 846.
↑ Francis Rapp, Le Saint-Empire romain germanique. D'Otton le Grand à Charles Quint, Paris, 2000, p. 17.
↑ Azevedo, Henrique Machado Rodrigues de. APONTAMENTOS SOBRE A INFLUÊNCIA DA QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO E SURGIMENTO DO SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO NA IDÉIA CLÁSSICA DE PODER CONSTITUINTE * (pdf) (em português e inglês). publicadireito.com.br. Página visitada em 14/01/2012.
↑ Confederação Germânica. infopédia.com. Página visitada em 14/01/2012.
[editar] BibliografiaHeinz Angermeier, Das Alte Reich in der deutschen Geschichte. Studien über Kontinuitäten und Zäsuren, München 1991 (em Alemão)
Karl Otmar Freiherr von Aretin, Das Alte Reich 1648–1806. 4 vols. Stuttgart, 1993–2000 (em Alemão)
Peter Claus Hartmann, Kulturgeschichte des Heiligen Römischen Reiches 1648 bis 1806. Wien, 2001 (em Alemão)
Georg Schmidt, Geschichte des Alten Reiches. München, 1999 (em Alemão)
James Bryce, The Holy Roman Empire. ISBN 0-333-03609-3 (em Inglês)
Jonathan W. Zophy (ed.), The Holy Roman Empire: A Dictionary Handbook. Greenwood Press, 1980 (em Inglês)
Deutsche Reichstagsakten (em Alemão)
George Donaldson, Germany: A Complete History. Gotham Books, New York 1985 (em Inglês)
[editar] Ligações externasO Commons possui uma categoria com multimídias sobre Sacro Império Romano-GermânicoA Estrutura constitucional do Reich (em Alemão)
Das Heilige Reich (Museu Alemão de História, Berlim) (em Alemão)
Lista de guerras do Sacro Império Romano Germânico (em Alemão)
Deutschland beim Tode Kaiser Karls IV. 1378 (A Alemanha na morte do imperador Carlos IV.) tirado de "Meyers Kleines Konversationslexikon in sechs Bänden. Bd. 2. Leipzig u. Wien : Bibliogr. Institut 1908 (em Alemão)
Livros e artigos sobre o Reich (em Alemão)
O Sacro Império Romano-Germânico (em Inglês)
[editar] MapasO Sacro Império Romano Germânico, 1138-1254
O Sacro Império Romano Germânico em 1398
O Sacro Império Romano Germânico em 1547
O Sacro Império Romano Germânico em 1648
O Sacro Império Romano Germânico em 1789 (mapa interativo)
[Expandir]v • eHistória dos Impérios
Maiores impérios
Impérios Antigos Império Acadiano · Antigo Egito · Império Neo-Assírio · Império Hitita · Império Persa Acamênida · Império Ateniense · Império Macedônio (Império Ptolomaico · Império Selêucida) · Império Cartaginês · Império Indiano Máuria · Império Indiano Gupta · Império Chinês Chin · Império Chinês Han · Império Romano (Império Romano do Ocidente · Império Romano do Oriente) · Império Persa Sassânida
Impérios Medievais Império Bizantino · Império Huno · Império Árabe (Império Rashidun · Império Omíada · Império Abássida · Império Fatímida · Império Almóada) · Império Gaznavida · Império Seljúcida · Império Corásmio · Império Timúrida · Império Indiano Chola · Império Mongol · Império Sérvio · Império Búlgaro · Império Carolíngio · Sacro Império Romano-Germânico · Império Plantageneta · Império Mali · Império Chinês Tang · Império Chinês Song · Império Chinês Yuan · Império Inca
Impérios Modernos Império Indiano Mogol · Império Chinês Ming · Império Chinês Qing · Império Otomano · Império Persa Safávida · Império Etíope · Império Português · Império Espanhol · Império da União Ibérica · Império Holandês · Império Britânico · Império Francês de Napoleão · Império Colonial Francês · Império Alemão · Império colonial alemão · Império Russo · Império Sueco · Império Austro-Húngaro · Império Mexicano · Império Brasileiro · Império Sino-Indiano
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Sacrum Romanum Imperium (latim)
Heiliges Römisches Reich (alemão)
Sacro Império Romano-Germânico
Império
←
←
962 – 1806 ↓
Bandeira Brasão
As fronteiras do Sacro Império Romano-Germânico entre os anos de 962 a 1806, sobre as fronteiras da Europa moderna
Continente Europa
Capital Nenhum especificado; sentado em Ratisbona 1594 - 1806.
Língua oficial Latim, alemão, italiano, Línguas germânicas ocidentais, Línguas românicas e Línguas eslavas
Religião Católica romana
Governo Monarquia eletiva
Imperador
• 962 - 967 Oto I
• 1027–1039 Conrado II
• 1530–1556 Carlos V
• 1637–1657 Fernando III
• 1792–1806 Francisco II
Legislatura Reichstag
Período histórico Idade Média
• 2 de fevereiro de 962 Oto I é coroado Rei da Itália
• 1034 Conrado II assume a coroa da Burgúndia
• 25 de setembro de 1555 Paz de Augsburgo
• 24 de outubro de 1648 Paz de Vestfália
• 6 de agosto de 1806 Dissolução
Precedido por Sucedido por
Reino da Germânia
Reino Itálico
Antiga Confederação Helvética
República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos
Confederação do Reno
Império Austríaco
Primeiro Império Francês
Reino da Prússia
História da Alemanha
Antiguidade
Germanos
Grande Migração
Idade Média
Frância oriental
Reino da Germânia
Sacro Império
Romano-Germânico
Colonização do Leste
Seccionalismo
Formando uma nação
Confederação do Reno
Confederação Germânica
Revolução de 1848
Confederação da
Alemanha do Norte
Unificação Alemã
Império Alemão
Império Alemão
I Guerra Mundial
República de Weimar
Alemanha Nazi
Governo Flensburg
Alemanha pós-1945
Ocupação Aliada
Expulsão dos alemães
após a II Guerra Mundial
Alemanha Oriental
Alemanha Ocidental
Reunificação da Alemanha
Alemanha moderna
Alemanha moderna
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O Sacro Império Romano-Germânico (em alemão Heiliges Römisches Reich; em latim Sacrum Romanum Imperium) foi a união de territórios da Europa Central durante a Idade Média, durante toda a Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea sob a autoridade do Sacro Imperador Romano. Embora Carlos Magno seja considerado o primeiro Sacro Imperador Romano, coroado em 25 de dezembro de 800, a linha contínua de imperadores começou apenas com Oto o Grande em 962. O último imperador foi Francisco II, que abdicou e dissolveu o império em 1806 durante as Guerras Napoleônicas. A partir do século XV, este Estado era conhecido oficialmente como o Sacro Império Romano da Nação Germânica.[1]
A extensão territorial do império variou durante sua história, mas no seu ápice englobou os territórios dos modernos Estados da Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Luxemburgo, República Tcheca, Eslovênia, Bélgica, Países Baixos e grande parte da Polônia, França e Itália. Na maior parte da sua história, o império consistiu de centenas de pequenos reinos, principados, ducados, condados, Cidades livres imperiais, e outros domínios. Apesar de seu nome, na maior parte da sua existência o Sacro Império Romano-Germânico não incluiu a cidade de Roma em seus domínios, e recebeu este nome em homenagem as glórias e ao poder que o Império Romano deteve em quase todo o continente europeu.
Os primeiros soberanos do Sacro Império, por um curto período, foram os Carolíngios, depois os Guideshi, novamente a Dinastia Carolíngia, depois os Saxões, posteriormente a Dinastia Sália, os von Süpplingerburg, os von Hohenstaufen, os Guelfos, os von Wittelsbach, e por maior tempo, desde 1273 até a dissolução do Império em 1806, em decorrência das Guerras Napoleônicas, foram os von Habsburg.
Índice [esconder]
1 Nomenclatura
1.1 Um império "romano"?
2 Instituições
2.1 Rei dos Romanos
2.2 Patrimônio imperial
2.3 Reichstag
2.4 Cortes imperiais
2.5 Círculos Imperiais
3 História
3.1 Dos Francos do Leste à Controvérsia da Investidura
3.2 Sob os Hohenstaufen
3.3 Crescimento territorial depois dos Staufen
3.4 Reforma imperial
3.5 Crise depois da Reforma
3.6 O longo declínio
3.7 Resquícios atuais
4 Análise
5 Impérios sucessores
6 Ver também
6.1 Instituições
6.2 História
6.3 Estados componentes
6.4 Outros
7 Notas
8 Referências
9 Bibliografia
10 Ligações externas
10.1 Mapas
[editar] NomenclaturaO Sacro Império Romano-Germânico invocava o legado do Império Romano do Ocidente, considerado como acabado com a abdicação de Rômulo Augusto em 476. Embora o Papa Leão III tenha coroado Carlos Magno como Imperator Augustus em 25 de dezembro 800, e seu filho, Luís I, o Piedoso, também tenha sido coroado como Imperador pelo Papa, o império e toda sua estrutura não foram formalizados por décadas, devido principalmente à tendência dos francos de dividir as heranças entre os filhos após a morte do rei. Isso é notável quando Luís I coroou-se em 814, após a morte de seu pai, mas apenas em 816, o Papa Estêvão VI, que sucedeu Leão III, foi a Reims e de novo coroou Luís. Com esse ato, o imperador fortaleceu o papado, instituindo o papel essencial do papa nas coroações imperiais.[2][3]
Terminologias contemporâneas para o império variaram muito durante os séculos. O termo Império Romano foi usado em 1034 para denotar as terras sob o domínio de Conrado II, e Império Sagrado em 1157. O uso do termo Imperador Romano para referir-se aos governantes do Norte da Europa começaram com Oto II (imperador 973-983). Os imperadores de Carlos Magno (imperador de 800 a 814) a Oto I o Grande (Imperador de 962-973) usavam simplesmente a frase Imperator Augustus (ambos, sem a palavra "romano", eram os títulos preferidos em vez de imperador romano). O termo preciso Sacro Império Romano (alemão: Heiliges Römisches Reich; latim: Sacrum Romanum Imperium) data de 1254; a versão final Sacro Império Romano Germânico (alemão Heiliges Römisches Reich deutscher Nation) apareceu em 1512, depois de diversas variações no fim do século XV.[notas 1]
Contemporâneos da época não sabiam ao certo como definir essa entidade. Na sua famosa descripção de 1667, De statu imperii Germanici, publicada sob o codinome Severinus de Monzambano, Samuel Pufendorf escreveu: "Nihil ergo aliud restat, quam ut dicamus Germaniam esse irregulare aliquod corpus et monstro simile ...".
No seu Essai sur l'histoire generale et sur les moeurs et l'esprit des nations (1756), o filosofo francês Voltaire descreveu o Sacro Império Romano como uma "aglomeração" que não é "nem sagrada, nem romana, e nem um império".
Em Fausto I, numa cena escrita em 1775, o autor alemão Goethe era um dos bebedores no Porão de Auerbach em Leipzig e perguntou "Nosso império romano e sagrado, jovens, o que o mantém ainda unido?" Goethe tinha um longo, mas não muito favorável ensaio sobre suas experiências como aprendiz no Reichskammergericht em seu trabalho autobiográfico Dichtung und Wahrheit.
[editar] Um império "romano"?De um ponto de vista jurídico o Império Romano, fundado por Augusto em 27 a.C. e dividido por em duas "partes" após a morte de Teodósio I, em 395, havia sobrevivido somente na parte oriental que, com a deposição do último imperador ocidental Rômulo Augusto, em 476, tinha obtido também as insígnias da parte ocidental reunindo de um ponto de vista formal o Império Romano.
A coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III em 800 foi ato privado de perfil jurídico legítimo: somente o imperador romano do Oriente (chamado "bizantino" mais tarde pelos iluministas no século XVIII) seria digno de coroar um par seu na parte ocidental, razão pela qual Constantinopla viu-se sempre com superioridade e suspeita aquele ato.
