quarta-feira, 6 de junho de 2012

AS RUAS DO RIO IMPERIAL

AS RUAS DO RIO DE JANEIRO IMPERIAL Paulo Comelli, RDP Julho de 2007 Provavelmente por ser carioca de nascimento, o endereçamento de uma carta dirigida ao Rio de Janeiro sempre foi, por mim, considerado fascinante em todos os seus aspectos, principalmente em razão dos nomes dos logradouros nelas contidos, em sua maioria totalmente diferente dos adotados para os dias atuais. Essas alterações podem ser vistas com uma freqüência incomum a partir da Proclamação da República e por todo o decorrer do século XX. Já disse de certa feita, em um de meus editoriais na revista MOSAICO, que tive o prazer de editar por mais de dez anos, que “não vivo do passado, ele é que insiste em sobreviver em minh’alma”; ou teria sido algo parecido? Não importa... Assim, o nosso rico passado imperial é encantamento puro para este pesquisador e estudioso da História Postal brasileira. São duas as denominações dadas pelos antigos aos nascituros desta região, ambas de essência puramente aquática, a saber: Carioca somos porque do rio da Carioca era a água que bebíamos; e por sermos do “Rio” de Janeiro nos convertemos todos em fluminenses (como era moda se dizer no século XIX) porque no latim flumen significa rio. O rio da Carioca era também denominado rio das Caboclas e formava um belo verde vale, que se estendia desde o futuro bairro do Cosme Velho até a Aguada dos Marinheiros, na Praia do Sapateiro, hoje Praia do Flamengo. É evidente que o Rio de Janeiro, naquela época, era o centro das atividades mercantis e da vida mundana, por ser a sede da Corte. Desta maneira, do volume de correspondência transportada pelo correio brasileiro, mais da metade dele era do e para o Rio de Janeiro. Portanto, uma relevante e atraente fonte de pesquisa, que, por via de conseqüência, deu-me a opção de oferecer aos filatelistas brasileiros, principalmente àqueles interessados na História Postal do Rio de Janeiro, uma relação com os nomes antigos e os novos dos logradouros do Rio de Janeiro, além das ruas abertas e construídas, durante o período que dá nome a esse artigo. Não tenho a pretensão de ter encontrado todas as mudanças ocorridas no período e, muito menos, a todos os logradouros abertos e construídos. É apenas como afirmei “uma relação”. Foi um trabalho hercúleo e insano pesquisar, compilar dados e anotar informações sobre todos esses nomes, durante os vários anos de real curiosidade. É mister esclarecer que várias das ruas foram abertas no período colonial e diversas outras tiveram o nome mudado nos primeiros anos da Republica. Assim, relato esses fatos para bem ilustrar suas histórias. No tempo colonial, o logradouro era conhecido pelo nome do seu morador mais ilustre ou proprietário das terras onde fora aberto, pela edificação ou igreja que nela se situava, ou por algum detalhe que a caracterizasse. Foi o Senado da Câmara, no período colonial, depois transformado em Ilustríssima Câmara Municipal, no período imperial a primeira instituição a dar nome oficial a um logradouro. Apresentamos a seguir, como ilustração, vários mapas do Rio de Janeiro antigo, que poderão dar aos interessados uma idéia da evolução e expansão da cidade do Rio de Janeiro até o inicio do século XX. Obviamente, falhas e enganos podem e devem ter ocorrido, entretanto, é mister levar-se em conta que muitas vezes as diversas fontes consultadas incorreram em erros que foram e são transmitidos de autor para autor. E várias divergências foram por mim encontradas, que preferi ignorá-las e sequer mencioná-las, já que esse trabalho tem por objetivo ajudar aos filatelistas que, por ventura, possam desejar e gostem de inovar na filatelia apresentando uma coleção na Classe de História Postal com o interessante nome, a meu juízo, que segue apenas como sugestão, de RUAS DO RIO IMPERIAL. Nesse trabalho o filatelista encontrará uma fonte bastante segura e confiável de informações para ilustrar e descrever as peças postais de sua coleção. A todos aqueles que puderem auxiliar com retificações, que sempre serão bem vindas, pedimos que enviem estas informações para uma futura correção e ou acréscimo. Todos os verbetes, escritos em letras maiúsculas, estão listados em ordem alfabética e com alguma explicação quando houver. Entre as fontes consultadas encontram-se também os trabalhos de Paulo Berger e Brasil Gerson. Mapa do Rio de Janeiro em 1831 Mapa de 1831 (Centro) Mapa do Rio de Janeiro em 1838 Mapa do Rio em 1860 Mapa do Rio de 1867 Mapa do Rio de Janeiro em 1879 Mapa do Rio de Janeiro em 1886 Mapa do Rio de Janeiro em 1904 ACCLAMAÇÃO (campo da) - Adotou esse nome a partir de 22.10.1822, por portaria do Ministério do Império, em virtude da aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil. Antigo SANT’ANNA (campo de), que a partir de janeiro de 1890 passou a chamar-se praça da Republica, em razão da proclamação republicana brasileira realizada nesse local em 15.11.1889. Nos anos seguintes foi subdividida com outros nomes, tais como: praça Cristiano Otoni, parque Julio Furtado, praça Duque de Caxias. Em 13.08.1964, pela Lei 575, voltou o parque existente no centro da praça da República a denominar-se campo de Sant’Anna (Ver). ADELLOS (beco dos) – Nome adotado no século XVIII em razão da concentração de vendedores de roupas usadas e de outras mercadorias de segunda mão, ou seja, os adelos, na linguagem clássica portuguesa. Depois passou a se chamar beco da Alfândega por se achar perto da rua da Alfândega. Em 1817 recebeu o nome de Dom Fernando (rua de), em homenagem a D. Fernando José, de Portugal, que fora vice-rei e mais tarde ministro de D. João VI. Ver TINOCO (travessa do). AFFONSO (travessa do) – Aberta no ano de 1874 e vai da rua do Conde de Bomfim, em direção ao morro, atravessando o rio. AFLITOS (beco dos) – Em 1796 Manuel Luís Santana Gomes, proprietário dos terrenos desde da esquina do antigo beco até a rua da Conceição, mandou arruá-la. Recebeu o nome de beco dos Aflitos, pois na esquina com a rua da Alfândega estava o antigo oratório de Nosso Senhor dos Aflitos. Depois, em 30.5.1888, recebeu o nome de travessa do Dias da Costa, homenageando o juiz de paz e político municipal. Em 1946 passou a chamar-se de rua Armando de Salles Oliveira, um dos líderes da revolução constitucionalista de 1932 e governador do Estado de São Paulo (1935-1936). AGUIAR (travessa do) – Aberta em 1874, nos terrenos de propriedade de João Antônio Pereira de Aguiar, daí o nome. Continuação da travessa do Bom-Jardim e vai findar no morro do Pinto. Hoje rua Guapi, pelo Decreto 1165 de 31.10.1917 e situada entre a rua Nabuco de Freitas e a travessa Silva Baião. AJUDA (largo da) – Na esquina das antigas ruas dos Barbonos e da Guarda Velha (atuais Evaristo da Veiga e Treze de Maio) erguia-se a residência de Ana Teodora Ramos Mascarenhas, mãe do sexto bispo do Rio de Janeiro, Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco, que fora elevado à cátedra episcopal em 1774. Daí a origem do nome do largo da Mãe do Bispo, que compreendia, na época, um pequeno espaço entre a rua dos Barbonos, o muro do Convento da Ajuda e o Seminário de São José. Posteriormente, devido à proximidade do convento adotou-se denominação de largo da Ajuda. A partir de 1871, teve o nome mudado para praça de São José, em razão da construção da Escola São José, em terreno cedido pelas freiras do Convento da Ajuda. Neste prédio veio a se instalar em 1895 a Câmara Municipal. Em ato da Câmara Municipal de 4.05.1888 mudou-lhe o nome para praça Ferreira Vianna, em homenagem a Antonio Ferreira Vianna, conselheiro e presidente da Câmara. Em 1904 esta praça, no trecho próximo a avenida Treze de Maio, foi alargado com a abertura da avenida Rio Branco, e com a inauguração monumento de Floriano Peixoto, em 1910, passou a denominar-se praça Floriano. AJUDA (rua da) – Recebeu a denominação primitiva de caminho de N. S. da Ajuda por principiar em frente à ermida de N. S. da Ajuda, fundada por volta de 1590. Com a inauguração em 3.05.1750 do Convento da Ajuda passou a denominar-se simplesmente rua da Ajuda. Pelo Decreto 407 de 15.05.1897 recebeu a denominação de rua do Chile, em homenagem à República do Chile. A maior parte dessa antiga rua desapareceu em 1905 com a abertura da avenida Rio Branco, restando um pequeno trecho entre a rua São José e a avenida Rio Branco, que recebeu o nome de rua Melvin Jones pelo Decreto-lei de 7.05.1962. O Convento da Ajuda foi vendido em 1911 e em outubro do mesmo ano foi iniciada a sua demolição, surgindo mais tarde em 1928, o primeiro arranha-céu que iria constituir a atual área da Cinelândia. ALFÂNDEGA (rua da) – Primitivamente foram adotados para esse logradouro inúmeros nomes, senão vejamos: caminho do Capueruçu, que era o nome indígena para a lagoa ali existente e que se situava no encontro das atuais ruas de Sant’Ana, de Frei Caneca e de Mem de Sá; lagoa da Sentinela, em razão de ali existir, nos tempos coloniais, uma guarita, onde os soldados montavam guarda contra os ataques dos índios Tamoios; como esta estrada se dirigia para São Cristóvão e Engenho Velho, foram adotados os nomes de caminho para o Engenho Pequeno dos Jesuítas, que era no Engenho Velho e caminho para São Cristóvão; tomou o nome de rua do Diogo de Brito, porque por volta de 1600, no princípio da rua, ali residiu Diogo de Brito Lacerda, que era filho de Manuel de Brito, cavaleiro Fidalgo da Casa de El-Rei, companheiro de Estácio de Sá e povoador da cidade. Por algum tempo o início da rua teve o nome de rua do Governador ou travessa dos Governadores, quando em 1622 o governador Salvador Correia de Sá e Benevides adquiriu um imóvel, por permuta com a Câmara, em frente da porta da antiga alfândega (também conhecida como porta da estiva) e vários governadores subseqüentes ocuparam casas nessa mesma rua; teve também a denominação de rua da Quitanda dos Mariscos, porque em 1675 na esquina da rua da Quitanda existia um comércio de mariscos; o trecho entre a rua da Quitanda e a rua da Vala (atual Uruguaiana) chamou-se rua da Mãe dos Homens, por causa da igreja de N. S. da Mãe dos Homens, erigida em 1758; como rua dos Ferradores era conhecido o trecho entre a rua da Vala e a rua da Conceição, pois ali se instalaram esses artífices. A partir de 1747, o trecho da rua da Conceição até a travessa de São Domingos, chamou-se de rua de Santa Efigênia, quando ali se construiu a igreja de Santo Elesbão e Santa Efigênia. O trecho entre a travessa de São Domingos e a atual rua Regente Feijó era conhecida como a rua do Oratório de Pedra, que ali existiu até 1906; da esquina da rua do Regente Feijó até o campo de Sant’Anna foi conhecida como rua de São Gonçalo Garcia, em homenagem à irmandade dessa invocação, que em 1761 inaugurara seu templo. Entre 1761 e 1801 o seu trecho inicial até a rua da Quitanda foi denominado de rua da Travessa da Alfândega, pois iniciava defronte ao portão da alfândega. A Câmara Municipal em 1840 deu à rua uma só designação, que perdura até os dias de hoje, de rua da Alfândega. ALJUBE (rua do) – Ver PRAINHA (rua da). AMÉRICA (rua D’) – Nome adotado a partir de 8.06.1865 por Ato da Câmara Municipal em homenagem feita ao Continente América. Ver antiga SACCO DO ALFERES (rua do), na Gamboa. ANDARAHY GRANDE (estrada do) – Na época de 1850, na planície tijucana, de ambos os lados do rio Maracanã, um grande descampado se estendia. Ali existia um conjunto de chácaras com canaviais e cafezais, cortados por poucos logradouros, sendo um deles a estrada do Andaraí Grande. Ver BARÃO DE MESQUITA (rua do). ANDARAHY PEQUENO (estrada do) – Na época de 1850, na planície tijucana, de ambos os lados do rio Maracanã, existia um pequeno descampado, que era a zona da Muda (porque nela se mudavam os animais das diligências) e era chamado de o Andaraí Pequeno. Ver CONDE DE BOMFIM (rua do). ANDRADAS (rua dos) – Nome adotado a partir de 20.02.1866 por Ato da Câmara Municipal, em memória dos irmãos Andradas – José Bonifácio, Antônio Carlos e Martim Francisco – patriotas pela Independência do Brasil e membros do Primeiro Senado. Ver antiga FOGO (rua do). ANDRADE (travessa do) – Aberta em 1870 e que vai da rua do Catumbi até a chácara do Sr. Joaquim Navarro de Andrade, daí o nome. ANDRÉ REBOUÇAS (rua de) – 1888 – Ver MARRECAS (rua das). ANGUSTURA (travessa da) – Aberta em 1874, principiando na rua do Mattoso e terminando na rua do Cabido, no Engenho Velho. Não confundir com a travessa Angustura, antigo beco das Cancelas (no centro da cidade). ARCO DE SÃO BENTO (rua do) – O Senado da Câmara em carta de 14.9.1743 pediu ao Abade de São Bento, frei Francisco de São José, que abrisse uma rua pela cerca e horta do Mosteiro, desde os quartéis até a Prainha. Surge então, naquele ano, a rua que passou a se chamar de rua Nova de São Bento. Com a construção de um grande arco, por cima da rua Nova, comunicando o Mosteiro e a horta, recebeu também a denominação de rua do Arco de São Bento. O arco veio a ser demolido em 1843, quando se abriram as ruas dos Beneditinos e Municipal. Muito mais tarde, já na república, pelo Decreto 1165 de 31.10.1917, adotou-se o nome de rua de São Bento, que conserva aos dias atuais. AREAL (rua do) – Começa no largo do Caco e termina na rua Frei Caneca. Chamou-se inicialmente rua das Boas Pernas, porque era necessário que se as tivessem boas para poder vencer e atravessar o grande areal que ali existia. Após o assentamento de uma estrada sobre o areal, o povo passou a chamá-la de rua do Areal e que foi oficializado pelo Senado da Câmara em 10.12.1822. A rua foi alargada em 1840 e mais tarde em 1884 teve o nome mudado, por breve tempo, para rua do BARÃO DE PARAPIACABA (Ver). Por resolução municipal de 21.02.1890 foi restabelecido o nome anterior de rua do Areal. AQUIDABAN (rua do) – Nome adotado em 1870 em homenagem ao rio Aquidabã, nas margens do qual tombou o marechal Solano Lopez, encerrando o conflito armado da Guerra do Paraguai. Ver antiga CASIMIRO (rua do), no Engenho Novo. ASSEMBLÉIA (largo da) – Ficava entre as ruas da Assembléia, São José e a travessa do Paço, atrás da antiga Câmara dos Deputados; desaparecida em 1922 com a construção do edifício da atual Câmara dos Deputados, inaugurado em maio de 1926. ASSEMBLÉIA (rua da) – Aberta na metade do século XVI, atingia em fins desse século o Convento de Santo Antônio. Daí os nomes primitivos então adotados: rua Direita que vai para Santo Antônio, caminho que vai para o cruzeiro de São Francisco ou caminho de São Francisco. O trecho inicial da atual rua da Assembléia era conhecido, por volta de 1630 a 1650, como travessa de Manuel Ribeiro – o pasteleiro – um dos antigos moradores que, além da venda de pastéis, era o arrendatário da venda de carne verde. Esse logradouro teve outros nomes de moradores, como: rua do Padre Vicente Leão, rua do licenciado Rui Vaz e rua Pedro Luís Ferreira. Com a construção da cadeia na várzea da cidade, a partir de 1711, começou a ser chamada de rua da Cadeia. O prédio da Cadeia Velha serviu de abrigo para vários órgãos governamentais. Em 1822 a primeira Assembléia Constituinte se instalou no prédio da Cadeia Velha. A partir de 1825, a antiga rua da Cadeia começou a ser chamada de rua que vai para a Assembléia. Por deliberação da Câmara Municipal de 24.10.1848, passou a denominar-se simplesmente de rua da Assembléia. Em épocas mais recentes o prédio da Cadeia Velha hospedou os Correios, a Tipografia Nacional e a Caixa Econômica. Houve uma tentativa de mudar o nome para rua da República do Peru (Decreto 1585 de 27.07.1921), porém o Decreto 6065 de 28.09.1937 restabeleceu o nome tradicional que até hoje permanece. ATTERRADO (rua do) – Situada no Mangue. No vasto alagadiço que era o mangue da Cidade Nova, desde o antigo Rossio Pequeno (atual praça Onze de Junho) foi construído um longo e estreito aterro. Foi assim descrito: “Aterraram-se lugares mais aptos e defendeu-se, por meio de grossa estacaria. Desde o trilho para o Sacco do Alferes até a bica dos marinheiros, a borda principal do perigoso tremedal (mangue), fazendo-se iluminar à noite, de espaço em espaço, com lanternas especiais”. No tempo de D. João VI era o caminho usado pela Família Real para chegar a São Cristóvão. Assim foram adotados os nomes de caminho das Lanternas e rua do Aterrado. Um pouco mais tarde a rua foi dividida em dois trechos: ruas de SÃO PEDRO DA CIDADE NOVA (Ver), compreendida entre as praças da República e Onze de Junho e a rua do Aterrado, da praça Onze de Junho até o final, ver SENADOR EUZÉBIO (rua). ATTERRO (rua do) – Vizinha e contemporânea da velha rua do Visconde de Itaúna, em 1867 passou a denominar-se rua do MIGUEL DE FRIAS (Ver). BABYLONIA (travessa da) – Aberta em 1874, começa na rua do Conde de Bomfim e termina na rua da Babilônia. BARÃO DE ANGRA (rua do) - Começa na rua Saldanha Marinho e termina nas ruas Moreira Pinto e Conselheiro Leonardo. Foi aberta em 1875, nas terras pertencentes ao Visconde de Mauá, homenageando o almirante Elisário Antonio dos Santos, herói da Guerra do Paraguai e participante da passagem de Curupaiti. BARÃO DA GAMBÔA (rua do) – Situada no Mangue à esquerda da rua deste nome e dela fazia parte. Foi aberta em 1874 por Antônio de Serpa Pinto, através da grande chácara que pertenceu ao 2 º Barão da Gamboa, José Manuel Fernandes Pereira, daí o nome. BARÃO DE GUARATIBA (rua do) – Começa na rua do Guarda-Mor e termina na rua do Russel. Aberta em 1875, homenageando a Joaquim José Ferreira, benfeitor da Santa Casa. BARÃO DE IGUATEMY (rua do) – Começa na rua de São Cristóvão, atravessa a rua do Matoso, e vai terminar na casa do monsenhor Mello. Aberta em 1874, homenageando a Francisco Cordeiro da Silva e Alvim. BARÃO DE ITAPAGIPE (rua do) – Antiga rua do MARECHAL ITAPAGIPE, a qual foi unida à rua da Bela Vista, no Engenho Velho, que passou a ter esse nome. Nome adotado em 1874 para homenagear a Francisco Xavier Calmon da Silva Cabral (2º barão com grandeza com esse título), militar português que serviu o Brasil na Guerra do Paraguai, e possuidor de uma chácara na antiga rua da Bela Vista, situada, parte no bairro do Rio Comprido e parte no bairro do Engenho Velho. BARÃO DE MESQUITA (rua do) – Antiga ANDARAHY GRANDE (estrada do), que foi unida a rua da Babilônia com aquela denominação, em 1874, para homenagear a Jerônimo José de Mesquita, posteriormente visconde e conde de Mesquita, vereador da cidade do Rio de Janeiro, rico fazendeiro e comerciante, foi benemérito da Santa Casa de Misericórdia. BARÃO DE PARANAPIACABA (rua do) – Nomenclatura adotada em 1884 para homenagear a João Cardoso de Menezes e Souza, advogado, professor e político brasileiro. Em 30.09.1921, através do Decreto 1609, adotou-se o nome de rua de Moncorvo Filho, em homenagem a Carlos Artur Moncorvo Filho, médico e um dos fundadores da Policlínica do Rio de Janeiro.Ver AREAL (rua do). BARÃO DE SÃO FELIX (rua do) – Começa na rua Camerino e termina na rua Alfredo Dolabela. Freguesia de Sant’Ana, 2º Distrito, recebeu esse nome a partir de 6.10.1877, por ato da Câmara Municipal, em homenagem a Antônio Félix Martins, barão em 11.12.1875, vereador e presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Foi membro do Conselho de Sua Majestade, o Imperador. Ver antiga PRINCESA