sexta-feira, 8 de junho de 2012
A SOCIEDADE FEUDAL
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http://groups.google.com.br/group/digitalsource MMaarrccBBlloocchh AASSOOCCIIEEDDAADDEEFFEEUUDDAALL
Fabricadorde instrumentos de trabalho,de habitações,de culturas e sociedades,o homem é tambémagente transformadorda história.Mas qual será o lugardo homem na históriae o da história na vida do homem?
Título original : La societé Féodal© Editions Albin Michel, ParisTradução de Emanuel Lourenço GodinhoRevisão de Edições 70Capa de Alceu Saldanha CoutinhoReservados os direitos para todos os países de Língua PortuguesaAv. Duque de Avila, 69 r/c Esq. - 1000 - LISBOATelefs. 55 68 98 - 57 20 01Distribuidor no Brasil: LIVRARIA MARTINS FONTESRua Conselheiro Ramalho, 330-340 - São PauloDigitalizado e Formatado Por:Uther Pendragon & Dayse Duarte
MMMAAARRRCCCBBBLLLOOOCCCHHH AASSOOCCIIEEDDAADDEE FFEEUUDDAALL
ÍNDICE* Apresentação .......................................................................................... 11Introdução - orientação geral da investigação ....................................... 13.PRIMEIRO TOMOA FORMAÇÃO DOS LAÇOS DE DEPENDÊNCIAPrimeira parte – O MEIOPrimeiro livro – AS ÚLTIMAS INVASÕESCAP. I - Muçulmanos e Húngaros1. A Europa invadida e cercada ..................................................... 202. Os Muçulmanos ......................................................................... 213. A ofensiva húngara .................................................................... 254. Fim das invasões húngaras ......................................................... 29.CAP. II - 4 Os Normandos1. Características gerais das invasões escandinavas ...................... 342. Da incursão à possessão ............................................................. 393. As possessões escandinavas: a Inglaterra .................................. 424. As possessões escandinavas: a França ....................................... 475. A cristianização do Norte ........................................................... 526. Em busca das causas .................................................................. 57.CAP. III - Algumas consequências e alguns ensinamentos das invasões1. A desordem ................................................................................ 622. O contributo humano: o testemunho da língua e dos nomes ..... 663. O contributo humano: o testemunho do Direito e da EstruturaSocial .............................................................................................. 724. O contributo humano: problemas de proveniência .................... 755. Os ensinamentos ........................................................................ 77.Segundo livro – AS CONDIÇÕES DE VIDAE A ATMOSFERA MENTALCAP. I -Condições materiais e tonalidades económicas1. As duas idades feudais ............................................................... 832. A primeira idade feudal: o povoamento ..................................... 843. A primeira idade feudal: a vida de relação ................................ 864. A primeira idade feudal: as trocas ............................................. 915. A revolução económica da segunda Idade feudal ...................... 94.CAP. II -Maneiras de sentir e de pensar1. O Homem perante a Natureza e a duração ................................. 992. A expressão .............................................................................. 102*Este índice informa a paginação da edição digitalizada. No decorrer do texto foram inseridas, entrecolchetes, as marcas de paginação referente à edição original para maior fidelidade de consultaacadêmica.