Este ato foi justificado, do ponto de vista formal, com dois expedientes:
O fato de que, na época, o Império Bizantino era governado por uma mulher, Irene de Bizâncio, ilegítima aos olhos ocidentais, criava um vazio de poder que tornava possíveis eventuais golpes de mão (de fato na época o Império Bizantino não tinha nenhuma possibilidade de intervir diretamente na Europa ocidental);[4]
A questão que o papa se declarasse como direto herdeiro do Império romano arrogando-se o poder temporal graças ao documento (falso) da Doação de Constantino, com o qual Constantino I teria cedido a soberania sobre a cidade de Roma (e seu território limítrofe) ao papa Silvestre I; o documento, desmentido como falso já no século XV, foi redigido realmente no século VIII, quando o papa, ameaçado pelo avanço dos lombardos, tinha que fazer valer a própria autoridade. Naquela ocasião ele havia feito outro ato análogo, entretanto formalmente ilegítimo, com a coroação do rei dos francos Pepino o Breve, como agradecimento pela ajuda recebida na luta com os lombardos.
Os imperadores romano-germânicos buscaram com poucos modos fazer-se aceitar pelos bizantinos como seus pares: com relações diplomáticas, matrimônios políticos ou ameaças. Algumas vezes porém não obtiveram os resultados esperados, porque de Constantinopla eram sempre chamados como "rei dos germanos", jamais "imperador".
A pretensão de apresentar como herdeiro dos romanos, juridicamente discutível, teve alguns inegáveis resultados positivos, como a recuperação do direito romano, a partir da metade do século XII, que com as atividades da universidade, tornou-se presente no ocidente, substituindo na parte as legislações germânicas, em vigor desde os tempos das invasões bárbaras.
[editar] InstituiçõesA partir da Alta Idade Média em diante, o império estava sendo regido sob uma frágil coexistência do império com a luta de duques locais para tirar o poder para longe dele. Com uma grande extensão que encontrava outros reinados medievais como a França e a Inglaterra, os Imperadores eram incapazes de manter controle sobre as terras que oficialmente tinham. Em vez disso, para assegurar sua própria posição e não ser deposto, os Imperadores eram forçados a dar mais e mais autonomia aos governantes locais: nobres e bispos. Esse processo começou no século XI com a Controvérsia da Investidura e foi mais ou menos concluída em 1648 com a Paz de Vestfália. Diversos imperadores tentaram reverter essa dissolução da sua autoridade, mas eram frustrados pelo papado e pelos príncipes do Império.
[editar] Rei dos RomanosVer artigo principal: Rei dos Romanos
A coroa do Sacro Império Romano Germânico (segunda metade do século X), agora em exposição no Schatzkammer de Viena.Um pretendente a imperador deveria primeiramente ser eleito como Rei dos Romanos (Rex romanorum/römischer König). Reis eram eleitos desde muito tempo: no século IX pelos líderes das cinco tribos mais importantes: (os francos sálios da Lorena, os francos ripuários da Francônia, os saxões, os bávaros, e os suábios);depois pelos principais duques e bispos do reino; finalmente apenas pelo chamado Kurfürsten. Esse colégio eleitoral foi formalmente estabelecido em 1356 pelo Rei da Boêmia, Carlos IV, através do decreto conhecido como Bula Dourada. Inicialmente, havia apenas sete eleitores: o Conde Palatino do Reno, o Rei da Boêmia, o Duque da Saxónia, o Margrave de Brandemburgo, e os Arcebispos de Colônia, Mainz, e Trier. Durante a Guerra dos Trinta Anos, o Duque da Baviera ganhou direito ao voto como oitavo eleitor. Esperava-se de um candidato à eleição que oferecesse concessões de terra e dinheiro para os eleitores para que assim pudesse assegurar os votos.
Em muitos casos, isso levava muitos anos enquanto o rei se ocupava de outras tarefas: freqüentemente ele precisava primeiro resolver rebeliões no norte da Itália, ou alguma querela com o papa. Depois os imperadores dispensaram a coroação papal, contentando-se com o título de Imperador-Eleito: o último imperador a ser coroado pelo papa foi Carlos V em 1530.
O imperador devia ser um homem de bom caráter com mais de dezoito anos. Esperava-se que todos os seus quatro avós tivessem sangue nobre. Nenhuma lei exigia que ele fosse católico, mas o direito imperial presumia que ele o fosse. E ele também não precisava ser alemão (Carlos V e Afonso de Castela não eram, e Henrique VIII da Inglaterra foi candidato na eleição de 1519). A partir do século XVII, os candidatos geralmente possuíam estados dentro do Império. Luís XIV, Rei da França, considerou permitir que a Alsácia-Lorena, recentemente adquirida pelos franceses, voltasse a fazer parte do Império de modo a habilitá-lo a candidatar-se ao trono.
O imperador não podia simplesmente expedir decretos e governar o Império de maneira autônoma. Seu poder era severamente restrito pelos diversos líderes locais: no final do século XV, o Reichstag estabeleceu-se como o corpo legislativo do Império, uma complexa assembléia que se reunia a períodos irregulares a pedido do imperador e cujo local de reunião variava. O Reichstag se tornaria uma assembléia permanente somente após 1663.
[editar] Patrimônio imperialUma entidade era considerada Reichsstand (patrimônio imperial) se, de acordo com o direito feudal, não fosse subordinada a mais ninguém exceto o próprio Sacro Imperador Romano. Eles incluíam:
Territórios governados por um príncipe ou duque, e em alguns casos reis. Governantes do Sacro Império Romano-Germânico, com a exceção dos Rei da Boêmia (um eleitor), não podiam ser soberanos de reinos dentro do império, mas alguns tinham reinos fora dos domínios do Império, como era o caso do Reino Unido, onde o governante era também Príncipe-eleitor de Hanôver desde 1714 até a dissolução do império.
Territórios feudais liderados por um dignitário clérigo, que era então considerado príncipe da Igreja. Num caso parecido de Príncipe-Bispo, o território temporal (chamado príncipe-bispado) freqüentemente excedia a sua – já grande – diocese, dando ao bispo tanto o poder temporal quanto o clerical. São exemplos os três príncipe-arcebispados: Colônia, Trier, e Mainz.
Cidades Livres Imperais
O número de territórios era incrivelmente grande, chegando a aproximadamente 300 na época da Paz de Vestfália. Muitos deles não possuíam mais do que alguns quilômetros quadrados, razão pela qual o Império era freqüentemente descrito como uma "colcha de retalhos" (Flickenteppich) (veja Kleinstaaterei). Para uma lista de Reichsstände em 1792, veja Lista de participantes do Reichstag (1792).
[editar] ReichstagVer artigo principal: Reichstag (instituição)
O Reichstag era o corpo legislativo do Sacro Império Romano. Ela era dividido em três classes distintas:
O Conselho de Eleitores, que incluía os Eleitores do Sacro Império Romano.
O Conselho de Príncipes, que incluía tanto nobres como clérigos.
A bancada secular: Príncipes (aqueles com o título de Príncipe, Grão-Duque, Duque, Conde Palatino, Margrave, ou Landgrave) com votos individuais; alguns tinham mais que um voto porque governavam diversos territórios. Ainda, o Conselho incluía Condes e Grafs, que eram agrupados em quatro colégios: Wetterau, Suábia, Francônia, e Vestfália. Cada colégio contava um voto no total de votos.
A Bancada Eclesiástica: Bispos, certos abades, e os dois grão-mestres da Ordem Teutônica e da Ordem de São João tinham votos individuais. Outros abades eram agrupados em dois Colégios: Suábia e o Reno. Cada colégio tinha um voto coletivo.
O Conselho das Cidades Imperiais, que incluía representantes das cidades imperiais livres eram agrupados em dois colégios: Suábia e Reno. Cada colégio tinha direito a um voto coletivo. O conselho das cidades imperiais não era totalmente igual aos outros; ele podia não votar em várias votações como a admissão de novos territórios. A representação das cidades livres no Reichstag se tornou comum desde a Alta Idade Média. No entanto, sua participação foi formalmente reconhecida apenas em 1648, com a paz de Vestfália quando acabara a Guerra dos 30 anos.
[editar] Cortes imperiaisO império tinha também duas cortes: o Reichshofrat (também conhecido como o Conselho Áulico) baseada na corte do Rei/Imperador (depois em Viena), e a Reichskammergericht (Corte da Câmara Imperial), estabelecida com a Reforma Imperial de 1495.
[editar] Círculos Imperiais
O Sacro Império Romano-Germânico em 1512 e os Círculos ImperiaisComo parte da Reichsreform (Reforma Imperial), seis Círculos Imperiais foram estabelecidas em 1500 e estendidos para dez em 1512. Esses eram grupos regionais compostos pela maioria (mas não por todos) os vários Estados do império com o propósito de defesa, impostos imperiais, supervisão tributária, manter a paz e segurança pública. Cada círculo tinha seu próprio Kreistag ("Dieta Circular").
[editar] História[editar] Dos Francos do Leste à Controvérsia da InvestiduraVer artigo principal: Império Carolíngio, Questão das Investiduras
Seguindo a tradição franca, Carlos Magno tinha a intenção de dividir seu território quando morresse entre seus filhos. Assim que ele morreu, apenas um filho tinha sobrevivido, Luís I, o Piedoso. Luís concordou em herdar todos os domínios de seu pai e o título de imperador. A resolução de Luís de quebrar com a tradição e passar todas suas terras para apenas um filho levou para uma série de guerras civis que terminaram com o repartição de 843. É importante distinguir o Reino Franco Oriental criado pela repartição dos territórios de Carlos Magno em 843 do império. O título imperial foi primeiramente concedido a Lotário I filho mais novo de Luís I, o Piedoso e depois passado a diversos ramos da dinastia Carolíngia, freqüentemente tendo sido sustentado por não mais que alguns monarcas do norte da península Itálica.
O Reino Franco Oriental desenvolveu-se como uma entidade separada até que um não-Carolíngio foi eleito como rei no começo do século X. A posterior coroação de seu filho Oto I como sucessor a imperador marcou o início da associação do Reino Franco Oriental com o título de imperador, uma associação que se manteve intacta até a abdicação de Francisco II em 1806.
Com a divisão do reinado Franco com o Tratado de Verdun em 843, a dinastia Carolíngia prosseguiu independente nas três divisões. A parte oriental ficou sob o domínio de Luís o Germânico, que foi substituído por diversos líderes até a morte de Luís, a Criança, o último carolíngio da parte oriental.
Os líderes da Alamania, Baviera, França e Saxônia elegeram Conrado I dos Francos, que não era um Carolíngio, como líder em 911. Seu sucessor, Henrique (Heinrich), I o Passarinheiro (r. 919-936), um saxão eleito no Reichstag de Fritzlar em 919, conseguiu a aceitação de um Império Oriental separado da parte Ocidental(ainda comandada pelos Carolíngios) em 921, chamando a si mesmo Rex Francorum Orientalum (Rei dos Francos do Leste). Ele fundou a dinastia Otoniana.
Henrique indicou seu filho Otto, que foi eleito rei em Aachen em 936, como seu sucessor. Um casamento-aliança com a soberana viúva do Reino Itálico deu a Otto o controle de toda essa nação. Sua posterior coroação como imperador Oto I (depois chamado "o Grande") em 962 marcaria um avanço importante, quando desde então a realeza Franco-Oriental – e não o Reino Franco Ocidental que era o outro restante dos reinos francos – teria a bênção do Papa. Otto ganhou muito do seu poder logo, quando, em 955, os Magiares foram derrotadas na Batalha de Lechfeld.
O Império em 1000Em contemporâneas e posteriores escrituras, essa coroação seria também referida como translatio imperii, a transferência do "Império dos Romanos" para um novo império. Os imperadores alemães ainda pensavam serem sucessores diretos daqueles do Império Romano; por isso inicialmente chamavam-se Augustus. No começo eles não se chamavam imperadores "romanos", provavelmente para não provocar um conflito com o imperador romano que ainda existia em Constantinopla. O termo imperator romanorum apenas se tornou comum sob Conrado II (sendo sua coroação em 1027, portanto na primeira metade do século XI) depois do Grande Cisma.
Nesse tempo, o reinado oriental não era "alemão", mas uma "confederação" de antigas tribos germânicas de Bávaros, Alamanos, Francos e Saxões. O império era uma união política que provavelmente sobreviveu por causa da influência do rei Henrique, o Saxão e seu filho, Oto. Embora formalmente eleito pelos líderes das tribos germânicas, eles eram na verdade capazes de indicar seus sucessores.
Isso mudou depois que Henrique II morreu em 1024 sem ter tido nenhum filho. Conrado II, primeiro da Dinastia Saliana, foi então eleito rei em 1024 depois de um certo debate sobre. Como exatamente era escolhido o rei aparentava ser uma complicada conglomeração de influência pessoal, querelas tribais, heranças, e a aprovação pelos líderes no que acabou tornando-se o colegiado de Eleitores.
Já nesse tempo, o dualismo entre os territórios das tribos antigas enraizadas nas terras francas, e o rei/imperador, ficou aparente. Cada rei preferia gastar mais tempo em suas próprias terras; os Saxões, por exemplo, gastavam muito tempo em Palatinados em volta das montanhas de Harz, entre elas a Goslar. Essa prática apenas mudou sob Oto III (rei 983, imperador de 996 a 1002), que começou a usar bispados por todo o império como locais temporários de governo. Além disso, seus sucessores Henrique II, Conrado II, e Henrique III, aparentemente se organizavam para apontar os duques dos territórios. Nessa época não tinha mais coincidência, a terminologia mudara e as primeiras denominações de regnum Teutonicum (Reino Alemão) surgiam.
O Império em 1097.O império quase entrou em colapsou na Controvérsia da Investidura, na qual o Papa Gregório VII declarou a excomunhão do rei Henrique IV (rei em 1056, imperador de 1084 a 1106). Embora ele tenha voltado atrás em 1077 Caminhada a Canossa, a excomunhão teve fortes conseqüências. Durante isso, os duques alemães elegeram um segundo, Rodolfo, Duque da Suábia, na qual Henrique IV conseguiu derrotar apenas depois de uma guerra de três anos em 1080. Os místicos pilares do império foram permanentemente abalados; o rei alemão foi humilhado. Mais importante ainda, a igreja era claramente um jogador independente no sistema político do império, não sujeita à autoridade imperial.
[editar] Sob os HohenstaufenConrado III subiu ao trono em 1138, sendo o primeiro da Dinastia Hohenstaufen, que queria restaurar a glória do império mesmo depois das condições de 1122, a Concordata de Worms. Foi Frederico I "Barba Ruiva" (rei 1152, imperador de 1155 a 1190) que primeiro chamou o império de "Sacro", com o qual ele pretendia mudar principalmente as leis e a legislação.
Adhemar de Monetel carrega a Lança Sagrada.Ainda, sob Frederico Barbarossa, a ideia da romanização do império surgia de novo, o que aparentava ser um esforço para justificar o poder do imperador independentemente do (agora fortalecido) papa. Uma assembleia imperial nos arredores de Roncaglia em 1158 explicitamente contestou os direitos imperiais durante o conselho dos quattuor doctores do emergente setor judicial da Universidade de Bologna, citando frases como princeps legibus solutus ("o imperador não é coberto pela lei") da Digestae do Corpus Juris Civilis. As leis romanas foram criadas para um sistema totalmente diferente e não cobria a estrutura do império que era obviamente secundária; o importante aqui foi que a corte do imperador fez um esforço para criar uma constituição legal.
Direitos imperiais foram referidos como regalia desde a Controvérsia da Investidura, mas foram citadas pela primeira vez em Roncaglia. Essa compreensível lista incluía estradas públicas, tarifas, tributos, taxas punitivas, e a investidura. Esses direitos eram agora explicitamente ditos na Lei Romana, um importante ato constitucional; no norte dos Alpes ele era agora ligado à lei feudal, a mudança mais significativa da dissolução dos feudos de Henrique o Leão em 1180, o que levou a sua excomunhão pública. Barbarossa então comandou por um tempo promovendo uma maior união dos duques germânicos para todo o império.
Outra importante mudança constitucional de Roncaglia foi o estabelecimento de uma nova paz (Landfrieden) para todo o império, num esforço para abolir hostilidades pessoais não apenas entre os diversos duques locais, mas por outro lado ligar os subordinados do imperador ao sistema legal de jurisdições e ao tribunal público de atos – um conceito primitivo do "Estado de direito", em termos modernos, que na época, não era ainda inteiramente aceito.
Para resolver o problema de que o imperador não era (depois da Controvérsia da Investidura) mais capaz de usar a igreja como mecanismo para manter o seu poder, o Staufer surgiu lentamente tornando-se o ministerialia, antigo "militar não livre", que Frederico esperava ser mais consistente do que os duques locais. Inicialmente usado principalmente para a guerra, essa nova classe de povo formaria a base para os posteriores cavaleiros, outra base de poder imperial.
Outro conceito novo da época era a fundação sistemática de novas cidades, tanto pelo imperador como pelos duques locais. Isso acontecia parcialmente devido a explosão populacional, mas também para concentrar o poder econômico em locais estratégicos, no lugar de se ter apenas cidades sobre as fundações de antigas cidades romanas ou sob o poderio dos antigos bispados. Cidades que foram fundadas no século XII incluem Friburgo, possivelmente o modelo econômico de muitas outras futuras cidades, e Munique.
O reino do último imperador Staufer, Frederico II, era em muitos aspectos diferente dos antigos Imperadores. Ainda uma criança, ele primeiro foi o soberano do Reino da Sicília, enquanto na Alemanha, o segundo filho de Barba Ruiva Filipe da Suábia e o filho de Henrique, o Leão Oto IV competiam com ele pelo título de Rei dos Alemães. Depois de finalmente ser coroado imperador em 1220, ele entrou em conflito com o papa quando clamou poder sobre Roma. Surpreendentemente para muitos, ele organizou a Sexta Cruzada para tomar Jerusalém em 1228 enquanto ainda estava excomungado pelo papa.
Enquanto Frederico trouxe a ideia mística do império até o último estágio, ele foi também o primeiro a dar o maior dos passos que levariam à fragmentação. De um lado, ele concentrou o poder ao criar um estado inovador na Sicília, com serviços públicos, finanças, e outras reformas. Do outro lado, Frederico foi o imperador que mais deu poderes aos duques alemães sob a forma de dois importantes privilégios que nunca mais seriam retirados pelo poder central. Em 1220, Confoederatio cum principibus ecclesiasticis, Frederico deu um certo número de regalias em favor dos bispos, dentre eles as tarifas e o fortalecimento. No Statutum in favorem principum de 1232 ele estendeu esses privilégios aos outros territórios (não-clericais) (Frederico II foi forçado a dar esses privilégios devido à rebelião de seu filho, Henrique). Embora muitos desses privilégios tenham existidos antes, eles eram agora garantidos globalmente, e de uma vez por todas, permitir aos duques alemães que mantivessem a paz no norte dos Alpes enquanto Frederico concentrava-se na sua terra natal na Itália. O documento de 1232 marcou a primeira vez que duques alemães foram chamados de domini terræ, donos de suas terras, uma grande mudança na terminologia.
Os Cavaleiros Teutônicos foram chamados para a Prússia pelo duque Conrado de Masóvia para cristianizar os Prussianos em 1226.
Durante o longo período dos imperadores da dinastia Hohenstaufen (1138-1254) na península Itálica, os príncipes alemães se tornaram fortes e começaram, sucessivamente, a colonização majoritariamente pacífica das terras eslavas ocidentais, assim a influência do império cresceu fortemente e incluía a Pomerânia e a Silésia.
[editar] Crescimento territorial depois dos Staufen
Bandeira do Sacro Império Romano Germânico 1200-1350Depois da morte de Frederico II em 1250, nenhuma das dinastias nobres de produzir um rei provaram serem capazes de tal, e os duques líderes elegeram diversos reis para a competição a imperador. O período de 1246 (começando com a eleição de Heinrich Raspe e Guilherme da Holanda) até 1273, quando Rodolfo I de Habsburgo foi eleito rei, é geralmente referido como o Interregno. Durante o interregno, muito do que restou da autoridade imperial foi perdido, assim como os príncipes tiveram tempo de consolidar seus territórios e se tornar cada vez mais independentes.
Os Príncipes-eleitoresEm 1257, uma dupla eleição gerou uma conjuntura que garantiu um longo interregno. Guilherme da Holanda tinha caído no ano anterior, e Conrado da Suábia tinha morrido três anos antes. Primeiro, três eleitores (Palatinado, Colônia e Mainz) (sendo a maioria da persuasão de Guelph) deram seu veredito para Ricardo de Cornwall que era o sucessor de William da Holanda como rei. Depois de um tempo, um quarto eleitor, Boêmia, aderiu a essa escolha. Entretanto, poucos meses depois, a Boêmia e os outros três eleitores Trier, Brandemburgo e Saxônia votaram por Afonso X de Castela, este tendo como base o partido de Gibelino. O Conselho agora tinha dois reis. Era permitido ao rei da Boêmia de mudar o seu voto, ou a eleição estaria completa quando quatro eleitores escolhessem um rei? Seriam os quatro eleitores juntos capazes de depor Ricardo alguns meses depois, se a eleição tivesse sido válida?
Sacro Império Romano Germânico de 1273-1378, e suas principais dinastias reais.As dificuldades em eleger um rei eventualmente levaram ao surgimento de um colégio fixo de eleitores, o Kurfürsten, cuja composição e procedimentos foram estabelecidos na Bula Dourada de 1356. Esse desenvolvimento provavelmente simboliza o surgimento da dualidade entre Kaiser und Reich (imperador e reino), imperador e realeza, que não eram mais consideradas a mesma coisa. Isso foi ainda mais exposto quando os reis pós-Staufen tentaram sustentar seu poder. Antes, a força do império (e as finanças) era amplamente garantida pelas próprias terras do império, o chamado Reichsgut que sempre pertenceu ao respectivo rei (e incluía muitas cidades imperiais). Depois do século XIII, sua relevância perdeu força (muito embora em algumas partes a situação continuou a mesma até o fim do império em 1806). Em vez disso, o Reichsgut estava cada vez mais sob as mãos de duques locais, algumas vezes para dar mais dinheiro ao império, mas mais freqüentemente, para recompensar a fidelidade deles ou num esforço de civilizar alguns duques teimosos. A governança direta do Reichsgut não fazia parte mais nem do desejo do rei nem dos duques.
Em vez disso, os reis, começando com Rodolfo I de Habsburgo, se baseavam nas terras de suas respectivas dinastias para dar suporte ao seu poder. Em contraste com o Reichsgut, que era mais esparso e difícil de administrar, esses territórios era compactos e, portanto mais fáceis de controlar. Em 1282, Rodolfo I deu o comando da Áustria e a Estíria para seus próprios filhos.
Com Henrique VII, a Casa de Luxemburgo entrava em cena. Em 1312, ele foi coroado como o primeiro imperador desde Frederico II. Depois dele todos os reis e imperadores fortaleceram as terras de suas próprias famílias (Hausmacht): Luís IV de Wittelsbach (rei 1314, imperador de 1328 a 1347) fortaleceram suas terras na Baviera; Carlos IV de Luxemburgo, neto de Henrique VII, deu mais força à sua terra natal na Boêmia.
O século XIII também foi palco de mudança estrutural geral em como as terras eram administradas. Em vez de deveres pessoais, o dinheiro se tornou cada vez mais comum o representante do valor econômico da agricultura. Camponeses estavam sendo obrigados a pagar tributos por suas terras. O conceito de "propriedade" estava substituindo formas mais antigas de jurisdição, embora eles estivessem intimamente ligados. Nas dependências (não no mesmo nível do Império), o poder se tornou cada vez mais enriquecido: Não importa quem tivesse a terra tinha jurisdição, de onde outros poderes se derivavam. É importante notar que, entretanto, dentro da jurisdição, nessa época, não incluía legislação, o que virtualmente não existia direito até o século XV. A prática do tribunal foi fortemente misturada com costumes e hábitos tradicionais.
Foi durante esse tempo que essas regiões começaram a se transformar nos predecessores dos estados modernos que surgiram depois. Esse processo variou bastante entre os territórios e foi mais avançado nos territórios que eram mais semelhantes às terras das antigas tribos germânicas, como por exemplo, Baviera. Foi mais lento naqueles territórios mais esparsos e que foram fundados com privilégios imperiais.
[editar] Reforma imperialA "constituição" do império ainda estava desorganizada no começo do século XV. Embora alguns procedimentos e instituições tenham sido criados, como por exemplo, a Bula Dourada de 1356, as regras de como o rei, os eleitores, e os outros duques deviam cooperar dentro do império dependia mais da personalidade do respectivo rei. Isso foi provado ser fatal quando Sigismundo de Luxemburgo (rei 1410, imperador de 1433 a 1437) e Frederico III de Habsburgo (rei 1440, imperador de 1452 a 1493) ignorou as velhas terras do império e majoritariamente morou nas suas terras natais. Sem a presença do rei, a velha instituição do Hoftag, a assembléia dos homens da nobreza. O Reichstag como um órgão legislativo do império não existia ainda. Pior ainda, duques freqüentemente iam aos seus feudos para organizarem guerras locais contra outros duques.
Ao mesmo tempo, a igreja também estava em crise. O conflito entre diversos papas só foi resolvido no Concílio de Constança (1414-1418). Depois de 1419, muita energia foi gasta na luta contra a heresia dos Hussitas. A ideia medieval de um Corpus christianum unificado, na qual o papado e o império eram as instituições líderes, começava a sucumbir.
Com essas mudanças dramáticas, muita discussão surgiu no século XV dentro do império. Costumes antigos não eram mais adequados para descrever a estrutura da época, e um reforço do antigo Landfrieden era necessário. Durante esse tempo, o conceito de "reform" surgiu, no senso original do verbo em Latim re-formare, para reganhar a antiga identidade que fora perdida.
Quando Frederico III precisou dos duques para financiar a Guerra contra o Reino da Hungria em 1486 e no mesmo tempo que seu filho, Maximiliano I foi eleito rei, ele foi confrontado com um pedido dos duques para a união de um conselho imperial. Pela primeira vez, a assembleia de eleitores e outros duques, agora chamada de Reichstag (que mais tarde ganhou a união das Cidades Imperiais Livres). Enquanto Frederico recusava-se a se unir ao conselho, seu filho, mais conciliatório, finalmente compareceu ao Reichstag em Worms em 1495, depois da morte de seu pai em 1493. Nisso, o rei e os duques concordaram em quatro propostas, geralmente referidas como Reichsreform (Reforma Imperial): um conjunto de decretos legais para dar ao Império em estado de quase-fragmentação a sua estrutura original. Dentre outros, esse decreto produziu os Círculos Imperiais e a Reichskammergericht (Câmara da Corte Imperial); estruturas que iriam — em certo nível — persistir até a queda do império em 1806.
Entretanto, demorou mais algumas décadas até que as novas regulamentações fossem aceitas e a nova corte entrasse em funcionamento; apenas em 1512 que os Círculos Imperiais ficariam totalmente formados. O rei também deixou claro que a sua própria corte, o Reichshofrat, continuasse funcionando paralelamente ao Reichskammergericht. É interessante notar que nesse mesmo ano, o império recebeu o seu novo título, o Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation ("Sacro Império Romano da Nação Germânica").[1]
[editar] Crise depois da ReformaEm 1517, Martinho Lutero iniciou o que seria depois conhecido Reforma Protestante. Nessa época, muitos duques locais viram a chance para se opor à hegemonia do Carlos V. O império então ficou dividido por linhas religiosas, com o Norte, o Leste e a muitas das grandes cidades — Estrasburgo, Frankfurt e Nuremberg— tornando-se Protestante enquanto o Sul e o Oeste permaneceram católicos. Conflitos religiosos emergiram em varias partes da Europa durante um século, embora a região alemã estivesse quieta desde a paz de Augsburgo em 1555 até a Defenestração de Praga em 1618. Quando os Boêmios rebelaram-se contra o imperador, o resultado imediato foi uma série de conflitos conhecidos como a Guerra dos 30 Anos (1618-1648), que devastou o império. Poderes externos, incluindo a França e a Suécia, intervieram no conflito e fortaleceram o poder imperial, mas eles também tomaram consideráveis partes de terra para eles mesmos. O longo conflito feriu o império de tal forma que ele nunca mais recuperaria sua força total de novo.
[editar] O longo declínio
O império depois da Paz de Vestfália, 1648
O império em 1705, mapa "L’Empire d’Allemagne" de Nicolas de FerO fim do império veio em diversas etapas. A Paz de Vestfália em 1648, que acabou com a Guerra dos 30 Anos, deu aos territórios autonomia quase que completa. A Confederação Suíça, que já tinha conseguido uma quase-independência em 1499, e a Holanda do Norte deixaram o império. Embora os estados constituintes ainda tivessem algumas restrições — em particular, eles não podiam formar alianças contra o Imperador — o império a partir desse ponto foi uma entidade impotente, existindo apenas no nome. Os imperadores Habsburgo focaram-se em consolidar seus Estados no Império Austríaco e outros lugares.
Com o avanço de Luís XIV, os Habsburgos ficaram dependendo da ajuda dos Arquiduques da Áustria para conter o avanço do Reino da Prússia, que estavam dominando alguns territórios dentro do próprio império. Durante o século XVIII, os Habsburgos estavam envolvidos em vários conflitos pela Europa, tal como a Guerra da Sucessão Espanhola, a Guerra da Sucessão Polonesa e a Guerra da Sucessão Austríaca. O Dualismo alemão entre Áustria e Prússia dominava a história do império desde 1740. A partir de 1792, a França revolucionária estava em Guerra com varias partes do Império interruptamente. O império foi formalmente dissolvido em 6 de agosto de 1806 quando o último sacro imperador romano-germânico Francisco II (a partir de 1804, imperador Francisco I da Áustria) abdicou, sendo seguido por uma derrota militar pelos franceses sob o comando de Napoleão (ver Tratado de Pressburg). Napoleão reorganizou muito do império na Confederação do Reno, um estado satélite francês. Francis da Dinastia de Habsburgo-Lorena sobreviveu ao desmanche do império, continuando a reinar como Imperador da Áustria e rei da Hungria até a dissolução final do Império dos Habsburgos em 1918 depois da Primeira Guerra Mundial. Após, a Confederação Napoleônica do Reno foi substituída pela Confederação Germânica e depois pela Confederação Norte-Germânica, até que os territórios que falavam o alemão, menos a Áustria, foram unidos sob a liderança do Reino da Prússia em 1871, no Império Alemão, o Estado predecessor da atual Alemanha.
[editar] Resquícios atuaisÀs vezes é dito que o único atual sobrevivente do império é o pequeno principado de Liechtenstein, localizado entre a Suíça e a Áustria.
Ainda existe um Habsburgo reclamando o trono imperial, Otto de Habsburgo. Entretanto, o trono do império nunca foi meramente hereditário, e títulos de nobreza não são mais oficiais na Alemanha e nas outras repúblicas da Europa Central.
[editar] AnáliseTem sido dito que a história moderna da Alemanha foi predeterminada por três fatores: o Reich, a Reforma Protestante, e depois o dualismo entre Áustria e Prússia. Muitos esforços têm sido feitos para entender por que o Reich nunca formou um poder forte e centralizado sobre seus territórios, como aconteceu com a sua vizinha França.[1] Algumas razões incluem:
O império era um corpo federativo desde o início: ao contrário da França, que tinha feito parte do Império Romano, na parte oriental do Reino Franco, as tribos germânicas que depois fizeram parte da nação germânica (Saxões, Turíngios, Francos, Bávaros, Alamanos ou Suábios) eram muito mais independentes e relutavam em ceder o poder a uma autoridade central. Todas as tentativas de fazer o reino uma monarquia hereditária falharam; em vez disso, o rei era sempre eleito. Depois, cada candidato para rei fazia promessas para o seu eleitorado, o chamado Wahlkapitulationen (Capitulações eleitorais), assim dando aos nobres mais e mais poder através dos séculos.
Devido às conotações religiosas, o império era uma instituição duramente afetada pela disputa entre o Papa e os reis germânicos em suas respectivas coroações como imperador. Nunca ficou claro sob quais condições o papa devia coroar o imperador e especialmente se todo o poder do imperador era dependente do poder clerical do papa. Muito debate aconteceu sobre isso, especialmente durante o século XI, levando à Controvérsia da Investidura e a Concordata de Worms em 1122.
Se o sistema feudal do império, onde o rei era formalmente o topo da chamada "pirâmide feudal", era a causa ou sintoma da fraqueza do império não é certo. Em qualquer caso, a obediência militar, que – de acordo com a tradição germânica – estava intimamente ligada à doação de terras aos tributários, sempre foi um problema: quando o império tinha que ir para a guerra, as decisões demoravam e eram tímidas.
Até o século XVI, os interesses econômicos do sul e do oeste divergiam daqueles do norte, onde a Liga Hanseática operava. A Liga Hanseática era muito mais ligada com a Escandinávia e o Báltico do que com o resto da Alemanha.
A historiografia alemã de hoje vê o Sacro Império Romano-Germânico como um sistema balanceado de organizar uma multidão de estados (efetivamente independentes) sob um complexo sistema de regulamentos legais. Pequenos estados como os senhorios e as cidades imperiais livres sobreviveram por séculos como entidades independentes, embora eles não tivessem nenhum poderio militar. As cortes supremas, Reichshofrat e o Reichskammergericht ajudaram a diminuir os conflitos, ou ao menos mantê-los como guerras de palavras em vez de guerras verdadeiras.
O grande número de territórios diferentes com diferentes línguas (alemão, francês, italiano, tcheco, esloveno, etc.), denominações religiosas e diferentes formas de governo levaram a uma grande variedade de culturas, o que pode ser visto na atual Alemanha com as culturas regionais, costumes e dialetos que mudam às vezes no raio de poucos quilômetros.
[editar] Impérios sucessoresDepois do fim das Guerras Napoleônicas um nova União alemã foi criada em 1815. Ela sobreviveu até 1866 quando o Reino da Prússia dissolveu a Confederação germânica para formar a Confederação Norte-Germânica que se tornaria um estado-nação em 1871, o Império Alemão.[5]
[editar] Ver também A Wikipédia possui o
Portal da Alemanha
[editar] InstituiçõesSacro Imperador Romano-Germânico
Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
Lista de monarcas Alemães
Lista de rainhas da Germânia e imperatrizes do Sacro Império Romano-Germânico
Reichstag (instituição)
Círculos Imperiais
[editar] HistóriaHistória da Alemanha
História da Áustria
História de Liechtenstein
História dos Países Baixos
História da Suíça
História da República Tcheca
História da Itália
História da Polônia
História da Eslovênia
[editar] Estados componentesLista de estados do Sacro Império Romano Germânico
Monarquia de Habsburgo
Margrave de Brandemburgo (Brandemburgo-Prússia)
Eleitorado da Baviera
Eleitorado da Saxônia
Eleitorado de Hannover
Palatinado Eleitoral
Estados Papais
Silésia
Pomerânia
Boêmia
[editar] OutrosImpério Carolíngio
Studia Generalia
Misticismo Alemão
[editar] Notas↑ A expressão para designar o império, em outras línguas faladas historicamente dentro de suas fronteiras era:
Em checo: Svatá ríše rímská, depois Svatá ríše rímská národa nemeckého;
neerlandês: Heilige Roomse Rijk, depois; Heilige Roomse Rijk der Duitse Naties/Volkeren;
francês: Saint Empire Romain Germanique;
italiano: Sacro Romano Impero;
esloveno: Sveto rimsko cesarstvo, depois Sveto rimsko cesarstvo nemške narodnosti
Referências↑ a b c História da Alemanha (em português). infoescola. Página visitada em 14/01/2012.
