segunda-feira, 11 de junho de 2012

HISTÓRIA DE PORTUGAL

História de PortugalOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Nota: Para livros de História de Portugal, veja História de Portugal (livro). História de Portugal Este artigo faz parte de uma série -------------------------------------------------------------------------------- Portugal na pré-História História Antiga Povos ibéricos pré-romanos Romanização (Lusitânia e Galécia) Germânicos (Visigodos e Suevos) Domínio árabe Domínio Cristão Reconquista Condado Portucalense Formação do Reino de Portugal (1139-1385) Independência de Portugal Dinastia de Borgonha Crise de 1383-1385 Consolidação e Expansão (1385-1580) Dinastia de Avis Descobrimentos Império Português Crise sucessória de 1580 União Ibérica (1580-1640) União Ibérica Dinastia Filipina Restauração da Independência Restauração, Invasões e Liberalismo (1640-1820) Dinastia de Bragança Invasões Napoleónicas Revolução Liberal de 1820 Monarquia Constitucional (1820-1910) Monarquia Constitucional Portuguesa Guerras Liberais Regicídio de 1908 Revolução de 5 de Outubro de 1910 Instauração da República I República Revolução de 28 de Maio de 1926 Ditadura (1926-1974) Ditadura militar e nacional Estado Novo Guerra do Ultramar Revolução dos Cravos Democracia (1974-) PREC III República -------------------------------------------------------------------------------- Temáticas Arquitectura | Arte | Militar -------------------------------------------------------------------------------- Portal Portugal A história de Portugal tem a sua génese com a chegada dos primeiros hominídeos à Península Ibérica há cerca de 1.2 milhões de anos atrás. O território entrou no domínio da história escrita com o início das guerras Púnicas. Em 29 a.C. era habitado por vários povos, como os Lusitanos, quando foi integrado no Império Romano como a província da Lusitânia, influenciando fortemente a cultura, nomeadamente a língua portuguesa, na maior parte originada no latim. Após a queda do Império Romano, estabeleceram-se aí povos germânicos como os Visigodos e Suevos, e no século VIII seria ocupado por árabes. Durante a reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, primeiro como parte do Reino da Galiza e depois integrado no Reino de Leão. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139[1], cuja independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal reclama o título de mais antigo estado-nação europeu.[2] Durante os séculos XV e XVI, os portugueses foram pioneiros na exploração marítima, estabelecendo o primeiro império colonial de amplitude global, com possessões em África, na Ásia e na América do Sul, tornando-se uma potência mundial económica, política e militar.[3] Em 1580, após uma crise de sucessão, foi unido a Espanha na chamada União Ibérica[1] que duraria até 1640[1]. Após a Guerra da Restauração foi restabelecida a independência sob a nova dinastia de Bragança, com a separação das duas coroas e impérios. O terramoto de 1755 em Lisboa, as invasões espanhola e francesas que antecederam a perda da sua maior possessão territorial ultramarina, o Brasil, resultaram no desmembramento da estabilidade política e económica, reduzindo o estatuto de Portugal como potência global no século XIX. Após a queda da monarquia, em 1910 foi a proclamada a República[1], iniciando o actual sistema de governo. A instável Primeira República foi sucedida por uma ditadura sob o nome de Estado Novo. Na segunda metade do século XX, na sequência da guerra colonial portuguesa e do golpe de estado da revolução dos cravos em 1974, a ditadura foi deposta e estabelecida a democracia parlamentar, com todos os territórios ultramarinos a obter a sua independência, nomeadamente Angola e Moçambique em África; o último território ultramarino, Macau, seria entregue à China em 1999. Portugal entrou, após um conturbado período revolucionário, no caminho da Democracia Parlamentar, ao mesmo tempo que procedia à descolonização de todas as suas colónias. Membro fundador da NATO, o Portugal democrático reforçou a sua modernização e a sua inserção no espaço europeu com a sua adesão, em 1986, à Comunidade Económica Europeia (CEE). Índice [esconder] 1 Historiografia 2 Pré-história 3 Romanização 4 Invasões bárbaras 5 Ocupação Muçulmana 6 Formação do Reino de Portugal 7 Descobrimentos e formação do império português 8 União Ibérica sob a dinastia filipina 9 Era Pombalina e Iluminismo 10 As Invasões Francesas 11 A Revolução Liberal de 1820 12 Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) 13 Primeira República 14 A ditadura e o Estado Novo 15 Guerra do Ultramar 16 Revolução dos Cravos 17 III República 18 Síntese Histórica dos Últimos Séculos 19 Ver também 20 Referências [editar] HistoriografiaA compreensão de Portugal e da sua história é uma constante da historiografia portuguesa, acentuada no início do século XIX. As condições que tornaram possível a autonomização de Portugal de Leão e Castela e, depois, lhe permitiram construir e manter uma identidade na Península e no mundo são o cerne da análise e da reflexão de historiadores e pensadores como Herculano, Oliveira Martins, Antero de Quental, Sampaio Bruno, Jaime Cortesão, António Sérgio e Joel Serrão, entre outros. Portugal tem, pela sua posição geográfica e características geomorfológicas, uma posição excêntrica relativamente à Europa. A posição atlântica de Portugal, prolongada desde o século XV pelos dois arquipélagos descobertos e povoados por portugueses, o dos Açores e o da Madeira, foi a chave da sua história e da sua identidade nacional: encravado entre um poderoso vizinho e o mar, os Portugueses souberam tirar partido da sua situação estratégica, quer construindo no mar um poderio militar, quer aliando-se à potência naval dominante (aliança inglesa), assegurando a sobrevivência face às pretensões hegemónicas das potências europeias. Escreve Veríssimo Serrão (História de Portugal, vol. 1): «em face de uma Espanha superior em dimensão cinco vezes, não houve milagre