sexta-feira, 4 de maio de 2012

António Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo http://www.bairrodocatete.com.br/baraodenovafriburgo.html http://www.marcopolo.pro.br/genealogia/paginas/cantagalo_pinto.htm Local e data de nascimento: Ovelha de Matão, Santa Maria de Aboadela, Portugal em 6 de Janeiro de 1795. Local e data da Morte: Rio de Janeiro, ás 23:30 no dia 4 de outubro de 1869. Antonio Clemente Pinto, era filho de Manuel José Clemente Pinto e de Luiza de Miranda. ...................... «O primeiro morador foi o português António Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo. Dono de 15 fazendas localizadas na região serrana fluminense, nos municípios de Cantagalo, Nova Friburgo e São Fidélis, resolveu, no início da segunda metade do século XIX, residir na cidade do Rio de Janeiro, onde também era dono de vários prédios, e construir um palácio à altura de sua fortuna, seu prestígio e suas ambições. Com isso, firmava ainda mais a sua posição social e o seu sucesso econômico. Em 1858 adquiriu uma casa na rua do Catete, que demoliu, e um terreno na rua do Príncipe, atual rua Silveira Martins, que na época chegava até a Praia do Flamengo. Em 1860 as obras do jardim puderam ser ampliadas com a compra de novos terrenos ao lado do que já possuía. Antonio Clemente Pinto chegou ao Brasil em torno de 1820, com cerca de 25 anos, pretendendo deixar para trás os anos de pobreza em Portugal. Após muitos anos de trabalho no comercio do Rio de Janeiro, onde desempenhou diversas atividades, conseguiu formar grande fortuna, especialmente na especulação de compra e venda de escravos, tornando-se, anos depois, um bem sucedido fazendeiro da região serrana fluminense, onde possuía cerca de 2.000 escravos e plantava café. A mudança para a capital imperial facilitaria a condução de seus negócios, dada a proximidade da Corte, ao mesmo tempo em que a construção de residências luxuosas afirmava sua liderança na atividade cafeeira, aumentando seu poder económico. Realizou grandes investimentos na região serrana fluminense, chegando a construir a Estrada de Ferro de Cantagalo com o propósito inicial de interligar suas fazendas, mas que acabou sendo a responsável pelo escoamento das safras de café de toda a região. Justamente por isso, em 1854, o imperador D. Pedro II lhe concedeu o título de barão, elevado a barão com grandeza em 1860. Na construção do Palácio Nova Friburgo, como passou a ser chamado, trabalharam pessoas das mais diversas nacionalidades, como alemães, portugueses, franceses e brasileiros, e das mais diversas especialidades, como arquitetos, pintores, escultores, estucadores, paisagistas, gravadores, pedreiros, carpinteiros, entre outras. Segundo o museólogo Cícero Almeida, "em sua fase inicial a obra contava com a participação tanto de operários e artesãos brasileiros quanto portugueses, além de um considerável contingente de escravos, dentre escravos-de-ganho ou de aluguel". Em julho de 1866 o Barão e sua família passaram a residir no Palácio, mas ele e sua mulher morreram logo depois: o Barão em 4 de outubro de 1869 e Laura Clementino da Silva Pinto no início do ano seguinte. O Palácio foi herdado pelo filho primogênito, Antonio Clemente Pinto, cabendo ao outro filho, Bernardo Clemente Pinto, conde de Nova Friburgo, algumas propriedades rurais. No início da década de 80 o conde de São Clemente passou a residir em Friburgo, ficando o Palácio como moradia de sua filha e de seu genro. Em 1889 o Palácio já não abrigava mais nenhum membro da família Clemente Pinto, e o conde resolveu vendê-lo por 1.800 contos de réis para a Companhia do Grande Hotel Internacional, que pretendia transformá-lo em um hotel de grande porte. A idéia, no entanto, não prosperou e o Palácio acabou sendo comprado pelo conselheiro do Império Francisco de Paula Mayrink e hipotecado por este para o Banco da República do Brasil.» http://www.republicaonline.org.br/index_site.htm Local e data de nascimento: Ovelha de Matão, Santa Maria de