↑ John Gilissen, « La notion d'empire dans l'histoire universelle », in : Les grands empires, De Boeck Université, 1989, p. 846.
↑ Francis Rapp, Le Saint-Empire romain germanique. D'Otton le Grand à Charles Quint, Paris, 2000, p. 17.
↑ Azevedo, Henrique Machado Rodrigues de. APONTAMENTOS SOBRE A INFLUÊNCIA DA QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO E SURGIMENTO DO SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO NA IDÉIA CLÁSSICA DE PODER CONSTITUINTE * (pdf) (em português e inglês). publicadireito.com.br. Página visitada em 14/01/2012.
↑ Confederação Germânica. infopédia.com. Página visitada em 14/01/2012.
[editar] BibliografiaHeinz Angermeier, Das Alte Reich in der deutschen Geschichte. Studien über Kontinuitäten und Zäsuren, München 1991 (em Alemão)
Karl Otmar Freiherr von Aretin, Das Alte Reich 1648–1806. 4 vols. Stuttgart, 1993–2000 (em Alemão)
Peter Claus Hartmann, Kulturgeschichte des Heiligen Römischen Reiches 1648 bis 1806. Wien, 2001 (em Alemão)
Georg Schmidt, Geschichte des Alten Reiches. München, 1999 (em Alemão)
James Bryce, The Holy Roman Empire. ISBN 0-333-03609-3 (em Inglês)
Jonathan W. Zophy (ed.), The Holy Roman Empire: A Dictionary Handbook. Greenwood Press, 1980 (em Inglês)
Deutsche Reichstagsakten (em Alemão)
George Donaldson, Germany: A Complete History. Gotham Books, New York 1985 (em Inglês)
[editar] Ligações externasO Commons possui uma categoria com multimídias sobre Sacro Império Romano-GermânicoA Estrutura constitucional do Reich (em Alemão)
Das Heilige Reich (Museu Alemão de História, Berlim) (em Alemão)
Lista de guerras do Sacro Império Romano Germânico (em Alemão)
Deutschland beim Tode Kaiser Karls IV. 1378 (A Alemanha na morte do imperador Carlos IV.) tirado de "Meyers Kleines Konversationslexikon in sechs Bänden. Bd. 2. Leipzig u. Wien : Bibliogr. Institut 1908 (em Alemão)
Livros e artigos sobre o Reich (em Alemão)
O Sacro Império Romano-Germânico (em Inglês)
[editar] MapasO Sacro Império Romano Germânico, 1138-1254
O Sacro Império Romano Germânico em 1398
O Sacro Império Romano Germânico em 1547
O Sacro Império Romano Germânico em 1648
O Sacro Império Romano Germânico em 1789 (mapa interativo)
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OTÃO IV - SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÃNICO
Oto IV, Sacro Imperador Romano-GermânicoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Otão IV
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Otão IV
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Oto IV de Brunswick (1175 ou 1176 – 19 de maio de 1218) foi um de dois reis rivais do Sacro Império Romano-Germânico de 1198 em diante, rei único de 1208 em diante, e imperador a partir de 1209. O único rei da dinastia Guelfo, ele foi deposto em 1215.
[editar] BiografiaOtto nasceu na Normandia, filho de Henrique, o Leão, Duque da Baviera e da Saxônia, e de Matilda Plantageneta.
Ele cresceu na Inglaterra sob os cuidados de seu avô Rei Henrique II. Otto tonrou-se amigo de Ricardo I da Inglaterra, que tentou fazê-lo Conde de York, e, através de casamento, rei da Escócia. Ambos falharam, e então em 1196, ele foi feito conde de Poitou. Ele participou na guerra contra a França no lado de Ricardo.
Oto IV e o Papa Inocêncio III se cumprimentando.Após a morte do imperador Henrique VI, alguns dos príncipes do império elegeram seu irmão, Filipe da Suábia, rei em março de 1198. O papado, sob Inocêncio III, aproveitou a oportunidade para estender suas influência e aproveitar a vulnerabilidade do império e usou seu poder para eleger Oto, cuja família era opostao à casa de Hohenstaufen. Oto também parecia disposto a conceder quaisquer reivindicações que Inocêncio fizesse. Esses príncipes de oposição à dinastia Staufen também decidiram, por iniciativa de Ricardo da Inglaterra, eleger um membro da Dinastia dos Guelfos. O irmão mais velho de Oto, Henrique, estava em uma cruzada na época, e por isso a escolha caiu sob Oto. O favorito papal, logo reconhecido ao longo de todo o império, foi eleito rei pelos príncipes do norte da Alemanha, em Colônia em 9 de junho de 1198. Oto assumiu o controle de Aachen, o lugar da coroação, e foi coroada pelo Arcebispo de Colônia, em 12 de julho de 1198. A coroação foi feita com a falsa coroa, porque os poderes reais estavam nas mãos do Staufen.
Precedido por
Henrique VI Sacro Imperador Romano - Germânico
1198 - 1215 Sucedido por
Frederico II
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Oto_IV,_Sacro_Imperador_Romano-Germ%C3%A2nico&oldid=28244074"
Categorias: Monarcas católicos romanosImperadores do Sacro Império RomanoReis da GermâniaReis da BurgúndiaMortos em 1218
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Otão IV
Sacro Imperador Romano-Germânico
Otão IV
Governo
Vida
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Oto IV de Brunswick (1175 ou 1176 – 19 de maio de 1218) foi um de dois reis rivais do Sacro Império Romano-Germânico de 1198 em diante, rei único de 1208 em diante, e imperador a partir de 1209. O único rei da dinastia Guelfo, ele foi deposto em 1215.
[editar] BiografiaOtto nasceu na Normandia, filho de Henrique, o Leão, Duque da Baviera e da Saxônia, e de Matilda Plantageneta.
Ele cresceu na Inglaterra sob os cuidados de seu avô Rei Henrique II. Otto tonrou-se amigo de Ricardo I da Inglaterra, que tentou fazê-lo Conde de York, e, através de casamento, rei da Escócia. Ambos falharam, e então em 1196, ele foi feito conde de Poitou. Ele participou na guerra contra a França no lado de Ricardo.
Oto IV e o Papa Inocêncio III se cumprimentando.Após a morte do imperador Henrique VI, alguns dos príncipes do império elegeram seu irmão, Filipe da Suábia, rei em março de 1198. O papado, sob Inocêncio III, aproveitou a oportunidade para estender suas influência e aproveitar a vulnerabilidade do império e usou seu poder para eleger Oto, cuja família era opostao à casa de Hohenstaufen. Oto também parecia disposto a conceder quaisquer reivindicações que Inocêncio fizesse. Esses príncipes de oposição à dinastia Staufen também decidiram, por iniciativa de Ricardo da Inglaterra, eleger um membro da Dinastia dos Guelfos. O irmão mais velho de Oto, Henrique, estava em uma cruzada na época, e por isso a escolha caiu sob Oto. O favorito papal, logo reconhecido ao longo de todo o império, foi eleito rei pelos príncipes do norte da Alemanha, em Colônia em 9 de junho de 1198. Oto assumiu o controle de Aachen, o lugar da coroação, e foi coroada pelo Arcebispo de Colônia, em 12 de julho de 1198. A coroação foi feita com a falsa coroa, porque os poderes reais estavam nas mãos do Staufen.
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Frederico II
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FREDERICO II - SACRO IMPÉRIO ROMANO- GERMÂNICO
Frederico II, Sacro Imperador Romano-GermânicoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Frederico II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Frederico II
Governo
Vida
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Frederico II da Germânia (Jesi, Província de Ancona, 26 de dezembro de 1194 — Castel Fiorentino, Apúlia, 13 de dezembro de 1250) teve os títulos de Rei da Sicília (1197-1250), Rei de Tessalónica, Rei de Chipre e de Jerusalém, Rei dos Romanos, Rei da Germânia e imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1220-1250).
Filho de Henrique VI, que morreu em 1197, tendo Frederico apenas três anos, e de Constança da Sicília, marcou a restauração da dinastia dos Hohenstaufen.
Esteve em luta quase constante com os Estados Pontifícios e, apesar de excomungado duas vezes, tomou parte na VI Cruzada (1229), que conduziu como diplomata e não como guerreiro. Inocêncio IV destituiu-o no concílio de Lyon (1245). Gregório IX chegou a chamá-lo de Anti-Cristo e, provavelmente por isto, quando ele morreu, surgiu a ideia de que ele voltaria a reinar de novo em 1000 anos.
Índice [esconder]
1 As coroações de Frederico II
2 O reinado de Frederico II
3 Frederico II e as artes
4 Campanhas políticas e militares de Frederico II
5 Inocêncio IV, o último e mais feroz opositor de Frederico II
6 O fim: a Batalha de Parma
7 Descendência
8 Ligações externas
[editar] As coroações de Frederico IICom a morte do imperador Henrique VI, sua esposa Constança da Sicília, que era por direito próprio rainha da Sicília, mandou coroar rei seu filho Frederico, ficando como regente. Em nome de Frederico, dissolveu os laços da Sicília com o império e dispensou os conselheiros alemães, renunciando ao trono da Germânia. Depois da morte de Constança, em 1198, o papa Inocêncio III sucedeu-lhe como guardião de Frederico até à sua maioridade e assegurou a sua educação formal em Roma.
O nascimento de Frederico II.Otão IV da Germânia tinha sido coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico por Inocêncio III em 1209 mas, em setembro de 1211, na Dieta de Nuremberga, Frederico foi eleito in absentia Rei da Germânia por uma facção rebelde apoiada por Inocêncio, que tinha entrado em choque pela forma como Otão o excomungara. Frederico foi formalmente eleito em 1212 e coroado a 9 de dezembro, em Mainz. Uma terceira cerimónia de coroação teve lugar a 23 de julho de 1215 em Aachen, a do título de Rei da Germânia, que era tradicionalmente precursor do de imperador. Ele foi ainda pretendente ao título de Rei dos Romanos desde 1212, o qual assumiu sem oposição a partir de 1215.
A autoridade de Frederico era, contudo, ténue até à Batalha de Bouvines, em 1214, sendo ele reconhecido apenas no sul da Germânia, enquanto que no norte, centro da dinastia dos Guelfos, enquanto que Otão continuava com as rédeas do poder real e imperial, apesar de excomungado. A decisiva derrota de Otão em Bouvines fez-lhe perder o poder e ele retirou-se para as terras hereditárias dos Guelfos, para vir a morrer, praticamente sem apoiantes, em 1218.
No entanto, só passados cinco anos, depois de demoradas negociações entre Frederico, Inocêncio III e o Papa Honório III, que lhe sucedeu depois da sua morte em 1216, é que Frederico foi finalmente coroado imperador, em Roma a 22 de novembro de 1220. Nessa mesma ocasião, o seu filho mais velho Henrique tomou o título de Rei dos Romanos.
[editar] O reinado de Frederico II
Frederico II (à esquerda) dialoga com al-Kamil Muhammad al-Malik.Ao contrário da maioria dos imperadores do Sacro Império, Frederico II passou pouco tempo na Germânia. Por essa razão, ele promulgou, em 1220, o Tratado com os príncipes da igreja (Confoederatio cum principibus ecclesiasticis), através do qual dava aos bispos da Germânia poder secular, em troca do seu apoio à coroação de seu filho Henrique, como Rei da Germânia, assegurando assim o domínio daquela parte do império.
Depois da coroação, passou os dias ora na Sicília ora em cruzadas até 1236, quando fez a sua última viagem à Germânia. Voltou à Itália em 1237 e aí permaneceu durante os restantes treze anos da sua vida, representado na Germânia pelo seu filho Conrado. No Reino da Sicília, continuou a reforma das leis iniciada em 1146 pelo seu avô Rogério II. Ele promulgou a Constituição de Melfi (em 1231, também conhecida como Liber Augustalis), uma coleção de leis que foram fonte de inspiração por muito tempo e se tornaram num precedente para o primado das leis escritas. Com relativamente poucas modificações, o Liber Augustalis continuou a ser a base das leis Sicilianas até 1819. Ele tornou o Reino da Sicília numa monarquia absoluta, sendo o primeiro estado centralizado da Europa a emergir do feudalismo.