no caso português, mas somente a adequada integração dos seus naturais num quadro político que lhe assegurou a existência autónoma que qualquer periferia marítima amplamente favorece.» A leitura da História de Portugal em termos de um ciclo de apogeu e queda, de potência mundial à irrelevância geopolítica, é uma leitura marcadamente oitocentista, nascida no contexto da reflexão política de finais do século XIX. [editar] Pré-históriaVer artigo principal: Pré-história da Península Ibérica e Povos ibéricos pré-romanos Mapa Étnico-Linguístico da Península Ibérica cerca de 200 AC.A região que corresponde actualmente a Portugal começou a ser habitada há cerca de 500-200 mil anos[4], primeiro pelos Neandertais e, mais tarde, pelo Homem moderno. Em 70 000 a.C chega a última idade do gelo[4]. Entre 20 000 a.C. e 10 000 a.C., a Península Ibérica começou a ser colonizada por grupos humanos Cro-Magnon e, milénios mais tarde, passou a abrigar outros povos, autóctones e sem parentesco aparente com quaisquer outros povos conhecidos. Entre eles, estavam os iberos, na costa mediterrânica de Espanha, os tartessos (relacionados aos turdetanos, túrdulos e cónios), no extremo sul de Portugal (regiões do Algarve e Alentejo) e os aquitanos e vascones (prováveis antepassados dos actuais bascos), na região dos Pireneus. A hipótese de todos serem de origem berbere, do norte da África (citada na teoria do Vascoiberismo), hoje é amplamente desacreditada, embora o parentesco entre iberos e bascos ainda continue a ser investigado. Porém, segue-se a crença de que todos eram povos distintos etnicamente entre si. No século VII a.C., a região passou a ser habitada por povos indo-europeus, sendo estes tribos proto-célticas e celtas. As tribos iberas e algumas vagas celtas misturaram-se, dando origem aos celtiberos, em partes de Espanha. Outras populações proto-célticas e celtas acomodaram-se em território português, como os lusitanos, os vetões (ou Vettones) e os galaicos (ou Gallaeci), entre outras menos significativas, tais como os brácaros, célticos, coelernos, equesos, gróvios, interamici, leunos, luancos, límicos, narbasos, nemetatos, pésures, quaquernos, seurbos, tamagani, taporos, zoelas, turodos). Influências menores foram os gregos e os fenícios-cartagineses. [editar] RomanizaçãoVer artigo principal: Invasão romana da Península Ibérica, Lusitânia, Galécia As províncias romanas Lusitânia e Galécia, reorganização da Hispânia de Diocleciano, 298 d.C..No século III a.C. os Romanos penetraram na Península Ibérica no contexto da Segunda Guerra Púnica que mantiveram contra Cartago. Foram anexadas duas regiões da Península Ibérica por Roma como províncias das Hispânias (a Citerior e a Ulterior). Entre 209 e 169 a.C., o exercito romano levou para Roma cerca de 4 toneladas de ouro e 800 toneladas de prata que obtiveram como espólio de guerra retirado dos tesouros das tribos nativas.[5] A exploração mineira, como a das Três Minas ,das maiores do mundo romano, que terá iniciado no tempo de Augusto (27 a.C.- 14 d.C.),ou das minas do campo de Jales ou da Gralheira[6] era um dos principais factores económicos para o interesse romano na região. A Citerior foi subjugada e ocupada com relativa facilidade, mas a anexação da Ulterior) só se tornou efectiva muito depois. A conquista total da península pelos Romanos só ocorreu no tempo do imperador Augusto. Viriato, o líder lusitano, conseguiu conter a expansão romana durante alguns anos, fazendo com que fosse dos últimos territórios a resistir à ocupação romana da Península Ibérica[7]. Erigindo-se em chefe dos Lusitanos após escapar a uma matança perpetrada à traição pelo romano Galba[7], uniu à sua volta um número crescente de tribos e travou uma guerra incansável contra os invasores. Perito em tácticas de guerrilha e em iludir o adversário, derrotou sucessivamente os vários generais romanos enviados contra ele. No auge da sua carreira, o Senado reconheceu-o e declarou-o "amigo do povo romano". Não obstante, seria morto à traição (140 a.C.)[7] por três companheiros de armas comprados pelos romanos. Ponte de Trajano sobre o rio Tâmega, Chaves (Portugal).Desprovidos de chefe, os Lusitanos sujeitaram-se ao jugo romano, mas por pouco tempo. Na sequência das guerras civis, o general romano Sertório, da facção derrotada, foi convidado pelos Lusitanos a chefiá-los contra Roma. Excelente general, derrotou mais uma vez todos os generais enviados contra ele, incluindo o célebre Pompeu. Sertório era um hábil e carismático político. Perpena, um outro general romano que se lhe juntou, veio a assassiná-lo traiçoeiramente. A partir daí, a romanização do território que viria a ser português prosseguiu sem dificuldades de maior para Roma. Os Romanos deixaram um importante legado cultural naquilo que é hoje Portugal, nos costumes, na arte, na arquitectura, na rede viária e nas pontes, algumas das quais servem até aos nossos dias, como a de Trajano sobre o rio Tâmega em Chaves (Aquae Flaviae) ou a de Vila Formosa (Alter do Chão), mas pouco terão contribuido para a composição étnica portuguesa actual. Uma variante do Latim (Latim Vulgar) passou a ser o idioma dominante da região. Surgiram novas cidades e desenvolveram-se outras, segundo o modelo habitual de colonização romana. No fim do século I a.C. o imperador Augusto criou a província da Lusitânia, que correspondia a grande parte do actual território português, embora não à sua totalidade, já que as terras a norte do rio Douro integravam a Tarraconense. Em 74 D.C. o imperador Vespasiano concedeu o "direito latino" (equiparação aos municípios da Itália) a grande parte dos municípios da Lusitânia, datando dessa época um importante surto urbano. Difundiu-se também a cidadania romana, que viria a ser atribuída a todos os súbditos (livres) do império pela chamada Constituição Antoniniana, ou édito de Caracala (212 D.C.). Em finais do século III d.C. o imperador Diocleciano subdividiu a Tarraconense em outras províncias, entre as quais se achava a Callaecia, que integrava