terça-feira, 19 de junho de 2012

IMIGRAÇÃO ITALIANA PARA O BRASIL

Terça-feira 19/06 Livros Banco de Questões Sala de aula Notícias Simulados on-line Livros obrigatórios Faculdades Provas de vestibulares Profissões ENEM FUVEST ProUni Arte e cultura Atualidades Biografias Fatos históricos Povos e Países Você sabia HomeBiologiaFilosofiaFísicaGeografiaHistóriaInglêsMatemáticaPortuguêsQuímicaSociologia GeografiaAssuntos: Geografia do BrasilRetornar à Geografia do BrasilGeografia GeralGeopolíticaDemografia - Imigrações 5 Artigo(s) publicado(s) sobre este assunto. Anterior (2) 2º Artigo A imigração portuguesa Próximo (4) 4º Artigo A imigração alemã A imigração italiana IBGE | Página 3 Pedagogia & Comunicação Share on twitterShare on facebookShare on orkutShare on emailMore Sharing ServicesSão os italianos, em seguida, o grupo que tem maior participação no processo migratório, com quase trinta por cento do total, concentrados sobretudo no estado de São Paulo, onde se encontra a maior colônia italiana do país. Igualmente importante é entender os fatores que impulsionaram esse grande fluxo migratório. O fato é que a Itália, na segunda metade do século 19, possuía milhares de trabalhadores dispostos a abandonar sua terra natal e se aventurar em países distantes como Brasil, Argentina e Estados Unidos. Isso se explica, sobretudo, pela forte penetração das relações capitalistas no campo e a conseqüente concentração da propriedade da terra. As altas taxas e impostos sobre a posse da terra obrigaram muitos pequenos proprietários a empréstimos e endividamentos. Além disso, o pequeno produtor não conseguia competir com os grandes proprietários, que enchiam os mercados com produtos mais baratos. Sem condições de ocupação, esses trabalhadores se proletarizaram, transformando-se em mão-de-obra barata na nascente indústria italiana. Outros tantos preferiram cruzar o Atlântico, em busca de sorte melhor. Nesse sentido, a forte propaganda do governo brasileiro encontrou um público bastante vulnerável, carente de possibilidades de uma sobrevivência digna em sua terra natal. Principais causas da imigração No princípio do Século XIX ocorreram grandes modificações políticas e econômicas na Europa. Terminada as guerras napoleônicas, o Congresso de Viena - 1814/1815 - estabeleceu arbitrariamente novos estados, formas de governo e alianças, sem escutar os povos a eles submetidos. Assim, a Itália se viu dividida em sete Estados soberanos, surgindo, em consequência, o ideal da unificação. Esta foi obtida apenas em 1870, graças a Vitor Emanuel II, o Primeiro Ministro Cavour e o revolucionário Giuseppe Garibaldi. Terminada a luta, o sonho de paz e prosperidade foi substituído por uma dura realidade: batalhões de desempregados e camponeses sem terras não tendo como alimentar a si nem as suas famílias. A Revolução Industrial, com a advento das máquinas, substituíra o trabalho do homem, com muito mais lucro e perfeição. A solução foi emigrar em busca de novas terras não exploradas e ricas. Oficialmente, havia duas metas para a imigração. A primeira era a colonização, para busca de mão-de-obra especializada agrícola e povoar territórios. A segunda, criar um mercado assalariado, em substituição à mão-de-obra escrava. Mas o objetivo principal era perseguido pelos "barões do café" - oligarquia paulista com forte influência na política nacional - que pretendia suprir a carência de mão-de-obra na lavoura cafeeira, já em crise, que se agravaria com a abolição da escravidão, em 13 de maio de 1888. Dessa forma, o Governo brasileiro criou uma série de facilidades e, por intermédio de uma propaganda maciça na Itália, vendeu" uma imagem do país, como uma "Terra Prometida". Na época, a Itália era um país agrícola bastante limitado, sendo que o desenvolvimento industrial ocorrera principalmente no norte, não alterando a situação de pobreza de sua agricultura. Fugindo da guerra e da fome, acreditando nas promessas e um sonho de continuar a sobreviver como pequenos produtores rurais - condição que não conseguiam mais manter em seu país - os italianos pobres nem imaginavam o que estava por vir. Milhares de imigrantes italianos, dentre eles jovens recém-casados, homens e mulheres de todas idades e crianças, decidiram atravessar o Atlântico em busca de uma vida melhor. Viajavam desconfortavelmente dias seguidos dentro dos porões dos navios que os expatriavam. Muitos morreram e seus corpos foram atirados ao mar. Mão-de-obra barata Um navio lotado de imigrantes italianos partindo para o BrasilEm 1871, formou-se a Associação Auxiliadora de Colonização de São Paulo, reunindo importantes fazendeiros e contando com o apoio do governo. Quinze anos mais tarde, em 1886, foi criada a Sociedade Protetora da Imigração, responsável direta pelo alojamento, emprego e transporte dos recém-chegados até as zonas cafeeiras - sendo o café, na época, o verdadeiro motor da economia brasileira. Em apenas um ano, esta sociedade promoveu a entrada de mais de 32 mil trabalhadores. Até o ano de 1900, essa