3. Cultura e classes sociais ........................................................... 1074. A mentalidade religiosa ........................................................... 110.CAP. III - A memória colectiva1. A historiografia ........................................................................ 1172. A Epopéia ................................................................................. 122.CAP. IV - O Renascimento Intelectual na Segunda Idade Feudal1. Algumas características da nova cultura .................................. 1342. A tomada de consciência ......................................................... 138.CAP. V - Os fundamentos do Direito1. O império do costume .............................................................. 1412. As características do direito consuetudinário .......................... 1453. As renovações dos direitos escritos ......................................... 149.Segunda Parte - OS LAÇOS DE HOMEM PARA HOMEMPrimeiro livro - OS LAÇOS DE SANGUECAP. I - A slidariedade da linhagem1. Os «Amigos Carnais» .............................................................. 1542. A «vendetta»………………………………………………… 1573. A solidariedade económica ..................................................... 163.CAP. II - Características e vicissitudes do laço de parentesco1. As realidades da vida familiar .................................................. 1672. A estrutura da linhagem ........................................................... 1703. Laços de sangue e feudalismo .................................................. 175.Segundo livro - A VASSALIDADE E O FEUDOCAP. I - A homenagem vassálica1. O homem de outro homem ...................................................... 1782. A homenagem na era feudal .................................................... 1793. A génese das relações de dependência pessoal ........................ 1814. Os guerreiros domésticos ......................................................... 1855. A vassalidade carolíngia .......................................................... 1916. A elaboração de vassalidade clássica ....................................... 195.CAP. II - O feudo1. Benefício e feudo:a tenure – salário ....................................... 1982. O chasement dos vassalos ........................................................ 204.CAP. III - Perspectiva europeia1. A diversidade francesa: Sudoeste e Normandia ....................... 2132. A Itália ..................................................................................... 2143. A Alemanha ............................................................................. 2174. Fora da influência carolíngia: a Inglaterra anglo-saxónica e aEspanha dos reinos asturo-leoneses ............................................. 2185. Os feudalismos de importação ................................................. 226
.CAP. IV - Como o feudo passou ao património do vassalo1. O problema da hereditariedade: «honras» e simples feudos .... 2292. A evolução: o caso francês ...................................................... 2333. A evolução: no Império ........................................................... 2374. As transformações do feudo, vistas através do seu direitosucessório ..................................................................................... 2395. A fidelidade no comércio ......................................................... 249.CAP. V - O homem de vários senhores1. A pluralidade das homenagens ................................................ 2522. Grandeza e decadência da homenagem lígia ........................... 256.CAP. VI - Vassalo e senhor1. O auxílio e a protecção ............................................................ 2612. A vassalidade em lugar da linhagem ....................................... 2673. Reciprocidade e rupturas .......................................................... 271.CAP. VII - O paradoxo da vassalagem1. As contradições dos testemunhos ............................................ 2742. Os vínculos de direito e o contacto humano ............................ 279.Terceiro livro - OS VÍNCULOS DE DEPENDÊNCIANAS CLASSES INFERIORESCAP. I - O senhorio1. A terra senhorial ....................................................................... 2832. As conquistas do sistema senhorial .......................................... 2853. Senhor e foreiros (tenanciers) .................................................. 292. CAP. II - Servidão e liberdade1. O ponto de partida: as condições pessoais na época franca ..... 2992. A servidão francesa .................................................................. 3053. O caso alemão .......................................................................... 