DOS CAJUEIROS (rua da). BARÃO DE SÃO GONÇALO (rua do) – Esse logradouro surgiu após os aterros feitos na antiga lagoa de Santo Antônio; com a abertura da primitiva rua do Bobadella, depois da Guarda Velha (atual avenida Treze de Maio), e ficando na esquina foi chamado de beco do Bobadella, em homenagem a Gomes Freire de Andrade, conde de Bobadella. Não se sabe da razão da denominação posterior de beco do Propósito. Em 1880 recebeu a denominação de rua do Barão de São Gonçalo, em honra de Berlamino Ricardo de Siqueira, fazendeiro, fundador do Banco Rural Hipotecário, que foi também deputado em várias legislaturas do Império do Brasil. O Decreto 1725 de 10.06.1922 deu o nome, que conserva até hoje, de rua do Almirante Barroso, em homenagem ao Barão de Amazonas, Francisco Manuel Barroso da Silva, herói da Guerra do Paraguai. BARÃO DO FLAMENGO (rua do) – Aberta em 1858 por iniciativa do proprietário das terras onde se localizava, Luís de Matos Pereira Castro, diretor do Banco Comercial, barão do império e por ele doada à comunidade. Ainda hoje conserva o nome de seu doador. Na esquina com a rua do Catete, localizava-se seu solar, mais tarde transformado em um asilo, hoje já demolido. BARÃO DO LADÁRIO (rua do) – Nomenclatura adotada em 1889 para homenagear a José da Costa Azevedo, almirante, político e escritor brasileiro. Foi ele o último ministro da marinha no Império do Brasil. Ver MARRECAS (rua das). BARÃO DO BOM RETIRO (rua do) – Situada no Engenho Novo, essa rua pertence tanto ao bairro do Andaraí, como ao Grajaú e Engenho Novo e foi assim denominada, em 1871, para homenagear a Luiz Pedreira do Couto Ferraz, barão, visconde e ministro do Império do Brasil que se dedicou à instrução pública. Ver antigo CAMBUÇÚ (Caminho do) BARBEIROS (beco dos) – Começa na rua Primeiro de Março e termina na rua do Carmo. Foi aberto em 1755 ao se iniciar a construção da Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Os barbeiros ambulantes, que eram pretos, constituíam uma corporação bem organizada e possuíam a célebre “Banda dos Barbeiros”. Exerciam além da profissão de Barbeiros, a de dentistas e sangradores. Instalavam-se em barracas assentadas no beco que veio a receber o nome da profissão. De 1938 a 1946 passou a chamar-se de travessa dos Barbeiros. O Decreto 845 de 28.01.1946 determinou a mudança do nome para travessa Onze de Junho, alusiva a um decreto de 1827 que instituiu os cursos jurídicos no país. Entretanto, o governador Carlos Lacerda, em 4.05.1965, através da Lei 795, restabeleceu o antigo nome de beco dos Barbeiros. BARBONOS (rua dos) – Aberta nos fins do século XVII, era uma estreita vereda em terrenos da chácara de N. S. Da Ajuda, em direção ao morro do Desterro, daí o nome inicial de caminho do Desterro. Com a construção do primitivo aqueduto da Carioca, passou a ser denominada de caminho dos Arcos da Carioca. Desde de 1742 ali se instalaram os missionários barbadinhos italianos ou barbônios, assim o logradouro começou a ser chamado de rua dos Barbonos, nome que conservou até 1870, quando foi alterado para rua do EVARISTO DA VEIGA (ver). BARROSO (ladeira do) – Situada na Gamboa, foi aberta da chácara de. José Justino de Faria até o alto do morro. Inicialmente, recebeu o nome de ladeira do Faria e posteriormente o nome de ladeira de São Lourenço em toda sua extensão. Por ato da Câmara Municipal de 14.05.1867 teve o nome alterado para ladeira do Barroso, em homenagem a Bento Barroso Pereira, que se tornou proprietário da antiga chácara do Livramento, onde foi aberta a ladeira. Foi ele ministro da guerra e senador por Pernambuco. BASTOS (travessa do) – Foi aberta em 1874 e começa na rua de Miguel Frias (estação dos Bondes de Vila Izabel) e termina na travessa de São Cristóvão. BELLA-VISTA (rua da) – Era a rua mais comprida do bairro do Rio Comprido. Ver MARECHAL ITAPAGIPE (rua do) e depois BARÃO DO ITAPAGIPE (rua do). BENEDITINOS (rua dos) – Começa na avenida Rio Branco e termina na rua do Acre. Recebeu esse nome por ato da Câmara Municipal em 5.04.1843. O contrato celebrado entre a Câmara Municipal e o Mosteiro de São Bento proporcionou a abertura de ruas na área da antiga horta e cerca daqueles frades. A uma delas foi dado o nome de rua Municipal, homenageando a Câmara Municipal e a outra de rua dos Beneditinos, homenageando os frades de São Bento. Em 19.12.1884 teve o nome alterado, por pouco tempo, para EDUARDO DE LEMOS (rua do). BERNARDO DE VASCONCELOS (rua de) – Nomenclatura adotada em 1884 – Ver SENADO (rua do) BERQUÓ (rua do) – Em 1852 foi inaugurado nessa rua o cemitério de São João Batista da Lagoa. Ver GENERAL POLYDORO (rua do). BISPO DOM VITAL (rua do) – Nomenclatura adotada em 1882 – Ver COTOVELO (rua do) BOA-MORTE (beco da) – Localizado no Castelo, recebeu esse nome devido à existência de um oratório dedicado a Nossa Senhora da Boa Morte, na esquina com a rua D. Manuel. Depois, em 27.5.1871, passou a denominar-se travessa de DOM MANUEL (ver), por atravessar a rua de Dom Manuel. Desaparecida com a urbanização da Esplanada do Castelo. BOBADELLA (beco do) – Ver BARÃO DE SÃO GONÇALO (rua do). BOBADELLA (rua do) – Ver GUARDA VELHA (rua da) e depois TREZE DE MAIO (rua de). BOM-JARDIM (rua do) – Aberta em 1840 para ligar o Mangue ao Catumbi. Ver VISCONDE DE SAPUCAHY (rua do). BOM-JESUS (rua do) – Assim conhecida no trecho entre a rua dos Ourives (atual Miguel Couto) e o largo de São Domingos (absorvido pela avenida do Presidente Vargas), por causa da igreja da irmandade do Senhor Bom Jesus do Calvário, demolida em 1942 e que ficava na esquina da rua Uruguaiana. Grande parte desse logradouro era conhecida como SABÃO (rua do) ou SABÃO DA CIDADE VELHA (rua do). Em 1870 passou a denominar-se GENERAL CÂMARA (rua do) (Ver). BRAGANÇA (rua do) – Começa na rua Primeiro de Março e termina nas ruas da Quitanda e São Bento. Nome adotado a partir de 1767 quando da chegada do regimento Bragança que ocupou os quartéis de São Bento, localizado nessa rua. Em anos anteriores essa rua foi chamada de rua dos Quartéis (razão de abrigar a guarnição das naus de guerra, já no ano de 1615), rua do Açougue dos Frades Bentos (ligado ao açougue de São Bento que fora transferido para perto do Mosteiro entre os anos de 1682 e1685) e rua da Junta (em razão da existência em 1696 da casa e armazéns da Junta de Comercio). Por ato da Câmara Municipal de 28.01.1880, passou a denominar-se CONSELHEIRO SARAIVA (rua do). (Ver). CAIRÚ (beco do) – Começa na avenida Almirante Barroso e termina na rua Manuel de Carvalho. Em 1840 ficou conhecido por esse nome por ali ter morado José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairú, na casa de esquina da antiga rua da Ajuda. Pelo Decreto 1165 de 31.10.1917 passou a ser chamado de rua do Cairú. Em 1949 teve novamente alterado, desta vez, para rua Vieira Fazenda. CAIS (rua do) – Esse nome primitivo referia-se ao Cais do Porto, que percorria toda sua extensão à época. Hoje é a avenida Rodrigues Alves, ex-presidente da República do Brasil, cuja nomenclatura foi adotada em 31.10.1917 pelo Decreto 1165. CAIS DO PHAROUX (rua do) – Começa na praça Quinze de Novembro e termina na praça Mercado Municipal. Em homenagem a Louis Dominique Pharoux, cidadão francês, que chegou ao Rio de Janeiro em 1817; foi para Santiago do Chile em 1822 e regressou em 1836. Construiu o cais que até hoje conserva seu nome. Foi proprietário do famoso Hotel Pharoux em 1858 e regressou para a França em 1864. CAJUEIROS (rua dos) – Recebeu esse nome porque tinha uma saída particular para a antiga rua Princesa dos Cajueiros (atual Barão de São Felix). Foi aberta em 1809 nos terrenos de Emerenciana Isabel Dantas e Castro e do brigadeiro Domingos José Pereira. Em 30.10.1948, através do Decreto 187, teve o nome alterado para rua Alfredo Dolabela Portela, industrial e empreiteiro do Governo republicano, que faleceu em 13.11.1940. CALABOUÇO (rua do ou beco do) – Situada no Castelo. Ver SANTA LUZIA (Travessa de). CAMBUÇÚ (caminho ou estrada do) - Situado no Engenho Novo. Era um tortuoso caminho que ligava o caminho do Andaraí Grande ao Engenho Novo. Esse caminho era permeado de chácaras, então figurando como um de seus moradores o próprio Barão do Bom-Retiro. Nova nomenclatura adotada a partir de 1871. Ver BARÃO DO BOM-RETIRO (rua do). CAMINHO NOVO DO BOTAFOGO – ver MARQUEZ DO ABRANTES (rua do). CAMINHO VELHO DO BOTAFOGO – Ver SENADOR VERGUEIRO (rua do). CAMPO DOS FRADES (beco do) – Começa na avenida Augusto Severo e rua Mestre Valentim e termina no largo da Lapa. Quando os frades carmelitas se instalaram em 21.10.1810 na Igreja de N. S. da Lapa do Desterro, o largo em que se situava passou a ser conhecido como campo dos Frades e, do mesmo modo, veio a ser denominado o pequeno beco que dali partia. Hoje é a rua Teixeira de Freitas (1917). CANCELLAS (Beco das) – Situado entre as ruas do Ouvidor e Buenos Aires. Anteriormente o capitão Francisco Barreto de Faria possuía residência na esquina da rua do Ouvidor, daí o nome adotado de travessa de Francisco Barreto. Da mesma forma o capitão-mor Gaspar Lopes Carrilho e seu filho Manuel Lopes Carrilho ali residiram e o logradouro adotou o nome de beco do Carrilho. Esse beco comunicava, inicialmente, a rua do Ouvidor com a rua do Rosário, mas em 1777 foi prolongado até a rua Buenos Aires. Nele existiam cancelas abertas durante o dia para a passagem de transeuntes, que ao anoitecer era fechadas, daí o nome. O logradouro teve seu nome alterado em 31.10.1917, pelo Decreto 1165 para travessa da Angustura. CANDELÁRIA (rua da) – Começa na rua Buenos Aires e termina na rua do Conselheiro Saraiva. Ficou conhecida a partir de 1630 como o caminho que vai para a Candelária em razão da fundação de uma pequena ermida construída por Antonio Martins da Palma em evocação a N. S. da Candelária, por ter sido salvo de um naufrágio, por volta de 1600, escolhendo um terreno pantanoso em frente a sua casa. Nos tempos coloniais ficou conhecida por travessa da Portuguesa Catarina Lopes; e outros trechos que ficaram conhecidos por canto de João Mendes, um caldeireiro que residia na esquina com a rua São Pedro; canto de Mariano Linhares, esquina com a rua dos Pescadores (hoje, rua do Visconde de Inhaúma); todos moradores no logradouro. CANO (rua do) – Aberta nos final do século XVII, conforme solicitação do Conselho da Câmara em 4.08.1679, desde a rua Detrás de São Francisco de Paula, para a construção de um cano de pedra destinado a levar para o mar as águas estagnadas dos restos da lagoa de Santo Antônio, também denominada de Águas da Carioca. Ver SETE DE SETEMBRO (rua do). CANOAS (beco das) – ver CLETO (beco do). CANOS DA CARIOCA (rua dos) – Foi aberta, em 1875, nos terrenos do Sr. Navarro, no Catumbi, Freguesia do Espírito Santo. CAPIM (largo do) – Ficava situado entre as ruas do General Câmara, de São Pedro e dos Andradas (desaparecido por ter sido incorporado à avenida Presidente Vargas). Num trecho do vasto campo de São Domingos, posteriormente retalhado em inúmeras ruas, campos e largos, foi armado o patíbulo, anteriormente localizado nas proximidades de Santa Luzia e, depois na praia de Braz de Pina, próximo a São Bento. O conde de Bobadella, Gomes Freire de Andrade, a pedido dos Beneditinos, transferiu em 1753 a forca para esse novo lugar, surgindo assim o largo ou campo da Forca. Mais tarde, ali foi construído um chafariz e o local passou a ser conhecido como largo do Chafariz. Em 13.2.1790, o Senado da Câmara, por edital, determinou que ali fosse estabelecido um local para forragem dos animais de montaria, carruagens e veículos de carga, surgindo assim a nova denominação de largo do Capim. Em 1797 mandou-se construir um novo chafariz e o local ficou conhecido também como largo do Chafariz Novo. Em 1808 foram feitos melhoramentos no logradouro e adotou-se, por algum tempo, a denominação de praça Nova. Todavia o nome de largo do Capim perdurou até 2.9.1869, quando Câmara, homenageando o ilustre herói da Guerra do Paraguai, alterou o nome para praça do General Osório. Tal denominação teve duração efêmera e pelo Decreto 1165, de 1917, fez retornar o antigo nome. Em 9.9.1925 pelo Decreto 2192 teve novamente o nome alterado, desta vez para praça Lopes Trovão, nome esse que foi conservado até 1943, quando desapareceu para dar lugar a abertura da avenida Presidente Vargas. CAPITÃO FELIX (rua do) – Nomenclatura adotada no ano de 1877 para a antiga MARUHY (travessa de), Freguesia de São Cristóvão. CARIOCA (largo da) – Situado entre a avenida Treze de Maio e as ruas de Santo Antônio, da Carioca, de Uruguaiana, de Gonçalves Dias, da Assembléia, de São José e de Bittercourt da Silva. Com a construção do primitivo Chafariz da Carioca, pelo governador Aires Saldanha, em 1723, o antigo logradouro de campo de Santo Antônio passou a denominar-se de largo da Carioca. A canalização do rio da Carioca trazendo as águas do morro do Desterro, através do Aqueduto dos Arcos, até o antigo campo onde os franciscanos tinham erguido o Convento de Santo Antônio, em 1608, foi a razão desta mudança de nome. O campo de Santo Antônio era uma antiga lagoa, que abrangia a área hoje ocupada pelo largo e suas adjacências até o Teatro Municipal. CARIOCA (rua da) – Começa no largo da Carioca e termina na praça Tiradentes. Antigamente era um simples caminho que atravessava o areal já referido em 1667 na demarcação da sesmaria doada por Estácio de Sá. Entre os anos de 1697 e 1799 foram levantadas as primeiras construções no lado fronteiro do morro de Santo Antônio. O lado esquerdo só foi edificado a partir de 1741. Em 1789, o Conde de Bobadella prolongou-a até a lagoa das Sentinelas. Foi conhecida inicialmente como a rua do Egito, por causa de um oratório, situado em uma esquina, que venerava a Família Sagrada, em fuga para o Egito da ferocidade de Herodes. Quando ali foi morar, após construir quatro pequenas e toscas casas, uma para sua residência e as demais para alugar, um famoso chicanista com a profissão de solicitador que vivia pelos cartórios da cidade em busca de causas como quando se busca “piolho na costura” (expressão da época), daí o apelido de Piolho, passou a chamar-se rua do PIOLHO. A História não lhe guardou o verdadeiro nome. Por deliberação da Câmara Municipal, em sessão de 24.10.1848, recebeu o nome de rua da Carioca, pois era o caminho que se usava para buscar água no chafariz da Carioca. O nome perdura até os dias de hoje apesar das tentativas de alterá-lo. Assim é que em 14.8.1879 a Câmara denominou-a de rua de São Francisco da Penitência, que não foi aprovado pelo Governo Imperial. Em 14.8.1882 a Câmara tentou novamente mudar o nome, desta vez para rua de São Francisco de Assis, com a aprovação do Ministério do Império, em homenagem ao sétimo centenário de nascimento do santo ocorrido em outubro de 1881. A Intendência Municipal deliberou em 28.1.1892 pela volta do antigo nome de rua da Carioca, o que foi confirmado pelo Decreto Municipal de 28.3.1898. Foi alargada, com a derrubada dos prédios do lado da numeração par, na administração do prefeito Pereira Passos, em 1904. Mais uma tentativa de mudança ocorreu em 4.7.1918, pelo Decreto 1223, para a denominação de rua do Presidente Wilson. Retornou ao antigo nome, no ano seguinte, pelo Decreto 1383 de 4.7.1919, o qual conserva até hoje. CARMO (rua do) – Começa na rua São José e termina na rua do Ouvidor. Foi aberta em 1611 em terrenos do convento dos frades do Carmo, passando pelos fundos da Igreja de N. S. do Carmo, daí o nome de rua Detrás do Carmo, que nos meados do século XIX passou a ser chamada, simplesmente, de rua do Carmo. O Decreto 647 de 12.12.1898 alterou-lhe o nome para rua Júlio César, em homenagem a Júlio César Ribeiro de Souza, um dos primeiros aeronautas brasileiros, que realizou um vôo no balão Vitória em 3.11.1881, em Paris. O Decreto 1165 de 31.10.1917 restabeleceu o antigo nome de rua do Carmo, que perdura até os dias de hoje. CASIMIRO (rua do) - Situada no Engenho Novo e cujo nome foi adotado por ali ter morado, em uma chácara, denominada Capão do Bispo, Casimiro Barreto de Pinho, da qual, no caminho dos Pretos Forros, abriu-se e surgiu a rua do Casimiro. Em 1870 passou a se chamar rua do AQUIDABAN (Ver). CATUMBY (travessa de) – Ver ESTRELLA (rua do). CATUMBY (estrada do) – Para que os bairros do Catumbi e Rio Comprido melhor se comunicassem um longo caminho já existia e que, posteriormente, foi batizada de ITAPIRU, depois do combate no Paraguai no qual perdeu a vida o coronel Villagran Cabrita. CIGANOS (rua dos) – Assim denominada em razão da existência de numerosos bandos de ciganos que habitavam essa rua. Ver CONSTITUIÇÃO (rua da). CLETO (beco do) – Começava no mar e terminava na rua da Saúde, no bairro da Saúde. Antigo BECCO DAS CANOAS porque ali vinham ter as canoas que serviam ao bairro. Por ser estreito e escuro, também foi conhecido como beco do Inferno. Por resolução da Câmara Municipal em sessão de 1.9.1874, adotou-se tal denominação por causa do trapiche do Cleto, nele situado. Desapareceu com a construção do Cais do Porto. COMÉRCIO (travessa do) – Começa na praça Quinze de Novembro e termina na rua do Ouvidor. Aberta em 1730 com o nome de beco da Praia do Peixe Nova, pois ali próximo se instalou o novo mercado do peixe. Em 1750 foi erigida, nas vizinhanças, uma capela dedicada a N. S. da Lapa dos Mercadores, por pequenos negociantes chamados de capelistas, ou seja, pessoa que vende em loja de capela – loja de miudezas – daí surgiu a denominação de beco da Capela. Mais tarde surge o nome de beco do Arco do Telles, devido ao arco levantado pelo brigadeiro Alpoim sobre as casas que pertenciam, em 1790, ao Dr. Francisco Telles Barreto de Menezes, que chegava até a esquina da hoje rua do Mercado. No incêndio de 1790 as casas dos Telles foram destruídas completamente, porém o arco não foi atingido. Em um dos prédios atingidos funcionava o Senado da Câmara, cujo arquivo foi totalmente destruído. A partir de 1.9.1863 passou a se chamar travessa do Comércio, por ficar perto da praça do Comércio o edifício que veio a abrigar a Associação Comercial e depois de várias obras de adaptação e acréscimo de andares, a sede da matriz do Banco do Brasil, que para ali se transferiu em 30.4.1926. CONCEIÇÃO (rua da) – Começa na rua Luis de Camões e termina na rua Senador Pompeu. Em 1643 foi erigida uma capela em evocação a N. S. da Conceição nas terras de Maria Dantas, no morro fronteiro de São Bento, origem do nome do morro da Conceição. Em 1659 os padres capuchos franceses foram ocupar a pequena ermida, onde viveram por mais de quarenta anos, quando foram expulsos, entregando o Cabido, a Capela, o Hospício e as benfeitorias. Logo após o bispo, frei Francisco de São Jerônimo, transformou o hospício local em palácio episcopal, que serviu durante dois séculos de sede do bispado do Rio de Janeiro. Em 1713 ali se construiu uma fortaleza e iniciou-se a exploração de uma pedreira, surgindo daí o nome de rua da Pedreira, também chamada de rua da Pedreira da Conceição. Mais tarde, o vice-rei Conde da Cunha ampliou as obras da fortaleza e construiu uma Casa de Armas. Atualmente a antiga Fortaleza da Conceição é sede do serviço geográfico do exército. A rua foi sofrendo ao longo do tempo vários prolongamentos, tanto