o norte do actual Portugal, a Galiza e as Astúrias. Durante o Império Romano o Cristianismo difundiu-se em toda a Hispânia, pelo menos a partir do século III. Historiadores contemporâneos incluem Paulo Orósio (c. 375-418) [11] e Idácio de Chaves (c. 400-469), bispo de Aquae Flaviae, que viveram e escreveram sobre os últimos anos do domínio romano e a chegada das tribos germânicas. [editar] Invasões bárbarasVer artigo principal: Invasões bárbaras da Península Ibérica, Visigodos e Suevos Visigodos e Suevos(Galécia) na Península Ibérica de 560 d.C..Em 409 d.C., os chamados povos bárbaros, compostos principalmente por Suevos (Quados e Marcomanos), Vândalos (Silingos e Asdingos) e Visigodos, todos de origem germânica, além dos Alanos, de origem persa, fixam-se na Hispânia. Em 411 estes povos dividem entre si o território: os Vândalos Asdingos e os Suevos ocuparam a Galécia, enquanto os Alanos ocuparam as províncias da Lusitânia e a Cartaginense, e os Vândalos Silingos, a Bética. Algum tempo depois, ocorre a entrada dos Visigodos na península ao serviço do Império Romano e com o objectivo de subjugar os anteriores invasores. De todos estes povos, os Suevos e os Visigodos seriam aqueles que teriam uma presença mais duradoura no território que é hoje Portugal. Estabelecendo a capital do seu reino em Braga, os Suevos dominam o território da Galécia e chegam a dominar a parte norte e ocidental da Lusitânia. Estabelecidos na condição de federados do Império Romano, o reino suevo foi o primeiro reino da Europa a cunhar moeda própria, tendo sido convertidos ao catolicismo no ano 449, evangelizados finalmente por S. Martinho de Dume. A partir de 470 crescem os problemas do reino suevo com o vizinho reino visigodo. Em 585 o rei visigodo Leovigildo toma Braga e anexa a Galécia sueva. A partir daqui toda a Península Ibérica fica unificada sob o reino visigodo (com excepção de algumas zonas do litoral sul e levantino, controladas pelo Império Bizantino) e zonas do norte controladas pelos vascões) até à queda deste reino em 711. A estabilidade interna deste reino foi sempre difícil, pois os visigodos eram adeptos do arianismo, enquanto a maioria da população era católica. Recaredo I, convertendo-se ao catolicismo, facilitou a união das duas populações; mas questões dinásticas reacenderam os conflitos e vieram a estar na origem do colapso final. Os povos bárbaros eram numericamente inferiores à população hispano-romana, pelo que foram obrigados à miscigenação étnica e cultural com esta. Muitas cidades foram destruídas durante este período e verificou-se uma ruralização da vida económica. [editar] Ocupação MuçulmanaVer artigo principal: invasão árabe, al-Andalus Antiga mesquita de Mértola, no sul de Portugal, hoje Igreja de Santa Maria da Assunção.Em 711 a Península Ibérica foi invadida pelos muçulmanos do Norte de África (basicamente Berberes com alguma componente de Árabes). Estes dominaram partes da península por mais de cinco séculos: inicialmente sobre o controlo do Califado de Damasco, como uma província do império omíada, o Al-Andalus, mais tarde sob a forma de um emirado e califado e, devido ao colapso deste, em pequenos reinos (taifas) com autonomias características. Durante estes séculos, nas Astúrias, a única região que resistiu à invasão árabe, desenvolvia-se um movimento de reconquista da Península, culminando no fim do poder político islâmico nesta com a tomada de Granada pelos Reis Católicos (1492). A esta altura, já o reino de Portugal estava formado, soberano e completo e, talvez por isso, o país explorava o além-mar, em parte sob o pretexto do espírito das Cruzadas, para difundir o Cristianismo. Os muçulmanos que não foram expulsos ou mortos durante o processo de reconquista, tiveram de aderir aos costumes locais (incluindo o Cristianismo). Não se sabe ao certo o grau existente de mescla com estes berberes na população portuguesa actual, mas há um consenso de que esta mescla existe. [editar] Formação do Reino de PortugalVer artigo principal: Reconquista, Condado Portucalense, Independência de Portugal, Reino de Portugal Evolução das fronteiras linguísticas dos territórios na Península Ibérica ao longo da Idade Média e Moderna.Se rápida foi a invasão árabe, a reconquista cristã foi francamente mais lenta. Este processo gradual originou o nascimento de pequenos reinos que iam sendo alargados à medida que a Reconquista era bem sucedida. Primeiro, o Reino das Astúrias, que viria a dividir-se entre os filhos de Afonso III das Astúrias quando morreu. Assim nasciam os reinos de Leão e, mais tarde, de Navarra e Aragão e Castela. Mais tarde Afonso VI de Leão e Castela (autodenominado Imperador de toda a Espanha), entregou, por mérito, ao seu genro D. Henrique de Borgonha, o governo dos territórios meridionais, o Condado Portucalense, grosso modo entre os rios Minho e Douro e o Condado de Coimbra, entre os rios Douro e Mondego. Destes condados, que faziam ainda parte do reino de Leão, mas que dele tinha grande independência, nasceria o reino de Portugal. D. Henrique governou no sentido de conseguir uma completa autonomia para o seu condado e deixou uma terra portucalense muito mais livre do que aquela que recebera. Por morte de D. Henrique (1112), sucede-lhe a viúva deste, D. Teresa, no governo do condado durante a menoridade do seu filho Afonso Henriques. O pensamento de D. Teresa foi idêntico ao do seu marido: fortalecer a vida portucalense, conseguir a independência para o condado. D. Teresa começou (1121) a intitular-se «Rainha», mas os muitos conflitos diplomáticos e a influência que concedeu a alguns nobres galegos (principalmente a Fernão Peres) na gerência dos negócios públicos prejudicou o seu esforço. Aos catorze anos de idade (1125), o jovem Afonso Henriques arma-se a si próprio cavaleiro – segundo o costume dos reis – tornando-se assim guerreiro independente, e passando a viver em Coimbra a partir de 1130. A posição de favoritismo em relação aos nobres galegos e a indiferença para com os fidalgos e eclesiásticos portucalenses originou a revolta destes, sob chefia do seu filho, D. Afonso Henriques. A luta entre Afonso Henriques e sua mãe desenrola-se, até que em 1128 se trava a Batalha de São Mamede (Guimarães) e D. Teresa é expulsa da terra que dirigira durante quinze anos. Uma vez vencida, D. Afonso Henriques toma conta do condado, declarando-o principado independente. Continuou, no entanto, a lutar contra as forças de Afonso VII de Leão e Castela (inconformado com a perda das terras portuguesas), enquanto paralelamente travava lutas contra os muçulmanos. Em 1139, Afonso Henriques conseguiu uma importante vitória contra os Mouros na Batalha de Ourique, tendo declarado a independência com o apoio dos chefes portugueses, que o aclamaram como soberano. Nascia, pois, em 1139, o Reino de Portugal e sua primeira dinastia, com o Rei Afonso I de Portugal (D. Afonso Henriques), e a cidade de Coimbra como a primeira capital. Só em 1143 é reconhecida independência de Portugal pelo rei de Castela, no Tratado de Zamora, assinando-se a paz definitiva. D. Afonso Henriques dirigiu-se ao papa Inocêncio II e declarou Portugal tributário da Santa Sé, tendo reclamado para a nova monarquia a protecção pontifícia. Durante o período que se segue, as atenções seguiam, sempre que possível, em assegurar essa soberania (que ficou dificultada durante a crise dinástica de 1383) e prolongar o território para Sul. [editar] Descobrimentos e formação do império portuguêsVer artigo principal: Descobrimentos portugueses, Império Português Descobrimentos portugueses de 1415-1543, principais rotas no Oceano Índico (azul), territórios portugueses no reinado de D. João III (verde).O expansionismo português foi movido inicialmente pelo espírito militar e evangelizador, de continuação da reconquista no Norte de África e, depois, pelo interesse comercial, primeiro nas prósperas capitanias das ilhas da Madeira e dos Açores, seguindo-se a busca de um caminho marítimo para a Ásia, alternativo ao Mediterrâneo dominado pelas repúblicas marítimas italianas, pelos otomanos, pelos mouros e por piratas, no lucrativo comércio de especiarias. Em 1415 foi conquistada a cidade de Ceuta por ordem de D. João I[7][8], mas os muçulmanos retaliaram desviando as rotas comerciais.[9][10] João I decidiu investir na exploração por mar até à fonte das matérias primas, para o que foi nomeado o seu filho Infante D. Henrique.[9]. A partir de 1419, os portugueses começaram a explorar sistematicamente a costa ocidental de África com o incentivo do Infante D. Henrique, navegadores experientes e os mais avançados desenvolvimentos náuticos e cartográficos da época. João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira chegam ao arquipélago da Madeira em 1419/20[10] e em 1427 Diogo de Silves aos Açores[10].Gil Eanes transpôs o difícil Cabo Bojador em 1434.[8][11] Após aperfeiçoar a caravela em meados do século, vão descobrindo mais terras na costa africana. Em 1479 passam o Equador, prosseguindo para sul. Em 1471 no Golfo da Guiné foi estabelecida a feitoria de São Jorge da Mina para apoiar um florescente comércio de ouro de aluvião. Partindo da Mina Diogo Cão faz o primeiro contacto com o Reino do Congo.[11] Após sucessivas viagens exploratórias para sul, em 1488 Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, entrando pela primeira vez no Oceano Índico a partir do Atlântico.[11] A chegada de Cristóvão Colombo à América em 1492 precipitou uma negociação entre D. João II e os Reis Católicos de Castela e Aragão. Como resultado foi assinado em 1494 o Tratado de Tordesilhas, dividindo o Mundo em duas áreas de exploração demarcadas por um meridiano situado entre as ilhas de Cabo Verde e as recém descobertas Caraíbas: cabiam a Portugal as terras "descobertas e por descobrir" situadas a leste deste meridiano, e à Espanha as terras a oeste dessa linha.[8] Em 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, estabelecendo o primeiro contacto direto da Europa com a Ásia, inaugurando a importante Rota do cabo.[11] Em 1500, na segunda viagem para a Índia, Pedro Álvares Cabral desviou-se da costa Africana e aportou no Brasil.[11] Em Lisboa foi então estabelecida a Casa da Índia para administrar todos os aspetos do monopólio régio do comércio e da navegação além-mar e foi nomeado o primeiro vice-rei da Índia sediado em Cochim. A vitória na Batalha de Diu afastou mamelucos e árabes, facilitando o domínio português do comércio no Índico. Em 1510 é constituído o Estado Português da Índia com capital em Goa, primeira conquista territorial na Índia por Afonso de Albuquerque. Segue-se Malaca em 1511, alcançando as ambicionadas "ilhas das especiarias" (ilhas Molucas) em 1512, e aportando na China um ano depois.[12] Na sequência da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães ao serviço de Espanha, em 1529 o Tratado de Saragoça demarcou as explorações portuguesas e espanholas no oriente: as Molucas são atribuídas a Portugal e as Filipinas a Espanha.[11] Rotas comerciais portuguesas de Lisboa a Nagasaki entre 1580-1640 (azul); rotas rivais espanholas (branco) com o chamado galeão de Manila estabelecido em 1565Durante a expansão, de 1415 até 1534, quando da colonização do interior nas capitanias do Brasil[13] por D. João III, o império português foi uma talassocracia,[14][15] abrangendo os oceanos Atlântico e Índico. Uma cadeia de fortificações costeiras protegia uma rede de feitorias, com o comércio reforçado por um sistema de licenças de navegação, os cartazes, com o apoio de numerosas relações diplomáticas e alianças, incluindo com o Reino do Sião, Safávidas da Pérsia, Reino de Bisnaga e Etiópia. Era completado pela acção das missões religiosas em terra ao abrigo do Padroado, um acordo da coroa portuguesa com a Santa Sé. Em 1542-433 comerciantes portugueses aportam no Japão,[8] onde mais tarde ajudam a fundar Nagasaki. Em 1557 as autoridades chinesas autorizaram os portugueses a estabelecerem-se em Macau,[10] que se tornou a base de um próspero comércio triangular entre a China, o Japão e a Europa, via Malaca e Goa. Em 1571 uma cadeia de entrepostos ligava Lisboa a Nagasaki: tornara-se o primeiro império global da história,[16] trazendo enormes riquezas para Portugal. Em 1572, três anos após regressar do Oriente, Luís Vaz de Camões publicou "Os Lusíadas", cuja acção central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, imortalizando os feitos dos portugueses. [editar] União Ibérica sob a dinastia filipinaVer artigo principal: União Ibérica,Dinastia Filipina,Guerra Luso-Holandesa, Restauração da Independência Império português (verde) com as zonas disputadas entre 1588-1654 pelos holandeses das companhias da República das Sete Províncias Unidas (laranja)Em 1580, com a morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, Portugal enfrentou uma grave crise dinástica.[8] Três netos de D. Manuel I de Portugal reclamavam o trono: Catarina, duquesa de Bragança, António, Prior do Crato e Filipe II de Espanha. Filipe II, apoiado pelo Conselho de Governadores e parte da aristocracia portuguesa, entrou no país e venceu a força liderada por D. António,[8] primeiro na batalha de Alcântara e, mais tarde, nos Açores. Nas Cortes de Tomar - que exigiram a manutenção da língua e de cargos portugueses- a coroa passou para os reis de Espanha sob a forma de monarquia dual - dois reinos, um rei - iniciando a a dinastia Filipina. A governação ibérica - dos dois reinos e seus imensos impérios - era assegurada por Conselhos (Consejos) com sede em Madrid.[17] Em Lisboa, um vice-rei nomeado pelo rei chefiava o governo. Durante a união o império português sofreu grandes reveses, ao ser envolvido nos conflitos dos Habsburgos com a Inglaterra, a França e a Holanda. Entre 1595 e 1663 seria travada a Guerra Luso-Holandesa com as Companhias Holandesas das Índias Ocidentais e Ocidentais, que tentavam tomar as redes de comércio portuguesas de especiarias asiáticas, escravos da África ocidental e açúcar do Brasil. No reinado de Filipe III (e IV de Espanha) vários problemas minaram o apoio português à união: o aumento de impostos sobre comerciantes portugueses, a perda de importância da nobreza nas cortes espanholas, os cargos de governação ocupados pelos espanhóis e a pressão para partilhar o fardo financeiro e militar das guerras de Espanha. Os portugueses estavam pouco inclinados a ajudar, uma vez que a Espanha não conseguira evitar a ocupação holandesa de várias possessões coloniais, isto apesar do facto de tanto portugueses como holandeses estarem nominalmente sob a mesma coroa.[18] A situação culminou numa revolução feita pela nobreza e alta burguesia em 1 de dezembro de 1640. A revolução, embora previsível, foi despoletada quando o João, 8º duque de Bragança foi convocado para organizar tropas e lutar contra revoltosos catalães. A trama foi planeada pelos chamados "Quarenta Conjurados[19], que aproveitaram o fato de as tropas castelhanas estarem ocupadas no outro lado da península. O apoio do povo foi imediato, e logo o duque de Bragança foi aclamado rei de Portugal em todo o país como João IV de Portugal, iniciando a dinastia de Bragança. Na subsequente Guerra da Restauração contra Filipe IV da Espanha os portugueses venceram várias batalhas, culminando na vitória na Batalha de Montes Claros (1665). A paz com Espanha foi conseguida finalmente em 1668, uma vez falecido o renitente Filipe IV da Espanha. Foi selada pelo Tratado de Lisboa (1668) entre Afonso VI de Portugal e Carlos II de Espanha, pondo fim a quase 30 anos de Guerra da Restauração. Espanha reconheceu a independência de Portugal e devolvem-se prisioneiros e conquistas, excepto a cidade de Ceuta que ficou na posse de Espanha. [editar] Era Pombalina e Iluminismo Marquês de Pombal e a reconstrução de Lisboa após o Terramoto de 1755.No princípio do século XVIII, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal assume o cargo de primeiro-ministro, e torna-se responsável por reformas em várias áreas. Introduziu em Portugal a doutrina do "direito divino dos reis", revelando-se um déspota esclarecido ao serviço de um apagado rei absoluto, D. José I. Os jesuítas, defensores do pacto de sujeição do rei à República[carece de fontes?], foram naturalmente expulsos. As Cortes nunca reuniram. Foi muito contestado pela sua crueldade e rigidez, evidente no processo dos Távora. A reconstrução da baixa de Lisboa, após o Terramoto de 1755, expressa os conceitos urbanos e estéticos do Iluminismo. Relativamente ao Brasil, o Marquês considerava-o uma colónia estritamente dependente de Lisboa e ao serviço do enriquecimento do Reino de Portugal; o povo brasileiro sentiu-se desprezado, o que gerou a instabilidade local suficiente para que a colónia se revoltasse e se viesse a tornar independente. [carece de fontes?] [editar] As Invasões FrancesasVer artigo principal: Guerra Peninsular Embarque para o Brasil do Príncipe Regente de Portugal, D. João VI, e de toda a família real, no Porto de Belém, em 27 de novembro de 1807. Gravura feita por Francisco Bartolozzi (1725-1815) a partir de óleo de Nicolas Delariva.Com a derrota da Prússia em 1806 e a aliança franco-russa de 1807 (Tratado de Tilsit), Napoleão Bonaparte orienta a sua política para a Espanha, formalmente um país aliado, mas cuja dinastia Napoleão, à semelhança do que fizera noutros Estados, pretende substituir pela dinastia Bonaparte. É neste contexto que se deve situar a invasão de Portugal, aliado da Inglaterra e, portanto, não aderente ao sistema do Bloqueio Continental decretado em 1806 (Decreto de Berlim). Para conseguir os seus intentos, Napoleão celebra com a Espanha o Tratado de Fontainebleau (27 de Outubro de 1807), no qual previa a divisão de Portugal em três reinos sob a influência da França. Ao mesmo tempo, Napoleão planeava já apoderar-se do Brasil e das colónias espanholas. O plano é executado logo no Outono de 1807, com a invasão de Portugal por um exército comandado pelo general Junot, que atingiria a fronteira portuguesa da Beira Baixa no final de Novembro. Na invasão as tropas francesas foram reforçadas por três corpos do exército espanhol. Porém, todos os planos de Napoleão fracassaram. A família Real Portuguesa, toda a Corte e o Governo, num total de cerca de 15 mil pessoas, partiram para o Brasil, de onde foi prosseguida, com inegável êxito, a política internacional portuguesa. Com a rebelião popular espanhola, as tropas espanholas abandonam Portugal, deixando margem para a revolta do Porto (7 de Junho de 1808) e para a constituição da Junta Provisional, ao mesmo tempo que, em todo o território português alastra um movimento de resistência popular que nem a feroz repressão das forças francesas, em que se destacou especialmente o general Loison (o famigerado «maneta»), conseguiria debelar. O desembarque de uma força expedicionária britânica comandada por Arthur Wellesley, futuro duque de Wellington, perto da Figueira da Foz (1 de Agosto) deitará por terra os planos de ocupação e dissolução de Portugal. Derrotado em Roliça e Vimeiro (21 de Agosto), Junot não tem outra alternativa senão assinar um armistício (Convenção de Sintra, de 30 de Agosto de 1808), que, sob protesto português, lhe permitirá abandonar Portugal em navios britânicos, com as suas tropas e o seu saque. Estava concluído o fruste domínio de Napoleão Bonaparte sobre Portugal, ao mesmo tempo que a guerra alastrava a toda a Península, acabando por comprometer toda a política imperial da França. Nas duas invasões subsequentes, a de Soult (1809) e a de Massena (1810), a resistência luso-britânica, que culminou nas batalhas do Buçaco (27 de Setembro de 1810) e das Linhas de Torres Vedras, quebrou as asas à política imperial e aos sonhos de domínio sobre a Península Ibérica. No Rio de Janeiro, o Governo português, chefiado por D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Conde de Linhares, obtinha da Inglaterra o cumprimento do Tratado de Londres de 1807, ao mesmo tempo que mandava tomar a Guiana Francesa, só restituída à França após o Congresso de Viena. [editar] A Revolução Liberal de 1820Ver artigo principal: Revolução liberal do Porto As Cortes portuguesas.Nos inícios do século XIX Portugal vivia uma crise motivada pela partida da família real para o Brasil, pelas consequências destrutivas das Invasões Napoleónicas, pelo domínio dos ingleses sobre Portugal e pela abertura dos portos do Brasil ao comércio mundial, o que tinha provocado a ruína de muitos comerciantes portugueses. Ao mesmo tempo, a ideologia liberal implantava-se em pequenos grupos da burguesia. No dia 24 de Agosto de 1820 eclodiu no Porto uma revolução cujo objectivo imediato era convocar Cortes que dotassem Portugal de um texto constitucional. Esta revolução não encontrou oposição. Tendo a cidade de Lisboa aderido ao movimento, formou-se uma Junta Provisória cujo objectivo era organizar as eleições para eleger as Cortes. Os deputados eleitos, oriundos de todo o território controlado por Portugal (Brasil, Madeira, Açores, dependências da África e Ásia) formaram as Cortes Constituintes. O rei D. João VI foi intimado pelas Cortes a regressar a Portugal. Antes de voltar nomeia o seu filho, o príncipe D. Pedro, regente do reino do Brasil, o que desagradou às Cortes Constituintes que entendiam que a soberania só poderia residir em Portugal continental. As cortes ordenaram também que D. Pedro deixasse o Brasil para se educar na Europa. Estas atitudes geraram o descontentamento dos 65 deputados brasileiros nas Cortes Constituintes, que deixam o país em direcção ao Brasil. No dia 7 de Setembro de 1822 o príncipe D. Pedro recebe mais uma mensagem das Cortes, que rasga diante dos seus companheiros, exclamando: "Independência ou morte!". Este acto, conhecido como o grito de Ipiranga, marcaria a data da independência do Brasil. No mesmo ano as Cortes aprovaram a Constituição. Inspirada na Constituição francesa de 1791 e na Constituição de Cádis de 1812 , consagra a divisão tripartida dos poderes (legislativo, executivo e judicial), limitava o papel do rei a uma mera função simbólica, colocando o poder no governo e num parlamento unicamaral eleito por sufrágio directo. Isso mostrava a forte influencia iluminista na época. [editar] Guerra Civil Portuguesa (1828-1834)Ver artigo principal: Guerras liberais Caricatura representando D. Pedro IV e D. Miguel I disputando a coroa portuguesa, por Honoré Daumier, 1833.Com a morte de D. João VI, levantava-se um problema de sucessão. Após D. Pedro IV ter sido forçado a abdicar do trono de Portugal em favor do trono do Brasil, D. Maria II subia ao trono por legitimidade. Entretanto, Dom Miguel, que já se revoltara pelo menos duas vezes e estava exilado, foi nomeado regente do Reino, e o casamento com D. Maria seria arranjado. Na tentativa de restaurar o absolutismo em Portugal, Dom Miguel I depôs o regime monárquico-constitucional de D. Maria dando início a seis anos de conflitos armados com intervenções militares estrangeiras. Tomando partido dos liberais, D. Pedro IV abdica do trono brasileiro para o seu filho Pedro II do Brasil forja uma aliança internacional para derrotar seu irmão em Portugal. As derrotas sucessivas de D. Miguel iriam forçá-lo a desistir da luta na Convenção de Évora-Monte, e permitir a restauração da Carta Constitucional de 1826 e do trono de D. Maria II. Exilado após a Guerra Civil Portuguesa, Dom Miguel denuncia a Convenção de Évora-Monte, clamando para si e seus descendentes a titularidade do trono português. [editar] Primeira RepúblicaVer artigo principal: Proclamação da República Portuguesa, Governo Provisório da República Portuguesa Ilustração alusiva à Proclamação da República Portuguesa a 5 de outubro de 1910.A subjugação do país após o ultimato britânico de 1890[20], os gastos da família real[21], o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco[22], a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia[23] portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano Português, souberam tirar o melhor proveito[24]. Por contraponto, o partido republicano apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.