3124. Na Inglaterra: as vicissitudes da vilanagem ............................. 316.CAP. III - Rumo às novas formas do regime senhorial1. A estabilização dos encargos ................................................... 3222. A Transformação das relações humanas .................................. 326.SEGUNDO TOMOAS CLASSES E O GOVERNO DOS HOMENSPrimeiro livro - AS CLASSESCAP. I - Os nobres como classe de facto1. O desaparecimento das antigas aristocracias de sangue .......... 3302. Dos diversos sentidos da palavra «nobre», na primeira idadefeudal ............................................................................................ 3333. A classe dos nobres como classe senhorial .............................. 336
4. A vocação guerreira ................................................................. 337.CAP. II - A vida nobre1. A guerra ................................................................................... 3412. O nobre em sua casa ................................................................ 3473. Ocupações e distracções .......................................................... 3514. As regras de conduta ................................................................ 355.CAP. III - A cavalarial. A investidura ............................................................................. 3632. O Código de Cavalaria ............................................................. 368.CAP. IV - A transformação da nobreza de facto em nobreza de direito1. A hereditariedade da investidura e o enobrecimento ............... 3722. Constituição dos descendentes de cavaleiros em classeprivilegiada .................................................................................. 3783. O direito dos nobres ................................................................. 3804. A excepção inglesa .................................................................. 383.CAP. V - As distinções de classe no interior da nobreza1. A hierarquia do poder e da categoria ....................................... 3862. Minesteriales e cavaleiros-servos ............................................ 391.CAP VI - O clero e as classes profissionais1. A sociedade eclesiástica no feudalismo ................................... 4012. Vilãos e burgueses .................................................................. 409.Segundo livro - O GOVERNO DOS HOMENSCAP. I - As justiças1. Características gerais do regime judiciário .............................. 4142. A divisão das justiças ............................................................... 4173. Julgamento pelos pares, ou julgamento pelos senhores? ......... 4254. A margem do desmembramento: sobrevivência e factores novos....................................................................................................... 427.CAP. II - Os poderes tradicionais: realezas e Império1. Geografia das realezas ............................................................. 4322. Tradições e natureza do poder real .......................................... 4373. A transmissão do poder real: problemas dinásticos ................. 4414. O Império ................................................................................. 448.CAP. III - Dos principados territoriais às castelanias1. Os principados territoriais ........................................................ 4532. Condados e castelanias ............................................................ 4593. As dominações eclesiásticas .................................................... 461.CAP. IV - A desordem e a luta contra a desordem1. Os limites dos poderes ............................................................. 4692. A violência e a aspiração à paz ................................................ 472
3. Paz e tréguas de Deus .............................................................. 474.CAP. V - Rumo à reconstituição dos estados: as evoluções nacionais1. Razões do reagrupamento das forças ....................................... 4842. Uma monarquia nova: os Capetos ........................................... 4863. Uma monarquia arcaizante: a Alemanha ................................. 4904. A monarquia anglo-normanda: feitos de conquistas esobrevivências germânicas ........................................................... 4935. As nacionalidades .................................................................... 496.Terceiro livro - A FEUDALIDADECOMO TIPO SOCIAL E A SUA ACÇÃOCAP. I - A feudalidade como tipo social1. Feudalidade ou feudalidades: singular ou plural? .................... 5032. As características fundamentais da feudalidade europeia ........ 5053. Um corte através da história comparada ................................. 509.CAP. II - Os prolongamentos da feudalidade europeia1. Sobrevivências e revivescências .............................................. 5122. A ideia guerreira e a ideia de contrato ..................................... 515. BIBLIOGRAFIA ................................................................................ 518.
AAFFEERRDDIINNAANNDDLLOOTT Homenagem de respeitoso e reconhecido afecto. Já foi dito, e com muita justiça, que a obra de Marc Bloch, professor da Sorbonne,renovou a visão histórica tradicional da Idade Média. No presente volume, o leitorencontrará o essencial do pensamento deste historiador que se situa entre os maiores,apesar de a sua carreira ter sido tragicamente abreviada pela sua morte heróica naResistência, em 1944.Ele é o «historiador exemplar que estudou o passado em todos os aspectos aomesmo tempo e utilizando todos os meios que podem servir a história. A vastidão dasua documentação é impressionante. Não se contenta com as fontes propriamente ditas,que emprega com toda a prudência... e com os trabalhos chamados de segunda mão, queexaminou cuidadosamente. Recorre à linguística: a etimologia das palavras, as suasmudanças de formas e de sentido, a toponímia e a onomástica fornecem-lheinformações preciosas... Utiliza as canções de gesta... Arqueologia, geografia social,costumes agrários: nada há que lhe escape.» Em suma, «a partir dos fenómenosparticulares e localizados, eleva-se o mais possível até à explicação geral que é sempre,terminantemente, de ordem psicológica». (H. Berr).«Europa de Oeste e do Centro... período dos meados do século IX até aosprimeiros decénios do século XIII: eis, no espaço e no tempo, os limites do presentevolume... Dentro destes limites, o tema de Marc Bloch é a sociedade chamada feudal.» Pode discutir-se a validez de tal rótulo, mas isso não tem importância: «existe umarealidade a que se aplicou esta designação e existe uma estrutura social que caracterizaesta realidade; é esta estrutura que o autor se propõe analisar da forma mais completapossível.Esta análise é pretexto de «páginas absolutamente notáveis, porque mergulham naintimidade do passado, porque provocam a reflexão sobre a atitude do homem dessaépoca perante a natureza[Pg 009]e a duração e, de um modo geral, sobre os dadospsicológicos que são a própria essência da história» (H. Berr).Depois de recapitular o meio e de definir a mentalidade, o autor analisa osvínculos de homem para homem que caracterizam o sistema feudal, numa espécie de«participação» que esses vínculos criaram: todo um complexo de relações pessoais, de
dependência e de protecção, resulta na vassalagem. Existe uma subordinação, do cimoao fundo da escala social, dos indivíduos uns aos outros, com tudo o que ela implica,tanto no plano moral como no plano económico. «Acima dos que trabalham e até acimadaqueles que rezam, estão os que batalham e para os quais a guerra é a razão deviver».(M. Bloch).Avaliar-se-á quais foram os diversos papéis desempenhados pela Igreja; depois,qual foi a acção da realeza, por um lado, e por outro, a da força «burguesa», causas dedeclínio e de desagregação do feudalismo. A cidade, a comuna, o «juramento dosiguais»: «foi esse, diz Marc Bloch, ... o fermento propriamente revolucionário,violentamente adverso a um mundo hierárquico». Uma nova força nascia, pouco apouco, em frente aos castelos que haviam sido durante vários séculos os únicos «pontosde cristalização» do poder.Este livro, que se tornou um clássico, está na base de toda a documentação sériasobre a Idade Média. Além do mais, a acção de um sábio como Marc Bloch, que nãoabordou nenhum assunto que não tenha enriquecido, nunca acaba, pois, sublinha HenriBerr, incessantemente imprime aos historiadores «impulso para ir mais longe». Oobjectivo que lhe era mais caro era o da «L'Évolution de l'Humanité» («A Evolução daHumanidade»): «nunca permitir que o leitor se esqueça de que a história conserva todoo encanto de uma pesquisa inacabada».PAUL CHALUSSecretário-Geraldo Centro Internacional de SínteseNota:Este trabalho reúne os tomos XXXIV e XXXIV bis da Bibliothèque deSynthèse Historique «L’ Évolution de l'Humanité», fundada por Henri Berr e dirigida,depois da sua morte, pelo Centre International de Synthèse, do qual foi também ocriador.[Pg 010]