em direção ao largo de São Francisco como para a rua Senador Pompeu. Com a edificação da igreja de São Francisco de Paula a rua tomou o nome de rua que vai de São Francisco para a Pedreira.Em 1808 o nome de rua da Pedreira consolidou-se e a partir de 1830 recebeu o nome de rua da Conceição que conserva até os dias de hoje. Entretanto, uma tentativa de modificação ocorreu em 9.11.1898, por Decreto Municipal, denominando-a de rua de Vasco da Gama, que perdurou até 31.10.1917, quando o Decreto 1165, devolveu-lhe o antigo nome de rua da Conceição. CONCEIÇÃO (travessa da) – Situada no morro da Conceição. Ver CORONEL JULIÃO (travessa do). CONCÓRDIA (rua da) – Logradouro aberto em 1870 no morro de Paula Mattos. CONDE (rua do) – Em memória do 1º vice-rei Antônio Álvares da Cunha, Conde da Cunha, que governou de 1763-1767 e mandou estender, no ano de 1765, a antiga rua do Piolho (atual rua da Carioca), através da chácara que ficava em frente ao campo da Lampadosa, em direção a lagoa da Sentinela até encontrar o caminho de Mata-Cavalos (atual rua do Riachuelo). O Senado da Câmara, em 1766, deu-lhe o nome de rua Nova do Conde da Cunha ou, simplesmente, rua Nova do Conde. Esse trecho inicial da rua, a partir de 26.6.1794, passou a ser conhecida apenas como a rua do Conde (nomenclatura que foi usada até 1866), em razão da inauguração do novo trecho que ligava a lagoa da Sentinela até o Barro Vermelho, que passou a ser denominada de rua Nova do Conde. Em sessão da Câmara de 20.2.1866 foi adotado, para toda sua extensão, o nome de rua do Conde d’Eu. Em 1871 o trecho inicial passou a denominar-se de rua do Visconde de Rio Branco. Ver CONDE d’EU (rua do) e depois VISCONDE DE RIO BRANCO (rua do). CONDE d’EU (rua do) – Nomenclatura adotada a partir de 20.02.1866 por Ato da Câmara Municipal, em homenagem ao esposo da Princesa Isabel, filha do Imperador D. Pedro II. Após a Proclamação da República, o 1º Conselho de Intendência Municipal, em sessão de 21.2.1890, resolveu denominar a antiga rua do Conde d’Eu de rua Frei Caneca. Antiga Nova do Conde da Cunha (rua) ou Nova do Conde (rua), ou CONDE (rua do). CONDE DE IRAJÁ (rua do) – Em Botafogo. Ver VISCONDE DE ABAETÉ (rua do). CONDE DE LAGES (rua do) – Começa na rua Joaquim Silva e termina na rua da Glória. Aberta em 1878, no bairro da Glória, em terrenos de Alexandre Wagner, na antiga chácara Taylor, situada na rua da Lapa nº 82. Nomenclatura adotada por decisão da Câmara Municipal em sessão realizada em 13.3.1880, em homenagem a Alexandre Vieira de Carvalho – 2º Conde de Lages – camarista do Paço e veador do Conde d’Eu. Recebeu os títulos de barão em 18.10.1829, visconde em 3.2.1866 e conde em 22.9.1874. CONDE DE PORTO ALEGRE (rua do) – Aberta em 1877 no Engenho Novo. Nomenclatura adotada para homenagear a Manuel Marques de Souza, que contribuiu brilhantemente para a vitória brasileira em Monte Caseros, na guerra contra a Argentina e que destituiu Rosas do poder. General que militou com denodo na guerra contra o Paraguai, onde foi vencedor na batalha de Curuzu e na 2º batalha de Tietê. Foi deputado e Ministro da Guerra do Império Brasileiro. CONDE DO BOMFIM (rua do) – Nova denominação adotada em 1871 para a antiga estrada do ANDARAHY PEQUENO, para homenagear a José Luciano Travassos Valdez, oficial do exército português e conde, que se destacou na batalha de Vimeiro e fez parte do estado-maior do general Beresford na luta contra a invasão napoleônica de Portugal. CONSELHEIRO PEREIRA DA SILVA (rua do) – Nova denominação adotada em 1871 para a antiga NOVA DAS LARANJEIRAS (rua) em homenagem a Pereira da Silva, diplomata, historiador do século XIX e conselheiro do Império do Brasil. CONSELHEIRO SARAIVA (rua do) – Começa na rua Primeiro de Março e termina nas ruas da Quitanda e São Bento. Nome adotado a partir de 28.1.1880 por ato da Câmara Municipal, em memória de José Antônio Saraiva, senador, presidente de províncias e ministro do Governo Imperial - antiga BRAGANÇA (rua do) (Ver). CONSELHEIRO TOMAZ COELHO (rua do) – Aberta em 1871 a partir da rua Barão de Mesquita, no Engenho Velho, com a nomenclatura adotada em homenagem ao conselheiro do Império e que foi Ministro da Guerra no período da crise às vésperas da Proclamação da República. Já na República teve o nome alterado para rua de Menezes Vieira. CONSELHEIRO VIEIRA DA SILVA (rua do) - Começa na praça Mauá e termina na avenida Marechal Floriano. Nome adotado a partir de 13.05.1888 por Ato da Câmara Municipal, em homenagem ao Ministro da Marinha do Gabinete João Alfredo. Antiga PRAINHA (rua da) (Ver). Voltou a ser rua da Prainha por ato do Conselho da Intendência Municipal de 21.02.1890. Hoje é a rua do Acre, através do Decreto 472 de 9.02.1904, em memória do Tratado de Petrópolis de 17.03.1903, pelo qual o Brasil incorporou o antigo território e hoje Estado do Acre. CONSTITUIÇÃO (praça da) – Situada entre as ruas de Sete de Setembro, da Constituição, do Visconde de Rio Branco e da Carioca. Campo que foi constituído pelos terrenos pantanosos da chácara de Gonçalo Nunes, em 1690. Foi desmembrado do antigo campo de São Domingos. Somente a partir do governo do vice-rei Luís de Vasconcelos e Souza, quando a obra de sua construção foi executada passou a ser conhecido como o largo do Rossio Grande. Por outro lado, ao ser construída a capela de N. S. da Lampadosa, em virtude da provisão de 5.9.1747, em terras doadas à irmandade, e que foi inaugurada em 7.8.1848, tornou-se conhecido o local em frente à igreja como o campo da Lampadosa. Nos finais do século XVII ali se instalaram os ciganos e então a nova denominação de campo dos Ciganos logo foi adotada. Em 1808 ao ser construído um novo pelourinho ou polé, onde hoje se encontra a estátua de D. Pedro I, passou a ser chamado de campo da Polé. Por portaria de 2.3.1822 da Câmara Municipal, em memória ao juramento da constituição portuguesa feita por D. Pedro I em 26.2.1821, passou oficialmente a denominar-se como praça da Constituição. A partir de 28.01.1892 nova nomenclatura foi adotada de TIRADENTES (praça do), em homenagem ao protomártir da independência, Joaquim José da Silva Xavier. CONSTITUIÇÃO (rua da) – começa na Praça Tiradentes e termina na Praça da República. Aberta durante o vice–reinado do Conde da Cunha (1763-1767), somente em princípios de século XX foi totalmente arruada e regularizada. No século XVIII numerosos bandos de ciganos estacionaram no Campo de Sant’Anna e no antigo Campo da Lampadosa, e suas casas se prolongavam por essa rua, que passou, por essa razão a se chamar rua dos Ciganos. A Portaria do Ministério do Império de 28.06.1865 aprovou o Ato da Câmara Municipal de 8.6.1865 de mudança da nomenclatura para rua da Constituição. Homenagem feita à Constituição Política do Império elaborada em novembro de 1823 e jurada em 25.3.1824 por D. Pedro I. – antiga CIGANOS (rua dos). CONSULADO (beco do) – No bairro da Saúde e desaparecido com a construção do Cais do Porto. Antigo beco do Inferno por ser feio e escuro e depois beco do Consulado, pois na esquina com a rua de São Francisco da Prainha funcionava a repartição controladora de manifestos de importação e exportação, denominada Mesa do Consulado da Corte. COPACABANA (rua da) – Ver PASSAGEM (rua da). CORONEL JULIÃO (travessa do) – Começa na rua do Senador Pompeu e termina na rua do Jogo da Bola, no lado direto da rua do Príncipe. Nome adotado em 1.9.1874 em razão de existir outra de igual nome como travessa da Conceição, em homenagem a Carlos Julião, militar e pintor italiano (Turim 1740 – Rio de Janeiro 1811). Seguiu carreira militar no exército da corte portuguesa, sendo reformado no posto de brigadeiro em 1811. Tendo feito viagens ao Brasil, Índia, China, Macau, reuniu conjunto iconográfico sob o título geral de Notícia sumária ao gentilíssimo da Ásia com dez riscos iluminados ditos de figurinhos de brancos e negros dos usos do Rio de Janeiro e Serro Frio ditos de vasos e tecidos peruvianos. A segunda parte compõe-se de 43 aquarelas coloridas, nas quais são explorados, sobretudo os aspectos sociológicos da então colônia portuguesa e foi publicada na íntegra pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, em 1960. (Grande Enciclopédia Larousse Cultural – ed. 1998 – Vol.14, pág.3375). Ver a antiga CONCEIÇÃO (travessa da). CORREÇÃO (travessa da) – Ver DONA FELICIANA (rua da). COSTA (rua do) – Recebeu o nome de rua do Costa, em razão de ter sido aberta nos terrenos de propriedade de José da Costa Barros, até o ano de 1894, quando foi alterado para rua do GENERAL GOMES CARNEIRO. Logo a seguir retornou ao antigo nome, que permaneceu até 1946, quando foi novamente alterado agora para rua de Alexandre Mackenzie, que começa na avenida do Marechal Floriano e termina na rua de Costa Barros. Foi ele fundador e presidente da Cia de Carris, Luz e Força do Rio de Janeiro Ltda em 1905, posteriormente denominada, Grupo Light. COSTA PEREIRA (rua do) – Nomenclatura adotada em 14.05.1888 em homenagem ao membro do Gabinete João Alfredo, o ministro e conselheiro José Fernandes da Costa Pereira, que sancionou a lei extinguindo a escravidão no Brasil. Ver HOSPÍCIO (rua do). COTOVELO (rua do) – Essa rua foi aberta antes de 1690 e teve várias denominações. Como beco do Cotovelo, por ter um trajeto sinuoso. Depois beco do Açougue Grande, quando ali se instalou um açougue na esquina da rua da Misericórdia. Beco do Padre Vicente, ali morador. Conhecida como rua do Cotovelo, desde 1815. Em sessão da Câmara Municipal de 20.5.1878, recebeu o nome de rua do Bispo Dom Vital, que perdurou até 1882, quando teve o nome restabelecido de rua do Cotovelo. Em 1917 passou a se denominar rua Vieira Fazenda, que desapareceu com os novos arruamentos realizados na urbanização da Esplanada do Castelo. CRUZ E LIMA (travessa do) – Situada entre a rua do Senador Vergueiro e a praia do Flamengo. Foi aberta em 1869 e a nomenclatura adotada em homenagem ao comerciante e fidalgo José Dias Cruz Lima, Guarda Roupa de Sua Majestade Imperial. CURVELLO (rua do) – Logradouro aberto em 1869 ao lado do aqueduto, no morro de Santa Tereza. Posteriormente, rua de Dias de Barros; médico. DESEMBARGADOR ISIDRO (rua do) – Nomenclatura adotada em 1871. Ver antiga FABRICA DAS CHITAS (rua da). DETRÁS DE SÃO FRANCISCO DE PAULA (rua) – Pequeno trecho de rua que ia da travessa de São Francisco de Paula (hoje, rua Ramalho Ortigão) até a Constituição (praça da), hoje praça Tiradentes. Teve durante tempo tal denominação, pois estava nos fundos da Igreja de São Francisco de Paula. Ver SETE DE SETEMBRO (rua de). DETRÁS DO TEATRO (rua) – Ver LUÍS DE CAMÕES (rua do). DIAS DA COSTA (travessa do) – Ver AFLITOS (Beco dos). DIAS DA SILVA (rua) – Aberta em 1875 nos terrenos de Antônio Dias da Silva, daí o nome, na rua de Dona Anna Nery, no Engenho Novo. DIREITA (rua) – A antiga marinha da cidade que ia desde a Misericórdia até São Bento, era no início conhecida como praia de Manuel de Brito (Manuel de Brito Lacerda foi participante da expedição de Estácio de Sá no ano de 1552. Era capitão de infantaria e cavaleiro fidalgo da Casa de El-Rei), por ser ele proprietário do morro que também tinha seu nome e que foi posteriormente denominado morro de São Bento, pois em 1586, essas terras foram doadas aos padres da Ordem de São Bento. Com o tempo formou-se uma via sinuosa, acompanhando a linha da curva da praia, recebendo os nomes de ruas: Direita da Misericórdia para São Bento, Direita do Carmo para São Bento, Direita de N. S. do Bonsucesso para São José, Direita de São José para a Misericórdia. Isso se compreende, pois até 1640 este logradouro abrangia a atual rua da Misericórdia. O termo rua Direita, que durante mais de três séculos foi assim conhecida, significava “rua direta ou caminho direto em direção a um determinado ponto”, conforme tradição vigente na toponímia urbana de Portugal. Com o término da Guerra do Paraguai a Câmara em sessão de 13.05.1870 denominou-a de PRIMEIRO DE MARÇO (rua do), em homenagem à data de encerramento da referida guerra. DOM MANUEL (rua de) – Começa na praça Quinze de Novembro e termina na avenida Erasmo Braga. Primitivo local onde os jesuítas recebiam as mercadorias para o convento, localizado no morro do Castelo, daí o nome inicial de porto dos Padres da Companhia. A partir de 1680 recebeu o nome de praia de Dom Manuel, quando dali partiu o governador Manuel Lobo para a malograda expedição à Colônia do Sacramento. Com os sucessivos aterros nessa área passou de praia para rua do Dom Manuel, nome que conserva até hoje, em homenagem ao governador do Rio de Janeiro, Manuel Lobo, que foi empossado em 23.4.1679 e que em outubro do mesmo ano partiu para a região do rio da Prata com o objetivo de fundar uma colônia portuguesa. O Decreto 685 de 27.06.1899 deu a efêmera denominação de rua do Marechal Carlos Bittencourt. DOM MANUEL (travessa de ou beco de) – Começava na rua Clapp e terminava na rua da Misericórdia. Desaparecida quando da urbanização da Esplanada do Castelo. Nomenclatura adotada em 27.05.1871 por atravessar a rua de Dom Manuel. Ver BOA MORTE (beco da ou travessa da). DOM PEDRO I (praça de) – Denominação oficial adotada em 1867 em homenagem ao primeiro imperador do Brasil. Em 1890 o governo republicano alterou essa nomenclatura para praça do Marechal Deodoro, em homenagem ao militar brasileiro que proclamou a República – ver antigo SÃO CHRISTÓVÃO (campo de). DOM PEDRO II (praça de) – Situada entre as ruas da Misericórdia, de Primeiro de Março, da Assembléia, de São José, início da rua do Mercado e o mar. Em sessão da Câmara Municipal de 15.03.1870 recebeu a denominação de praça Dom Pedro II, em homenagem ao segundo imperador do Brasil. O primeiro Conselho da Intendência Municipal, em 21.02.1890, deu ao logradouro o nome de praça Quinze de Novembro em homenagem à data da Proclamação da República. Ver o antigo PAÇO (largo do). DONA ANNA NERY (rua de) – Em 1880, após o falecimento, foi adotada a nova nomenclatura em homenagem a “Mãe dos Brasileiros” na Guerra do Paraguai, Ana Justino Ferreira Nery, baiana, viúva do capitão de fragata Isidoro Nery, que foi em 1865 para os campos de batalha acompanhando o batalhão dos Voluntários da Pátria de seu irmão Maurício Ferreira e nele instalou vários hospitais de sangue. Combatentes ao seu lado foram seus dois filhos, um dos quais viu morrer na luta. Antiga ENGENHO NOVO (rua do) em quase toda a sua extensão (Ver). DONA CASTORINA (estrada de) – Nomenclatura adotada em1871 em homenagem a Castorina de Oliveira Castro, viúva do fidalgo português Antônio de Oliveira Castro e moradora da chácara dos Macacos. Antiga MACACO (estrada do), na Lagoa. DONA FELICIANA (rua da) – Começa na rua Nabuco de Freitas e termina na avenida Salvador de Sá, no Mangue. Esta rua, aberta na chácara do Visconde de Pirassununga, era primitivamente composta de várias partes: travessa da Correção, para o pequeno trecho que começava em frente à Casa de Correção (inaugurada em 1837), na atual rua Frei Caneca, em continuação até o Mangue, que se chamou rua do Orozimbo e depois rua da Dona Feliciana. Nomenclatura essa adotada a partir de 1.06.1874 por Ato da Câmara Municipal. Foi-lhe incorporada a travessa de S. João, por onde começa, no trecho depois da rua do Aterrado até a antiga travessa Bom Jardim (atual rua Nabuco de Freitas), que depois da construção da fábrica de gás, no local, em 1851, passou a ser conhecida como a travessa do Gás ou rua da Iluminação. Assim, ambas as ruas passaram a ter uma única denominação qual seja, rua da Dona Feliciana. Hoje rua do Carmo Neto, pelo Decreto 1165 de 31.10.1917, em homenagem a Henrique José do Carmo Neto, médico e diretor do hospital de N.S. da Saúde. DONA GUILHERMINA (rua de) – Aberta em 1875 nos terrenos do Sr. Antônio Dias da Silva, na rua de Dona Anna Nery, no Engenho Novo. Nada se pode apurar quem foi essa senhora, provavelmente uma parente do proprietário das terras. DONA HENRIQUETA (rua de) – Aberta em 1877, no bairro de Vila Izabel, na antiga fazenda do Macaco, confrontante com o Engenho Novo. Nada se pode apurar quem foi essa senhora, provavelmente uma parente do proprietário das terras. DONA JANUÁRIA (rua de) – O rio Joana, que corria paralelo ao rio Maracanã, foi retificado em 1811, depois das fabulosas chuvas do ano, formando-se nas suas proximidades o Parque Imperial, logo sacrificado para que o caminho se convertesse em rua, primeiramente denominada de rua Joana e posteriormente em rua do General Canabarro (caudilho farroupilha e general do exercito imperial). A seguir, chamada de Dona Januária, em homenagem a irmã de D. Pedro II, casada com o Duque de Áquila. Em 1867 passou a chamar-se DUQUE DE SAXE (rua do). Ver. DONA JOAQUINA (rua de) – Começa na praia Formosa e termina nas pedreiras de S. Diogo. Aberta em terrenos de propriedade de José Joaquim Ferreira de Lima e Silva, casado com Joaquina Maria da Conceição, em cuja homenagem a Câmara Municipal em 8.6.1865 deu o nome à rua. DONA LUIZA (rua de) – Aberta em 1877, no bairro de Vila Izabel, na antiga fazenda do Macaco, confrontante com o Engenho Novo. Nada se pode apurar quem foi essa senhora, provavelmente uma parente do proprietário das terras. DOUTOR PINHEIRO GUIMARÃES (rua do) – Aberta em 1877 nos terrenos que da rua dos Voluntários da Pátria seguem para os lados da montanha de Copacabana. Assim denominada em homenagem ao médico, escritor e herói na Guerra do Paraguai. DUQUE DE SAXE (rua do) – Recebeu essa denominação em 1867 em homenagem ao esposo da princesa Leopoldina, irmã da princesa Izabel. Ver antiga D. JANUÁRIA (rua de). EDUARDO DE LEMOS (rua do) – Nomenclatura adotada em 1884 para homenagear o recém falecido presidente do Real Gabinete Português de Leitura, Eduardo Rodrigues Cardozo de Lemos (1878/1884). No website da entidade pode-se ler: “No grande Salão de Leitura do ganha destaque uma curiosa estante de madeira e cristal, cujas proporções se fazem notar, e onde está guardado o ”Livro de Ouro”, de homenagem ao presidente Eduardo de Lemos que os portugueses do Brasil preparavam para lhe oferecer por ocasião de seu regresso ao Rio de Janeiro, da viagem em que a morte o surpreendeu em Portugal no dia 14 de outubro de 1884”. Ver BENDITINOS (rua dos). ENGENHO NOVO (rua do) – Começava no largo do Pedregulho e ia até a estação do Riachuelo. Assim chamado por nessa região ter sido construído um engenho de açúcar, quando há poucos quilômetros ao sul já existia um outro em funcionamento. Era uma das mais extensas ruas da zona norte. Passou a denominar-se DONA ANNA NERY (rua de), após o falecimento em 1880 da “Mãe dos Brasileiros”. ENGENHO VELHO (rua do) – Em cuja região foram construídos dois engenhos de açúcar; o primeiro passou a denominar-se engenho velho e o segundo, localizado alguns quilômetros mais ao norte, de engenho novo. Ao lado do “velho” foi erguida uma pequena igreja em 1583, que é a de São Francisco de Assis. Assim, um bairro de chácaras nasceu em torno da igrejinha que adotou o nome de Engenho Velho e cuja rua principal também tomou o mesmo nome. A igreja foi reformada algumas vezes, entre as quais uma vez depois da Guerra do Paraguai, por iniciativa do Duque de Caxias (ele morava perto, na rua do Conde de Bomfim 10), com o dinheiro que as pessoas do lugar haviam recolhido para homenageá-lo no seu regresso dos campos de batalha. Em 1869 passou a se chamar rua do HADDOCK LOBO (Ver). ESCRIVÃES (rua dos) - Assim conhecida, no trecho entre o largo de São Domingos (absorvido pela avenida do Presidente Vargas) e a praça da República, por ali ter sido o local preferido dos cartórios de tabeliães. Em grande parte esse logradouro era conhecido como SABÃO (rua do) ou SABÃO DA CIDADE VELHA (rua do). Em 18.03.1870 passou a denominar-se GENERAL CÂMARA (rua do) (Ver). ESPÍRITO SANTO (rua do) – Recebeu essa denominação em 1801. O Decreto 309 de Julho de 1896 alterou-lhe o nome para rua de Luis Gama. A revisão de nomenclaturas dos logradouros públicos de 1917 restabeleceu o antigo nome de rua do Espírito Santo. Finalmente, o Decreto 16599, de 6.9.1921 alterou a denominação para rua Pedro Primeiro, que começa na Praça Tiradentes e termina 18 metros depois da rua do Senado. ESTÁCIO DE SÁ (rua de) – Nomenclatura adotada a partir de 1866/1867 em homenagem ao fundador da cidade do Rio de Janeiro. Ver antiga MATAPORCOS (rua de) e hoje parte da rua do FREI CANECA. ESTRELLA (rua do) – Nomenclatura adotada em 1867 para a antiga CATUMBY (travessa do). Em homenagem ao Barão da Estrella, fundador da Caixa de Socorros D. Pedro V, o negociante português J. Maia Monteiro, morador em uma chácara na referida rua. EVARISTO DA VEIGA (rua do) – Recebeu essa denominação em 17.12.1870 por ato da Câmara Municipal em homenagem a Evaristo Ferreira da Veiga, livreiro, jornalista e redator do jornal a Aurora Fluminense (1827 a 1835). Foi ele deputado por Minas Gerais, participou da campanha política que iria redundar na abdicação de D. Pedro I e é o autor da letra do Hino da Independência. Ver antiga BARBONOS (rua dos). FABRICA DE CHITAS (rua da) – Nas terras de Maria Bebiana, do lado impar da atual Conde de Bomfim, até se encontrarem com a chácara dos Trapicheiros, foi aberta a rua que posteriormente, no ano de 1871, veio a se chamar DESEMBARGADOR ISIDRO (rua do) em homenagem ao jurista Isidro Borges Monteiro. FABRICA DE CHITAS (largo da) – Lugar onde estava localizada a antiga fábrica de tecidos instalada por José Joaquim da Silva em 1820 e que faliu 20 anos depois. Hoje Sáenz Peña (Praça de) em homenagem ao presidente argentino (1822-1907). FEIRA (rua da) – Era um caminho, no período do Brasil-Colônia, que levava às feiras de São Cristóvão e as de bois e cavalos do Realengo. Mesmo após a Independência continuou a ser chamada de rua da Feira. Em 1874 passou a ser denominada de FIGUEIRA DE MELLO (rua do Coronel). (Ver). FERREIRA (rua do) – Antiga VELHA DE SÃO DIOGO (rua de) e que depois a ela se uniu a rua de SÃO JOÃO, no Aterrado. Nomenclatura adotada a partir de 1866/1867, em homenagem ao comerciante José Joaquim Ferreira que nela residia. Em 1874 passou a se chamar JOÃO CAETANO (rua de) (Ver). FERREIRA VIANNA (rua do) – Rua que se abriu na rua do Catete, em 1873, entre as ruas do Príncipe e da Princesa, em homenagem a Antonio Ferreira Vianna, conselheiro e presidente da Câmara Municipal. FERREIRA VIANNA (Praça) – 14.05.1888 - ver AJUDA (largo da). FIGUEIRA DE MELLO (rua do Coronel) – Em 1874 passou a denominar-se Coronel Figueira de Melo, em homenagem ao comandante do 26º Batalhão de Voluntários da Pátria, morto involuntariamente por um de seus soldados na Guerra do Paraguai. Ver antiga FEIRA (rua da), em São Cristóvão. FISCO (beco do) – Ficava situado no local da atual praça Olavo Bilac, ligando a rua do Rosário à rua Buenos Aires. A nomenclatura assim foi adotada porque num dos prédios da esquina com a rua Buenos Aires funcionou a repartição arrecadadora dos rendimentos do antigo Senado da Câmara. Desaparecido em 1910, surgindo em seu lugar uma pequena praça onde foi instalado o Mercado das Flores. FLAMENGO (praia do) - O Governador da Província do Rio de Janeiro, Antônio Salema (1575-1577), em 1576, tentou instalar um engenho real, movido à água, na lagoa de Sacopiraña (atual região do largo do Machado). Embora este engenho jamais tenha funcionado o governador mandou construir uma ponte, conhecida como a ponte do Salema, onde hoje é a praça José de Alencar, ligando o bairro do Catete com a praia do Sapateiro, atual praia do Flamengo. Esta ponte atravessava o rio Carioca que por ali passava em direção ao Flamengo. Por muito tempo era necessário pagar pedágio para se passar pelo local. Nesta época morava na praia do Sapateiro um holandês, prisioneiro da cidade, dando origem ao nome do bairro, do Flamengo. Há outras versões para o atual nome Flamengo: a primeira remonta à época das invasões holandesas. Consta que prisioneiros holandeses de Pernambuco eram transferidos para esta praia. Os holandeses também eram conhecidos por flamengos e, a partir daí, os habitantes desta região acostumaram-se a indicar o local como praia do Flamengo. A outra versão baseia-se no fato de que eram vistos na praia bandos de pássaros vermelhos, pernaltas, conhecidos por flamingos ou flamengos. FOGO (rua do) – Nome adotado, por todo o século XVIII e metade do XIX, por ter sido aberta na chácara do Fogo, onde se fabricava fogos de artifícios. Anteriormente, por volta de 1711, chamou-se rua da Pedreira da Aljube, em razão de seu prolongamento em direção da ladeira da Conceição (ou rua da Pedreira), onde ser erguia o Aljube (cárcere dos eclesiásticos). Passou a denominar-se rua dos Andradas a partir de 20.02.1866 por decisão da Câmara Municipal, em memória dos irmãos Andradas. Ver ANDRADAS (rua dos). FORCA (caminho da) – Era a denominação adotada para o trecho entre a rua Uruguaiana e o antigo largo do Capim, onde se erguia o patíbulo desde 1753. Ver SÃO PEDRO (rua de). FORMIGA (beco da) – 1874 – Começa na rua Visconde Abaeté e finaliza na rua da Real Grandeza, em Botafogo. FORMOSA (rua) – Começava na antiga rua dos Cajueiros, junto à pedreira de Sant’Anna e terminava na rua do Senado. Desconhece-se a razão de tal denominação. O trecho entre a rua do General Pedra (antiga rua de São Diogo) até a rua do Areal (atual Moncorvo Filho) foi o primeiro aberto nos terrenos das chácaras de Antônio da Rocha Machado e do Conde dos Arcos. O segundo trecho até a rua Frei Caneca foi aberto nas terras desmembradas da chácara de Manuel Antônio Claro. O terceiro trecho, denominado beco da Caçoada, foi aberto em 1817, através dos terrenos possuídos pelos herdeiros de Pedro Dias Paes Leme. Inicialmente conhecida como rua Nova. E por último foi aberto o trecho que vai da rua General Pedra até a rua dos Cajueiros, em terrenos da chácara do desembargador Duque Estrada. Em 1873 passou a denominar-se GENERAL CALDWELL (rua do) (Ver). GAMBOA (praça da) – Ver SANTO CHRISTO (praça do) GAMBOA (rua da) – Começa na rua do Conselheiro Zacarias e termina na rua do Santo Cristo. Foi aberta na praia do mesmo nome, e que posteriormente foi denominada praia do Lazareto. No início o mar atingia esse logradouro que era chamado de praia da Gamboa e praia do Chichorro ou da Chichorra, por nela haver residido o conselheiro Antonio Pinto Chichorro. Com o recuo do mar e sucessivos aterros, passou a ser uma rua, recebendo o nome de rua da Gamboa, por causa da praia de mesmo nome, onde os pescadores faziam as gamboas ou aceiros para apanhar os peixes. Por determinação da Câmara Municipal, em sessão de 15.6.1868, a rua do Lazareto e a praia da Gamboa foram unida em uma só via com o nome de rua da Gamboa. GENERAL CADWELL (rua do) – Começa na rua do General Pedra e termina na rua do Senado e na avenida Mem de Sá. Nomenclatura adotada em 15.3.1873 por ato da Câmara Municipal para homenagear a João Frederico Caldwell (1801-1873), tenente-general do exercito brasileiro que foi o emissário enviado ao comandante paraguaio Estigarribia na rendição de Uruguaiana e foi também Ministro da Guerra interino do Governo Imperial, entre setembro e novembro de 1870. Antiga FORMOSA (rua). GENERAL CÂMARA (rua do) – Começava na rua do Visconde de Itaboraí e terminava na praça da República. Foi incorporada à avenida do Presidente Vargas (10.11.1943). Recebeu tal denominação em sessão da Câmara Municipal, na sessão de 18.3.1870, em homenagem a José Antônio Correia da Câmara, 2º Visconde de Pelotas, visconde com grandeza (1870), marechal do exército brasileiro, que comandou e venceu a batalha de Aquidabã, terminando assim a Guerra do Paraguai em 1.03.1870. Foi senador e ministro da guerra (1880) – Ver antiga SABÃO (rua do). GENERAL GOMES CARNEIRO (rua do) – Denominação adotada em1894 para essa rua do centro da cidade em homenagem ao comandante da armada de Floriano Peixoto, na revolta de 1893, cuja denominação teve duração efêmera. Ver COSTA (rua do) GENERAL GURJÃO (rua do) – Nomenclatura adotada em 1874 para a antiga SANTO AMARO DO CAJÚ (rua de), principiando na praia do Caju e terminando na rua do General Sampaio, em São Cristóvão. Em homenagem a Hilário Maximiliano Antunes, militar brasileiro que participou da Guerra do Paraguai, em Passagem de Humaitá no rio Paraguai, e que comandando a artilharia no ataque ao Forte de Itororó, morreu em combate em 1869. GENERAL PEDRA (rua do) – Começa na praça do Duque de Caxias e termina na rua de Pedro Rodrigues. Em sessão de 28.01.1870 da Câmara Municipal recebeu a denominação de rua do General Pedra em homenagem a Herculano da Silva Pedra (1817-1879), militar brasileiro que galgou todos os postos da hierarquia militar até atingir o de General de Brigada. Participou do combate de Tonelero e na batalha de Monte Caseros em 1851 contra a Argentina. Atuou também na Guerra do Paraguai, onde praticou atos de bravura em diversas batalhas até comandar a tomada de Perubepui, em julho de 1869. Depois da guerra foi nomeado comandante de armas no Pará (1870-1871), posteriormente transferido para a Bahia (1872-1874) e para o Rio Grande do Sul (1873-1878). Ver antiga SÃO DIOGO (rua de) e NOVA DE SÃO DIOGO (rua), no Mangue. GENERAL POLYDORO (rua do) – Denominação adotada em 1869, em homenagem a Polydoro da Fonseca Quintanilha Jordão, Visconde de Santa Tereza, general do exercito brasileiro, participante da Guerra do Paraguai e comandante da Escola de Guerra e Ministro do Império. Ver antiga BERQUÓ (rua do) (Ver). GENERAL SAMPAIO (rua do) – Desmembrada da rua de Santo Amaro do Caju (depois General Gurjão), desde o nº 2 ao 32, principia na rua do General Gurjão e finaliza na Quinta do Caju, em São Cristóvão. Nomenclatura adotada em 1877 para homenagear o herói da Guerra do Paraguai, Antônio de Sampaio, militar brasileiro que lutou na Guerra dos Farroupilhas (1835-1845), combateu em Monte Caseros (1852) contra as forças do tirano argentino Rosas e na tomada de Paissandu (1884) no Uruguai. Elevado ao generalato, chefiou uma divisão de infantaria que assistiu a rendição do comandante paraguaio Estigarribia, em Uruguaiana. Em 1866 seguiu para o Paraguai no comando de uma força expedicionária e, no dia 24 de maio, foi mortalmente ferido na Batalha de Tuiuti. Em 1962 foi proclamado patrono da infantaria do exército brasileiro. GONÇALVES DIAS (rua de) – Começa no largo da Carioca e termina na rua do Rosário. Nomenclatura adotada a partir de 9.02.1865 por Ato da Câmara Municipal em homenagem ao poeta Antônio Gonçalves Dias após sua morte no naufrágio do brigue Ville de Boulogne, em 3.11.1864. Ver antiga LATROEIROS (rua dos). GUARDA MÓR (rua do) – Nomenclatura adotada, em 1868, para o antigo RIO (beco do). GUARDA VELHA (rua da) - Começa na praça Floriano e termina no largo da Carioca. Antigo caminho dos tempos coloniais, aberto na margem da lagoa de Santo Antônio, a qual aterrada, deu maior movimentação à rua que veio a receber o nome de rua do Bobadella, em homenagem ao governador, Conde de Bobadella - Gomes Freire de Andrade. Devido aos conflitos que se davam entre os carregadores de água do Chafariz da Carioca, instituiu esse governador um corpo de guarda para manter a ordem. Foi esse posto militar, situado no início da rua onde hoje existe o edifício Avenida Central, que deu nome de rua da Guarda Velha. Em Sessão da Câmara de 14.05.1888 o nome dessa rua foi mudado para rua TREZE DE MAIO (rua do) (Ver). HADDOCK LOBO (rua do) – Denominação adotada em 1869, após a morte do homenageado, o médico, vereador e homem de muitos empreendimentos úteis à cidade do Rio de Janeiro no século XIX (introdutor do calçamento de paralelepípedos), Roberto Jorge Haddock Lobo. Nome que foi preservado ao dias de hoje. Ver antiga ENGENHO VELHO (rua do). HARMONIA (rua da) – Antes de 1750 era um simples caminho chamado Gamboa, que se dirigia à praia do mesmo nome. Depois passou a ser conhecida como rua do Cemitério por te ali existido um cemitério de escravos vindos da costa da África. Em 1853 recebeu a denominação de rua da Harmonia, que manteve até 1946, quando passou a se chamar rua de Pedro Ernesto. HONORINA (rua) – Aberta em1875 nos terrenos de Antônio Dias da Silva, na rua de Dona Anna Nery, no Engenho Novo. Nada se pode apurar quem teria sido essa senhora, provavelmente uma parente do proprietário das terras HOSPÍCIO (rua do) – Começa na rua Primeiro de Março e termina na praça da República. Foi provavelmente aberta por volta de 1624, quando Francisco Dias Alves vendeu seis braças de chão pela travessa de Antônio Martins Palma (atual rua da Candelária) e que tomou a denominação de rua Nova. Grande trecho foi nivelado e alinhado em direção da vala e do campo da cidade, por isso vários trechos tomaram diversos nomes: rua da Portuguesa e rua de Margarida Soares, ali proprietária residente. O trecho, próximo da vala, foi conhecido também, em 1681, como rua de Sebastião Ferrão, que era o tabelião Sebastião Ferrão Ferreira, figura do romance histórico de José de Alencar – o Garatuja. Conforme a antiga escritura de venda, em 1674, teve o nome de rua do Teixeira. Mais tarde adotou o nome de rua do Padre Matoso, porque o avô do Padre Luís de Freitas Matoso ali foi proprietário em um trecho, além da vala, que terminava na antiga rua do Hospício. Em documento de 1715 aparece com o nome de rua do Becão, que ia da vala ao campo de S. Domingos, em alusão a Antônio Becão, cirurgião do Hospital da Santa Casa. Esse trecho mais tarde recebeu a denominação de rua do Alecrim ou rua da Vala do Alecrim e ainda rua do Padre Manuel Ribeiro, seu residente. Outro nome adotado foi o de rua do Jogo da Bola de Bento Esteves. No meado do século XVII, João Machado Pereira, possuidor de grande área limitada pelas ruas do Rosário, dos Ourives (atual Miguel Couto) e da Portuguesa (atual Buenos Aires) vendeu-a aos padres italianos capuchos (atuais barbadinhos), que ali construíram uma pequena ermida (1725); logo a seguir construíram também um mosteiro ou hospício, como então se dizia, para suas residências e albergue dos peregrinos. Veio então a rua que passava por detrás do hospício e chamada de rua da Portuguesa a se chamar de rua de Detrás do Hospício e depois, simplesmente, de rua do Hospício, a partir de 1850. A Câmara Municipal, por determinação de 14.05.1888, mudou-lhe o nome para COSTA PEREIRA (rua do) (Ver). Por um abaixo assinado dirigido à Intendência Municipal, em 1890, foi em sessão de 28.01.1892, restaurada a antiga denominação de rua do Hospício. A última alteração ocorrida de sua nomenclatura e que permanece aos dias de hoje, foi a de rua de Buenos Aires, determinada pelo Decreto 1044 de 13.11.1915, em homenagem à capital da República Argentina. HUMAITÁ (rua de) – Na antiga S. CLEMENTE (rua de), para o trecho entre o largo dos Leões e a lagoa Rodrigo de Freitas foi, em 1860, o nome alterado para homenagear a Passagem de Humaitá pela esquadra brasileira em uma da mais duras batalhas da Guerra do Paraguai. IMPERATRIZ (rua da) – Antiga VALONGO (rua do) (Ver), cuja denominação era usada desde 1760 e não estava totalmente aberta. Em 1758 foi construído seu prolongamento através das chácaras de Manuel Campos Dias e Manuel Cansado Viana. O nome originou-se de um dos arrabaldes da cidade do Porto. Ali no Valongo, estabeleceu-se o vice-rei Marques do Lavradio em 1779. Com a chegada da Imperatriz, Tereza Christina, esposa de D. Pedro II, em 3.09.1843, desembarcando no cais da Prainha, e passando pela antiga rua do Valongo, daí em diante essa rua passou a ser chamada rua da Imperatriz. Em 21.02.1890 teve a denominação alterada, pelo novo governo republicano, para rua do Camerino, em homenagem a Francisco Camerino de Azevedo, cognominado de “Voluntário Paisano”, nascido no Sergipe e comerciante radicado na Bahia, que se alistou em 1865, como voluntário de um corpo militar. Lutou e tombou com bravura na Guerra do Paraguai, na batalha de Curupaiti. Em 1903, esta rua terminava no antigo largo de São Domingos. Quando a avenida Passos foi aberta, com o prolongamento da antiga rua do Sacramento, o trecho da rua Camerino, entre o largo de São Domingos e a rua Marechal Floriano, foi absorvido por aquela obra e foi alargada desde seu novo início, na rua Marechal Floriano até a praça Mauá. INVÁLIDOS (rua dos) – Começa na praça da República e termina na rua do Riachuelo. Foi aberta em 1791 pelo vice-rei Conde de Rezende, através dos terrenos pantanosos da chácara do guarda-mor Pedro Dias Paes Leme e recebeu o nome de rua Nova de São Lourenço, por existir um oratório desse santo em uma das esquinas com o campo de Sant’Anna. Chamada de Nova para distinguí-la da antiga rua de São Lourenço (atual Visconde da Gávea). Com a construção em 1794 de um prédio – Casa dos Inválidos – para servir de asilo aos soldados reformados ou inválidos surgiu a nova denominação de rua dos Inválidos para esse logradouro, que permaneceu até 14.05.1888, quando a Câmara Municipal mudou-lhe o nome para rua do Thomas Coelho, em memórias do conselheiro Thomas José Coelho de Almeida, ministro da guerra do Gabinete João Alfredo. Por Portaria de 21.2.1890, voltou ao antigo nome de rua dos Inválidos. O Decreto 685 de 27.06.1899, alterou-lhe o nome novamente para rua do Dr. Menezes Vieira, médico e professor Joaquim José de Menezes Vieira, proprietário de um educandário secundário na referida rua. Finalmente, a antiga e tradicional denominação de rua dos Inválidos foi restabelecida pelo Decreto 1165 de 31.10.1917. ITAPIRU (estrada do) – Ver a antiga CATUMBY (Estrada do). IZABEL, A REDENTORA (largo de) – Em sessão da Câmara Municipal de 14.05.1888 esse nome foi adotado em homenagem à Princesa Izabel, filha de D. Pedro II, que libertou os escravos no Brasil em 13.5.1888. Por ato de 21.2.1890 a mesma Câmara Municipal restabeleceu o antigo nome de LAPA (largo da) (Ver). JARDIM BOTÂNICO (estrada ou rua do) – Denominação adotada em 1871 para o trecho desde a ponte das Taboas até o largo das Três Vendas (depois largo de N.S. da Conceição, largo do Ferreira Vianna e finalmente praça Santos Dumont). Estendia-se pelas fraldas do Corcovado até a desembocadura do rio Cabeça para afastar-se o mais possível das margens alagadiças da lagoa e que, por volta de 1860, era conhecida como rua de Oliveira, já que nela morava a viúva Francisca de Oliveira, proprietária de uma venda na mesma estrada. JARDIM BOTÂNICO (largo do) – Denominação adotada em 1871 para a praça que se abriu em frente ao portão do mesmo jardim. JOÃO ALVARES (rua do) – Situada na Gamboa, recebeu esse nome através do ato da Câmara Municipal em sessão de 1.9.1874, para homenagear a João Álvares Carneiro, médico do Hospital da Misericórdia, foi um dos fundadores e presidente da Academia Imperial de Medicina. Ver o antigo SUSPIRO (beco do). JOÃO CAETANO (rua de) – Nomenclatura adotada a partir de 1874 em homenagem ao famoso ator de teatro da época João Caetano dos Santos (1808-1863) após sua morte. Antiga rua VELHA DE SÃO DIOGO (Ver). JOCKEY CLUB (rua do) – Denominação adotada em 1870 para as antigas travessas de SÃO FRANCISCO XAVIER e de Bemfica. O Jockey Club atual, sucessor do fracassado Jockey Club Fluminense, nasceu em 1868, na casa do Conde Herberg, genro do Major Suckow, na rua que logo se abriria com o nome do sogro, e suas primeiras corridas foram em maio de 1869, no mesmo Prado Fluminense, tudo em terrenos da família, entre as estações de São Francisco Xavier e a da Tiragem, ao longo da rua Licínio Cardoso (o grande homeopata) então chamada de rua do Dom Felipe e ou também de rua do João Damásio e depois de rua do Jockey Club. JOAQUIM NABUCO (rua do) – Na Lapa, nos meados do século XVII, chamou-se esse caminho de Ilharga da Ajuda e no vice-reinado de Luís de Vasconcellos (1775-1790), o qual mandou aterrar a lagoa do Boqueirão e construiu o Passeio Público, obra do mestre Valentim, começou a ser conhecido como caminho para o Passeio Público ou caminho do Boqueirão. O Passeio Público foi inaugurado em 1783. A denominação simplificada de rua do Passeio Público manteve-se até 14.05.1888, quando a Câmara Municipal alterou-lhe o nome para rua Joaquim Nabuco, em homenagem a Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, diplomata e político brasileiro, que foi deputado e um dos próceres da abolição da escravatura no Brasil. Monarquista, afastou-se da política após instauração da República. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Por deliberação da Intendência Municipal, de 21.1.1892, voltou a denominar-se rua do Passeio, agora de forma mais simplificada ainda. Em 21.08. 1908, o Decreto 759 restaurou-lhe o nome de rua de Joaquim Nabuco e, finalmente, através do Decreto 1165 de 31.10.1917, que aprovou a nomenclatura dos logradouros públicos no Rio de Janeiro, ficou restabelecida de modo definitivo a denominação de rua do Passeio. LAGOA (estrada da) – Denominação adotada em 1871 para o trecho desde a rua Humaitá até a ponte das Taboas. LAMPADOSA (rua da) – Ver LUÍS DE CAMÕES (rua do). LAPA (largo da) – Situado no fim da rua do Passeio, entre as ruas Teixeira de Freitas, da Lapa, de Teotônio Regadas, do Visconde de Maranguape e avenida Mem de Sá. Pela provisão de 2.2.1751 construi-se um seminário e uma pequena capela em evocação a N. S. da Lapa do Desterro, nas terras doadas pelo capitão Antonio Rabelo Pereira, localizadas próximo da chácara das Mangueiras e do morro do Desterro, hoje de Santa Tereza. Os seminaristas em razão do tipo de vestes que usavam (vestiam uma sotaina preta e capinha da mesma cor, assemelhando-se a formigas grandes) eram conhecidos pela alcunha de “formigões”, daí originando-se o nome de campo dos Formigões. O seminário foi extinto por ordem régia e doado, pelo Decreto de 15.10.1810, aos frades carmelitas. A partir de então passou a denominar-se campo dos Frades. A seguir e durante todo o período Imperial ficou conhecido como o largo da Lapa. Em sessão da Câmara Municipal de 14.5.1888 teve o nome alterado para o largo Dona Isabel, a Redentora, porém o nome não vingou, sendo restabelecido o nome tradicional em 21.2.1890. LARANJEIRAS (rua das) – No mapa militar da cidade de 1858 esta rua aparece acompanhando o curso do rio Carioca (também conhecido como rio das Caboclas) até a rua Guanabara, onde dela se afasta para desaguar na praia exatamente onde acabava de ser aberta a rua do Barão do Flamengo. Ao longo desta rua surgiu diversas chácaras, no começo, rústicas e destinadas a abastecer a cidade, com verduras e laranjas, e mais tarde aristocráticas para as moradias de fidalgos e os comerciantes ricos. LATROEIROS (rua dos) – Assim denominada antes de 1750 por abrigar por mais de um século a maioria dos primeiros e famosos artesãos em trabalhos de fundição em latão e cobre. Em 1865 foi adotada a nomenclatura de GONÇALVES DIAS (rua de) (Ver). LAVRADIO (rua do) – Começa na rua do Visconde do Rio Branco e termina na rua Riachuelo. Aberta no correr do ano de 1755 e mandada nivelar, em 1777, o caminho através das terras do brigadeiro Matias Coelho de Souza e das terras do mestre de campo e guarda-mor Pedro Dias Paes Leme, pelo vice-rei Marquês do Lavradio, que ali morou, daí a nomenclatura adotada, em homenagem a Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão Eça e Melo Silva e Mascarenhas, 2º Marquês do Lavradio e 4º Conde de Avintes, 3º Vice-Rei do Brasil. LEOPOLDINA (rua) – Começa na praça Tiradentes e termina na travessa das Belas Artes. Esta rua foi aberta em 1839, comunicando a antiga Academia das Belas Artes com a antiga rua da Lampadosa (hoje Luís de Camões), com o nome de rua da Bárbara de Alvarenga, homenageando a esposa do coronel Ignácio José de Alvarenga, um dos inconfidentes mineiro, deportado para Ambaca, África, por toda a vida. Entretanto, o nome fora impróprio, pois na verdade, chamava-se Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, nunca usando o nome de Bárbara de Alvarenga. Assim, para corrigir o erro, em 16.10.1846 recebeu o nome de rua Leopoldina, em homenagem à Imperatriz Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro I. Somente em 9.01.1872 foi prolongada até a praça Tiradentes. Em 6.09.1921, através do Decreto 1599, passou a denominar-se rua da Imperatriz Leopoldina. LUÍS DE CAMÕES (rua do) - Começa no largo de São Francisco de Paula e termina na rua do Regente Feijó. Com a edificação da capela em evocação de N. S. da Lampadosa, cuja confraria de pretos obtivera licença em 20.11.1747 para levantar o seu santuário no terreno doado por Pedro Coelho, surgiu esse logradouro, com o nome de rua da Lampadosa. O nome de rua Detrás do Teatro surgiu posteriormente em razão de estar situada nas proximidades do antigo Teatro São Luís. Em 1880 por deliberação da Câmara Municipal passou a denominar-se rua de Luís de Camões, em homenagem ao famoso escritor português. MACACO (estrada do), na Lagoa – ver DONA CASTORINA (rua da). MACHADO (largo do) – Localizado metade no Catete, metade nas Laranjeiras, outrora Campo das Pitangueiras e das Laranjeiras, mais tarde denominado de largo do Machado, porque havia um enorme machado de pau, no primeiro açougue nele instalado. Em 1843 recebeu a denominação efêmera de largo da Glória em razão de nele existir a igreja de N. S. da Glória. Foi chamado também de praça do Duque de Caxias. O Almanaque Laemmert informa que essa denominação fora adotada mo ano de 1869, em razão da vitória brasileira na Guerra do Paraguai, na qual Caxias fora o comandante-em-chefe das forças aliadas. O livro de Brasil Gerson, à página 267 de seu livro “História das Ruas do Rio” informa que essa denominação foi adotada em 1880 logo após a morte do general vitorioso. Mas de novo e sempre largo do Machado nos dias de ontem e nos dias de hoje. MAJOR FONSECA (rua do) – Denominação adotada em 1877 em homenagem ao irmão do Marechal Deodoro, combatente da Guerra do Paraguai. Posteriormente denominada rua do Marechal Taumaturgo de Azevedo. Ver antiga SANTA MARIA (rua da), em São Cristóvão. MANGUEIRAS (rua das) – Situada na Lapa, foi aberta cruzando as terras da Chácara das Mangueiras, que pertencera ao governador e capitão-general Gomes Freire de Andrade e fora dada por ele em testamento às freiras de Santa Tereza. Ver VISCONDE DE MARANGUAPE (rua do). MARCÍLIO DIAS (rua do) – Começa na rua Visconde da Gávea e termina na praça Cristiano Otoni. Denominação adotada, em 1873, em homenagem ao marinheiro de 1ª Classe, herói da Guerra do Paraguai, que na batalha do Riachuelo morreu a bordo da corveta Parnaíba, sustentando uma luta, braço a braço, contra quatro paraguaios, conseguindo abater dois deles e sendo mortalmente ferido por outro. Foi sepultado nas águas do rio Paraná às dez horas do dia 13 de Junho de 1865. Ver QUARTÉIS (rua dos). MARECHAL ITAPAGIPE (rua do) – Denominação adotada em 1871 para o seguimento da rua da BELLA-VISTA até se encontrar com a Rua do Haddock Lobo. – ver BARÃO DO ITAPAGIPE (rua do). MARIANO PROCÓPIO (rua de) – Aberta em 1874, no Morro do Pinto (Nhéco), e que começa na rua Farnese e termina na rua Mont’Alverne. Assim foi denominada para homenagear a Mariano Procópio Ferreira Lage, deputado provincial por Minas Gerais e fundador da escola agrícola de Juiz de Fora. Organizador e presidente da Companhia União Industria, que ligou Inhomirim (atual Raiz da Serra) a Juiz de Fora. Foi também diretor a E. F. Central do Brasil. MARQUES DE CARVALHO (travessa do) – Aberta em 1872 na rua de Santa Luzia. Nada foi encontrado sobre quem seria essa pessoa. MARQUEZ DE ABRANTES (rua do) – Nova nomenclatura adotada, a partir de 1867, para o antigo caminho Novo do Botafogo, em homenagem a Miguel Calmon du Pin e Almeida, estadista brasileiro, que foi ministro de várias pastas no tempo do império, falecido no ano de 1865. MARQUEZ DE OLINDA (rua do) – Antiga OLINDA (rua do), em Botafogo, que foi aberta pelo conselheiro José Bernardo de Figueiredo, presidente do Tribunal Superior da Justiça, através de sua chácara praieira, com o ponto de partida ao lado do seu solar e o do Marquês de Olinda (seu genro), junto ao mar. Hoje, rua Márquez de Olinda, denominação adotada em 1870 em homenagem a Pedro de Araújo Lima, estadista brasileiro várias vezes ministro do governo imperial e quatro vezes presidente do Conselho de Ministro do Império. MARQUEZ DO HERVAL (praça do) – Aberta em Todos os Santos, Freguesia do Engenho Novo, no ano de 1877 e assim denominada em homenagem a Manuel Luís Osório, que se distinguiu em todas as lutas travadas durante o Império, desde a campanha da independência até tornar-se herói da Guerra do Paraguai, vencedor que foi das batalhas de Estero-Bellaco e Tuiuti. Político brasileiro que foi senador do Império. MARQUEZ DO PARANÁ (rua do) – Aberta em 1877 nos terrenos da chácara do titular. Vai da rua do Marquês de Abrantes, em frente à rua do Paissandu até a rua do Senador Vergueiro, Freguesia da Glória. Em homenagem a Honório Hermeto Carneiro Leão, político brasileiro, Ministro Justiça do Império em 1842, presidiu a Província do Rio de Janeiro e a de Pernambuco. MARRECAS (rua das) - Inicialmente era denominada de rua das Belas Noites ou rua das Boas Noites, porque, principalmente nas noites de luar, “donas e donzelas acompanhadas pelos maridos e irmãos iam para o Passeio Público fazer patuscadas”. Construída uma nova fonte e inaugurada em 31.07.1785, passou a receber pelo povo o nome de Chafariz das Marrecas, porque a água jorrava do bico de cinco marrequinhas de bronze. Assim, logo depois, o nome foi mudado para rua das Marrecas. Por Decreto de 14.03.1888, em sessão da Câmara Municipal, foi alterada a denominação para rua de ANDRÉ REBOUÇAS. Por deliberação municipal de 8.10.1889 teve o nome outra vez alterado, desta vez para rua do BARÃO DE LADÁRIO, último ministro da Marinha do período imperial. Por ato da Intendência Municipal de 22.1.1890 foi restabelecido o nome de rua das Marrecas. Em 1892 retornou ao nome de Barão do Ladário. O Decreto 1165 de 31.10.1917 restabeleceu o nome de rua das Marrecas, até que por Decreto 9270 de 6.07.1948, lhe foi dado o nome de rua Juan Pablo Duarte, em homenagem ao fundador da República Dominicana, proclamador de sua independência em 27.2.1844. Finalmente, foi restabelecido o nome tradicional de rua das Marrecas, pela lei 575, de 13.08.1964, oriunda da Mensagem 8/63 do Governador Carlos Lacerda. MARUHY (travessa do) – Situada no bairro de São Cristóvão, em 1877 passou a chamar-se rua do CAPITÃO FELIX. Posteriormente foi adotado o nome de rua do Senador Alencar, que se conserva até os dias hoje (não foi possível apurar a data dessa alteração), em homenagem ao senador liberal, pai do grande romancista José de Alencar, residente em uma chácara no local. MATACAVALLOS (rua de) – Antes de 1573 já existia uma via de acesso para os engenhos dos jesuítas, que saindo dos arcos velhos, contornava o morro do Desterro e atingia a lagoa da Sentinela, no ponto chamado bica dos Marinheiros. No final do século XVII, havia do lado esquerdo deste caminho uma grande propriedade denominada chácara da Bica, que veio a dar o nome caminho da Bica que ia para São Cristóvão ou simplesmente caminho da Bica. Daí também ser chamada de caminho para o Engenho Pequeno dos Jesuítas, caminho para a Lagoa da Sentinela e caminho que vai para São Cristóvão. Como existiam muitos atoleiros dificultando a passagem dos animais nessa direção e os fatigava de tal modo que muito deles morriam atolados, surgiu assim a denominação de estrada de Matacavalos. A partir de 24.10.1848 passou a se chamar de rua de Matacavalos. Na sessão a Câmara Municipal de 4.07.1865 foi proposta e a aprovação se deu em 15.07.1865 da nova denominação de rua do RIACHUELO (ver). MATAPORCOS (rua de) – Toda a área era denominada “Mataporcos”, por sempre estar infestada dos porcos das vizinhanças que nela se refugiavam. Antigo caminho, que quase beirando a lagoa da Sentinela e na rua da Sentinela, em sua parte final, estavam localizados malcheirosos curtumes. Por essa região passava um córrego, sobre o qual existiam três pequenas pontes com pitorescos nomes dados pela população, quais sejam: “Aperta Goela”, “Cala Boca” e “Não te Importes”, porque assim diziam os malfeitores quando assaltavam os transeuntes que nela passavam. É hoje o Bairro do Estácio. Ver ESTÁCIO DE SÁ (rua de). MENDONÇA (ladeira de) – No Morro do Pinto, foi aberta em 1874 em terrenos de propriedade de Rosa Emília de Mendonça, daí o nome adotado pela Câmara Municipal em sessão de 1.9.1874. MERCADO (rua do) – Começa na praça Quinze Novembro e termina na travessa do Tinoco. Depois de 1719 foi estabelecida uma quitanda nova ou uma praia do peixe nova, que veio a dar nome ao beco (atual travessa do Comércio) e à rua da Praia do Peixe. A colocação por volta de 1740 e 1742 de um pequeno oratório sob a invocação de N. S. da Lapa, pelos mercadores ou mascates, daí a origem do nome, na esquina da atual rua dos Mercadores com a rua do Ouvidor, e mais tarde, em 1750, a ereção de uma pequena capela em frente ao antigo oratório, passou a ser chamada de rua da Lapa dos Mercadores. Com a construção da praça do Mercado, iniciada em 1835 e terminada em 1839, o local ficou conhecido como o mercado da Candelária, que veio a ser demolido em 1911 pelo prefeito Inocêncio Serzedelo Correia, e recebeu a antiga rua da Lapa dos Mercadores, por deliberação da Câmara Municipal, em 12.1.1849, o nome de rua do Mercado. Nomenclatura essa que perdura até o dia de hoje. MERCADORES (rua dos) – Começa na rua do Ouvidor e termina na rua do Rosário. De um simples oratório construído entre 1740 e 1742 sob a invocação de N. S. da Lapa, pelos mercadores na esquina da rua, em 1747 foi iniciada a edificação uma pequena capela sob a invocação de N. S. da Lapa dos Mercadores, que foi inaugurada em 6.8.1750, daí o nome de beco da Capela. Nesse local também se instalou um comércio de carne seca e, portanto, também teve o nome de rua das Carnes Secas. As obras da pequena igreja foram totalmente concluídas em 1753, quando a partir de então passou a ser chamada de beco da Lapa dos Mercadores ou simplesmente de beco da Lapa, essa última denominação a partir de 1830 e durante todo o império. Já nos anos de 1900 uma tentativa de mudança de nome ocorreu, quando passou a ser chamada de rua de José Maurício, em homenagem ao padre José Maurício Nunes Garcia, organista da Capela Real e excelente compositor. Pelo Decreto 1838 de 23.12.1922, voltou a se chamar rua dos Mercadores, que perdura aos dias de hoje. MIGUEL DE FRIAS (rua do) – Nomenclatura adotada em 1867 em homenagem ao major Miguel de Frias Vasconcelos, oficial de ligação entre D. Pedro I e as tropas que no campo de Sant’Anna exigiam dele a demissão do gabinete dos “Medalhões”; foi vencido por Caxias numa tentativa de rebelião em 1832 e exilado nos Estados Unidos. De regresso tornou-se um laborioso político e administrador municipal. Ver ATTERRO (rua do). MISERICÓRDIA (largo da) – Situada entre as ruas da Misericórdia, de Santa Luzia e o beco da Batalha, no Castelo. Recebeu essa denominação por ali se situar a Igreja de N. S. do Bom Sucesso da Santa Casa de Misericórdia, que no início era uma pequena construção de taipa e palha. Teve a edificação melhorada no decorrer dos anos e em 1700 foi ampliada. Em 2.7.1840 foi lançada a pedra fundamental do novo e atual Hospital, na rua de Santa Luzia, que foi inaugurado em 2.7.1852. MISERICÓRDIA (rua da) – Começa a cerca de 200 metros antes do largo da Misericórdia onde termina. Antigas: rua Direita para a Misericórdia; rua Direita da Praia; rua para a Igreja do Bom Sucesso; rua que vai de São José para a Misericórdia. A origem do nome prende-se a instituição da Santa Casa de Misericórdia, fundada por José de Anchieta antes de 1582. Sendo N. S. do Bom Sucesso a padroeira da Misericórdia e estando a Igreja de N. S. do Bom Sucesso no início da rua, no Largo da Misericórdia, teve o nome de rua para a Igreja de Bom Sucesso. MOEDA (beco da) – Assim denominado porque começava na praça da República, junto a Casa da Moeda. Posteriormente, como ficasse como um prolongamento da rua da Alfândega, depois da praça da República, teve, em 1874, o nome de rua NOVA DA ALFÂNDEGA (ver). Em 5.07.1919, pelo Decreto 1339, teve o nome alterado para Azeredo Coutinho (rua do), em homenagem a Cândido Maria de Azeredo Coutinho, provedor e diretor da Casa da Moeda (1850). Foi também membro do Conselho de Sua Majestade, o Imperador. MUNICIPAL (rua) – Começa na avenida Rio Branco e termina no largo de Santa Rita. Recebeu esse nome por ato da Câmara Municipal em 5.04.1843. O contrato celebrado entre a Câmara Municipal e o Mosteiro de São Bento proporcionou a abertura de ruas na área da antiga horta e cerca daqueles frades. A uma delas foi dado o nome de rua Municipal, homenageando a Câmara. Em 8.09.1928, através do Decreto 2888, teve o nome alterado para rua Mayrink Veiga, em homenagem a Alfredo Mayrink da Silva Veiga, que foi presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro e da Federação das Associações Comerciais do Brasil. MÚSICA (beco da) – Começava no largo de Moura e terminava na rua da Misericórdia. Desaparecido com a urbanização da Esplanada do Castelo. Na casa situada na esquina do largo de Moura eram realizados, em princípios do século XIX os ensaios das bandas de música dos regimentos portugueses do Quartel de Moura, daí o nome de beco da Música. Anteriormente teve o nome de travessa do Administrador, porque ali viveu o prelado e administrador Mateus da Costa Alboin, provedor da Misericórdia. MURUNDÚ (rua do) – no bairro de São Cristóvão. Ver SÃO LUIS DURÃO (rua de). NATIVIDADE (travessa da) – Começa na rua Dom Manuel e termina na rua da Misericórdia, no Castelo. Nomenclatura adotada em 1870 (Fonte: Almanaque Laemmert) em homenagem ao nascimento de Jesus Cristo. Antigo TORRE (beco da). (Ver). NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (largo de) – Nomenclatura adotada em 1871. Foi na junção da rua do Catumbi (ou Catumbi Grande, no antanho) com a estrada do Itapiru (ou estrada do Catumbi, no antanho), que um largo se formaria e que em 1886 começaria a ser erguida a primeira capela do bairro, dedicada a N. S. da Conceição. Ver o antigo TRÊS VENDAS (largo das), na Lagoa. NOVA D’ALFANDEGA (rua) – Nomenclatura adotada em 1874. Ficava situado ao lado da Casa da Moeda, no Campo da Aclamação. Ver MOEDA (Beco da). NOVA DAS LARANGEIRAS (rua) – Ao lado do hoje Palácio das Laranjeiras, que foi construído por Eduardo Guinle, descortinava-se um grande descampado nas fraldas do morro de Nova Cintra, que também foi denominado de morro do Balaio, surgiu o logradouro com a construção de casa com belos jardins. Em 1871 passou a denominar-se CONSELHEIRO PEREIRA DA SILVA (rua do). (Ver). NOVA DE SÃO DIOGO (rua) – No Mangue - Ver SÃO DIOGO (rua de) e GENERAL PEDRA (rua do). NOVA DE SÃO JOAQUIM (rua) – A Fazenda da Olaria fora adquirida pelo Conde dos Arcos, último vice-rei do Brasil, ao Padre Dr. Clemente de Matos, homem do Seiscentismo, que em 1825, ele e seus herdeiros transferiram-na para Joaquim Marques Batista de Leão, o velho – patriarca dos Leões - destinado a ser o primeiro morador de Botafogo. Ele urbanizou o bairro ao subdividir suas glebas em loteamento e ao abrir nelas duas ruas, por volta de 1826, a Real Grandeza e a Nova de São Joaquim ou São Joaquim da Lagoa, em razão de já existir como logradouro uma rua de São Joaquim, no centro, que hoje é a avenida Marechal Floriano. Hoje VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA (rua dos) (Ver). NOVA DO ENGENHO NOVO (rua) – ver VINTE E QUATRO DE MAIO (rua do). OLINDA (rua do) – ver MARQUEZ DE OLINDA (rua do). OLIVEIRA (travessa do) – Começa na rua dos Andradas e termina na rua da Conceição. Inicialmente conhecida como travessa da Pedreira da Conceição, por desembocar na rua da Conceição, antiga rua da Pedreira da Conceição. Veio a receber o nome de travessa do Oliveira por ato da Câmara Municipal, em 24.03.1872, porque ali existia a propriedade de José Antonio de Oliveira. Atual rua Júlia Lopes de Almeida. ONZE DE JUNHO (praça) – Situada entre as ruas de Sant’Ana, Comandante Mauriti e o trecho alargado da avenida Presidente Vargas. Nomenclatura adotada a partir de 4.07.1865 por Ato da Câmara Municipal, em memória do combate naval do Riachuelo, na Guerra do Paraguai, em 11.06.1865. Ver o antigo ROSSIO PEQUENO (largo do), no Mangue. OURIVES (rua dos) – Aberta no fim do século XVIII, partindo da primitiva capela de N.S. do Parto, tomou a direção do morro de N. S. da Conceição, daí os nomes antigos de caminho do Parto para a Conceição; caminho que vai para a Conceição; rua de N. S. da Conceição para N. S. do Parto; rua ou travessa que ia de Santa Rita ao Parto. Em razão do grande contrabando de ouro existente na época, o governador Gomes Freire de Andrade, em 14.4.1753, determinou que todos os ourives deveriam comparecer, de seis em seis meses, à Intendência Geral do Ouro, como também marcou o local onde deveriam residir e estabelecer as suas oficinas. No Rio de Janeiro ficou designada a rua ou travessa que ia de Santa Rita ao Parto, que desde então ficou conhecida como a rua dos Ourives. Por Decreto Municipal de 14.03.1888 recebeu a denominação de Rodrigo Silva (rua) em toda sua extensão. Pouco tempo durou esse nome, voltando a ser designada como rua dos Ourives. Com a abertura da avenida Rio Branco, em 1905, um grande trecho da rua dos Ourives desapareceu, que ficou dividida em duas partes. O trecho entre a rua de São José e a rua do Sete de Setembro, o menor deles, veio novamente a ser denominado de rua Rodrigo Silva, enquanto o trecho maior, permanecia com o nome de rua dos Ourives. Após a morte de Miguel Couto, ilustre médico clinico carioca, em 1934, que ali tivera seu consultório médico, pelo Decreto 5726 de 30.4.1936, passou a se chamar rua do Miguel Couto, que além de deputado constituinte, em 1933, foi também membro da Academia Brasileira de Letras. OURO (rua do) – Aberta em 1875 nos terrenos de Antônio Dias da Silva, na rua de Dona Anna Nery, no Engenho Novo. Designação dada por influência da famosa rua do Ouro em Lisboa. OUVIDOR (rua do) – Começa na avenida Alfredo Agache e termina no largo de São Francisco de Paula. Um pequeno caminho foi aberto em fins do século XVI, sendo conhecido, desde 1578, com o nome de Desvio do Mar, pois se constituiu em uma derivante do “Caminho do Mar”, ou seja, daquele que ligava o morro do Castelo ao de São Bento. Era também chamada de rua Que Vai do Mar para o Sertão. Um morador da referida rua em 1567 que deu nome a ela foi Brás Luís, um dos requerentes da demarcação da cidade. Outro dos primeiros moradores, por volta de 1590, foi Aleixo Manuel, o velho, que ajudou Estácio de Sá na povoação do Rio de Janeiro, sendo um de seus conquistadores e tendo ocupado o cargo de vereador da Câmara em 1584,1587, 1592 e 1609, daí o nome que durante muitos anos teve de rua do Aleixo Manuel. Um de seus filhos foi o Padre Pedro Homem Albernaz, que também deu denominação à rua depois de 1659. Outra denominação foi a de rua de Marcos da Costa, no trecho perto do antigo mercado, pois ali residiu nas imediações do antigo Carcelar, o boticário Marcos da Costa Manuel. O trecho entre a rua da Quitanda e da rua dos Ourives (atual Miguel Couto) era conhecido na metade do século XVII, como rua do Gadelha, apelido dado a Francisco da Fonseca Diniz, neto de Aleixo Manuel, que segundo consta foi o primeiro médico carioca. Como rua do Barbalho era também conhecida, nesta época, em homenagem ao governador Agostinho Barbalho Bezerra. Rua de Salvador Correia foi outro nome que teve, pois o governador Salvador Correia de Sá e Benevides ali possuía casas, as quais foram permutadas com a Câmara por três moradas na rua Direita (escritura de permuta datada de 3.11.1661). Na esquina da rua Primeiro de Março existia uma pequena ermida denominada de Santa Vera Cruz, edificada sobre as ruínas de um forte levantado em 1605 por Martins de Sá, cuja construção fora iniciada em 1628, e que por volta de 1760 achava-se quase em ruínas. Em 1780 foi iniciada a construção do novo templo dedicado à Santa Cruz dos Militares. Eis aí o motivo para a nova denominação da rua ou simplesmente rua da Cruz. No trecho próximo da antiga rua da Vala (atual Uruguaiana) também na época chamada de rua do Pedro da Costa, existia uma quitanda, por isso esse trecho da rua do Ouvidor ficou conhecido como rua da Quitanda do Pedro da Costa. Iniciadas em 1743 as obras da nova catedral, no atual largo de São Francisco, daí o trecho final da rua do Ouvidor ter sido chamado de rua da Sé Nova. As obras ficaram inacabadas e sobre os alicerces desta edificação ergueu-se o prédio da Academia Militar, atual Faculdade de Engenharia. Em 1745 a Câmara adquiriu as casas que pertenceram a José de Andrade, na antiga rua da Cruz, lado par, depois da rua da Quitanda, para servirem de residência efetiva dos ouvidores, pois havia obrigatoriedade de dar aos mesmos uma “aposentadoria”, ou seja, casa, cama, escrivaninha, louça e mobiliário. O primeiro ouvidor a nelas morar foi o Manuel Amaro Pena de Mesquita Pinto, que exerceu o cargo de 1746 a 1747. Porém, foi o segundo ouvidor, Francisco Berquó da Silva Pereira (1748-1750), que ficou famoso dando a nova denominação ao logradouro de rua do Ouvidor. A prefeitura tentou impor um novo nome a essa rua através do Decreto 375 de 18.03.1897, denominando-a de rua Moreira César, em homenagem ao coronel que comandou a terceira expedição militar a Canudos, contra os jagunços de Antônio Conselheiro. O povo rejeitou a nova denominação, até que o Decreto 1117 de 10.10.1916, restabeleceu o antigo nome de rua do Ouvidor. OUVIDOR (travessa do) – Começa na rua Sete de Setembro e termina na rua do Ouvidor. Esse logradouro foi aberto no primeiro quartel do século XVIII através dos terrenos pertencentes a José de Souza Barros, fundador da Igreja do Bom Jesus. Conhecida inicialmente como rua Nova do Ouvidor. Depois passou a chamar-se de rua do Padre Roque, pois ali residiu o padre Roque da Cunha Campos. A denominação de rua do Padre Duarte lhe é dada por Noronha Santos. Quanto à origem do nome de rua das Flores, nada se pode dizer; seria pela existência de algum morador com esse sobrenome ou a existência de uma chácara produtora de flores ou com essa denominação? A partir de 1876 teve oficialmente o nome reduzido para apenas travessa do Ouvidor. Em 1897 tentou-se uma mudança do nome para rua do Cabo Roque, a quem atribuíram atos de heroísmo na campanha contra Canudos. O conselho municipal ao reconhecer serem improcedentes os fatos, não houvera herói algum, e por estar o mesmo vivo arquivou o processo. PAÇO (largo do) – Uma pequena ermida foi erguida, no final do século XVI, onde hoje se encontra a Catedral, sob a invocação de N. S. do Ó, que veio a dar o nome a essa várzea de Nossa Senhora do Ó. Esse nome origina-se nas cerimônias religiosas onde se cantavam as antífonas que começavam pela interjeição “OH!”, adulterada para Ó! Em 1589 nela se instalaram os padres que vieram fundar a Ordem de São Bento que ali pouco tempo permaneceram, pois em 1590 os frades da Ordem do Carmo, que chegaram para fundar um convento, ocuparam a ermida. Em 1611, a Câmara cedeu a ermida e todo o terreno para a construção do Convento do Carmo, que foi iniciado em 1619. Assim, o local passou a denominar-se como Praia do Carmo. Porém, com o recuo progressivo do mar, em razão de aterros sucessivos, os frades ficaram de posse dos “acrescidos”, constituindo-se então um vasto campo em frente ao convento, denominado terreiro do Carmo ou largo do Carmo. Depois de 1630, a Casa da Câmara e a Cadeia foram transferidas do morro do Castelo para a planície, localizando-se no edifício que veio a ser a Cadeia Velha e a Câmara dos Deputados, que foi demolido em 1915 para ser erguido o Palácio Tiradentes. Houve então a recomendação do Ouvidor Geral para que nesse local fosse erguido um pelourinho no lugar depois ocupado pelo Palácio dos Vice-Reis, atual prédio dos Correios. O pelourinho foi chamado pelo povo de Polé, que veio a dar a denominação de terreiro da Polé. Porém, a partir de 1743, com a inauguração da casa destinada a abrigar os vice-reis, a praça começou a ser chamada de terreiro do Paço e a seguir de largo do Paço. Em sessão da Câmara Municipal de 15.03.1870 recebeu a denominação de DOM PEDRO II (praça de). PAÇO (travessa do) – Começa na rua São José e termina na avenida Erasmo Braga. Esse logradouro foi aberto nos terrenos resultantes do recuo do mar através de aterros sucessivos. Foi obra dos Jesuítas no início do século XVIII. Com a localização e ocupação das quitandeiras em cabanas no antigo largo da Assembléia recebeu então o nome de travessa ou rua da Quitanda dos Pretos. A algazarra dos pretos e dos quitandeiros foi motivo suficiente para que o vice-rei, Conde da Cunha, transferisse a residência dos vice-reis para o Colégio dos Jesuítas, no morro do Castelo. Mas tarde, na citada travessa estabeleceram-se os madeireiros e seus armazéns. A madeira era desembarcada na antiga praia de D. Manuel e ali depositada. Com a inauguração em 1743 da casa destinada aos governadores, que era conhecida como Paço, a antiga travessa dos Madeireiros, localizada atrás do novo prédio, começou a ser chamada de travessa do Paço. PAISSANDÚ (rua de) – No passado essa rua do Flamengo era um caminho usado pela realeza. No início do século XIX, um bom pedaço de terra do bairro do Flamengo pertencia a um rico comerciante português chamado José Machado Coelho. Em 1867, em suas terras e nas do amigo Pinto Guedes, começaram ambos a abrir algumas ruas no bairro, sendo a principal delas a rua Paissandu, que ia até uma parte do caminho em direção à praia do Flamengo. Foi ele também quem começou a construir o hoje Palácio Guanabara, sede do governo do estado, que a ele foi adquirido pelo Conde d’Eu e a Princesa Izabel em 1864 por 300 contos de réis para sua residência, recebendo então o nome de Palácio Izabel. Começa uma época de reformas e de modernizações na região. A rua Paissandu foi estendida até o mar e era comum ver a princesa ir à praia de carruagem. Até hoje, ninguém sabe muito bem quem deu a ordem ou teve a idéia, mas o fato é que era preciso marcar muito bem o caminho real, do palácio até o mar, no fim da rua. Teria sido essa a origem das palmeiras imperiais que até hoje enfeitam a rua Paissandu. Nada foi possível apurar sobre o porque dessa designação. Uma possibilidade seria em homenagem à tomada da cidade uruguaia de Paissandu, pelas tropas brasileiras em 2.01.1865, na guerra contra o Uruguai. PÂNDEGA (rua da) – Ver VINTE DE ABRIL (Rua do). PARTO (rua do) – Também chamada e rua de Nossa Senhora do Parto. Ver SÃO JOSÉ (rua de). PASSAGEM (rua da) – Nomenclatura adotada em 1869 em homenagem ao ato da Guerra do Paraguai, o qual se denominou a Passagem de Humaitá – antigo COPACABANA (caminho de), em Botafogo. PASSEIO PÚBLICO (rua do) – Denominação adotada nos períodos de 1784-1888, 1892-1908 e 1917 aos dias de hoje, já com a denominação simplificada de rua do Passeio. Ver antiga JOAQUIM NABUCO (rua do). PAULINO FERNANDES (rua de) – Aberta em 1872, em Botafogo, nos terrenos de sua própria chácara. PEDREIRA DA CONCEIÇÃO (travessa da) – Ver OLIVEIRA (travessa do). PESCADORES (rua dos) – O primitivo caminho dos pescadores, pelo lado direito, margeava o ribeiro formado por águas nascentes e fluviais do morro da Conceição, que corria desde a atual rua Camerino até a praia do Cais dos Mineiros. Servia esse caminho tanto aos pescadores que ali viviam em cabanas, como a toda gente que da cidade desejava transportar-se para a Prainha ou ao campo de São Domingos. Em 1610 foi nivelado recebendo o nome de rua de Manuel Reis, um de seus moradores e proprietário de terrenos. Todavia, o nome de rua dos Pescadores, que posteriormente veio a ter, permaneceu até 18.11.1869, quando foi mudado pela Câmara Municipal, para rua do VISCONDE DE INHAÚMA (Ver). PINTO DE FIGUEIREDO (rua de) – Começa na rua do Conde de Bomfim e termina na rua do Barão de Mesquita, no Hospital Militar. Nomenclatura adotada em 1874 em homenagem a um professor do Colégio Militar. Anteriormente denominada Portão Vermelho (rua do) por estar localizada em frente à chácara de mesmo nome. PIOLHO (rua do) – ver CARIOCA (rua da) PRAIA DOS MINEIROS (rua da) – Ver VISCONDE DE ITABORAÍ (rua do). PRAINHA (largo da) – A Prainha, diminutivo de praia, era o local de embarque de canoas e faluas para os fundos da baía. Em sessão da Câmara Municipal, em 14.10.1871, recebeu a denominação de praça VINTE OITO DE SETEMBRO (atual praça Mauá), em homenagem à data da Lei do Ventre Livre de 28.09.1871. PRAINHA (rua da) – Assim denominada por começar no largo da Prainha (hoje praça Mauá) e que terminava na antiga rua dos Pescadores (atual Visconde de Inhaúma). Chamou-se inicialmente de caminho da Prainha (ligação entre a Prainha e a rua dos Pescadores), depois rua da Botica de São Bento (o Mosteiro de São Bento aí instalou uma botica), a seguir de rua da Valinha (nela existia uma pequena vala que escoava as águas de várias chácaras ao derredor), depois rua do Aljube (prédio que servia de cárcere para os eclesiásticos e depois com D. João VI transformou-se em depósito de presos em geral). Em 1855 perdeu o nome de rua do Aljube para adotar outra vez o antigo nome de Prainha (rua da) em toda sua extensão. Em 9.02.1904 passou a denominar-se Acre (rua do), nome adotado pelo Decreto 472, em homenagem ao Tratado de Petrópolis de 17.11.1903, por iniciativa do Barão do Rio Branco, pelo qual o Brasil recebeu da Bolívia o Território do Acre. PRIMEIRO DE MARÇO (rua do) – Começa na praça Quinze de Novembro e termina na ladeira de São Bento. Nomenclatura adotada pela Câmara em sessão de 13.05.1870 em homenagem à data de encerramento da Guerra do Paraguai. Ver antiga DIREITA (rua). PRINCESA DOS CAJUEIROS (rua da) – Em alusão à Princesa Carlota Joaquina de Bourbon, esposa de D. João VI. Foi aberta em 1809 em terrenos da antiga chácara dos Cajueiros, daí o nome. Ver BARÃO DE SÃO FÉLIX (rua do). PRINCÍPE DOS CAJUEIROS (rua do) – Atualmente começa na rua da Conceição e termina no largo da Providência. Aberta na antiga chácara dos Cajueiros em 1809. Em 1.06.1874 a ela foi unida a rua Nova do Príncipe sob a primeira denominação. Também conhecida simplesmente como rua do Príncipe, em alusão ao Príncipe Regente D. João VI. Ver SENADOR POMPEU (rua do). PROVEITO (beco do) – Ver BARÃO DE SÃO GONÇALO (rua do). QUITANDA (rua da) – Aberta em princípios do século XVII teve vários nomes conforme o trecho e de acordo com os proprietários do chão. O nome mais antigo foi o de rua do Açougue Velho, depois vários outros nomes de cidadãos foram adotados em função dos moradores ilustres da rua. O nome de rua Direita Detrás da Candelária foi adotado por ser ela paralela e estar justamente por detrás da rua da Candelária. O nome de rua do Oratório de N. S. da Abadia originou-se por nela existir um oratório na esquina com a hoje rua do Rosário. Chamou-se rua do Sucussarará, no trecho entre as ruas de Sete de Setembro e do Ouvidor, até a adoção do nome atual. E a razão é anedótica. Mello Nunes conta que um médico inglês, que nela tinha um consultório, especializado em hemorróidas dizia em português estropiado a seus doentes, quanto ao resultado do tratamento “seu ...sarará”. Somente após o ano de 1686 passou a adotar o nome que preserva até os dias de hoje, quando para ela se transferiu a quitanda velha ou dos pretos, próximo da Igreja da Cruz dos Militares, na antiga rua Direita (hoje rua Primeiro de Março), daí por que era conhecida também como rua da Quitanda dos Pretos. Algumas tentativas de se mudar seu nome foram feitas; uma no ocaso do Império (14.05.1888), tentando chamá-la de João Alfredo, restaurado o antigo nome em 28.1.1892. Todas as tentativas de modificação redundaram em fracasso. QUARTÉIS (rua dos) – Aberta em 12.7.1809 através dos terrenos pertencentes a Emereciana Isabel Dantas e Castro e ao brigadeiro Domingos José Ferreira. Com a transferência das guarnições da cidade para o novo quartel do campo de Sant’Anna, em 1815, a rua que ficava atrás do edifício, passou a chamar-se rua Detrás dos Quartéis, ou simplesmente, rua dos Quartéis. Em 1873 passou a denominar-se MARCILÍO DIAS (rua do). Ver. QUINZE DE NOVEMBRO (praça de) - Nomenclatura adotada em 21.02.1890 pelo Conselho da Intendência Municipal em homenagem ao dia da Proclamação da República. Ver D. PEDRO II (praça de). REGENTE (rua do) – Começa na rua do Visconde do Rio Branco e termina na avenida do Marechal Floriano. Aberta ao trânsito público nos últimos anos do século XVIII. Como era o primitivo logradouro que atravessava a rua Larga de São Joaquim (atual Marechal Floriano), de quem vinha do centro para a praça da República, recebeu o nome de primeira travessa de São Joaquim. Depois foi mudada a denominação para a travessa do Bandeira, provavelmente devido a um morador com esse nome. A partir de 1836 ficou conhecida como a travessa do Regente, porque o regente do Império, padre Diogo Antônio Feijó foi morar em um prédio na esquina com