[25] O Republicanismo acentuou-se de tal forma na primeira década do século XX que em 1 de Fevereiro de 1908 se dá o regicídio. Quando regressavam de Vila Viçosa, o Rei D. Carlos e o seu filho mais velho, o príncipe herdeiro D. Luis Filipe, foram assassinados no Terreiro do Paço (Praça do Comércio), em Lisboa. A 3 de Outubro de 1910 estalava uma revolta que provocaria a deposição de D. Manuel II e a criação da República Portuguesa. Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos, um golpe de estado destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal. a República foi proclamada no dia 5 de outubro de 1910, da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa[26]. Um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República.[27] Entre outras mudanças, com a implantação da república, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira[28]. Aquele que ficou conhecido como o primeiro momento do período das Três Repúblicas´foi um conturbado e instável período da política portuguesa. [editar] A ditadura e o Estado NovoVer artigo principal: Salazarismo, Estado Novo António de Oliveira Salazar (terceiro a partir da esquerda), fundador do Estado Novo visita obras da Ponte de Santa Clara em Coimbra.Por volta de 1928 tornara-se premente a situação financeira do Estado português. Nesse ano foi chamado ao governo um professor de Finanças da Universidade de Coimbra, António de Oliveira Salazar, que teria os destinos de Portugal nas suas mãos durante as próximas quatro décadas. O seu pensamento político rejeitava o comunismo, mas também as tradições do liberalismo político e económico. Profundamente conservador e nacionalista, alimentava uma nostalgia pelo meio rural, considerado ideal. Em 1932 Salazar passa a acumular o cargo de ministro das Finanças, com o de presidente do Conselho de Ministros para o qual é nomeado. A partir daqui dedica-se a montar as estruturas do novo regime político, caracterizado pela existência de um único partido (a União Nacional), por um sistema económico regulador da economia (condicionalismo industrial) e pelo antiparlamentarismo. Em 1933, entrou em vigor a nova Constituição Portuguesa. De cariz presidencialista, admitia a existência de uma Assembleia Nacional e de uma Câmara Corporativa composta por elementos ligados às profissões. Na prática, o presidente da República foi uma figura apagada, a Assembleia Nacional foi ocupada por apoiantes do regime e o poder concentrou-se na figura de Salazar. Os antigos partidos políticos portugueses desaparecem, com excepção do Partido Comunista Português (fundado em 1921), cujos dirigentes foram duramente perseguidos pela polícia política (PVDE e depois, PIDE). A censura, restabelecida em 1926, foi consolidada e todas as greves proibidas. Em 1936 o regime cria a Mocidade Portuguesa, cujo propósito era incutir à juventude do país as ideias do regime. Agricultores beirões (c.1950).Durante a Segunda Guerra Mundial Portugal manteve-se neutro no conflito, tendo beneficiado com a venda de volfrâmio, usado para o fábrico de material bélico. Em 1949 Portugal ingressa na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO) e em 1955 na Organização das Nações Unidas. Nos anos sessenta Portugal registou um forte fenómeno de emigração. Os destinos principais dos portugueses, motivados pelo desejo por melhores condições de vida, foram a França e a Alemanha Ocidental. A Operação Vagô envolveu o desvio de um avião entre Casablanca e Lisboa, na 10 de Novembro de 1961. Foi a primeira acção do género no Mundo e serviu para distribuir panfletos anti-salazaristas. No dia 19 de Dezembro de 1961 tropas da Índia invadem os territórios portugueses de Goa, Damão e Diu. No mesmo ano estala a guerra de indepedência em Angola. [editar] Guerra do Ultramar Embarque de tropas portuguesas.Ver artigo principal: Guerra colonial portuguesa No contexto político-social do pós-Segunda Guerra Mundial, em que subsistiam os princípios de autodeterminação e independência, as colónias em todo o Mundo revoltavam-se contra os colonizadores, exigindo a independência, ou uma forma de governo equiparável à metrópole. As possessões portuguesas, agora designadas províncias ultramarinas não foram excepção, e entre 1961 e 1964 estalam uma série de tumultos violentos contra as forças coloniais portuguesas exigindo a libertação dos povos. Primeiro em Angola, depois na Guiné Portuguesa e Cabo Verde, e em 1964 em Moçambique, dava-se início ao um conflito armado que ficou conhecido na historiografia portuguesa como Guerra do Ultramar, e na historiografia das antigas colónias como Guerra de Libertação. A insustentabilidade de uma guerra de três frentes (desprezando Timor Português, cuja distância tornou inviável a intervenção portuguesa), aliado a um contexto político-social ditatorial, fariam o país revoltar-se contra o governo e, num movimento apoiado pelas Forças Armadas, libertava-se o país do regime opressor que se vivia, com a designada Revolução dos Cravos. [editar] Revolução dos Cravos Manifestação do 25 de Abril de 1983 na cidade do Porto.Ver artigo principal: Revolução dos Cravos Numa conspiração militar, o Exército Português consegue ser bem sucedido num golpe de estado que, por não ser violento, se tratou de designar historiograficamente de Revolução dos Cravos e que ocorreu no dia 25 de Abril de 1974. Os dirigentes do movimento (os "Capitães de Abril"), assumiram como prioridades o fim da polícia política, o restabelecimento da liberdade de expressão e pensamento, o reconhecimento dos partidos políticos existentes ou a criar e a negociação com os movimentos de independência das colónias. O poder seria assumido pela Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, órgão que seria substituído pelo Conselho da Revolução (1975-1982). António de Spínola foi designado Presidente da República, tendo entrado em funcionamento o primeiro de uma série de governos provisórios, presidido por Palma Carlos. No dia 11 de Março de 