Aboadela, Portugal em 6 de Janeiro de 1795. Local e data da Morte: Rio de Janeiro, ás 23:30 no dia 4 de outubro de 1869. Antonio Clemente Pinto, era filho de Manuel José Clemente Pinto e de Luiza de Miranda. Chega ao Brasil por volta de 1820. No mesmo ano, Dom João VI (veja a biografia completa de Dom João na página inicial do site), através de um alvará a 3 de janeiro, cria a Vila de Nova Friburgo devido a forte imigração desde 1818 de habitantes do Cantão de Fribourg, Suíça. Em 1821 começa a trabalhar como "moço de recados" em uma loja da cidade do Rio de Janeiro. Entre os anos de 1821 e 1827, ocorreu o fato de um acidente ocorrido com o Barão de Ubá (João Rodrigues Pereira de Almeida ) onde Antonio Clemente o auxiliou, passando a ser protegido do barão acidentado; como se deu o acidente, e até que ponto ele foi auxiliado pelo barão, não se sabe (provavelmente um acidente em uma carruagem na qual o Barão de Ubá viajava), ele mesmo não tocava no assunto. Existem muitos lados em uma história como essa, é claro que é incrível que uma pessoa que chegou ao Brasil sem um centavo, se torne uma das pessoas mais ricas da nação em curtíssimo espaço de tempo, algo mais que uma ajuda simples de um homem poderoso deve ter acontecido (talvez uma GRANDE ajuda), agora quanto a ele ser um homem que obteve sua riqueza por meios escusos ou ilícitos, bem, isso já está mais no campo das fofocas e da maledicência de pessoas invejosas de um homem que enriqueceu muito rapidamente. Sabe-se que ele lucrou muito no mercado especulativo de escravos, pode nos parecer abjeto nos dias de hoje, mas era um negócio perfeitamente legal em sua época, é possível que ele tenha atuado no "contrabando" ou "mercado negro" de escravos após a proibição do tráfego negreiro em 1850 que já é uma coisa muito diferente do comércio legal de escravos (eu odeio utilizar a palavra "legal" junto a palavra "escravo", mas...), mas não existe nenhuma confirmação histórica desta hipótese. Na verdade Antonio Clemente não foi a primeira pessoa a ser ajudada pelo Barão de Ubá, que também foi o primeiro a dar uma oportunidade de trabalho digno para o futuro Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Sousa), quando este chegou ao Rio de Janeiro. Certamente ele tinha um grande senso organizacional e administrativo além de um tino comercial apurado; tinha o hábito de contratar estrangeiros para administrar suas fazendas os quais depois transformava em sócios, e que lhe traziam os benefícios de técnicas e costumes das sociedades mais desenvolvidas como as européias; Um desses "europeus, que tinha por sócio", era Jacobus Gijsbertus Paulus van Erven. O Barão Johann Jakob von Tschudi, que era diplomata suíço e foi um cientista, realizou várias viagens de estudo a alguns países da América do Sul, inclusive o Brasil; a partir de 1857, tendo estado no Distrito de Cantagalo. Em 1860 Tschudi esteve no Brasil (pela segunda vez), como ministro plenipotenciário da República Helvética (Suíça) para tratar, em missão especial, de problemas relacionados à imigração suíça. Seu livro, intitulado "Reisen durch Süd-Amerika" foi publicado em Leipzig em 1866. Nele há uma menção explícita a Jacobus: "...A agricultura brasileira parece ser exercida no distrito de Cantagalo pelos métodos mais racionais. Existem algumas fazendas instaladas em moldes modernos e práticos, que dão resultados satisfatórios, em desacordo com a apatia e indiferença geral que reina no meio brasileiro. Muitos dos fazendeiros ali residentes são europeus de grande inteligência. Se não me engano, foi o sr. Jakob van Erven o primeiro a trilhar pela agricultura racional, tendo introduzido várias inovações na tecnologia agrícola. Jakob van Erven administrava nada menos do que 11 fazendas do Barão de Nova Friburgo, sendo co-proprietário de algumas delas. Os grandes recursos monetários e o número elevado de operários facilitavam sua tarefa, e o levavam a êxitos completos nos seus empreendimentos modernizadores. Tais resultados não