a rua Visconde do Rio Branco.Por decreto de 21.2.1890 passou a denominar-se rua de Tobias Barreto, em memória de Tobias Barreto de Menezes, ilustre escritor. Finalmente, em 1921, passou a chamar-se Rua do Regente Feijó. RELAÇÃO (rua da) – Começa na rua do Lavradio e termina na rua dos Inválidos. Aberta ao trânsito público em 18.02.1845 em terreno oferecido por João Gomes Guerra Aguiar.Todavia, já em 17.12.1844 já era reconhecida a denominação de rua da Relação, em razão da existência de um prédio situado na esquina da rua do Lavradio, que serviu de sede ao Tribunal de Desembargo do Paço, ao Tribunal da Relação do Império (daí o nome) e ao Supremo Tribunal da República. RESENDE (rua do) – Começa na rua do Lavradio e termina na rua do Riachuelo. Foi o vice-rei Conde de Resende, José Luís Castro quem resolveu estabelecer uma comunicação entre as ruas de Matacavalos e do Lavradio, nivelando uma nova rua pelos pantanais da chácara de Pedro Dias Paes Leme. Em 1798 esse logradouro era chamado de caminho dos Arcos, por ser o seguimento da rua dos Arcos. Em honra do vice-rei a partir de 1798 a Câmara deu-lhe o nome de rua do Resende, que conserva até hoje. RIACHUELO (rua do) – Nomenclatura adotada a partir de 4.07.1865 por ato da Câmara Municipal em homenagem aos brilhantes feitos da armada brasileira, no dia 11 de junho, nas águas do rio Paraná, ou seja, o combate naval do Riachuelo, durante a Guerra do Paraguai. Ver a antiga MATACAVALLOS (rua de). RIO (beco do) – Ver GUARDA MOR (rua do). RIO COMPRIDO (praça do) – Nomenclatura adotada em1874 para o largo existente no fim da rua da Conciliação. RODRIGO SILVA (rua do) – Nomenclatura adotada em 1888 – Ver OURIVES (rua dos). ROSÁRIO (largo do) – Este logradouro situado ao lado da Igreja de N.S. do Rosário e São Benedito era conhecido, após a edificação daquele templo, por largo do Rosário ou campo de N. S. do Rosário. Em 1700 teve início a edificação da igreja, finalizada em 1725. Com a transferência da Sé do Rio de Janeiro em 1737, da Igreja da Cruz do Militares para a Igreja do Rosário, o largo passou a chamar-se de largo da Sé. Em 15.06.1808 a Igreja do Carmo passou a ser catedral e capela real, tornado-se assim a nova sede do bispado. Voltou então à primitiva denominação de largo do Rosário. ROSÁRIO (rua do) – Começa na avenida Alfredo Agache a 35 metros da rua do Ouvidor e termina na rua Uruguaiana. Aberta no início do século XVII teve diversos nomes em razão dos proprietários que nela residiram. Assim, no primeiro quartel do século XVII se chamou rua de André Dias, pelo procurador da Misericórdia, André Dias Homem. Anos depois teve a denominação mudada para rua de Domingos Manuel, outro morador importante e homem de negócios, que exerceu em 1631 o cargo de comissário e ministro da Ordem 3ª da Penitência. Rua Duarte Vaz ou Duarte Vaz Pinto, que foi seu morador, para um trecho da rua, conforme a correição do ouvidor Francisco da Costa Barros de 21.1.1636. Outro trecho chamou-se de rua de Villa Lobos, por ali ter residido André Villa Lobos. Em homenagem ao padre Luís de Freitas Matoso teve a denominação alterada de rua do Padre Matoso. Foi denominada também de travessa da Quitanda ou rua da Quitanda Velha, porque havia uma quitanda que estava perto da antiga capela de Santa Cruz dos Militares, em frente a atual rua do Rosário, para diferenciá-la da quitanda existente na rua da Quitanda que era mais nova que aquela. Em 1708 foi lançada a pedra fundamental da igreja de N. S. do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, terminada em 1736. Recebeu pejorativamente também a denominação de rua dos Pretinhos. Daí em diante passou a ser chamada de rua que vai para o Rosário ou rua do Rosário, nome esse que conserva até hoje. ROSSIO GRANDE (largo do) – Desmembrado da praça São Domingos em 1721. Logradouro de serventia pública, reservado para o estacionamento de carruagens, pastagem de animais, feiras e leilões e outras atividades coletivas. Na República, denominada de praça Tiradentes. Ver CONSTITUIÇÃO (praça da). ROSSIO PEQUENO (largo do) – Este logradouro chamou-se inicialmente de praça São Salvador. Porém no tempo da Independência já era conhecido como Rossio Pequeno ou largo do Rossio Pequeno, para diferenciá-lo do Rossio Grande, atual Praça Tiradentes. Ver ONZE DE JUNHO (praça). RUSSEL (rua do) – Foi aberta em1869 entre a praia da Glória e a praia do Flamengo e cuja denominação foi uma homenagem a João Frederico Russel, major da Guarda Nacional, que inaugurou em 1864 o serviço de coleta das fezes da cidade, através do transporte feito por barcas, que levavam barra fora para o despejo. Até aquele ano a coleta era feita por processo semelhante ao da coleta de lixo existente ainda hoje e eram despejadas a pouca distância das próprias praias, por empresas que para isso possuíam vastos carroções e cubos adequados. SABÃO (rua do) – Antes de 1630 estava aberta essa rua que ficou conhecida como Cruzeiro da Candelária ou caminho que vai para o Cruzeiro da Candelária, pois a capela da Candelária como cruzeiro de pedra estava situada de frente para essa rua. Recebeu a seguir, por volta de 1639, o nome de rua de Gonçalo Gonçalves, pois o mesmo ali residiu entre os trechos atuais da rua Primeiro de Março e Uruguaiana. Depois, até 1668 recebeu o nome de rua ou travessa do Azeite de Peixe, em razão de ali existir um depósito de azeite de baleias para iluminação particular. A partir de 1737, com a instalação num dos trechos da rua dos armazéns de sabão, recebeu o nome de rua do Sabão, que perdurou até 1840, quando a Câmara Municipal determinou que em toda sua extensão, até a praça da República tivesse um só nome – rua do Sabão da Cidade Velha – para diferenciar do prolongamento em direção à Cidade Nova (Mangue), que tomou a denominação de rua do Sabão da Cidade Nova. Era também conhecida como rua de Bom Jesus, no trecho entre a rua dos Ourives (atual Miguel Couto) e o largo de São Domingos (absorvido pela avenida do Presidente Vargas), por causa da igreja da irmandade do Senhor Bom Jesus do Calvário, demolida em 1942 e que ficava na esquina da rua Uruguaiana. Por resolução da Câmara Municipal, em sessão de 18.03.1870, passou a denominar-se GENERAL CÂMARA (rua do) (Ver). SABÃO DA CIDADE NOVA (rua do) – No Mangue, entre as praças da República e Onze de Junho. Ver VISCONDE DE ITAÚNA (rua do), no Mangue. SABÃO DO MANGUE (rua do) – Ver SÃO SEBASTIÃO (rua de) e depois VISCONDE DE ITAÚNA (rua do). SACCO DO ALFERES (praça do) – Na Gamboa - Ver SANTO CHRISTO (praça do) SACCO DO ALFERES (rua do) – Foi aberta pelo desembargador Loureiro, que deu começo ao aterro do antigo mangue da Cidade Nova. Assim conhecido o trecho do litoral entre o morro da Gamboa e a bica dos Marinheiros, no local que veio a ser conhecido, no século XIX, como praia Formosa, próxima ao morro São Diogo e das desaparecidas ilhas das Moças e dos Melões. Em princípios do século XVIII a rua, também conhecida como praia do Sacco do Alferes era um caminho irregular, que beirando o mar, ligava a Gamboa à enseada, que também era chamada de Sacco de São Diogo. A palavra “saco” significa enseada pequena. A origem do nome é devido ao célebre Alferes de Milícia, Diogo de Pina, fundador da capela de São Diogo e que se salientou no combate contra os franceses de Duguay-Trouin, em 1711. Ver AMÉRICA (rua D’). SACRAMENTO (rua do) – Começa na praça de Tiradentes e termina na avenida do Marechal Floriano. Nivelada, em 1791, em terrenos que haviam pertencido a Pedro Coelho, era uma pequena servidão pública, limitada pela rua do Alecrim (hoje Buenos Aires), pelos campos da Polé e de S. Domingos e que se comunicava com a antiga rua São Francisco ou Ilharga da Sé (hoje rua Luis de Camões). A pequena e antiga capela de N. S. da Lampadosa foi erigida em 1748 e veio assim dar nome de rua da Lampadosa a esse logradouro. Em 1814 foi aproveitada a construção da Casa dos Pássaros para nela se erguer o edifício do Real Erário, daí a denominação com a qual passou a ser conhecida de rua do Real Erário ou simplesmente rua do Erário. Com a inauguração da igreja do Santíssimo Sacramento em 4.4.1820 passou a se chamar rua do Sacramento. Em 29.9.1910, pelo Decreto 798, recebeu o nome de avenida Passos em homenagem a Francisco Pereira Passos, importante prefeito, que realizou um novo e relevante plano urbanístico, modificando completamente a paisagem da cidade do Rio de Janeiro. SALDANHA MARINHO (rua do conselheiro) – No morro do Pinto (Nhéco). Começa na rua Formosa e termina nas ruas Sara e Mont’Alverne. Aberta em1874 nos terrenos pertencentes ao Visconde de Mauá. Nomenclatura adotada em homenagem a Joaquim Saldanha Marinho, jornalista, político e republicano histórico. Foi presidente das Províncias de Minas Gerais e São Paulo, pertenceu ao Conselho do Imperador. Foi advogado do Conselho de Estado e, finalmente, senador republicano pelo Estado do Rio de Janeiro. SANT’ANNA (campo de) – Nome adotado 1840 em razão da existência da edificação no local de uma ermida dedicada a Sant’Anna, construída no ano de 1735 e que foi reconstruída em 1785. Em 1856 a igreja de Sant’Anna foi demolida para dar lugar a construção da Estação Central da Estrada de Ferro Dom Pedro II. Ver CAMPO DA ACCLAMAÇÃO. SANTA AMÉLIA (rua de) – Começa na rua do Matoso e termina no portão do Colégio de São Vicente de Paulo. Aberta em1874. SANTA CATHARINA (travessa de) – Principia na praça D. Pedro I e finaliza na rua da Aurora. Aberta em 1870. SANTA LUZIA (travessa de) – Começa no largo da Misericórdia e na rua Santa Luzia e termina na avenida General Justo. Anteriormente, como ia ter na ponta do Calabouço, adotou-se a inicialmente denominação de beco do Calabouço e a seguir rua do Calabouço. A nova denominação foi adotada por ato da Câmara em sessão de 26.03.1867. Ver a antiga CALABOUÇO (rua do). SANTA MARIA (rua da) – No bairro de São Cristóvão - ver MAJOR FONSECA (rua do). SANTA RITA (largo de) – Situado entre as ruas do Acre, de Miguel Couto e de Mayrink Veiga. Antes de 1720 foi lançada a pedra fundamental da capela de Santa Rita e, logo após, foi arruado o largo com o aterro das valas que delimitavam os terrenos da chácara dos religiosos de São Bento. Ali existiu o Cemitério dos Pretos Novos. A capela foi doada por Manuel Nascentes Pinto (seu fundador) em 13.03.1721 ao juiz e procurador da festa de Santa Rita de Cássia. Em 1753 com a criação da paróquia de Santa Rita, foi a igreja escolhida para ser sede da matriz. Neste largo existiu um chafariz, construído em 1842 e retirado em 1872. SANTA RITA (travessa de) – Esse logradouro fazia parte, inicialmente, do caminho da Prainha, que ligava a cidade antiga àquele local de desembarque marítimo, começando na antiga rua dos Pescadores (atual Visconde de Inhaúma).Como esse caminho fora aberto em terreno do Mosteiro de São Bento recebeu o nome de rua do beco para São Bento, ou simplesmente, rua do Beco. A partir de 1743, chamou-se beco de Gaspar Gonçalves, por ali residir Gaspar Gonçalves Chaves. Depois em 1766 teve o nome mudado para Flores (rua das) até se transformar em beco dos Cachorros em 1773, por existir muitos cachorros a guardar propriedades dos frades. O ato da Câmara municipal de 19.01.1852 substitui a antiga denominação para travessa de Santa Rita. Atual Alcântara Machado (rua de), cuja denominação foi adotada pelo Decreto 8453, de 28.01.1946, em homenagem a José de Alcântara Machado de Oliveira. Político e Jurista, que ocupou os cargos de vereador, deputado e senador. Foi professor catedrático de Medicina Legal. SANTA ROSA (rua de) – Começa na rua do General Pedra e termina na rua do Frei Caneca. Aberta antes de 1840, no Mangue. A população deu-lhe esse nome, porque viu um milagre que se deu com uma donzela de nome Rosa, que morava naquela rua, a qual sepultada numa das catacumbas da Igreja de Sant’Ana fora encontrada, no dia seguinte, do seu enterro, sentada, porém já realmente morta. Hoje, Marquês de Pombal (rua do), através do Decreto 1165 de 31.10.1917, em homenagem a Sebastião José de Carvalho e Melo, nascido em Lisboa, que foi o grande ministro e importante estadista do rei D. José I, de Portugal, a partir de 1750. SANTO AMARO (rua de.... do CAJÚ) – Aberta pelo Barão de Guaratiba em 1852 nas terras desmembradas da chácara de Luíza Clemente da Silva Couto e a seguir doadas ao governo pelo conselheiro Amaro Velho da Silva, então diretor do Branco do Brasil. Ver GENERAL GURJÃO (rua do) e parte da GENERAL SAMPAIO (rua do). SANTO ANTÔNIO (rua de) – Nos tempos coloniais, este logradouro que da rua da Ajuda se dirigia a rua da Guarda Velha (hoje Treze de Maio) e foi denominada de travessa de Santo Antônio, porque ficava em frente à ladeira de acesso ao morro de Santo Antônio. Em 1832 já era conhecida como rua Santo Antônio, que perdurou até receber, em 17.06.1921, pelo Decreto 1570, o nome de rua de Bittercourt da Silva. Em 1904, um terço dessa rua desapareceu com a abertura da Avenida Central (hoje Avenida Rio Branco). SANTO CHRISTO (praça do) – Situada entre as ruas D’ América e Professor Pereira Reis. Antigas praças do SACCO DO ALFERES e da GAMBOA até a edificação da tradicional igreja do Santo Cristo dos Milagres, em 1850, quando então passou a ser conhecida por esse novo nome, confirmado pela Câmara Municipal na sessão de 1.10.1874. SÃO BENTO (rua do) – Começa nas ruas da Quitanda e Conselheiro Saraiva e termina na rua do Acre. O Senado da Câmara em 1743 solicitou ao abade de São Bento que abrisse uma rua pela cerca e horta do Mosteiro, desde os Quartéis até a Prainha. Surge assim, a rua então chamada de rua Nova de São Bento. Com a construção de um grande arco por cima da rua Nova e da horta do Mosteiro, recebeu também a denominação de rua do Arco de São Bento. O arco veio a ser demolido em 1843, quando se abriram as ruas dos Beneditinos e Municipal. Bem mais tarde foi adotado o nome simplificado de rua do São Bento, que conserva até hoje. SÃO CHRISTÓVÃO (campo de) – Surgiu como um rocio, não da cidade, que até ele não se estendia, mas que dele se serviam as “tropas” de comercio e aos lavradores das redondezas que nele realizavam sua feira. No século XIX nele faziam exercícios os batalhões de guarda que serviam a Quinta da Boa Vista. Em 1867 passou oficialmente a denominar-se D. PEDRO I (praça de). Ver. SÃO CLEMENTE (rua de) – Aberta por volta dos anos de 1830 para servir de uso da Fazenda Olaria, então já na propriedade de Joaquim Marques Barbosa de Leão - o Velho.Ver também HUMAITÁ (rua do). SÃO DIOGO (rua de) – O nome tem origem no Alferes Diogo de Pina que possuía terras e casa entre a Gamboa Pequena e a Grande, no tempo em que nas suas imediações não moravam senão pescadores. Foi ele o fundador da capela de São Diogo e se destacou no combate contra os franceses de Duguay-Trouin, em 1711. Depois ficou conhecida como a rua VELHA DE S. DIOGO (Ver), pois ao ser prolongada essa parte tomou o nome de rua NOVA DE SÃO DIOGO (Ver). Em 1866/67 a parte antiga da rua tomou o nome de rua do FERREIRA (Ver), posteriormente em 1874 teve o nome alterado para rua do JOÃO CAETANO (Ver). Em 1870 a parte nova da rua passou a chamar-se simplesmente de rua São Diogo. SÃO FRANCISCO DE ASSIS (rua de) – Nome esse adotado no período de 1882-1892. Ver CARIOCA (rua da). SÃO FRANCISCO DE PAULA (travessa de) – Começa na rua da Carioca e termina no largo de São Francisco de Paula. Aberta nos fins do século XVIII e somente franqueada ao público pouco antes de 1814 com o nome de rua das Pedras Negras. Com a inauguração em 21.12.1814 do hospital da Ordem de São Francisco de Paula passou a ser conhecida por travessa de São Francisco de Paula. Hoje é chamada de rua Ramalho Ortigão. SÃO FRANCISCO XAVIER (travessa de) – ver JOCKEY CLUBE (rua do). SÃO JOÃO (rua de), no Aterrado – Ver FERREIRA (rua do) e depois JOÃO CAETANO (rua de). SÃO JOÃO (travessa de) – Antiga travessa Bom Jardim; com a construção da fábrica de gás, no local, em 1851, passou a ser conhecida como a travessa do Gás ou rua da Iluminação. A nomenclatura de travessa São João foi adotada a partir de 1865 ou 1866, pois ia ter à antiga rua São João. Ver DONA FELICIANA (rua da). SÃO JOÃO BAPTISTA (rua de) – Principia na rua dos Voluntários da Pátria e termina na rua do General Polydoro, tendo sido aberta em 1873, no bairro de Botafogo. SÃO JOAQUIM (rua de) – O trecho inicial deste logradouro, aberto nos fins do século XVIII, partia da antiga Ilha Seca, zona de terrenos enxutos, no meio de pântanos e lagoas, nas proximidades da atual Igreja de Santa Rita. Recebeu primitivamente o nome de rua do Curtume, pois ali se localizava o curtume de José da Costa. Foi Manuel de Campos Dias quem em 1758 doou aos meninos órfãos de São Pedro uma pequena capela, que seria substituída pela Igreja e Seminário de São Joaquim, em 1815. Surgiu assim a denominação da rua, que ia desde o antigo sítio do Val-Verde (largo de Santa Rita e beco do João Batista) até o local do seminário, local hoje ocupado pelo Colégio Pedro II. Mais tarde, com o prolongamento da rua até o campo de Sant’Anna, como uma larga via de comunicação, passou esta a ser denominada de rua Larga de São Joaquim, enquanto que o primeiro e antigo trecho passou a ser conhecido por rua Estreita de São Joaquim. Pelo Decreto 149 de 2.8.1895, o Conselho Municipal mudou o nome da rua Larga de São Joaquim para rua do Marechal Floriano. Em 1904, o prefeito Pereira Passos alargou a rua Estreita de São Joaquim, ficando todo a rua desde a praça da República até o largo de Santa Rita, conhecida como a rua Larga, quando também foi demolida Igreja de São Joaquim.O Decreto 1165, de 31.10.1917, deu-lhe o nome de rua do Marechal Floriano, sendo alterado para avenida em 1932. SÃO JOSÉ (praça de) – Nomenclatura adotada em1871. Ver AJUDA (largo da). SÃO JOSÉ (rua de) – Começa na rua da Misericórdia e termina na avenida Treze de Maio e no largo da Carioca. Antes de 1639, quando a Câmara se instalou na várzea, vinda do morro do Castelo, nivelou-se rua, que começando na rua da Misericórdia ia até a altura da rua do Carmo. Era conhecida como rua de Antônio Nabo, porque nela residia Antônio Nabo Peçanha, figura importante da época e grande proprietário de terras nas imediações. Por outro lado, em meados do século XVII, João Fernandes construiu em terrenos de sua chácara uma ermida dedicada a N. S. do Parto, cuja imagem trouxera da Ilha da Madeira, de onde era oriundo. Esta ermida estava situada na esquina da atual rua Rodrigo Silva (antiga rua dos Ourives) e deu a esse trecho, que ia até o atual largo da Carioca, o nome de caminho para o Parto ou simplesmente rua do Parto. Entretanto, já em 1633 Estevão de Vasconcelos, proprietário das terras no lado impar da rua São José doou aos devotos do santo um terreno para a construção de uma ermida de “pau-a-pique”. A antiga ermida, com o tempo, danificou-se e em 1807 a Irmandade de São José aprovou a planta de uma nova igreja, que veio a ser inaugurada em 10.04.1824. Assim, pouco depois de 1850 a denominação de rua do Parto foi abolida, quando se estendeu para todo o logradouro o nome que conserva até hoje de rua de São José. SÃO LOURENÇO (rua de) – Começa na praça da República e termina na ladeira do Faria. Essa rua começou a ser retificada em princípios de século