cifra ultrapassaria a casa dos 800 mil imigrantes. Atraídos por uma forte campanha publicitária e por passagens subvencionadas pelo governo brasileiro, milhares de europeus viam aqui uma saída para sua difícil situação econômica, deixando-se cair nas tentadoras promessas de uma vida melhor ao sul do equador. Estudos recentes mostram que a introdução de trabalhadores europeus em terras brasileiras deu-se num volume muito maior do que a capacidade de absorção das lavouras de café do interior paulista e de outras localidades. O objetivo era manter a oferta de braços num nível muito elevado, de maneira que o custo da mão-de-obra se mantivesse baixo e não onerasse demasiadamente a produção. Brás, Bexiga e Barra Funda Isso explica o fato de grande parcela desses imigrantes ter sido atraída pelos centros urbanos, em vez do campo, marcando definitivamente a conformação social de cidades como São Paulo. Daí o surgimento de bairros nos quais a presença de estrangeiros era marcante, como Bom Retiro, Brás, Bexiga e Barra Funda. Em virtude desse afluxo de imigrantes, a população da cidade de São Paulo passaria de cerca de 31 mil habitantes em 1872 para mais de 230 mil em 1900. Esse excedente de trabalhadores fez com que o processo de industrialização, ocorrido em princípios do século 20, dispusesse de mão-de-obra barata, já que a oferta desta era considerável. Das inúmeras contribuições dos italianos para o Brasil e à sua cultura, destacam-se: - O enraizamento do catolicismo no Brasil, trazendo elementos italianos para a religião brasileira. - Diversos pratos que foram incorporados à alimentação brasileira, como o hábito de comer panetone no Natal e comer pizza e espaguete freqüentemente (principalmente no Sudeste), além da popular polenta. - O sotaque dos brasileiros (principalmente na cidade de São Paulo (ver dialeto paulistano), nas Serras gaúchas, no sul catarinense e no interior do Espírito Santo). - A introdução de novas técnicas agrícolas (Minas Gerais, São Paulo e no Sul). A imigração italiana no Brasil também serviu de inspiração para várias obras artísticas, televisivas e cinematográficas, como as telenovelas Terra Nostra e Esperança, e o filme O Quatrilho, que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Alguns pratos típicos que vieram e ficaram são: o polpettone alla parmigiana, (feito de carne moída, que chega à mesa mergulhado em molho de tomate e coberto por queijo parmesão), a pasta, o risoto, as batatas calabresas, o pão italiano com presunto de Parma, além, é claro, da pizza (imagem ao lado), que era considerada comida de pobre. Foi somente depois que a rainha Margherita provou e aprovou (então batizada de margherita em homenagem à rainha) que a pizza ficou sendo tão apreciada e desejada por todos. Quase todos os italianos adultos eram alfabetizados na língua italiana, além disso, muitos tinham mãos-de-obra especializadas em carpintaria, marcenaria, cantaria, mecânica e arte tipográfica. Isso possibilitou que, além da agricultura, muitos se tornaram comerciantes e industriais, em particular ao ramo moveleiro. Esse tipo de comércio expandiu-se na região, principalmente, no Município de São Bernardo do Campo. A partir nos anos 60, esse ramo de atividade foi ocupado pelos imigrantes e descendentes árabes. No Grande ABC existem nove ruas, uma praça, um largo, um bairro e três paróquias dedicadas a Santo Antônio, que os italianos chama “de Pádua” e os portugueses “de Lisboa”. A devoção a esse santo na região iniciou com a instalação dos núcleos coloniais. Quase todos os italianos ao desembarcarem no Brasil traziam nas suas bagagens a “trezena” e o "Ricordo dell’Associazione Universale di S. Antonio de Padova”. A partir de 1927, a revista O Mensageiros de Santo Antônio de Pádua passou a ter edição em Português, mas continuava a com a redação e imprensa na Itália. Em 1957, a edição brasileira ganhou autonomia própria, sendo editada pela Associação Antoniana dos Frades Menores, com redação em Santo André e vendida através de assinaturas. Todos os artigos de Demografia - Imigrações 1. A imigração no Brasil2. A imigração portuguesa3. A imigração italiana4. A imigração alemã5. A imigração espanhola Busca artigos Digite a palavra-chave e pesquise artigos. Biologia Filosofia Física Geografia História Inglês Matemática Português Química Veja também Geografia Geografia do Brasil Geografia Geral Geopolítica Últimas do vestibular 15/06 | UNESP (SP) Unesp Vestibular de Meio de Ano 2012 - aprovados para a segunda fase 15/06 | UERJ (RJ) UERJ Vestibular 2013 - fim das solicitações de isenção para o 2º Exame de Qualificação 15/06 | ENEM Enem 2012 - inscrições se encerram hoje seu portal de estudos Galeria de Artes Mais de 1300 obras catalogadas Sala de aula Apoio para suas aulas Profissões Carreiras e entrevistas com profissionais © Copyright 2007 - 2012 - passeiweb.com - Todos os direitos reservados. Política de Privacidade | Termos e Condições | Mapa do Site COPYRIGHT PASSEIWEB.COM

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