deixavam naturalmente de ter sua influência benéfica sobre os demais fazendeiros da região e agricultores do distrito todo." Portanto, é claro, que além de sorte o Barão de Nova Friburgo teve muita competência e visão. Mais tarde o engenheiro Jacobus casou-se pela terceira e última vez, com Josefa Maria Pereira de Sampaio Sandoval, na Fazenda do Macuco, em Cantagalo. Eles tiveram apenas um filho, Antônio de Sampaio van Erven , nascido na Fazenda Santa Rita, também em Cantagalo, e teve por padrinho e tutor o Barão de Nova Friburgo, este seu afilhado mais tarde administrou a Fazenda Santa Clara durante a sua menoridade, ou seja além de "braço direito" o sócio também se tornou compadre do barão. No auge de sua prosperidade Antônio Clemente Pinto, chegou a ser proprietário de 15 fazendas na região compreendida entre Cantagalo, São Fidélis e Nova Friburgo, foram elas: Em Cantagalo - Fazenda Santa Rita (nesta ele chegou a possuir 324 escravos), Boa Vista, Boa Sorte (como se ele necessitasse disso), Fazenda das Areias, Jacotinga, Itaoca, Laranjeiras, Gavião, Fazenda da Aldeia, Cafés e Água Quente. Em São Fidélis possuía a Fazenda Macapá. Em Nova Friburgo - Fazenda São Lourenço, Fazenda do Córrego e Fazenda Córrego Dantas. Além do Palácio de Nova Friburgo (leia mais sobre o Palácio de Nova Friburgo/Catete na coluna Museus & etc na página inicial deste site), o barão possuía no Rio de Janeiro 10 prédios, na ruas Municipal (atual Avenida Barão de Teffé na zona portuária), Beneditinos, das Violas (atual Rua Teófilo Otoni), Rua Direita (atual 1º de Março). Na antiga Rua Municipal ele fundou a empresa Friburgo & Filhos. Em 1829, obteve uma concessão de terras nas vizinhanças do então ainda selvagem Distrito de Cantagalo. A concessão tinha como objeto a lavra de ouro, porém os resultados foram quase nulos. Também em 1829 casou com sua prima Laura Clementina da Silva Pinto. Tiveram 4 filhos, sendo que dois faleceram ainda muito jovens. Em 15 de Setembro de 1830, nasceu no Rio Janeiro, seu filho Antonio Clemente Pinto Filho, que viria a ser,o 1º barão, visconde e Conde de São Clemente. Em 11 de Novembro de 1835 nasce em em Cantagalo, seu filho Bernardo Clemente Pinto Sobrinho, que mais tarde seria 2º barão, visconde e Conde de Nova Friburgo. Em 28 de março de 1854 por decreto do Imperador Dom Pedro II (leia a biografia completa de Dom Pedro na página inicial deste site), recebeu o título de Barão de Nova Friburgo. Em 1858 o Sr. Antonio Clemente Pinto, comprou uma parte das terras (que fora dos Valdetaros, Rua do Catete, 159 na época) da Sra. Violante Ribeiro da Fonseca que por sua vez havia herdado de seu filho o Comendador Manuel Pinto da Fonseca, por 120 contos de réis (escritura de 14 de maio de 1858); e começou ali a construção do palácio. Dois anos após a compra do terreno principal, onde já havia começado a construção da mansão por assim dizer, a Sra. Ana de Jesus Maria de Lacerda, precisou de um empréstimo (de 26 contos de réis) e deu como garantia as casas de número 161 e 163 da Rua do Catete, ou seja, as casas ao lado da obra da mansão (ô sorte!), como a Sra. Ana teve dificuldades para pagar o empréstimo; os dois (ela e o barão) assinaram um compromisso de venda das casas no mesmo valor da hipoteca. Nesta época nesses dois números moravam o Sr. Guilherme Berg e sua família, logo que o contrato de locação (arrendamento) terminou o barão tomou posse dos prédios e colocou-os abaixo, ampliando a área não edificada do palácio; o Palácio de Nova Friburgo, que hoje é o Palácio do Catete (Museu da República). O palácio, também foi conhecido pelo nome de Palácio do Largo do Valdetaro e Palácio das Águias. (leia a biografia do Desembargador Valdetaro clicando no link "Mais Biografias" na página inicial deste site e também não deixe de ler a história completa do Bairro e da Rua do Catete que começa na página inicial deste site na coluna "Pequena História do Catete" COPYRIGHJT AUTOR DO TEXTO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas