domingo, 8 de abril de 2012

LAMPIÃO, REI DO CANGAÇO

Virgulino Ferreira da Silva Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Virgulino Ferreira da Silva

Nascimento 4 de junho de 1898(ver abaixo)
Serra Talhada, PE
Morte 28 de julho de 1938 (40 anos)
Fazenda Angicos, Poço Redondo, SE
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Maria Bonita
Ocupação Cangaceiro
Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião (Serra Talhada, 4 de Junho de 1898(ver abaixo) — Poço Redondo, 28 de julho de 1938), foi um cangaceiro brasileiro.

Índice [esconder]
1 Nascimento
2 Vida de Lampião
3 Cronologia
4 A morte de Lampião e seu bando
5 Lampião compositor
6 Representações na cultura
7 Ver também
8 Notas
9 Referências
10 Bibliografia
11 Ligações externas

[editar] NascimentoHá grande controvérsia sobre a data de nascimento de Lampião. As mais citadas são:

7 de julho de 1897:[1][2] data do Registro Civil.[3]
4 de junho de 1898:[4] É a data citada em sua Certidão de Batismo[3], uma das mais citadas na literatura de cordel. A data de seu Batismo é geralmente aceita por muitos[1][4][3] devido ao costume das regiões do semiárido de se batizar as crianças primeiro e apenas registrá-las tempos depois, devido a um misto de religiosidade e desconfiança em relação ao poder civil constituído e a um "enquadramento administrativo" por parte deste.[1]
12 de fevereiro de 1900:[1], data dada segundo Antônio Américo de Medeiros pelo próprio Lampião em entrevista ao escritor cearense Leonardo Mota, em 1926, no Juazeiro do Norte.[5]
A questão de sua data de nascimento torna-se ainda mais relevante no contexto em que se instituem datas comemorativas em seu nome,[1] como o "Dia do Xaxado, projeto da Câmara Municipal de Serra Talhada que escolheu a data de 7 de julho,[6] o que correspondente ao seu registro civil.

[editar] Vida de LampiãoNascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semiárido do estado de Pernambuco e foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes. O seu nascimento, porém, só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900. Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região agreste e pobre onde ele morava. Uma das versões a respeito de seu apelido é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto que brilhava dando a aparência de um lampião.[carece de fontes?]

Sua família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança e, ao fazê-lo, provou ser um homem de atitudes violentas e rudes. Tornou-se um mito em termos de disciplina. Seus métodos de comando eram certas vezes melhores ou idênticos aos do Exercito Brasileiro (EB) - que até hoje guarda em sigilo os registros a respeito das guerrilhas entre militares e o bando de Lampião. O bando chamava os militares do EB de "Macacos".

Durante os 19 anos seguintes (começou aos 21 anos), ele viajou com seu bando de cangaceiros, que nunca ultrapassava o número de 50 homens, todos com cavalos e trajados com roupas de couro, chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da vegetação caatinga. Para proteger o "capitão", como Lampião era chamado, todos usavam sempre um poder bélico potente. Como não existiam contrabandos de armas para se adquirir, em sua maioria eram roubadas da polícia e unidades paramilitares. A espingarda Mauser e uma grande variedade de pistolas semiautomáticas e revólveres também eram adquiridos durante confrontos. A arma mais utilizada era o rifle Winchester.

Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. No nordeste do Brasil, sua história é contada diferente de todos os outros Estados do País. Lá, Lampião é conhecido como o Robin Hood do agreste brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis da época do coronelismo brasileiro para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos.

Era devoto de Padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em Juazeiro do Norte.

Em 1927, a cidade de Mossoró enfrentou Lampião. O então prefeito, Rodolfo Fernandes, organizou uma estratégia de resistência utilizando a força policial local e voluntários entre a população masculina disposta ao enfrentamento, e expulsou Lampião e o seu bando da cidade.[7]

Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930 e, assim como as demais mulheres do grupo, vestiam-se como cangaceiros e participou de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos: os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi comprovada a verdade dos fatos.

[8], além de outros dois natimortos.

[editar] Cronologia Esta secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde abril de 2012).
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15 de julho de 1895 – Nasceu Antônio Ferreira da Silva, filho de Maria Jacoza com Venâncio Nogueira. Venãncio compra e dar o sitio Passagem das Pedras, no riacho São Domingos, em Vila Bela.