até ao momento em que, durante o século XI, um punhado de aventureiros, vindos daNormandia francesa, guerreou indistintamente Bizantinos e Árabes. Ao unirem a Sicíliacom o sul da península, criaram finalmente um Estado forte que iria, não só fechar parasempre o caminho aos invasores, mas também desempenhar, entre as civilizaçõeslatinas e o Islão, o papel de um brilhante intermediário. Assim, em território italiano, aluta contra os Sarracenos, iniciada no século IX, prolongara-se durante largo tempo.Mas com oscilações de pouca importância, no que respeita à conquista de território, deuma e de outra partes. Especialmente para o catolicismo ela interessava apenas como aterra extrema que era.A outra linha de choque situava-se em Espanha. Aí, para o Islão, já não se tratavade correrias ou de efémeras anexações; ali viviam em grande número populações de fémaometana e os Estados fundados pelos Árabes tinham os seus centros nessa mesmaregião. Nos começos do século X, os bandos sarracenos não haviam esquecido aindacompletamente o caminho dos Pirinéus. Mas tais incursões distantes eram cada vezmais raras. A reconquista cristã, iniciada no extremo norte, apesar de muitos reveses ehumilhações, progredia lentamente. Na Galiza e nos planaltos do nordeste que os emiresou califas de Córdova, localizados demasiado longe, no sul, nunca tinham chegado adominar com mão muito firme, os pequenos reinos cristãos, ora desmembrados, orareunidos sob o domínio de um único príncipe, estendiam-se desde os meados do séculoXI até à região do Douro; o Tejo foi alcançado em 1085. Junto dos Pirinéus, ao invés, ocurso do Ebro, apesar de tão próximo, continuou muçulmano durante bastante tempo;Saragoça apenas foi conquistada em 1118. Os combates, que aliás não excluíam demodo algum relações mais pacíficas, no seu conjunto, somente conheciam curtastréguas. Esses combates imprimiram nas sociedades espanholas uma marca original. Noque respeita à Europa «de além desfiladeiros»; apenas influíram nela na medida em que-especialmente a partir da segunda metade do século XI - forneceram à sua cavalariaocasiões brilhantes, frutuosas e piedosas aventuras, ao mesmo tempo que aoscamponeses deram a possibilidade de se estabelecerem em terras despovoadas aondeeram atraídos pelos reis ou pelos senhores espanhóis. Mas, paralelamente às guerraspropriamente ditas, convém não esquecer as pilhagens e assaltos. Foi sobretudo dessemodo que os Sarracenos contribuíram para a desordem geral do Ocidente.Desde longa data que os Árabes foram marinheiros. Dos seus redutos de África,de Espanha e sobretudo das Baleares, os seus[Pg 021]corsários percorriam oMediterrâneo Ocidental. No entanto, nessas águas que poucos navios demandavam, o
ofício de pirata propriamente dito era pouco rendoso. No domínio do mar, osSarracenos, como os Escandinavos na mesma época, viam sobretudo o meio de atingir olitoral para aí praticarem frutuosas incursões. Desde 842 que subiam o Ródano até pertode Arles, e pilhavam as duas margens na sua passagem. A Camargue servia-lhes entãode base normal. Mas em breve um acaso iria proporcionar-lhes, com um ponto departida mais seguro, a possibilidade de alargarem consideravelmente as suas pilhagens.Em data que não podemos precisar, provavelmente cerca de 890, uma pequenanau sarracena, vinda de Espanha, foi lançada pelos ventos contra a costa provençal,próximo da povoação actual de Saint-Tropez. Os seus ocupantes ocultaram-se durante odia e, depois, quando caiu a noite, massacraram os habitantes de uma aldeia vizinha.Montanhosa e arborizada - chamava-se então terra dos freixos ou «Freixedo» (Freinet)6 - esta parcela de terreno era favorável à defesa. Tal como o haviam feito, pela mesmaépoca, na Campânia, os seus compatriotas do Monte Argento, os nossos homensfortificaram-se num monte, no meio de espinhosos maciços e chamaram a si outroscompanheiros. Assim nasceu o mais perigoso dos covis de salteadores. Com excepçãode Fréjus, que foi saqueada, não parece que as cidades, defendidas pelas suas muralhas,tenham sofrido directamente dessa proximidade, mas no litoral, nas cercanias, oscampos foram abominavelmente devastados. Os salteadores de Freinet, além do mais,aprisionavam numerosos cativos que vendiam nos mercados espanhóis.Em breve estenderam as suas incursões para além da costa. Pouco numerosos,decerto, não parece que se tenham aventurado facilmente pelo vale do Ródano,relativamente povoado e interceptado por cidadelas ou castelos. O maciço dos Alpes,pelo contrário, permitia que pequenos grupos avançassem, de serra em serra ou desilvado em silvado: com a condição, já se vê, de serem bons trepadores. Ora, oriundosda Espanha das Sierras ou do montanhoso Magreb, estes Sarracenos, no dizer de um'monge de Saint-Gall, eram «verdadeiras cabras». Por outro lado, os Alpes, apesar dasua aparência, não ofereciam um terreno para desprezar, no que respeita a incursões. Alise abrigavam férteis vales, sobre os quais era fácil cair de imprevisto, de cima dosmontes circundantes. Tal como Graisivaudan. Aqui e além, elevavam-se algumasabadias, presas apetecidas entre todas. Acima de Suse, o mosteiro de Novalaise, cujamaioria dos religiosos fugira, foi pilhado e incendiado a partir de 906. Pelos valescirculavam especialmente pequenos grupos de viajantes, mercadores ou «romeiros» que6É o nome cuja lembrança é conservada no nome actual da aldeia de La Garde-Freinet. Mas, situada àbeira-mar, a cidadela dos Sarracenos não se situava em La Garde, que fica no interior.
iam rezar junto dos túmulos dos apóstolos. Nada havia de[Pg 022]mais tentador do queesperá-los na passagem. Cerca de 920 ou 921, peregrinos anglo-saxões foram mortos àpedrada num desfiladeiro. Estes atentados repetiram-se daí em diante. Osdjichsárabesnão temiam aventurar-se espantosamente longe, para o Norte. Em 940, são assinaladosnas imediações do alto vale do Reno e no Valais, onde incendiaram o ilustre mosteiro deSaint-Maurice d'Agaune. Pela mesma época, um dos seus bandos crivou de flechas osmonges de Saint-Gall, que faziam uma procissão pacificamente em redor da sua igreja.Este bando, pelo menos, foi disperso pelo pequeno grupo que o abade reuniuapressadamente; alguns prisioneiros, levados para o mosteiro, deixaram-seheroicamente morrer de fome.Policiar os Alpes ou os campos provençais ultrapassava as forças do Estadodaquele tempo. Não havia outra solução senão a de destruir o reduto, no Freinet. Mas aí,um novo obstáculo se levantava: era quase impossível cercar essa praça forte sem aisolar do mar, por onde vinham os reforços. Mas nem os reis da região - a oeste os reisde Provença e de Borgonha, a leste, o de Itália- nem os condes, dispunham de frotas. Osúnicos marinheiros experimentados, de entre os cristãos, eram os Gregos, os quais,aliás, tal como os Sarracenos se aproveitavam disso para se fazerem corsários. Não foraMarselha, em 848, pilhada por piratas da sua nacionalidade? De facto, por duas vezes,em 931 e 942, a frota bizantina apareceu diante da costa de Freinet, chamada, pelomenos em 942 e provavelmente já onze anos antes, pelo rei de Itália, Hugo d'Arles, quetinha grandes interesses na Provença. As duas tentativas não resultaram. De tal maneiraque, em 942, Hugo, virando a casaca ainda no decorrer da luta, planeou aliar-se aosSarracenos com vista, com a ajuda destes, a fechar a passagem dos Alpes aos reforçospedidos por um dos seus competidores perante a coroa lombarda. Depois o rei da FrançaOriental - hoje, diríamos da «Alemanha» - Otão o Grande, em 951, fez-se rei dosLombardos. Trabalhava deste modo para edificar na Europa Central e até em Itália, umapotência que ele desejava fosse, como a dos Carolíngios, cristã e geradora de paz.Considerando-se o herdeiro de Carlos Magno, cuja coroa imperial viria a cingir em 962, julgou ser sua missão fazer cessar o escândalo das pilhagens sarracenas. Tentouprimeiro a via diplomática, procurando obter do califa de Córdova a ordem de mandarevacuar Freinet. Depois, pensou em empreender ele próprio uma expedição, mas nãochegou a fazê-lo.Entretanto, em 972, os salteadores fizeram uma captura importante. No regressode Itália, Maïeul, abade de Cluny, na rota do Grand Saint-Bernard, no vale do Dranse,
caiu numa emboscada e foi levado para um desses esconderijos da montanha que osSarracenos utilizavam frequentemente, na impossibilidade de alcançarem[Pg 023]a suabase de operações em cada surtida. Só foi libertado mediante a entrega de um pesadoresgate pago pelos monges. Ora Maïeul, que havia reformado tantos mosteiros, era ovenerado amigo, o director espiritual e, se tal se pode dizer, o santo familiar de muitosreis e barões. Nomeadamente do Duque de Provença, Guilherme. Este alcançou nocaminho de regresso o bando que havia cometido o sacrílego atentado e infligiu-lhe umadura derrota; depois, agrupando sob o seu comando vários senhores do vale do Ródano,pelos quais mais tarde seriam distribuídas as terras recuperadas para o cultivo,organizou um ataque contra a fortaleza do Freinet. A cidadela, desta vez, sucumbiu.Para os Sarracenos, foi o fim das piratarias terrestres de grande envergadura.Naturalmente, o litoral da Provença, como o da Itália, continuava exposto aos seusataques. Ainda no século XI, vemos os monges de Lérins preocuparem-se activamentecom o resgate dos cristãos que piratas árabes tinham raptado e levado para Espanha; em1178, uma investida fez numerosos prisioneiros, perto de Marselha. Mas o cultivo doscampos, na Provença costeira e subalpina, pôde recomeçar e os caminhos dos Alpestornaram-se tão seguros como o eram o das montanhas europeias. Também, no próprioMediterrâneo, as cidades comerciais da Itália, Pisa, Génova e Amalfi, haviam passado àofensiva, desde o começo do século XI. Pela expulsão dos Muçulmanos da Sardenha,perseguindo-os até aos portos do Magreb (a partir de 1015) e da Espanha (em 1092),começaram a