quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

8999 - HISTÓRIA DO PARÁ

História do Pará
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A História do Pará começa antes do descobrimento do Brasil, quando o atual território do estado era povoado pelos Marajoaras.

Ver artigo principal: Grão-Pará
A província tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

Índice [esconder]
1 Revoltas contra o Império
2 Ciclo da Borracha
2.1 Primeiro ciclo
2.2 Segundo ciclo
3 Redescoberta
4 A colonização do sudeste paraense e a Mineração em Carajás
5 Atualidade


[editar] Revoltas contra o Império
A Província do Pará foi a última a ser incorporada ao Império, quando da Independência do Brasil uma vez que, com fortes laços com Portugal, não aceitou fazer parte da nova nação. Apesar do dia 15 de Agosto ser feriado estadual, questiona-se hoje o mérito da comemoração, já que houve uma "anexação" à Coroa Brasileira e não uma "adesão" por parte dos paraenses.

Outro dos principais episódios da história paraense foi a Cabanagem, uma revolta popular onde os rebelados tomaram o controle regional, que custou anos para o Império reprimir. Outro episódio é a Adesão do Pará à Independência do Brasil:

[editar] Ciclo da Borracha
Ver artigo principal: Ciclo da borracha
[editar] Primeiro ciclo
O Pará apresenta uma economia sem relevância até cerca de 1880, quando começa o Ciclo da Borracha: muitos migrantes são recebidos, principalmente do nordeste, para realizarem a extração do látex em latifúndios pertencentes à elite da capital, Belém. Durante quase quarenta anos, Belém do Pará foi a residência de barões da borracha, onde foi construída até uma réplica de Paris pelo então prefeito Antônio Lemos: uma reforma urbana invejável até por Rio de Janeiro e São Paulo. Na década de 1910 termina o ciclo da borracha, voltando o Pará à pobreza: passando a ser apenas um mero fornecedor de matérias-primas para o sudeste brasileiro.

[editar] Segundo ciclo
Na Segunda Guerra Mundial, pelas mãos de Getúlio Vargas, foi criado o Banco de Crédito da Borracha para incentivar a retomada da extração de látex para a exportação, com a demanda dos Estados Unidos, o que ficou conhecido como o Segundo Ciclo da Borracha. Na mesma época, o governo estadunidense, interessado na localização estratégica de Belém, implanta importantes obras na capital, como o aeroporto, a vila militar e o Grande Hotel. Porém o segundo ciclo não tarda a findar: com a rendição do Japão, cessam os interesses militares dos Estados Unidos, são liberadas as colónias produtoras de borracha na Ásia, perdendo novamente a preferência pela borracha amazônica, sendo o Pará renegado outra vez à pobreza: intensifica-se o papel de fornecedor de matéria-primas para a crescente indústria do sudeste.

[editar] Redescoberta
Porém, sem dúvida foi na época de 1960 que o Pará foi redescoberto: o presidente JK constrói Brasília e paralelamente constrói rodovias radiais ligando diversas regiões do país a nova capital, sendo a rodovia Belém-Brasília uma delas: mudou a temática de transportes no Pará e na Amazônia, que era quase completamente fluvial, passa a ser rodoviarista. Essa estrada facilitou o escoamento de produtos e pessoas em direção ao Distrito Federal e ao resto da nação.

[editar] A colonização do sudeste paraense e a Mineração em Carajás
Já nos governos militares, criou-se uma concepção que a Amazônia possuia um sólo extremamente fértil (tese rechaçada recentemente), sendo um vazio demográfico que deveria ser devastado e populado para ser o celeiro agrícola da nação, para garantir a posse das terras ao Brasil e para amenizar conflitos por terras em outras regiões, com o lema Terras sem homens para homens sem terra.

Paralelamente, foram realizadas prospecções minerais no Sudeste do Pará (região que tem Marabá como cidade-pólo), responsáveis por descobrirem as Reservas de Carajás: gigantescas reservas mineralógicas que deveriam ser exploradas.

Foi-se realizado um grande plano de colonização das terras que margeavam as estradas, na linha entre Belém e Brasília (Sudeste do Pará): onde foram implantadas agrovilas e rurópoles, muitos migrantes foram atraídos, principalmente do Nordeste e do Sul do Brasil, porém fracassaram os planos de assentamento: os colonos abandonaram seus lotes e mudaram-se para as maiores cidades do Sudeste Paraense, ocasionando inchaço, houve grilagem de terras, constituição de latifúndios, devastação, desterritorialização de populações tradicionais, corrida pelo ouro em Serra Pelada e a distância do estado: um clima extremamente propício para que o Sudeste Paraense tornasse-se um local desflorestado, dominado por uma elite agrária, muito produtivo (de bens primários) e principalmente extremamente violento. Antes dos planos de colonização, o Pará tinha cerca de 80 municípios, agora são 143 municípios, quase todos criados no Sudeste do estado.

A construção na Hidrelétrica de Tucuruí é a maior hidrelétrica 100% brasileira e faz parte do plano de crescimento econômico da região: foi inaugurada pelo presidente João Figueiredo, servindo principalmente como fornecedora de energia a baixo custo para os grandes projetos minerais e secundariamente para a população comum do estado.

[editar] Atualidade
Atualmente, com uma economia baseada na exploração mineral, o Pará é a maior reserva mineralógica do planeta: 75% de todas as exportações do Pará é minério, principalmente proveniente das Reservas de Carajás; 13% de madeira, também proveniente principalmente do Sudeste Paraense; 2% de pimenta e 10% de outros produtos (principalmente energia elétrica, da hidroelétrica de Tucuruí). Sua capital é uma metrópole comparável a Belo Horizonte, Porto Alegre ou a Brasília, com vôos para a Europa, Miami e Caribe sem necessidade de conexão em outras regiões brasileiras. Goza de uma infra-estrutura urbana herdada do Ciclo da Borracha, onde ocorrem frequentes e seguidos booms imobiliários promovidos por grandes construtoras; a indústria estadual, ainda fraca, é baseada na siderurgia para exportação, seu setor primário (agropecuária e mineração) é concentrada no Sudeste do estado, sua rede de transportes valoriza o rodoviarismo e despreza o fluviarismo, maior potencial de transportes da Amazônia, por uma imposição dos brasileiros.

O Estado pode ser dividido basicamente em três grandes áreas:

1. Nordeste Paraense: menor região em território, cerca de 22% do estado, possui a capital, Belém do Pará, que também é sua cidade-pólo e a 10º maior cidade brasileira em número de habitantes [1.437.600 - segundo dados do Censo 2009]. Sem dúvida essa é a região com a melhor qualidade de vida, possui uma grande malha viária, bom estado de conservação da floresta amazônica e maior presença do poder público. Especializada no setor terciário (comércio e serviços), há pouca concentração fundiária e melhor infra-estrutura para o turismo e estabelecimento de escritórios: é a região mais populosa e povoada, onde a população é tradicionalmente paraense (origem basicamente luso-indígena). Aí estão os menores municípios do Pará em cobertura territorial. É dominada por uma elite ligada aos setores de comunicação, construção civil e supermercadista.

2. Sudeste Paraense: A região que mais gera riquezas do estado, cobrindo cerca de 25% do mesmo, tem Marabá como cidade-pólo. Possui um grande parque agromineral voltado para a exportação, é onde estão situadas as Reservas de Carajás e o maior número de latifúndios. Apenas cerca de 20% da população é paraense, é a região do Bico do Papagaio, onde há a maior concentração de conflitos fundiários no Brasil, já estando essa violência mais amena, se comparada a décadas atrás. A região não pára de receber migrantes, principalmente nordestidos empobrecidos, visando empregos simples e sub-empregos, e fazendeiros sul-sulistas emergentes visando a aquisição de terras para o empreendimento do agronegócio. Existe a previsão que serão mais um milhão nos próximos três anos, uma situação preocupante. Ainda com muitos conflitos no campo e dominada por uma elite aristocrática ligada a terra, essa região está quase toda devastada. Possui 1,3 milhões de habitantes e 14 milhões de cabeças de gado: mais de 10 cabeças de gado per capta.

3. Oeste do Pará: compreende mais da metade de todo o Estado, é a região menos povoada e menos populosa, que menos gera riqueza, onde a floresta amazônica está melhor preservada. Esta região compreende o centro, o sudoeste, o oeste e o noroeste do Pará, tem Santarém como cidade-pólo. Tendo sua população tradicionalmente de paraenses, a região vem sofrendo recente crescimento econômico com o escoamento de soja produzida no Mato Grosso (maior produtor sojeiro do planeta) através da hidrovia Tapajós-Teles Pires e da rodovia Santarém-Cuiabá, o produto é transportado até o porto de Santarém, onde é embarcado diretamente para a exportação internacional. 5% de toda a soja exportada por Santarém já é de produção própria. A região é dominada por uma elite de comerciantes e de fazendeiros tradicionais, possui os maiores e menos habitados municípios do Pará, em extensão territorial, entre eles, Altamira, que é o maior município do mundo.

[Esconder]v • eHistória dos estados e Regiões do Brasil
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Categoria: História dos estados do Brasil
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