1975 o país viveu a ameaça de um golpe de estado direitista encabeçado por militares próximos a Spínola, que entretanto, descontente com aquilo que consideravam ser uma deriva esquerdista na vida política nacional tinha partido para Espanha. No mesmo dia o governo provisório tomou medidas socialistas na economia, decretando a nacionalização da banca e dos seguros. No dia 25 de Abril de 1975, passado justamente um ano sobre a revolução, realizaram-se as primeiras eleições democráticas, cujo objectivo era formar uma Assembleia Constituinte que elaborasse uma constituição para o país. Essa constituição seria promulgada no dia 2 de Abril de 1976 e é a constituição que rege Portugal até hoje, apesar de ter sido revista em várias ocasiões. [editar] III RepúblicaVer artigo principal: Terceira República Portuguesa A Terceira República Portuguesa é o período da história de Portugal que corresponde ao actual regime democrático implantado após a Revolução dos Cravos do dia 25 de Abril de 1974, que pôs um fim ao regime autoritário do Estado Novo. Foi caracterizado inicialmente por constante instabilidade e possibilidade de guerra civil durante os primeiros anos pós-revolucionários. Foi elaborada uma nova constituição, a censura foi proibida, a liberdade de expressão garantida, os prisioneiros políticos libertos e as maiores instituições do Estado Novo foram extintas. Subsequentemente foi concedida às colónias africanas a independência. O I Governo Constitucional de Portugal teve o seu início a 23 de Setembro de 1976, sob a chefia de Mário Soares. As primeiras eleições democráticas para a presidência da República foram realizadas por sufrágio directo. Venceu Ramalho Eanes, um dos oficiais do Grupo dos Nove. A 12 de Novembro do mesmo ano realizaram-se as primeiras eleições autárquicas. Passam a funcionar todas as instituições democráticas. Portugal entra para o Conselho da Europa, iniciando o processo de abertura do país que levou à adesão de Portugal à CEE (actual União Europeia) em 1986. Para aderir à União Europeia Portugal saiu de EFTA em 1986.[29] Em 1999, Portugal aderiu à Zona Euro,[30] e ainda nesse ano, entregou a soberania de Macau à República Popular da China.[31] Desde a sua adesão à União Europeia, o país presidiu o Conselho Europeu por três vezes, a última das quais em 2007, recebendo a cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa.[32] [editar] Síntese Histórica dos Últimos SéculosXV: Portugal sai na frente da corrida mercantilista tentando vencer o bloqueio dos turcos e venezianos ao comércio directo com as Índias pelo Mar Vermelho e Mediterrâneo Sul-Oriental. XVI: Portugal é anexado a Espanha e forma a primeira civilização onde o Sol jamais se põe, superando portanto o império Mongól em extensão Leste-Oeste e qualquer outra civilização anterior da Eurásia resto do Mundo. XVII: Com a emergência dos poderes do Noroeste Europeu, a exemplo da Holanda, as potências ibéricas começam a perder peso no cenário europeu e mundial. XVIII: A descoberta de ouro em jazidas de províncias e protetorados ultramarinos na América Meridional ajuda na reconstrução de Lisboa após o grande terremoto, junto com o lucrativo comércio com os mercados do Índico e Ásia Meridional. XIX: Um século de grandes perdas, já que Portugal perde praticamente todo o grosso do seu império Ocidental, já que as colônias luso-americanas entre 1822 e 1823 conseguem a separação. Em 1823 Lisboa tenta recuperar Salvador e assim retomar as colônias mais setentrionais da América Portuguesa, já que as meridionais estavam praticamente perdidas. Porém a tentativa é infrutífera, já que nomes tais como Maria Quitéria (a Joana D'arc brasileira) estão do outro lado do front inclusive simulando ser de outro gênero para lutar no mesmo. XX: Outro século de perdas para Portugal. Dessa vez na parte leste do Império tal como ocorreu no século XVII contra os batavos durante a anexação espanhola. XXI: Grandes problemas afectam Portugal, tais como a imigração desenfreada, a decadência urbana, o desemprego, etc. O país se vê pela primeira vez em séculos numa situação de periferia geopolítica e não mais de Centro Geopolítico (a regra no último meio milênio praticamente). [editar] Ver tambémA Wikipédia possui a categoria: História de PortugalOutros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema: Livros e manuais no Wikilivros Wikilivros Cronologia da história de Portugal Lista de reis de Portugal Cantigamente ( série de filmes sobre a história da República) História de Lisboa Referências↑ a b c d http://europeanhistory.about.com/od/portugal/Portugal.htm ↑ Herculano, Alexandre, "História de Portugal, Volume", p. 391, Volume 3 Herculano, Alexandre, 1853 ↑ Duraria desde a conquista de Ceuta em 1415 até à cessação da administração de Macau, em 1999. Ver para uma análise numa perspectiva global Russel-Wood, A. J. R. The Portuguese Empire, 1415–1808: A World on the Move. 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[Expandir]v • eHistória de Portugal Artigos sobre História de Portugal Pré-História e História antiga: Portugal na pré-História • Povos ibéricos pré-romanos • Invasão romana • Romanização • Lusitânia • Galécia • Invasões bárbaras • Visigodos • Suevos • Invasão muçulmana • Al-Andalus Reino de Portugal (1139-1910) Dinastia Afonsina (1139-1383): Reconquista • Condado Portucalense • Independência de Portugal • Dinastia de Borgonha • Crise de 1383-1385 • Batalha de Aljubarrota Dinastia de Avis (1385-1580): Dinastia de Avis • Conquista de Ceuta • Descobrimentos portugueses • Tratado de Tordesilhas • Estado Português da Índia • Batalha de Diu • Império Português • Batalha de Alcácer-Quibir • Crise de sucessão de 1580 Dinastia Filipina (1581-1640): Dinastia Filipina • União Ibérica • Guerra Luso-Holandesa • Guerra da Restauração Dinastia de Bragança 1640-1910): Restauração da Independência • Dinastia de Bragança • Recuperação de colónias portuguesas depois da Restauração • Grande terramoto de 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