Durante o seu reinado foram construídos o Castel del Monte e, em 1224, a Universidade de Nápoles, atualmente chamada Università Federico II, que permaneceu como o único atheneum do sul da Itália durante séculos.
Em 1226, por meio da Bula Dourada de Rimini, confirmou a legitimidade da administração das terras da Prússia a leste do rio Vístula pelos Cavaleiros Teutónicos, comandados por Hermann von Salza
[editar] Frederico II e as artesAo contrário de muitos monarcas do seu tempo, muitas vezes analfabetos, falava nove línguas e correspondia-se por escrito em sete. Era um dirigente moderno, patrono das ciências e das artes: um dos seus conselheiros era o famoso astrólogo Guido Bonatti de Forlì. Tinha ideias avançadas sobre economia, abolindo monopólios estatais, tarifas internas e reformando os regulamentos de importação do Sacro Império Romano-Germânico. O que estaria provavelmente relacionado com o tempo passado na corte de Palermo, onde influências árabes, alemãs, latinas, bizantinas, normandas, provençais e meso-judias se misturavam.
Foi mestre da Escola Siciliana de poesia, da qual emergiram, a partir de cerca de 1220, as primeiras formas literárias numa língua ítalo-românica, a língua siciliana, o que representou um corte no uso da língua toscana, que tinha sido a lingua franca preferida na Itália durante pelo menos um século.
Ficaria conhecido como Stupor mundi ("a maravilha do mundo") e escreveu (ou reescreveu) um manual sobre a arte da falcoaria, De arte venandi cum avibus ("Da arte de caçar com aves"), do qual subsistem muitas cópias ilustradas dos séculos XIII e XIV.
[editar] Campanhas políticas e militares de Frederico II
Moeda de Frederico II,
(cunhada em Messina em 1231)Apesar de temporariamente em paz com o papado, Frederico II não deixou de ter problemas com os príncipes germânicos. Em 1231, o seu filho Henrique proclamou-se rei e aliou-se com a Liga Lombarda contra o seu pai. A rebelião falhou, Henrique foi preso e substituído no seu título real pelo seu irmão Conrado, que já tinha o título de Rei de Jerusalém. Frederico venceu a decisiva batalha de Cortenuova contra a Liga Lombarda em 1237 e celebrou-a de forma triunfal em Cremona, à maneira dos antigos imperadores romanos. Ele rejeitou as propostas de paz, mesmo do Ducado de Milão, que tinha oferecido uma grande soma em dinheiro. Esta exigência por uma rendição total levou à resistência por parte de Milão, Bréscia, Bolonha e Piacenza e, em Outubro de 1238, ele foi forçado a fazer o cerco de Brescia, durante o qual os seus inimigos tentaram capturá-lo, em vão.
Como aquelas cidades-estados eram vassalas do papa, Frederico foi excomungado pelo papa Gregório IX em 1239, enquanto ele se encontrava em Pádua. O imperador respondeu expulsando os menoritas e outros pregadores da Lombardia e nomeando o seu filho Enzio para o cargo de "Vigário Imperial" para o norte da Itália. Em pouco tempo, Enzio anexou a Emília-Romanha, Marcas e o Ducado de Spoleto, nominalmente parte dos Estados Pontifícios. O pai anunciou que iria destruir a República de Veneza, que tinha mandado barcos de guerra contra a Sicília. Em Dezembro desse ano, Frederico invadiu a Toscana, entrou triunfalmente em Foligno e Viterbo, de onde ele pretendia partir à conquista de Roma, de forma a restaurar o antigo esplendor do Império. O cerco, contudo, foi em vão e Frederico voltou para o sul da Itália, saqueando Benevento, que era uma possessão papal.
Entretanto, a cidade gibelina de Ferrara tinha sido tomada e Frederico continuou para norte, capturando Ravenna e, depois dum longo cerco, Faenza. o povo de Forlì (que se tinha mantido ligado aos Gibelinos mesmo depois do colapso do poder Hohenstaufen) ofereceu o seu apoio na captura da cidade rival e, como sinal de gratidão, o imperador permitiu-lhes acrescentar ao brasão da cidade a águia dos Hohenstaufen, junto com outros privilégios. Este episódio exemplifica como as cidades independentes usavam a rivalidade entre o imperador e o Papa para obterem o máximo de vantagens.
Castelo do Monte, em Andria, ApúliaO Papa tinha convocado um concílio, mas a cidade gibelina de Pisa boicotou-o, capturando os cardeais e prelados que se encontravam num barco partindo de Génova para Roma. Frederico pensou que desta vez o caminho para Roma estava aberto e novamente dirigiu as suas forças contra o Papa, deixando para trás as cidades arruinadas e queimadas de Úmbria e Grottaferrata. Mas a 22 de agosto de 1240, Gregório morreu e Frederico, querendo mostar que a sua guerra não era dirigida contra a Igreja de Roma, mas contra aquele papa, retirou as suas tropas e libertou dois cardeais da prisão de Cápua. No entanto, nada mudou na relação entre o Papado e o império e as tropas romanas assaltaram a guarnição imperial em Tivoli. Como retaliação, o imperador rapidamente alcançou Roma. Esta situação ambígua repetiu-se em 1242 e em 1243 e, embora vãs, estas expedições permitiram a Frederico capturar tesouros da Igreja Católica nas cidades em que passava e deu-lhe a oportunidade de aproveitar a bela natureza das colinas, lagos e bosques do Lácio.
[editar] Inocêncio IV, o último e mais feroz opositor de Frederico IIUm novo papa, Inocêncio IV, foi eleito a 25 de junho de 1243, membro da nobre família imperial, com alguns familiares do lado de Frederico II e, por isso, o imperador ficou inicialmente satisfeito com esta eleição, sem suspeitar que Inocêncio viria a ser o seu mais feroz inimigo. No mesmo ano iniciaram conversações com vista à paz, mas a cidade de Viterbo rebelou-se, por instigação do intriguista cardeal Ranieri de Viterbo. Frederico não podia perder esta praça-forte próxima de Roma e lançou o Cerco de Viterbo. Inocêncio convenceu-o a retirar as suas tropas, mas Ranieri, mesmo assim, atacou mortalmente a guarnição imperial a 13 de novembro.
O novo papa era um diplomata e assinou com Frederico um tratado de paz, mas Inocêncio mostrou rapidamente a sua verdadeira face de guelfo e, juntamente com a maioria dos cardeais, fugiu em naves genovesas para a república da Ligúria. O seu objectivo era chegar a Lyon, onde um novo concílio teria início a 24 de junho de 1245. Então, Inocêncio IV destituiu Frederico de imperador, caracterizando-o um "amigo do sultão de Babilónia", "com costumes de sarraceno", "mantendo um harém guardado por eunucos" como o cismático imperador de Bizâncio, em suma, um "herético". O papa decidiu então propor Heinrich Raspe, senhor de Turíngia, para a coroa imperial e pôs em marcha um complô para matar Frederico e Enzio, com o apoio do seu cunhado Orlando de Rossi, que era, até essa altura, amigo de Frederico.
Os conjurados, no entanto, foram desmascarados pelo conde de Caserta e a vingança foi terrível: a cidade de Altavilla, onde eles se tinham escondido, foi arrasada e os implicados foram cegos, mutilados e queimados vivos ou enforcados. Uma tentativa de invadir a Sicília, sob o comando de Ranieri, foi impedida em Spello por Marino de Eboli, Vigário Imperial de Spoleto.
Inocêncio enviou ainda grandes somas de dinheiro para a Germânia a fim de boicotar o poder de Frederico e os arcebispos de Colónia e Mogúncia chegaram a declarar Frederico deposto e, em Maio de 1246, um novo rei foi eleito: Heinrich Raspe. A 5 de agosto, Heinrich, com dinheiro do papa, derrotou uma divisão de Conrado, filho de Frederico, perto de Francoforte. No entanto, Frederico fortaleceu a sua posição no sul da Germânia, adquirindo o Ducado da Áustria, cujo titular tinha morrido sem deixar herdeiros e, um ano mais tarde, Heinrich morreu também. O novo "anti-rei" era Guilherme II, Conde da Holanda.
Entre fevereiro e março de 1247, Frederico resolveu a situação em Itália durante a dieta de Terni, nomeando familiares ou amigos seus vigários de várias terras, casando o seu filho Manfredo com Beatriz de Saboia, filha de Amadeu IV de Saboia e, assegurando a submissão do marquês de Monferrato, Frederico conseguiu ainda controlar as passagens dos Alpes orientais, a caminho de Lyon, onde ele esperava resolver finalmente a disputa com o papa. Por seu lado, Inocêncio pediu a protecção do rei de França, Luís IX, mas o rei era amigo do imperador e acreditava no seu desejo de paz. O exército papal sob comando de Ottaviano degli Ubaldini não conseguiu chegar à Lombardia e Frederico, acompanhado por um enorme exército, realizou uma dieta em Turim.
[editar] O fim: a Batalha de ParmaEm junho de 1247, a importante cidade lombarda de Parma expulsou os funcionários imperiais e aliou-se aos guelfos. Enzio da Sardenha, filho do imperador Frederico II, que o tinha colocado como protector da cidade, não se encontrava presente e teve que pedir o apoio de seu pai, que logo veio fazer cerco aos rebeldes, com o seu amigo Ezzelino da Romano, senhor de Verona.
O imperador tinha construído uma verdadeira cidade à volta dos muros de Verona, onde ele tinha o seu tesouro e todas as comodidades e à qual tinha pomposamente chamado Vittoria. Pensando que os cercados não respondiam por falta de meios, Frederico aproveitava para caçar e, a 18 de fevereiro de 1248, durante a sua ausência, Vittoria foi assaltada, a sua guarda chacinada e a cidadela tomada pelos rebeldes. Na batalha que se seguiu, Frederico, sem o seu tesouro, teve dificuldades em manter dominância. Pior que isso, algumas regiões, como a Emília-Romanha, Marcas e Spoleto recusaram-se a continuar a pagar as suas contribuições ao imperador.
Entretanto, Enzio foi capturado pelos bolonheses durante a Batalha de Fossalta, em maio de mesmo ano. Com apenas 23 anos, Enzio foi colocado numa prisão para o resto da vida, morrendo 24 anos depois, em 1272, e o título de Rei da Sardenha foi-lhe usurpado pelo marquês Palavicino. Frederico perde ainda outro filho, Ricardo de Chieti, mas a luta continuou: o Sacro Império Romano-Germânico perdeu Como e Modena, mas recuperou Ravena. Um exército enviado para invadir o Reino da Sicília, comandado pelo cardeal Pietro Capocci, foi derrotado em Marcas, na Batalha de Cingoli, em 1250. Em janeiro daquele ano, Ranieri de Viterbo morreu e os condottieri imperiais reapossaram-se da Romanha, Marcas e Spoleto. Conrado, Rei dos Romanos, ganhou igualmente várias vitórias na Germânia a Guilherme de Holanda.
Sarcófago de Frederico II.Frederico, doente, não tomou parte nas campanhas. Morreu em 13 de dezembro de 1250 em Castel Fiorentino, na Apúlia, usando um hábito de monge cisterciense. Com a sua morte, a posição proeminente do Sacro Império na Europa ficou ameaçada, mas não perdida, uma vez que, no seu testamento, deixou ao seu filho legítimo Conrado as coroas imperial e da Sicília. O testamento indicou também que todas as terras conquistadas à Igreja deveriam ser restituídas, todos os prisioneiros libertados e todos os impostos reduzidos, desde que essas reduções não pusessem em causa o império.
Com a morte de Conrado, quatro anos depois, a dinastia Hohenstaufen perdeu o poder e o império conheceu um interregno, que durou até 1273, um ano depois da morte na prisão do último Hohenstaufen, Enzio. Durante este período surgiu uma lenda segundo a qual Frederico não estaria realmente morto, mas apenas adormecido nas montanhas Kyffhaeuser e um dia iria despertar e reerguer o império. Mais tarde, esta lenda foi transferida para o seu avô, Frederico I, o Barbarossa ("Barba Ruiva").
O seu sarcófago, feito de Pórfiro vermelho, está depositado na catedral de Palermo, ao lado dos de seus pais, Henrique VI da Germânia e Constança da Sicília, e do seu avô, o rei normando Rogério II da Sicília. Um busto de Frederico II encontra-se no Templo de Walhalla construído por Luís I da Baviera.
A morte do imperador Frederico II Hohenstaufen, em 1250, provocou um longo período de perturbações chamado "O Grande Interregno".
[editar] DescendênciaListam-se abaixo alguns dos descendentes mais famosos de Frederico II:
Henrique, conhecido como Henrique VII da Germânia (não deve confundir-se com o Henrique VII do Luxemburgo da dinastia do Luxemburgo), nascido na Sicília em 1211, filho da primeira esposa de Frederico, Constança de Aragão; Henrique teve os títulos de Rei da Germânia, Rei dos Romanos, Rei da Sicília e foi pretendente ao título imperial. Depois de se rebelar contra seu pai e aliar-se à Liga Lombarda, Henrique foi capturado e preso em 1236. Morreu em Martirano em 1242, supostamente em consequência duma tentativa de suicídio.
Conrado IV, filho da sua segunda mulher, Yolande de Brienne, rainha de Jerusalém, nasceu a 25 de abril de 1228, em Andria, Apúlia. Tornou-se Rei de Jerusalém à nascença (a mãe morreu no parto) e foi eleito Rei da Germânia e futuro imperador em 1237, em Viena, apesar de não chegar a ser coroado. Em 1250, Conrado sucedeu a seu pai como Rei da Sicília e morreu a 1 de maio de 1254 de malária num acampamento militar em Lavello.
Manfredo, Rei da Sicília, nascido em 1231, foi um filho ilegítimo de Frederico e de Bianca, filha do conde Bonifacio Lancia. Manfredo foi regente do filho criança de Conrado, Conradino, e, depois de 1258, como Rei da Sicília, continuou (depois de tentativas iniciais de reconciliação) a luta de Frederico com o papa e foi igualmente colocado sob interdição papal. Manfredo morreu a 26 de fevereiro de 1266 na Batalha de Benevento contra Carlos de Anjou, irmão do rei da França, a quem o papa tinha entregue o Reino da Sicília. A sua esposa Helena e também os seus filhos Frederico, Henrique e Enzio morreram na prisão; as crianças tinham vivido em prisão solitária e nunca sequer aprenderam a falar.
Enzio (ou Enzo) teve os títulos de Rei da Sardenha e de Vigário Imperial para o norte da Itália. Enzio é capturado pelos bolonheses durante a Batalha de Fossalta, a 26 de maio de 1249. Com apenas 25 anos, Enzio é colocado numa prisão em Bolonha para o resto da vida, morrendo 24 anos depois, em 1272, e o título de Rei da Sardenha é-lhe usurpado pelos marquês Palavicino.
[editar] Ligações externasO Commons possui multimídias sobre Frederico II, Sacro Imperador Romano-GermânicoO Commons possui uma categoria com multimídias sobre Frederico II, Sacro Imperador Romano-GermânicoDeutsche Welle - 1194: Nasce Frederico 2º, "stupor mundi"
Precedido por
Otão IV Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
1220 — 1250 Sucedido por
Conrado IV
Precedido por
Demétrio de Montferrat Rei de Tessalónica
1230 — 1239 Sucedido por
Bonifácio II de Montferrat
Precedido por
Jaime II Rei da Sicília
1298 — 1250 Sucedido por
Pedro II
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Frederico II
Sacro Imperador Romano-Germânico
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Frederico II da Germânia (Jesi, Província de Ancona, 26 de dezembro de 1194 — Castel Fiorentino, Apúlia, 13 de dezembro de 1250) teve os títulos de Rei da Sicília (1197-1250), Rei de Tessalónica, Rei de Chipre e de Jerusalém, Rei dos Romanos, Rei da Germânia e imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1220-1250).
Filho de Henrique VI, que morreu em 1197, tendo Frederico apenas três anos, e de Constança da Sicília, marcou a restauração da dinastia dos Hohenstaufen.
Esteve em luta quase constante com os Estados Pontifícios e, apesar de excomungado duas vezes, tomou parte na VI Cruzada (1229), que conduziu como diplomata e não como guerreiro. Inocêncio IV destituiu-o no concílio de Lyon (1245). Gregório IX chegou a chamá-lo de Anti-Cristo e, provavelmente por isto, quando ele morreu, surgiu a ideia de que ele voltaria a reinar de novo em 1000 anos.
Índice [esconder]
1 As coroações de Frederico II
2 O reinado de Frederico II
3 Frederico II e as artes
4 Campanhas políticas e militares de Frederico II
5 Inocêncio IV, o último e mais feroz opositor de Frederico II
6 O fim: a Batalha de Parma
7 Descendência
8 Ligações externas
[editar] As coroações de Frederico IICom a morte do imperador Henrique VI, sua esposa Constança da Sicília, que era por direito próprio rainha da Sicília, mandou coroar rei seu filho Frederico, ficando como regente. Em nome de Frederico, dissolveu os laços da Sicília com o império e dispensou os conselheiros alemães, renunciando ao trono da Germânia. Depois da morte de Constança, em 1198, o papa Inocêncio III sucedeu-lhe como guardião de Frederico até à sua maioridade e assegurou a sua educação formal em Roma.
O nascimento de Frederico II.Otão IV da Germânia tinha sido coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico por Inocêncio III em 1209 mas, em setembro de 1211, na Dieta de Nuremberga, Frederico foi eleito in absentia Rei da Germânia por uma facção rebelde apoiada por Inocêncio, que tinha entrado em choque pela forma como Otão o excomungara. Frederico foi formalmente eleito em 1212 e coroado a 9 de dezembro, em Mainz. Uma terceira cerimónia de coroação teve lugar a 23 de julho de 1215 em Aachen, a do título de Rei da Germânia, que era tradicionalmente precursor do de imperador. Ele foi ainda pretendente ao título de Rei dos Romanos desde 1212, o qual assumiu sem oposição a partir de 1215.
A autoridade de Frederico era, contudo, ténue até à Batalha de Bouvines, em 1214, sendo ele reconhecido apenas no sul da Germânia, enquanto que no norte, centro da dinastia dos Guelfos, enquanto que Otão continuava com as rédeas do poder real e imperial, apesar de excomungado. A decisiva derrota de Otão em Bouvines fez-lhe perder o poder e ele retirou-se para as terras hereditárias dos Guelfos, para vir a morrer, praticamente sem apoiantes, em 1218.
No entanto, só passados cinco anos, depois de demoradas negociações entre Frederico, Inocêncio III e o Papa Honório III, que lhe sucedeu depois da sua morte em 1216, é que Frederico foi finalmente coroado imperador, em Roma a 22 de novembro de 1220. Nessa mesma ocasião, o seu filho mais velho Henrique tomou o título de Rei dos Romanos.
[editar] O reinado de Frederico II
Frederico II (à esquerda) dialoga com al-Kamil Muhammad al-Malik.Ao contrário da maioria dos imperadores do Sacro Império, Frederico II passou pouco tempo na Germânia. Por essa razão, ele promulgou, em 1220, o Tratado com os príncipes da igreja (Confoederatio cum principibus ecclesiasticis), através do qual dava aos bispos da Germânia poder secular, em troca do seu apoio à coroação de seu filho Henrique, como Rei da Germânia, assegurando assim o domínio daquela parte do império.
Depois da coroação, passou os dias ora na Sicília ora em cruzadas até 1236, quando fez a sua última viagem à Germânia. Voltou à Itália em 1237 e aí permaneceu durante os restantes treze anos da sua vida, representado na Germânia pelo seu filho Conrado. No Reino da Sicília, continuou a reforma das leis iniciada em 1146 pelo seu avô Rogério II. Ele promulgou a Constituição de Melfi (em 1231, também conhecida como Liber Augustalis), uma coleção de leis que foram fonte de inspiração por muito tempo e se tornaram num precedente para o primado das leis escritas. Com relativamente poucas modificações, o Liber Augustalis continuou a ser a base das leis Sicilianas até 1819. Ele tornou o Reino da Sicília numa monarquia absoluta, sendo o primeiro estado centralizado da Europa a emergir do feudalismo.
Durante o seu reinado foram construídos o Castel del Monte e, em 1224, a Universidade de Nápoles, atualmente chamada Università Federico II, que permaneceu como o único atheneum do sul da Itália durante séculos.
Em 1226, por meio da Bula Dourada de Rimini, confirmou a legitimidade da administração das terras da Prússia a leste do rio Vístula pelos Cavaleiros Teutónicos, comandados por Hermann von Salza
[editar] Frederico II e as artesAo contrário de muitos monarcas do seu tempo, muitas vezes analfabetos, falava nove línguas e correspondia-se por escrito em sete. Era um dirigente moderno, patrono das ciências e das artes: um dos seus conselheiros era o famoso astrólogo Guido Bonatti de Forlì. Tinha ideias avançadas sobre economia, abolindo monopólios estatais, tarifas internas e reformando os regulamentos de importação do Sacro Império Romano-Germânico. O que estaria provavelmente relacionado com o tempo passado na corte de Palermo, onde influências árabes, alemãs, latinas, bizantinas, normandas, provençais e meso-judias se misturavam.
Foi mestre da Escola Siciliana de poesia, da qual emergiram, a partir de cerca de 1220, as primeiras formas literárias numa língua ítalo-românica, a língua siciliana, o que representou um corte no uso da língua toscana, que tinha sido a lingua franca preferida na Itália durante pelo menos um século.
Ficaria conhecido como Stupor mundi ("a maravilha do mundo") e escreveu (ou reescreveu) um manual sobre a arte da falcoaria, De arte venandi cum avibus ("Da arte de caçar com aves"), do qual subsistem muitas cópias ilustradas dos séculos XIII e XIV.
[editar] Campanhas políticas e militares de Frederico II
Moeda de Frederico II,
(cunhada em Messina em 1231)Apesar de temporariamente em paz com o papado, Frederico II não deixou de ter problemas com os príncipes germânicos. Em 1231, o seu filho Henrique proclamou-se rei e aliou-se com a Liga Lombarda contra o seu pai. A rebelião falhou, Henrique foi preso e substituído no seu título real pelo seu irmão Conrado, que já tinha o título de Rei de Jerusalém. Frederico venceu a decisiva batalha de Cortenuova contra a Liga Lombarda em 1237 e celebrou-a de forma triunfal em Cremona, à maneira dos antigos imperadores romanos. Ele rejeitou as propostas de paz, mesmo do Ducado de Milão, que tinha oferecido uma grande soma em dinheiro. Esta exigência por uma rendição total levou à resistência por parte de Milão, Bréscia, Bolonha e Piacenza e, em Outubro de 1238, ele foi forçado a fazer o cerco de Brescia, durante o qual os seus inimigos tentaram capturá-lo, em vão.
Como aquelas cidades-estados eram vassalas do papa, Frederico foi excomungado pelo papa Gregório IX em 1239, enquanto ele se encontrava em Pádua. O imperador respondeu expulsando os menoritas e outros pregadores da Lombardia e nomeando o seu filho Enzio para o cargo de "Vigário Imperial" para o norte da Itália. Em pouco tempo, Enzio anexou a Emília-Romanha, Marcas e o Ducado de Spoleto, nominalmente parte dos Estados Pontifícios. O pai anunciou que iria destruir a República de Veneza, que tinha mandado barcos de guerra contra a Sicília. Em Dezembro desse ano, Frederico invadiu a Toscana, entrou triunfalmente em Foligno e Viterbo, de onde ele pretendia partir à conquista de Roma, de forma a restaurar o antigo esplendor do Império. O cerco, contudo, foi em vão e Frederico voltou para o sul da Itália, saqueando Benevento, que era uma possessão papal.