XIX, desde o campo de Sant’Anna, até pouco adiante da rua do Barão de São Felix, quando então foi adotado o nome de rua de São Lourenço. Hoje é a rua Visconde da Gávea (1917) em homenagem a Manuel Antônio da Fonseca Costa, militar brasileiro que alcançou o posto de marechal de exército em 1880 e depois recebeu o título de Marquês da Gávea em 1888. SÃO LUIZ (rua de) – Foi aberta em 1873 e é a que vai da rua de São Clemente até a rua do General Polidoro, em Botafogo. Posteriormente, chamada de ”19 de Fevereiro” (data da segunda batalha de Guararapes na guerra contra os holandeses). SÃO LUIZ DURÃO (rua de) – Em São Cristóvão, nomenclatura adotada a partir de 1868. Depois ficou conhecida oficialmente como rua do Almirante Mariath (Frederico Mariath – militar inglês vindo, como Cochrane e Grenfell, para organizar a esquadra brasileira após a Independência) e que se radicou no Rio de Janeiro, morando na Praia no nº 9, como dono de uma frota de pesqueiros. Ver a antiga MURUNDÚ (rua do). SÃO PEDRO (rua de) – Começava na rua Visconde de Itaboraí e terminava na praça da República. Era uma das ruas mais antigas do Rio de Janeiro e já estava nivelada antes de 1620, no trecho entre o mar e a rua da Quitanda. Seu primeiro nome foi rua de Antônio Vaz, por nela morar Antônio Vaz Viçoso. Mas tarde ficou conhecida como rua de Antonio Carneiro ou simplesmente rua do Carneiro, que era seu mais importante morador e cirurgião do Hospital da Misericórdia (1699). Com a construção da Igreja de São Pedro em 1732 e inaugurada em 1742, teve o logradouro um só nome, ou seja, rua de São Pedro. Entretanto, as denominações anteriores ainda continuavam, bem como novos nomes a ela foram adicionados: caminho que vai para o Cemitério dos Mulatos, no trecho entre rua da Vala (hoje Uruguaiana) e o campo de Santa’Anna. Outra denominação foi a de caminho da Forca, no trecho entre a rua da Vala e o largo do Capim, onde se erguia o patíbulo ou forca desde 1753. Com a abertura da avenida Presidente Vargas esse logradouro desapareceu, sendo a ela incorporado em 1943. SÃO PEDRO DA CIDADE NOVA (rua de) – Ver ATERRADO (rua do) e depois ver SENADOR EUSÉBIO (rua do). SÃO SEBASTIÃO (rua de) – Antiga SABÃO DO MANGUE (rua do). Localizada no Mangue entre a praça Onze de Junho e a rua de Miguel de Frias. Nomenclatura adotada por ato da Câmara Municipal em 29.08.1872 até 18.06.1874, quando toda a rua passou a ser denominada de VISCONDE DE ITAÚNA (rua do). (Ver). SAÚDE (rua da) – Na Gamboa. A área da cidade entre a Gamboa e a Saúde, foi no período colonial até os primeiros dias do 2º Império, conhecida pelo nome de Valongo, corruptela de vale longo, extenso. A praia ali existente tomou o nome de praia do Valongo, desaparecida com as obras do Cais do Porto, no governo Rodrigues Alves, que veio dar origem à rua da Saúde, à praça Municipal (depois praça do Barão de Tefé) e à antiga rua de São Francisco da Prainha, para o trecho entre a atual praça Mauá ate a avenida do Barão de Tefé, depois denominada de rua Velha de São Francisco da Prainha, ou simplesmente de rua de São Francisco (a partir de 1819), quando foi aberta a rua Nova de São Francisco da Prainha. Esse nome foi adotado em razão da construção da primitiva capela em memória desse santo nas fraldas do morro da Conceição em 1738. Em 2.03.1855, por ato da Câmara Municipal adotou-se a denominação de rua da Saúde (essa denominação tem origem na primitiva capela de N. S. da Saúde, levantada por provisão de 8.10.1742), ficando, em 1874, determinada essa nomenclatura para sua totalidade, que teve um prolongamento desde o canto da rua Conselheiro Zacarias até a ladeira do Morro da Saúde. Chamou-se temporariamente depois de 13.05.1888 de rua Antônio Prado, restabelecido pouco depois o nome anterior de rua da Saúde. Hoje é a rua Sacadura Cabral. SENADO (rua do) – Começa na rua Pedro Primeiro e termina na rua Riachuelo.Foi aberta na vasta propriedade do guarda-mor das minas Pedro Dias Paes Leme e seus herdeiros, que deu o nome ao morro de Pedro Dias, posteriormente chamado de morro do Senado, razão do nome dado a essa rua. Foi o vice-rei Conde de Rezende quem mandou alinhar a rua. Assim, a Câmara deu-lhe o nome de rua do Rezende. Mais tarde, esta denominação foi transferida para uma outra rua mais extensa e mais digna do vice-rei, com a concordância do homenageado e com a condição de que a rua que tivera seu nome passasse a ser chamada de rua do Senado, em homenagem ao Senado da Câmara, como era conhecido o Conselho da Cidade, por mercê do Rei de Portugal, desde 1757. Em 1884 passou a se chamar rua de BENARDO DE VASCONCELOS, em homenagem ao ilustre senador. Entretanto, a Câmara Municipal, em sessão de 28.01.1892, retornou a denominação tradicional de rua do Senado. SENADO (travessa do) – Ver VINTE DE ABRIL (rua do). SENADOR EUZÉBIO (rua do) – Rua hoje desaparecida pela construção e incorporação à avenida Presidente Vargas, pelo lado par. Começava na praça da República e terminava na avenida Francisco Bicalho. Na sessão da Câmara Municipal, de 19.11.1869 recebeu o nome de rua do Senador Euzébio, em homenagem a Euzébio Queiroz Coutinho Matoso da Câmara. Ver antiga ATTERRADO (rua do), no Mangue. SENADOR POMPEU (rua do) – Começa na rua da Conceição e termina no largo da Providência, Freguesia de Sant’Anna, 1º Distrito. No ano 1877 foi adotado o atual nome em homenagem a Tomás Pompeu de Souza Brasil, deputado e senador. Diretor do Liceu do Ceará, professor de geografia e história. Presbítero e Lente em Teologia do Seminário Episcopal em Pernambuco. Vigário Geral e diretor de Instrução Pública do Ceará. Ver a antiga PRÍNCIPE DOS CAJUEIROS (rua do). SENADOR VERGUEIRO (rua do) – Nomenclatura adotada a partir de 1867 para o antigo CAMINHO VELHO DO BOTAFOGO, homenageando Nicolau Pereira de Campos, falecido em 1839, que foi um dos mais atuantes defensores da Independência do Brasil, senador e ministro do Império. SENHOR DOS PASSOS (rua do) – Começa na rua Uruguaiana e termina na praça d a República. Aberta em princípios do século XVIII, essa rua foi conhecida inicialmente como o caminho de Fernão Gomes, talvez um de seus moradores. Depois recebeu o nome de rua da Polé, devido à lagoa do mesmo nome que ficava nas imediações. Com a edificação em 30.4.1737 da capela do Senhor dos Passos, depois reconstruída em 1843 como igreja e elevada à Ordem Terceira de N. S. do Terço, em 15.02.1848, adotou-se o nome de rua do Senhor dos Passos, que até hoje conserva. SETE DE SETEMBRO (rua do) – Começa na praça Quinze de Novembro e termina na praça Tiradentes. Aberta no século XVII, inicialmente denominou-se rua do Cano, em razão da pequena vala de pedra ali construída para conduzir as sobras da águas da Carioca até o mar. A rua do Cano não ia além da rua do Carmo, não atingindo a atual praça Quinze de Novembro. Com a construção do chafariz dessa praça a ligação foi completada e inaugurada em 7.09.1856. Logo após, a partir de 14.02.1857, por ato da Câmara Municipal, tal nome foi adotado em comemoração à data da Independência do Brasil, realizada em 7.09.1822, e o pequeno trecho da rua Detrás de São Francisco de Paula foi incorporado à nova rua de Sete de Setembro. Ver a antiga CANO (rua do) e a DETRÁS DE SÃO FRANCISCO DE PAULA (rua). SILVA MANUEL (rua do) – Aberta em 1832 nos terrenos da chácara de Cláudio José e Luís Pereira da Silva Manuel. Localizada na Esplanada do Senado em Santa Tereza. Em 31.10.1917 passou a denominar-se André Cavalcanti (rua de) pelo Decreto 1165. SUSPIRO (beco do) – Em época remota denominou-se travessa do Lima por ter sido aberta na chácara de propriedade de Faustino de Lima Fonseca Guttiers. Depois passou a se chamar de beco do Suspiro, de origem ignorada. Ver JOÃO ÁLVARES (rua do), na Gamboa. TEATRO (rua do) – Começa no largo de São Francisco e termina na praça Tiradentes. No início esse logradouro recebeu o nome de rua da Sé Nova, em razão da construção da nova matriz, que ficou inacabada e transformou-se depois na escola Militar (atual Faculdade Nacional de Engenharia). Depois em 1832, ali se inaugurou um teatro, reedificado em 1846 por João Caetano dos Santos, recebendo então o nome de Ginásio Dramático. A partir de 1855, a rua começou a ser chamada de rua do teatro ou rua do Teatro de São Francisco de Paula. Mais tarde outro teatro seria aberto na mesma rua, o Teatro São Luís. Em sessão da Câmara Municipal de 1.6.1874 a denominação foi alterada para rua de Souza Franco, em memória do conselheiro Bernardo de Souza Franco, notável financista e parlamentar do Império. No século XX recebeu diversos outros nomes, tais como rua do Tucumã (1917), rua do Professor Gomes de Souza (1922) rua Leopoldo Fróes (1932) e finalmente voltou definitivamente ao antigo nome de rua do Teatro, que conserva até hoje, pelo Decreto 6277 de 20.08.1938. TELLES (Beco do) – Ver COMÉRCIO (travessa do). TEOPHILO OTTONI (rua do) – Nomenclatura adotada em1869 para homenagear a Theófilo Benedito Ottoni, falecido naquele ano e que foi um importante político brasileiro. Chefe do Partido Liberal, deputado provincial, deputado geral pela Província de Minas Gerais e senador do Império. Ver antiga VIOLAS (rua das). TINOCO (travessa do) – Nome adotado a partir de 1873 por nela morar o ilustre provedor da Santa Casa de Misericórdia, Luís Antônio Tinoco da Silva. Ver o antigo ADELLOS (beco dos). THOMAS COELHO (rua do) – Nomenclatura adotada em 1888 para a antiga INVÁLIDOS (rua dos) (Ver). TIRADENTES (praça de) – Situada entre as ruas Sete de Setembro, da Constituição, Visconde do Rio Branco e da Carioca. Nomenclatura adotada em 1892 para homenagear o mártir da inconfidência mineira, Joaquim José da Silva Xavier, que possuía a alcunha de Tiradentes. Ver CONSTITUIÇÃO (praça da). TORRE (beco da) – No bairro do Castelo. A adoção de tal nome deve-se por ficar ao lado da torre da Igreja de São José. Ver NATIVIDADE (travessa da). TORRES (travessa do ou rua do) – Começa na Rua do Rezende e termina na rua do Riachuelo. Aberta em 1869 em terrenos de propriedade de Joaquim Rodrigues Torres e assim ficou conhecida. Hoje rua Tadeu Kosciusko (herói nacional da Polônia). TRÊS VENDAS (largo das) – ver NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (largo de). TREZE DE MAIO (rua do) – Na sessão da Câmara Municipal de 14.5.1888 recebeu esse nome em alusão ao decreto do dia anterior que aboliu a escravatura no Brasil. Ver antiga BOBADELLA (rua do) e GUARDA VELHA (rua da). URUGUAIANA (rua da) – Começa no largo da Carioca e termina na avenida Marechal Floriano. Nome adotado a partir de 14.11.1865, por Ato da Câmara Municipal, em memória da rendição das tropas invasoras paraguaias na cidade de Uruguaiana, em 18.09.1865. Ver antiga VALLA (rua da). VALLA (rua da) – Da lagoa da Ajuda, também chamada de lagoa de São Antônio, corria um fosso em direção a Prainha, servindo de escoamento para as águas do mar que em ocasiões de ressaca invadiam aquela lagoa. Foi o governador Aires Saldanha que, erguendo o Chafariz da Carioca, em 1723, aproveitou a vala para escoamento das águas do chafariz. Surgiu assim o nome da rua da Vala. Em 1765 o Conde da Cunha mandou cobrir a vala com lageados, surgindo assim uma rua que passou a ser usada pelas seges e carros, entretanto o nome de rua da Vala permaneceu até 1865. Ver URUGUAIANA (rua de). VALONGO (rua do) – Ver IMPERATRIZ (rua da). VELHA DE S. DIOGO (rua) – ver SÃO DIOGO (rua de), depois FERREIRA (rua do) e finalmente JOÃO CAETANO (rua do). VICTORIA (rua) – Foi aberta em 1875, principiando na rua do Catete, entre as ruas Bela da Princesa e Dois de Dezembro e finalizando na Praia do Flamengo, Freguesia da Glória. Hoje Buarque de Macedo, que foi engenheiro, diretor de obras do Governo e ministro de D. Pedro II. VINTE DE ABRIL (rua do) – Começa na praça da República e termina na rua do Senado. Foi aberta depois de 1814, nos terrenos que pertenceram a Maria Arcângela de Macedo Leme, filha de Pedro Dias Paes Leme. De início recebeu o nome de beco da Luxuria ou beco da Pouca Vergonha, por ser ali um lugar propício a amores ao ar livre e à luz da lua. Teve outras denominações como beco da Caçoada e Beco da Pândega. Mais tarde passou a se chamar travessa do Senado e através do Decreto 1165 de 31.10.1917 de rua Trinta de Abril até 2.2.1921, quando para homenagear a data de nascimento de José da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, que ali nasceu em uma casa de sobrado, foi, mais uma vez, alterada para a denominação atual, através do Decreto 1522. VINTE E OITO DE SETEMBRO (praça) – Em 14.10.1871 recebeu essa denominação em homenagem à assinatura da Lei do Ventre Livre ocorrida naquela data. Atualmente é a praça Mauá, cuja alteração de nomenclatura foi feita pelo Decreto 776 de 29.4.1910. Ver PRAINHA (largo da). VINTE E QUATRO DE MAIO (rua do) – Rua em continuação à estrada de ferro (na cancela de São Francisco) e conhecida por rua NOVA DO ENGENHO NOVO, até à rua do Barão do Bom Retiro, resultado da fusão das ruas da Estação, do Leite e do Gonçalves, as duas últimas abertas por Felipe Damásio Gonçalves Leite. Nomenclatura adotada em1874 para homenagear o dia da Batalha de Tuiuti ganha pelo General Osório VIOLAS (rua das) – Aberta em meados do século XVII, teve de início o nome de rua de Domingos Coelho, homem muito rico, ali proprietário de terrenos e que ocupou o cargo de ministro da Ordem Terceira do Carmo. Sua viúva deu também nome a esse logradouro – rua Dona Serafina ou rua Dona Serafina de Andrade. Outro nome antigo foi de rua dos Três Cegos (desconhece-se a razão; teriam ali vivido três homens cegos?). Porém o nome que mais perdurou foi o de rua das Violas, em razão da existência dos fabricantes de violas concentrados nesse logradouro e que ali se estabeleceram no final do século XVIII. Em 1869 passou a se chamar de rua do Teófilo Otoni, nome que preserva até hoje. Ver THEOFILO OTTONI (rua de). VISCONDE DE ABAETÉ (rua do) – Começa na rua dos Voluntários da Pátria e termina no beco da Formiga, em Botafogo. Aberta em1873 pelos joalheiros italianos Domingos e César Farini, com oficina na rua do Ouvidor e proprietários da área. Recebeu esse nome em homenagem ao estadista do Império, Antônio Paulino Limpo de Abreu. Depois teve o nome mudado para rua do CONDE DE IRAJÁ, em homenagem ao Bispo do Rio de Janeiro, Dom Manuel Rodrigues do Monte Araújo, falecido em 1862. VISCONDE DE CARAVELAS (rua do) – Aberta em1873, em Botafogo, pelos joalheiros italianos Domingos e César Farini, com oficina na rua do Ouvidor e proprietários da área. Nomenclatura adotada para homenagear o senador Carneiro de Campos, membro do primeiro Senado do Império. VISCONDE DE INHAÚMA (rua do) – Começa na praça do Barão de Ladário e termina no largo de Santa Rita. Denominação adotada em 18.11.1869 em homenagem a Joaquim José Inácio, uma das maiores glórias da Marinha do Brasil. Galgou todos os postos, desde o de Guarda Marinha, em 1832, até o posto de Almirante em 1869. Cobriu-se de louros na Guerra do Paraguai, onde serviu como Chefe de Esquadra, distinguindo-se na Passagem de Curupaiti. Foi Ministro da Marinha do Gabinete Caxias em 1861. Conselheiro de Guerra e membro do Conselho de S. Majestade Imperial. Barão por Decreto de 27.9.1867 e Visconde com grandeza em 3.3.1868. Ver a antiga PESCADORES (rua dos). VISCONDE DE ITABORAHY (rua do) – Começa na rua do Rosário e termina na praça Barão do Ladário. Recebeu tal denominação através do Decreto da Câmara Municipal em 17.01.1870, em homenagem a Joaquim José Rodrigues Torres, que teve grande fama na administração das finanças do Império. Foi Ministro de Estado dez vezes (Fazenda, Marinha e Guerra). Foi presidente do Conselho de Ministros, deputado e senador pela Província do Rio de Janeiro e seu primeiro governador, após o ato Adicional de 1834 que transformou a Corte em Município Neutro. Visconde com grandeza por decreto em 2.12.1854. Antiga PRAIA DOS MINEIROS (rua da), que ia até o Beco dos Adelos. (Ver). VISCONDE DE ITAMARATY (rua do) – Logradouro aberto em 1874, em São Francisco Xavier no Engenho Novo, e assim denominado em homenagem a Francisco José da Rocha, visconde com grandeza. VISCONDE DE ITAÚNA (rua do) – Começava na praça da República e terminava na rua Miguel Frias e avenida Francisco Bicalho, incorporada à avenida Presidente Vargas (1943). Nomenclatura adotada por ato da Câmara Municipal de 18.6.1874 (o Almanaque Laemmert informa ser o ano de 1872) em homenagem a Cândido Borges Monteiro, político brasileiro, falecido em 1872. Foi médico da Câmara Municipal, deputado-geral, senador, ministro da agricultura e presidente da Província de São Paulo – antiga SABÃO DA CIDADE NOVA (rua do) e a SÃO SEBASTIÃO (rua de) (Ver). VISCONDE DE MARANGUAPE (rua do) – Começa no largo da Lapa e termina na rua Evaristo da Veiga. Recebeu tal denominação, na sessão de 3.6.1871 da Câmara Municipal, em homenagem a Caetano Mario Lopes Gama, doutor em Direito, deputado por Alagoas, por Pernambuco e senador pelo Rio de Janeiro. Presidente das Províncias de Goiás, Rio Grande do Sul e Alagoas. Ministro de Estado por cinco vezes em diferentes pastas. Fundador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Visconde com grandeza em 2.12.1852. Ver a antiga MANGUEIRAS (rua das). VISCONDE DE SAPUCAHY (rua do) – Aberta em 1840 para ligar o Mangue ao Catumbi, homenageando uma das figuras mais importantes do Império, passou em 28.1.1871, por ato da Câmara Municipal a denominar-se rua do Visconde de Sapucahy (hoje Marquês de Sapucahy), Cândido José de Araújo Viana, parlamentar do Primeiro Império e ministro do Segundo Império. Mineiro, foi ele quem assinou no ano de 1842 o Decreto de introdução do selo postal no Brasil, ocorrido em 1.08.1843. Visconde com grandeza por Decreto de 2.12.1854 e Marquês em 15.10.1872. Ver a antiga BOM-JARDIM (rua do). VISCONDE DE SILVA (rua do) – Aberta em 1873 pelos joalheiros italianos Domingos e César Farini, com oficina na rua do Ouvidor, proprietários da área, em Botafogo e assim denominada em homenagem ao conselheiro Simões da Silva. VISCONDE DE TOCANTINS (rua do) – Aberta em 1877, em Todos os Santos, Freguesia do Engenho Novo e assim denominada para homenagear a José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, irmão do Duque de Caxias, militar e político brasileiro, foi deputado–geral pela Província de Minas Gerais e pelo Rio de Janeiro. VISCONDE DO RIO BRANCO (rua do) – Começa na praça Tiradentes e termina na praça da República. Nomenclatura adotada a partir de 3.06.1871 por Ato da Câmara Municipal para o trecho da rua Conde d’Eu (hoje Frei Caneca) entre a rua da Carioca e o campo de Sant’Ana. Homenagem feita a José da Silva Paranhos, um dos mais notáveis estadistas do Império do Brasil, visconde com grandeza por Decreto de 20.10.1870, deputado, presidente da província do Rio de Janeiro, senador, e ministro de vários gabinetes de diversos governos imperiais. Ver a antiga CONDE (rua do) e CONDE D’EU (rua do). VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA (rua dos) –– Assim denominada em 1870 para homenagear àqueles que bravamente morreram pela pátria na guerra contra o Paraguai. Ver a antiga NOVA DE SÃO JOAQUIM (rua), em Botafogo. Voltar/Back COPYRIGHT AUTOR DO TEXTO

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