7 de novembro de 1896 – Nasceu Levino Ferreira da Silva, vulgo Vassoura, primeiro filho de Zé Ferreira e Maria Jacoza.

7 de julho de 1897 – Nasceu Lampião, no sitio Passagem das Pedras, em Vila Bela - PE.

8 de março de 1911 - Nasceu Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita, na fazenda Malhada Caiçara, em Paulo Afonso - BA. Filha de José Felipe e Maria Déa.

1916 – Ze Caboclo, morador de Zé Saturnino é preso pelo inspetor Manoel Lopes em decorrência de roubo de bode e logo depois Domingos Rodrigues acusa os irmãos Ferreira de roubo de bode tento os mesmo que pagar alta quantia. Despois foi encontrado dois chocalhos de Ze Saturnino nas vacas dos Ferreiras. Ze Saturnino então pega três chocalhos dos Ferreiras e coloca em vacas suas. O jovem Virgulino pega um burro de Ze Saturnino e manda ele ir busca em sua casa e por conta disso Ze Saturnino começou a chamar os Ferreiras de ladrão. Virgulino então mata 9 criações de Ze Saturnino. Por conta do desaforo Ze Saturnino foi falar com Ze Ferreira e proibiu os irmãos Ferreiras de olhar a criação no campo. Os Ferreiras foram juntar o gado e foram emboscados por Ze Saturnino na Lagoa da Agua Branca, na fazenda Pedreira sendo nesta ocasião Antônio Ferreira ferido. Ze Ferreira, humilde agricultor foi em Vila Bela participar o assunto ao coronel Antônio Timóteo de Lima. Como a questão estava grande o senhor Quelé do Cipó procurou fazer um acordo com Ze Ferreira mas Zé Saturnino não quis acordo.

5 de agosto de 1917 – Nasce o povoado de Nazaré do Pico, distrito de Floresta - PE.

1917 – Ze Ferreira vende sua terra e vai morar na fazenda Poço do Negro, proximo ao povoado de Nazaré do Pico.

10 de Fevereiro de 1918 – Ze Saturnino vai até Nazare buscar um dinheiro quebrando um acordo feito e é emboscado por Lampiao e Domingos Paulo. No outro dia Ze Saturnino cerca a fazenda Poço do Negro com 15 homens e é baleado o cabra Ze Guedes, de Ze Saturnino.

1919 – Nazaré é invadida por Jacinto Alves de Carvalho e Lampião defende o povoado. Ze Alves Nogueira, sogro de Zé Saturnino é emboscado por Lampião e seu padrinho João Flor corre em socorro pensando que era Jacinto novamente atacando o povoado. Descobre que era Lampião e bate boca com ele começando a rixa dele com a familia do povoado. Levino Ferreira da um tiro no canto da rua e Odilon Flor, filho de João Flor revida quase atingindo Lampião na cabeça. Começa o tiroteio e Levino é ferido e vai até a casa de Chico Euzebio onde é preso e levado para Floresta. Levino é solto e os Ferreiras vão embora para Alagoas.

Maio de 1920 – Ze Ferreira manda o filho João Ferreira comprar remédio para um sobrinho doente. O delegado Amarilio prede ele e espera pelos irmãos que no outro dia vao busca-lo sendo emboscado pelo delegado. Maria Jacoza fica preocupada e resolvem ir embora da região. Na fazenda Engenho de Luiz Fragoso ela fica doente e Ze Ferreira vai comprar remédio e quando volta Maria Jacoza já esta morta. Dezoito dias depois Ze Ferreira é morto pelo tenente Zé Lucena e os Ferreiras resolvem entrar de vez na vida do cangaço.

1921- Os Ferreiras entram no grupo dos Purcinos e matam o viajante Arthur Pinto. O tenente Zé Lucena vai ate Poço Branco - AL onde trava tiroteio com o grupo saindo morto o cangaceiro Gafanhaque. Nesse ano os Ferreiras e os Purcinos matam ainda 6 irmãos da família Quirino, de Julio Batista.

Junho de 1921 – Os Ferreiras entram no grupo de Sebastião Pereira e Silva, vulgo Sinhô Pereira, cangaceiro famoso de Vila Bela.