Entretanto, a cidade gibelina de Ferrara tinha sido tomada e Frederico continuou para norte, capturando Ravenna e, depois dum longo cerco, Faenza. o povo de Forlì (que se tinha mantido ligado aos Gibelinos mesmo depois do colapso do poder Hohenstaufen) ofereceu o seu apoio na captura da cidade rival e, como sinal de gratidão, o imperador permitiu-lhes acrescentar ao brasão da cidade a águia dos Hohenstaufen, junto com outros privilégios. Este episódio exemplifica como as cidades independentes usavam a rivalidade entre o imperador e o Papa para obterem o máximo de vantagens.
Castelo do Monte, em Andria, ApúliaO Papa tinha convocado um concílio, mas a cidade gibelina de Pisa boicotou-o, capturando os cardeais e prelados que se encontravam num barco partindo de Génova para Roma. Frederico pensou que desta vez o caminho para Roma estava aberto e novamente dirigiu as suas forças contra o Papa, deixando para trás as cidades arruinadas e queimadas de Úmbria e Grottaferrata. Mas a 22 de agosto de 1240, Gregório morreu e Frederico, querendo mostar que a sua guerra não era dirigida contra a Igreja de Roma, mas contra aquele papa, retirou as suas tropas e libertou dois cardeais da prisão de Cápua. No entanto, nada mudou na relação entre o Papado e o império e as tropas romanas assaltaram a guarnição imperial em Tivoli. Como retaliação, o imperador rapidamente alcançou Roma. Esta situação ambígua repetiu-se em 1242 e em 1243 e, embora vãs, estas expedições permitiram a Frederico capturar tesouros da Igreja Católica nas cidades em que passava e deu-lhe a oportunidade de aproveitar a bela natureza das colinas, lagos e bosques do Lácio.
[editar] Inocêncio IV, o último e mais feroz opositor de Frederico IIUm novo papa, Inocêncio IV, foi eleito a 25 de junho de 1243, membro da nobre família imperial, com alguns familiares do lado de Frederico II e, por isso, o imperador ficou inicialmente satisfeito com esta eleição, sem suspeitar que Inocêncio viria a ser o seu mais feroz inimigo. No mesmo ano iniciaram conversações com vista à paz, mas a cidade de Viterbo rebelou-se, por instigação do intriguista cardeal Ranieri de Viterbo. Frederico não podia perder esta praça-forte próxima de Roma e lançou o Cerco de Viterbo. Inocêncio convenceu-o a retirar as suas tropas, mas Ranieri, mesmo assim, atacou mortalmente a guarnição imperial a 13 de novembro.
O novo papa era um diplomata e assinou com Frederico um tratado de paz, mas Inocêncio mostrou rapidamente a sua verdadeira face de guelfo e, juntamente com a maioria dos cardeais, fugiu em naves genovesas para a república da Ligúria. O seu objectivo era chegar a Lyon, onde um novo concílio teria início a 24 de junho de 1245. Então, Inocêncio IV destituiu Frederico de imperador, caracterizando-o um "amigo do sultão de Babilónia", "com costumes de sarraceno", "mantendo um harém guardado por eunucos" como o cismático imperador de Bizâncio, em suma, um "herético". O papa decidiu então propor Heinrich Raspe, senhor de Turíngia, para a coroa imperial e pôs em marcha um complô para matar Frederico e Enzio, com o apoio do seu cunhado Orlando de Rossi, que era, até essa altura, amigo de Frederico.
Os conjurados, no entanto, foram desmascarados pelo conde de Caserta e a vingança foi terrível: a cidade de Altavilla, onde eles se tinham escondido, foi arrasada e os implicados foram cegos, mutilados e queimados vivos ou enforcados. Uma tentativa de invadir a Sicília, sob o comando de Ranieri, foi impedida em Spello por Marino de Eboli, Vigário Imperial de Spoleto.
Inocêncio enviou ainda grandes somas de dinheiro para a Germânia a fim de boicotar o poder de Frederico e os arcebispos de Colónia e Mogúncia chegaram a declarar Frederico deposto e, em Maio de 1246, um novo rei foi eleito: Heinrich Raspe. A 5 de agosto, Heinrich, com dinheiro do papa, derrotou uma divisão de Conrado, filho de Frederico, perto de Francoforte. No entanto, Frederico fortaleceu a sua posição no sul da Germânia, adquirindo o Ducado da Áustria, cujo titular tinha morrido sem deixar herdeiros e, um ano mais tarde, Heinrich morreu também. O novo "anti-rei" era Guilherme II, Conde da Holanda.
Entre fevereiro e março de 1247, Frederico resolveu a situação em Itália durante a dieta de Terni, nomeando familiares ou amigos seus vigários de várias terras, casando o seu filho Manfredo com Beatriz de Saboia, filha de Amadeu IV de Saboia e, assegurando a submissão do marquês de Monferrato, Frederico conseguiu ainda controlar as passagens dos Alpes orientais, a caminho de Lyon, onde ele esperava resolver finalmente a disputa com o papa. Por seu lado, Inocêncio pediu a protecção do rei de França, Luís IX, mas o rei era amigo do imperador e acreditava no seu desejo de paz. O exército papal sob comando de Ottaviano degli Ubaldini não conseguiu chegar à Lombardia e Frederico, acompanhado por um enorme exército, realizou uma dieta em Turim.
[editar] O fim: a Batalha de ParmaEm junho de 1247, a importante cidade lombarda de Parma expulsou os funcionários imperiais e aliou-se aos guelfos. Enzio da Sardenha, filho do imperador Frederico II, que o tinha colocado como protector da cidade, não se encontrava presente e teve que pedir o apoio de seu pai, que logo veio fazer cerco aos rebeldes, com o seu amigo Ezzelino da Romano, senhor de Verona.
O imperador tinha construído uma verdadeira cidade à volta dos muros de Verona, onde ele tinha o seu tesouro e todas as comodidades e à qual tinha pomposamente chamado Vittoria. Pensando que os cercados não respondiam por falta de meios, Frederico aproveitava para caçar e, a 18 de fevereiro de 1248, durante a sua ausência, Vittoria foi assaltada, a sua guarda chacinada e a cidadela tomada pelos rebeldes. Na batalha que se seguiu, Frederico, sem o seu tesouro, teve dificuldades em manter dominância. Pior que isso, algumas regiões, como a Emília-Romanha, Marcas e Spoleto recusaram-se a continuar a pagar as suas contribuições ao imperador.
Entretanto, Enzio foi capturado pelos bolonheses durante a Batalha de Fossalta, em maio de mesmo ano. Com apenas 23 anos, Enzio foi colocado numa prisão para o resto da vida, morrendo 24 anos depois, em 1272, e o título de Rei da Sardenha foi-lhe usurpado pelo marquês Palavicino. Frederico perde ainda outro filho, Ricardo de Chieti, mas a luta continuou: o Sacro Império Romano-Germânico perdeu Como e Modena, mas recuperou Ravena. Um exército enviado para invadir o Reino da Sicília, comandado pelo cardeal Pietro Capocci, foi derrotado em Marcas, na Batalha de Cingoli, em 1250. Em janeiro daquele ano, Ranieri de Viterbo morreu e os condottieri imperiais reapossaram-se da Romanha, Marcas e Spoleto. Conrado, Rei dos Romanos, ganhou igualmente várias vitórias na Germânia a Guilherme de Holanda.
Sarcófago de Frederico II.Frederico, doente, não tomou parte nas campanhas. Morreu em 13 de dezembro de 1250 em Castel Fiorentino, na Apúlia, usando um hábito de monge cisterciense. Com a sua morte, a posição proeminente do Sacro Império na Europa ficou ameaçada, mas não perdida, uma vez que, no seu testamento, deixou ao seu filho legítimo Conrado as coroas imperial e da Sicília. O testamento indicou também que todas as terras conquistadas à Igreja deveriam ser restituídas, todos os prisioneiros libertados e todos os impostos reduzidos, desde que essas reduções não pusessem em causa o império.
Com a morte de Conrado, quatro anos depois, a dinastia Hohenstaufen perdeu o poder e o império conheceu um interregno, que durou até 1273, um ano depois da morte na prisão do último Hohenstaufen, Enzio. Durante este período surgiu uma lenda segundo a qual Frederico não estaria realmente morto, mas apenas adormecido nas montanhas Kyffhaeuser e um dia iria despertar e reerguer o império. Mais tarde, esta lenda foi transferida para o seu avô, Frederico I, o Barbarossa ("Barba Ruiva").
O seu sarcófago, feito de Pórfiro vermelho, está depositado na catedral de Palermo, ao lado dos de seus pais, Henrique VI da Germânia e Constança da Sicília, e do seu avô, o rei normando Rogério II da Sicília. Um busto de Frederico II encontra-se no Templo de Walhalla construído por Luís I da Baviera.
A morte do imperador Frederico II Hohenstaufen, em 1250, provocou um longo período de perturbações chamado "O Grande Interregno".
[editar] DescendênciaListam-se abaixo alguns dos descendentes mais famosos de Frederico II:
Henrique, conhecido como Henrique VII da Germânia (não deve confundir-se com o Henrique VII do Luxemburgo da dinastia do Luxemburgo), nascido na Sicília em 1211, filho da primeira esposa de Frederico, Constança de Aragão; Henrique teve os títulos de Rei da Germânia, Rei dos Romanos, Rei da Sicília e foi pretendente ao título imperial. Depois de se rebelar contra seu pai e aliar-se à Liga Lombarda, Henrique foi capturado e preso em 1236. Morreu em Martirano em 1242, supostamente em consequência duma tentativa de suicídio.
Conrado IV, filho da sua segunda mulher, Yolande de Brienne, rainha de Jerusalém, nasceu a 25 de abril de 1228, em Andria, Apúlia. Tornou-se Rei de Jerusalém à nascença (a mãe morreu no parto) e foi eleito Rei da Germânia e futuro imperador em 1237, em Viena, apesar de não chegar a ser coroado. Em 1250, Conrado sucedeu a seu pai como Rei da Sicília e morreu a 1 de maio de 1254 de malária num acampamento militar em Lavello.
Manfredo, Rei da Sicília, nascido em 1231, foi um filho ilegítimo de Frederico e de Bianca, filha do conde Bonifacio Lancia. Manfredo foi regente do filho criança de Conrado, Conradino, e, depois de 1258, como Rei da Sicília, continuou (depois de tentativas iniciais de reconciliação) a luta de Frederico com o papa e foi igualmente colocado sob interdição papal. Manfredo morreu a 26 de fevereiro de 1266 na Batalha de Benevento contra Carlos de Anjou, irmão do rei da França, a quem o papa tinha entregue o Reino da Sicília. A sua esposa Helena e também os seus filhos Frederico, Henrique e Enzio morreram na prisão; as crianças tinham vivido em prisão solitária e nunca sequer aprenderam a falar.
Enzio (ou Enzo) teve os títulos de Rei da Sardenha e de Vigário Imperial para o norte da Itália. Enzio é capturado pelos bolonheses durante a Batalha de Fossalta, a 26 de maio de 1249. Com apenas 25 anos, Enzio é colocado numa prisão em Bolonha para o resto da vida, morrendo 24 anos depois, em 1272, e o título de Rei da Sardenha é-lhe usurpado pelos marquês Palavicino.
[editar] Ligações externasO Commons possui multimídias sobre Frederico II, Sacro Imperador Romano-GermânicoO Commons possui uma categoria com multimídias sobre Frederico II, Sacro Imperador Romano-GermânicoDeutsche Welle - 1194: Nasce Frederico 2º, "stupor mundi"
Precedido por
Otão IV Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
1220 — 1250 Sucedido por
Conrado IV
Precedido por
Demétrio de Montferrat Rei de Tessalónica
1230 — 1239 Sucedido por
Bonifácio II de Montferrat
Precedido por
Jaime II Rei da Sicília
1298 — 1250 Sucedido por
Pedro II
[Esconder]v • eBiografias
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