limpeza destas águas, cuja segurança, pelo menos relativa - oMediterrâneo não conhecerá de novo até ao século XIX- era tão importante para o seucomércio.III.A ofensiva húngaraComo pouco antes haviam feito os Hunos, os Húngaros ou Magiares tinhamsurgido na Europa quase subitamente e já os escritores da Idade Média, que osconheciam até demais, se admiravam ingenuamente de que os autores romanos não ostivessem mencionado. A sua história primitiva, aliás, é para nós mais obscura do que ados Hunos. De facto, as fontes chinesas que, muito antes da tradição ocidental, nospermitem acompanhar a pista dos «Hiung-Nou», são omissas a tal respeito. Certamenteque estes novos invasores pertenciam também ao mundo, tão bem caracterizado, dosnómadas da estepe asiática: povos muitas vezes de linguagens diferentes, mas
espantosamente semelhantes pelo género de vida que lhes era imposto por condiçõescomuns de habitat; pastores de cavalos e guerreiros, alimentados pelo leite das suasmontadas ou pelos produtos da caça e da pesca que exerciam; acima de tudo, inimigosfigadais dos lavradores das redondezas.[Pg 024] Pelos seus traços fundamentais, o magiar entronca no tipo linguístico chamadougro-finlandês ; os idiomas de que hoje mais se aproxima são os de alguns povoados daSibéria. Mas, no decurso das suas deambulações, o conteúdo étnico primitivo havia-sefundido com numerosos elementos da língua turca e sofrido a forte influência dascivilizações deste grupo7. A partir de 833, vemos os Húngaros, cujo nome aparece então pela primeira vez,atormentar as populações sedentárias - khanat khazar e colónias bizantinas - nascercanias do mar de Azov. Bem depressa ameaçam constantemente cortar o caminho doDnieper, naquele tempo via comercial extremamente activa, por onde, de porto emporto, de mercado em mercado, as peles do Norte, o mel e a cera das florestas russas, osescravos comprados em vários lugares, iam sendo trocados pelas mercadorias ou ourofornecidos por Constantinopla ou pela Ásia. Porém, novas hordas, saídas depois delesdetrás dos Urais, os Petchenegos, perseguem-nos sem trégua. O caminho do sul está-lhes vedado, vitoriosamente, pelo Império Búlgaro. Assim acossados e enquanto umadas suas fracções preferiu embrenhar-se na estepe, mais longe, para leste, a maior partedeles passaram os Cárpatos, cerca de 896, para se espalharem pelas planícies do Tisza edo Danúbio Médio. Estas vastas extensões, tantas vezes devastadas pelas invasões,desde o século IV, constituiam no mapa humano da Europa desse tempo uma enormemancha branca. «Solidões», escreveu o cronista Reginão de Prüm. Não deve tomar-se aexpressão demasiado à letra. As variadas populações que outrora tinham tido aliimportantes centros, ou que apenas haviam passado por lá, tinham provavelmentedeixado atrás de si alguns grupos retardatários. Especialmente tribos eslavas bastantenumerosas tinham-se infiltrado naquelas paragens pouco a pouco. Mas o habitatpermanecia, sem dúvida, muito escasso, do que é prova a modificação quase completada nomenclatura geográfica, incluindo a dos cursos de água, depois da chegada dosMagiares. Por outro lado, depois de Carlos Magno ter aniquilado o poderio Avaro,nenhum Estado solidamente organizado fora capaz de oferecer uma resistência séria aosGrupo linguístico da Europa, de língua não indo-europeia, ao qual pertencem os Húngaros, Finlandeses,Lapões e Samoiedas.(N. da T.) 7O próprio nome de Húngaro (Hongrois) é, provavelmente turco. Tal como, talvez, pelo menos num dosseus elementos, o de Magiar, que, aliás, parece não se ter aplicado primitivamente senão a uma tribo.
invasores. Só os chefes pertencentes ao povo dos Morávios tinham conseguidorecentemente constituir, no ângulo noroeste, um principado com certo poder e jáoficialmente cristão: a primeira tentativa, em suma, de um verdadeiro Estado puramenteeslavo. Os ataques húngaros destruiram-no, definitivamente, em 906.A partir desse momento, a história dos Húngaros toma um aspecto novo. Já não épossível chamar-lhes nómadas, no verdadeiro[Pg 025]sentido da palavra, poisencontram-se estabelecidos nas planícies que hoje têm o seu nome. Dali, porém,lançam-se em bandos sobre os países vizinhos. Não pretendem conquistar terras, o seuúnico fito é a pilhagem, para regressarem em seguida, carregados com o produto dosaque, ao seu lugar permanente. A decadência do império búlgaro, após a morte do czarSimeão (927), abre-lhes o caminho da Trácia bizantina, que saqueiam por várias vezes.O Ocidente, especialmente, menos defendido, atraía-os.Cedo haviam entrado em contacto com ele. Desde 862, antes mesmo detransporem os Cárpatos, uma das expedições tinha-os levado até aos limites daGermânia. Mais tarde, alguns deles tinham sido contratados, como