8 de agosto de 1921 – Combate na centenária fazenda Carnauba entre Sinhô Pereira e capitão Zé Cataeno sendo morto o cangaceiro Luiz Macario e vitória da força volante.

Setembro de 1921 – Combate na fazenda Feijão entre Sinhô Pereira e tenente João Marques de Sá. Vitoria dos cangaceiros sem morte nenhuma.

Outubro de 1921 – Sinhô Pereira vai para o estado do Céara onde trava combate na fazenda Mandaçaia, não sofrendo nenhuma baixa em ambas as partes. Quatro dias depois travam combate na vila de Coité morrendo um soldado e saindo dois bandidos feridos. Depois houve outro combate onde foi morto o cangaceiro Pitombeira e saiu ferido o cangaceiro Lavandeira e dois soldados.

23 de junho de 1922 – Lampião faz um assalto a Baronesa de Agua Branca, da cidade de Agua Branca - AL, roubando ai grande quantia de dinheiro e sendo a primeira vez comandante de um grupo proprio.

18 de julho de 1922 – Combate em Poço da Areia - AL contra a força de 120 soldados do tenente Medeiros e parte da família Quirino saindo morto o sargento Agapto e dois soldados contra 20 cangaceiros de Lampião. Neste combate saiu gravemente ferido o cangaceiro Fiapo I sendo morto por Lampião depois.

Agosto de 1922 – Devido aos pedidos da familia o cangaceiro Sinhô Pereira vai embora na fazenda Preá, no Ceara com destino ao estado de Goias para junta-se ao primo e ex-cangaceiro Luiz Padre.

20 de outubro de 1922 – Invasão de São José do Belmonte -PE onde é morot o rico comerciante e chefe politico, coronel Luiz Gonzaga Lopes Ferraz, parente da familia nazarena.

31 de julho de 1923 – De supresa, Lampião entra em Nazaré do Pico e vai até o casamento de sua prima e ex-amor de infância Maria Licor Ferreira e Enoque Menezes com o intuito de acabar o casamento sendo repelido pelo padre Kerlhe que pede para ir embora e deixar o casamento acontece. Ele decide ir embora mas deixa a ordem para ninguém no povoado dançar.

1 de Agosto de 1923 – Combate na praça de Nazaré entre Lampiao e a forca do sargento Alencar com a ajuda dos civis nazarenos João Flor, Euclides Flor, Manoel Flor, Davi Gomes Jurubeba, Pedro Gomes de Lira e Zé Saturnino com 6 homens. Lampião vai embora. Depois desse ocorrido João Flor pede ao coronel José Pereira de Lima de Princesa Isabel - PB para alistar sua familia na Força Volante de Combate ao Banditismo. Tem inicio a Força de Nazaré, a mais ferrenha perseguidora de Lampião.

12 de agosto de 1923 – Combate na fazenda Enforcado, na Serra do Pico, em Floresta - PE entre o grupo de Lampião e os nazarenos. Saiu ferido o bandido Miguel Piloto e os nazarenos Pedro Gomes de Lira, Olimpio Jurubeba e Adao Thomaz Nogueira.

Janeiro de 1924 - Lampião ataca o povoado de Santa Maria, em Floresta - PE onde na ocasião encontrava-se um pequeno grupo de cangaceiros comandados por Tibúrcio Severino dos Santos, vulgo Nego Tibúrcio, ex-cabra de Zé Saturnino e odiado por Lampião. Lampião entao entra em combate e mata Tibúrcio e seus cabras partindo o cangaceiro em varios pedaços e jogando o corpo no meio da rua.

Março de 1924 - Combate de Lampião na Serra do Catolé, em São José do Belmonte - PE. Lampião é gravemente ferido no pé sendo cuidado pelo Dr. José Cordeiro e pelo Dr. Severino Diniz, da cidade de Triunfo - PE. A pedido do padre Kerlhe ele pensou em se entregar para a policia mas despois voltou atrás e continuou no cangaço.

14 de novembro de 1924 – Lampião toca fogo na casa da fazenda Lagoa do Mato, de Pedro Thomaz Nogueira sendo perseguidos pelos nazarenos Manoel Jurubeba, Manoel Flor, Inocêncio Nogueira e Levino Cabloco ate chegar na fazenda Baixas de Antonio Feitosa, em Floresta - PE. Lá houve novo combate entre Lampiao com 15 a 20 bandidos contra os nazarenos Euclides, Olimpio, Eloy, Pedro Lira, Abel Thomaz, Manoel Thomaz e Davi Jurbeba que saiu ferido no tornozelo. Foi morto o bandido Manoel de Margarida e dos nazarenos Olimpio Jurubeba e Inocencio Nogueira.

11 de fevereiro de 1925 - Lampião entra pacificamente na cidade de Custódia - PE.

4 de julho de 1925 - Lampião ataca a fazenda Melancia, em Flores - PE. O proprietário Zé Calú é violentado pelo grupo. Em seu socorro vieram os sargentos Imbrain e Zé Guedes com 30 soldados vão atrás do grupo que se aloja na Barra do Juá, em Flores - PE onde é morto dois cangaceiros. Dali os cangaceiros vão para o sitio Tenório, em Flores - PE onde o soldado Berlamino Morais em pleno combate viu um vulto de cangaceiro em cima de uma pedra gritando e atirando. Belarmino então atira e mata. Era o cangaceiro Levino Ferreira da Silva, irmão de Lampião. No outro dia ao saber disso o capitão Zé Caetano e o cabo Pedro Monteiro vão até o Tenório e encontram os 3 corpos sem a cabeça, pratica esta utilizada pelos cangaceiros para dificultar o reconhecimento pela policia.

14 de novembro de 1925 – Combate na fazenda Xique-Xique, em Vila Bela - PE entre Lampiao e a forca volante composta de Euclides Flor, Manoel Flor, João Jurubeba, Aurelino Francisco, Hercilio Nogueira, Ildefonso Flor e o rastejador Batoque. Neste combate é morto o soldado Ildefonso Flor. Doi cangaceiros são capturados, Mão Foveira e Cancão.

4 de fevereiro de 1926 – Na fazenda Caraibas, em Floresta - PE houve combate entre Lampiao com 60 cangaceiros e a força volante do tenente Optato Gueiros. O tenente Higino Belarmino e o cabo Manoel de Souza Neto sairam feridos. Foi morto os soldados Aristides Panta, Benedito Bezerra de Vasconcelos e Antonio Benedito Mendes e também 6 cangaceiros de Lampiao.

18 de fevereiro de 1926 – Lampiao ataca Nazare do Pico com 50 cabras. No povoado estavam apenas Lucio, Abel, Aureliano, Manoel Jurubeba, Gomes Jurubeba e Joao Jurubeba. Depois chegou Odilon Flor com Euclides, Vicente Grande, Manoel Lira, Antonio Capistrano e Quinca Chico. Incediaram as fazendas de Euclides e Joao Flor, Afonso Nogueira e Praxedes Capistrano.

20 de fevereiro de 1926 – A Coluna Prestes passa no povoado de Nazare com 600 homens comandados pelo major Otacilio Fernandes.

23 de fevereiro de 1926 - Lampião ataca a fazenda Serra Vermelha, em Vila Bela - PE e Antônio Ferreira mata Zé Alves Nogueira, tio de seu inimigo Ze Saturnino. Zé Nogueira havia sido sequestrado pela Coluna Prestes na passagem da mesma pela região e tinha acabado de chegar em casa cansando da violencia sofrida pelos revoltosos e sua morte gerou grande odio na familia Nogueira.

12 de abril de 1926 – Lampião recebe a patente de capitão do Exército Patriótico de Padre Cicero em Juazeiro do Norte - CE. Nessa cidade foi recebido com festa e foi entrevistado. Foi a ultima vez que reuniu toda a familia para tirar uma foto. Recebeu munição e ordens para combater a Coluna Prestes.

3 de julho de 1926 – Lampião ataca as cidades de Cabrobo - PE, Ouricuri - PE e Leopoldina - PE.

7 de julho de 1926 - Lampião manda o cangaceiro Sabino Gomes atacar a cidade de Triunfo - PE saqueando o comercio local. Houve troca de tiros com a policia saindo mortos 2 soldados e o comandante da policia local.

1 de agosto de 1926 – Lampião com 80 cangaceiros ataca a fazenda Serra Vermelha, em Vila Bela - PE. A familia Nogueira composta do major João Alves Nogueira e seu filho Neneco Nogueira combatem saindo morto o cabra Ze Paixao e Antonia, ambos moradores de João Nogueira.

26 de agosto de 1926 – O cangaceiro Horácio Novaes pede a Lampião para ataca a familia Gilo, na fazenda Tapera, em Floresta - PE por conta de uma mentira que Horacio soltou para Lampiao sobre o patriarca da familia. Lampiao então mata toda a familia e na hora de mostrar uma carta ao patriarca o mesmo responde que nao sabe escrever sendo morto na mesma hora por Horacio Novaes. Lampiao pecebe a mentira de Horacio e ele sai do grupo indo embora para o sul do pais.

6 de setembro de 1926 – Lampiao ataca Leopoldina - PE morrendo 2 soldados.

16 de setembro de 1926 – Combate na fazenda Tigre, em Itacuruba - PE entre Lampiao e o cabo Francisco Liberato. Lampiao foi ferido na homoplata e o cangeceiro Moreno no pé. Lampiao foi para a Serra da Cunha, em Tacaratu - PE trata do ferimento.

11 de novembro de 1926 – Combate na fazenda Favela, em Floresta - PE entre Lampiao e o cabo Manoel Neto. Morreram 5 soldados sendo um deles João Gregorio Ferraz Neto, da familia nazarena. Do lado dos cangaceiros morreram cinco bandidos.

25 de novembro de 1926 – Lampião sequestra o viajante Mineiro Dias e vai até a Serra Grande, em Vila Bela - PE. Nessa serra acontece o maior combate entre cangaceiros e a policia. Participam do combate o major Theofanes Ferraz Torres, tenente Higino Belarmino, tenente Sólon Jardim, sargento Arlindo Rocha, cabo Manoel Neto, aspedacada Euclides Flor e mais 400 homens. Lampião no alto da serra ataca e mata onze da policia e deixa onze feridos entre eles Manoel Neto e Arlindo Rocha. De Lampiao apenas Antonio Ferreira foi baleado.

25 de dezembro de 1926 - Por conta do ferimento e da falta de munição gasta no combate da Serra Grande, o cangaceiro Antônio Ferreira junto de Luiz Pedro, Jurema e Biu vão até a fazenda Poço de Ferro, em Tacaratu - PE, pertecente ao coiteiro Angelo Gomes de Lima. O cangeceiro Luiz Pedro estava limpando uma arma e acabou dormindo. Antônio Ferreira balança a rede para acorda-lo e a arma dispara atigindo Antônio Ferreira. Lampião é chamado até a fazenda. Lampião isenta Luiz Pedro de culpa e enterra o cangaceiro Antônio Ferreira da Silva.

3 de abril de 1927 - Lampião manda um subgrupo comandado pelo cangaceiro Jararaca atacar a cidade de Carnaíba - PE assaltando o comércio local.

13 de junho de 1927 - Lampião ataca a cidade de Mossoró - RN. O bando de Lampião foi dividido em varios subgrupos comandados pelos cangaceiros Sabino Gomes, Massilon Leite, Jararaca e Luiz Pedro. A cidade estava totalmente organizada tendo a frente o prefeito Rodolfo Fernandes que distribuiu seu pessoal nas 4 torres da cidade, que aquela altura era a segunda maior do estado. Lampião sofreu sua maior derrota. O cangaceiro Jararaca foi preso e enterrado vivo. Mossoró saiu vencedora.

15 de junho de 1927 - Lampião em fuga do combate de Mossoró sequestra a senhora Maria Rocha e o senhor Antônio Gurgel pedindo 80 contos de réis. Para isso ele vai até a cidade de Limoeiro do Norte - RN sendo recebido pacificamente pelo juiz Custódio Saraiva que passou telegrama sobre o resgate do sequestro que não chegou. Lampião dormiu na cidade e depois foi embora.

17 de junho de 1927 - Combate entre Lampião e a Força Volante na Serra da Mucamba, em Jaguaribara - RN. Lampião com 42 homens e a policia com 815 homens comandados pelo major Moisés do Rio Grande do Norte. Nesse combate foi morto dois soldados e um ferido.

27 de março de 1928 - Lampião vai até a fazenda Batoque, em Jati - CE do coiteiro Antonio da Piçarra. A Força de Nazaré entra no estado cearense. O cangaceiro Sabino Gomes conversava ao pé de um fogueira quando é atigindo na boca por Hercilio Nogueira, dos nazarenos. Lampião bate em retirada sendo perseguindo pela policia. Duas semanas depois, não aguetando vê tanto sofrimento com o ferimento de Sabino, o cangaceiro Mergulhão á pedido mata Sabino com um tiro de misericordia.

1 de março de 1929 - Lampião entra pacificamente na cidade de Carira - SE.

25 de novembro de 1929 - Lampião entra em Nossa Senhora das Dores - SE. De lá vai de carro até a cidade de Capela - SE. Lá visita o comércio local, assiti um filme no cinema e recolhe dinheiro com os comerciantes locais.

19 de dezembro de 1929 - Lampião entra na cidade de Pombal - BA.

[editar] A morte de Lampião e seu bando
As cabeças dos cangaçeiros incluindo Lampião e Maria BonitaNo dia 27 de julho de 1938, o bando acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe, esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28, os cangaceiros levantaram para rezar o oficio e se preparavam para tomar café; quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais.

Não se sabe ao certo quem os traiu. Entretanto, naquele lugar mais seguro, o bando foi pego totalmente desprevenido. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.

O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais apreenderam os bens e mutilaram os mortos. Apreenderam todo o dinheiro, o ouro e as joias.

A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepou a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando foi degolada. O mesmo ocorreu com Quinta-Feira, Mergulhão (os dois também tiveram suas cabeças arrancadas em vida), Luis Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete (2) e Macela. Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a; este detalhe contribuiu para difundir a lenda de que Lampião não havia sido morto, e escapara da emboscada, tal foi a modificação causada na fisionomia do cangaceiro.

Feito isso, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal. Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus. Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor.

Percorrendo os estados nordestinos, o coronel João Bezerra exibia as cabeças - já em adiantado estado de decomposição - por onde passava, atraindo uma multidão de pessoas. Primeiro, os troféus estiveram em Piranhas, onde foram arrumadas cuidadosamente na escadaria da igreja, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografadas. Depois, foram levadas a Maceió e ao sudeste do Brasil.

No IML de Aracaju, as cabeças foram observadas pelo médico Dr. Carlos Menezes. Depois de medidas, pesadas e examinadas, os criminalistas mudaram a teoria de que um homem bom não viraria um cangaceiro, e que este deveria ter características sui generis. Ao contrário do que pensavam, as cabeças não apresentaram qualquer sinal de degenerescência física, anomalias ou displasias, tendo sido classificados, pura e simplesmente, como normais.

Do sudeste do País, apesar do péssimo estado de conservação, as cabeças seguiram para Salvador, onde permaneceram por seis anos na Faculdade de Odontologia da UFBA. Lá, tornaram a ser medidas, pesadas e estudadas, na tentativa de se descobrir alguma patologia. Posteriormente, os restos mortais ficaram expostos no Museu Antropológico Estácio de Lima localizado no prédio do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, em Salvador, por mais de três décadas.


O Memorial da Resistência localizado em Mossoró no Rio Grande do Norte é um museu que retrata a história da única cidade nordestina a resistir à invasão do bando de Lampião.Durante muito tempo, as famílias de Lampião, Corisco e Maria Bonita lutaram para dar um enterro digno a seus parentes. O economista Silvio Bulhões, filho de Corisco e Dadá, em especial, empreendeu muitos esforços para dar um sepultamento aos restos mortais dos cangaceiros e parar, de vez por todas, a macabra exibição pública. Segundo o depoimento do economista, dez dias após o enterro de seu pai, a sepultura foi violada, o corpo foi exumado, e sua cabeça e braço esquerdo foram cortados e colocados em exposição no Museu Nina Rodrigues.

O enterro dos restos mortais dos cangaceiros só ocorreu depois do Projeto de Lei nº 2.867, de 24 de maio de 1965. Tal projeto teve origem nos meios universitários de Brasília (em particular, nas conferências do poeta Euclides Formiga), e as pressões do povo brasileiro e do Clero o reforçaram. As cabeças de Lampião e Maria Bonita foram sepultadas no dia 6 de fevereiro de 1969. Os demais integrantes do bando tiveram seu enterro uma semana depois.[2]

[editar] Lampião compositorVer artigo principal: Mulher Rendeira
"Mulher Rendeira" é um antigo tema popular, muito cantado nos sertões nordestinos ao tempo de Lampião, e cuja origem é controversa. Segundo a versão mais conhecida do Pe. Frederico Bezerra Maciel, regionalista pernambucano e biógrafo de Lampião, é de que o mesmo teria escrito os versos da versão original da música.[9] A ele se acrescenta Câmara Cascudo, segundo o qual Lampião teria feito escrito a letra em homenagem ao aniversário de sua avó d. Maria Jocosa Vieria Lopes ("Tia Jacosa") em 15 de setembro, que era uma rendeira.[10][11] Compôs a música entre setembro de 1921 e fevereiro de 1922, quando apresentou a música em Floresta (Pernambuco).[10] A música tornou-se praticamente um hino de guerra dos cangaceiros do bando de Lampião, tendo inclusive relatos de que o seu ataque à Mossoró em 1927 teria sido feito com mais de 50 cangageiros cantando "Mulher Rendeira".[10]

Por isso foi incluído no premiado filme "O Cangaceiro", de Lima Barreto, que o celebrizou no país e no exterior. Na ocasião, sofreu uma adaptação do compositor Zé do Norte (Alfredo Ricardo do Nascimento), autor de outras músicas do filme, que manteve a sua estrutura original.Há tamb uma gravação de um antigo cabra do bando de Lampião, o cangaceiro Volta Seca.[12]

[editar] Representações na culturaCapitães da Areia de 1937, citações referentes a Lampião
O Cangaceiro de 1953
Corisco, O Diabo Louro de 1969
Lampião e Maria Bonita de 1982
O Cangaceiro Trapalhão de 1983
Mandacaru de 1997
Baile Perfumado de 1997
Canta Maria de 2006
O Lamparina de 1963
Cordel Encantado de 2011
[editar] Ver tambémCorisco
Maria Bonita
Virgínio
Durvinha
Moreno
Zé Baiano
Zé Saturnino
Nazaré do Pico
Benjamin Abrahão Botto
NotasReferências↑ a b c d e Elise, Grunspan-Jasmin. Lampião, senhor do sertão: vidas e mortes de um cangaceiro. [S.l.]: Editora Universidade de são Paulo, 2006. Capítulo: 1, 390 p. p. 43-44. ISBN 9788531409134. Página visitada em 12 de janeiro de 2012.
↑ a b "Lampião (Virgulino Ferreira da Silva)", por Semira Adler Vainsencher para a Fundação Joaquim Nabuco
↑ a b c Virgulino Ferreira. Cultura Itinerante. Dana cultural. Página visitada em 12 de janeiro de 2012.
↑ a b Biografia de Lampião
↑ Lampião. Website da Quadrilha Eta Lasquera. Página visitada em 12 de janeiro de 2012.
↑ Matérias Apresentadas no 1º Semestre de 2006 - Projetos do Executivo. Câmara Municipal de Serra Talhada. Página visitada em 12 de janeiro de 2012.
↑ - "Há 80 anos, Lampião chegava a Mossoró". Nominuto.com
↑ João de Sousa Lima, escritor e pesquisador, membro da SBEC-Sociedade de Estudos do Cangaço, da Academia de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Paulo Afonso Blog João de Souza Lima
↑ Frederico Bezerra Maciel. Lampião, seu tempo e seu reinado. Recife: Editora Universitária, 1979.
↑ a b c Lampião - O Capitão do sertão!. Anuário Cultural Humanus VII - Edição Lampião. Sama Multimídia (2008).
↑ Mulher Rendeira – “A versão autentica” (em inglês). RhythmnRoots (13 de dezembro de 2010). Página visitada em 5 de janeiro de 2012.
↑ Blog Mulher Rendeira
[editar] BibliografiaLampião, o Rei dos Cangaceiros - Autor: Billy James Chandler
Revista Super Interessante - Editora Abril/Junho de 1997
[editar] Ligações externasEntrevista com Lampião (Jornal O Povo, 4 de junho de 1928)
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