auxiliares, pelo reidesse país, Arnulfo, durante uma das suas lutas contra os Morávios. Em 899, as suashordas caem sobre a planície do Pó; no ano seguinte, sobre a Baviera. Daí em diante,não se passa ano nenhum em que os anais dos mosteiros da Itália, da Germânia e emseguida também da Gália, não registem, ora numa província ora noutra, «pilhagens dosHúngaros». A Itália do Norte, a Baviera e a Suábia foram as que mais sofreram; toda aregião na margem direita do Enns, onde os Carolíngios tinham estabelecido postos defronteira e distribuído terras pelas suas abadias, teve que ser abandonada. Mas asinvestidas depressa atingiram terras situadas para além desses limites. A amplitude docaminho percorrido poderia confundir a nossa imaginação se não tomássemos em linhade conta que as longas caminhadas pastoris, a que os Húngaros outrora se haviamsujeitado percorrendo espaços imensos e que continuavam a praticar no círculo maisrestrito da inculta planície do Danúbio, tinham sido para eles uma escola maravilhosa; onomadismo do pastor, já naquele tempo também pirata da estepe, tinha forjado onomadismo do bandido. Para noroeste, o Saxe, ou seja, o vasto território que se estendiadesde o Elba até ao Reno Médio, foi atingido a partir de 906 e desde então, saqueadopor várias vezes. Na Itália, são assinalados até Otranto. Em 917, pela floresta dosVosges e pelo desfiladeiro de Saales, insinuaram-se até às ricas abadias que seagrupavam em redor do Meurthe. Daí em diante a Lorena e a Gália do norte tornam-seum dos seus terrenos familiares. Dali se aventuram até à Borgonha e até mesmo ao sul
do Loire. Homens das planícies, não receiam por isso atravessar os Alpes sempre que épreciso. Foi «pelos atalhos desses montes» que, no regresso de Itália, em 924 caíramsobre a região de Nimes.Nem sempre evitaram os combates contra forças organizadas; travaram alguns,com resultados variáveis. No entanto, geralmente, preferiam avançar furtivamenteatravés das terras: verdadeiros selvagens, que os chefes conduziam às batalhas àchicotada, mas soldados temíveis e hábeis, quando era preciso combater, nos[Pg 026] ataques de flanco, encarniçados na perseguição e engenhosos para saírem de situaçõesdifíceis. Se era preciso atravessar um rio ou um canal veneziano, apressadamentefabricavam barcas de peles ou de madeira. Para descansarem, erguiam as suas tendas dehabitantes da estepe, ou entricheiravam-se dentro de alguma abadia abandonada pelosmonges, para, a partir dali, baterem as redondezas. Astuciosos como primitivos,informados conforme as necessidades pelos embaixadores que enviavam à frente,menos para negociar do que para espiar, depressa tinham apreendido os meandros, assazpesados, da política ocidental. Mantinham-se ao corrente dos interregnos,particularmente favoráveis às suas incursões, e sabiam aproveitar-se das desavençasentre os príncipes cristãos para se porem ao serviço de um ou de outro dos rivais.Algumas vezes, segundo o uso comum aos bandidos de todos os tempos, faziam-se pagar uma soma em dinheiro pelas populações que prometiam poupar; por vezesexigiam mesmo um tributo regular: a Baviera e o Saxe durante alguns anos tiveram quesujeitar-se a esta humilhação. Mas estes processos de exploração apenas erampraticáveis nas províncias limítrofes da própria Hungria. Mais longe, contentavam-secom matar e pilhar, abominavelmente. Tal como os Sarracenos, não atacavam ascidades fortificadas; quando se arriscavam a isso, geralmente fracassavam, comoacontecera a quando das suas primeiras incursões cerca do Dnieper, junto às muralhasde Kiev. A única cidade importante que tomaram foi Pavia. Eram temidos sobretudo nasaldeias e nos mosteiros, frequentemente isolados nos campos ou situados nasimediações das cidades, fora das muralhas. Acima de tudo, parece, preferiam fazerprisioneiros, escolhendo cuidadosamente os melhores, não reservando, por vezes, entreuma população passada a fio de espada, senão as mulheres novas e os rapazinhos: semdúvida para as suas necessidades e prazeres e, principalmente, para vender. Quandocalhava, nem se importavam de colocar este gado humano nos próprios mercados doOcidente, onde os' compradores nem sempre eram escrupulosos; em 954, uma rapariga
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Carlinhos Do Piau Rodrigues
é possivel enviar para o e-mail: carpiau@ig.com.br Grato Carlos Alberto
reply03 / 18 / 2012
natureza1
qual a diferencia entre o regime colonato romano ea servidao feudal?
reply03 / 14 / 2010
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Você deveConectado para deixar um comentário.ApresentarCaracteres:...A Sociedade Feudal
Clássico da história feudal de Marc Bloch
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