terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

8924 - HISTÓRIA DE PERNAMBUCO

Pernambuco
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Coordenadas: 08º 04' S 37º 15' W
Estado de Pernambuco

(Bandeira) (Brasão)

Hino: Hino de Pernambuco
Gentílico: Pernambucano (a)



Localização
- Região Nordeste
- Estados limítrofes Bahia, Piauí, Alagoas, Ceará e Paraíba
- Mesorregiões 5
- Microrregiões 18
- Municípios 185
Capital Recife
Governo 2011 a 2014
- Governador(a) Eduardo Campos (PSB)
- Vice-governador(a) João Lyra Neto (PDT)
- Deputados federais 25
- Deputados estaduais 49
- Senadores Armando Monteiro Neto (PTB)
Jarbas Vasconcelos (PMDB)
Humberto Costa (PT)
Área
- Total 98 311,616 km² (19º) [1]
População 2010
- Estimativa 8 796 032 hab. (7º)[2]
- Densidade 89,47 hab./km² (6º)
Economia 2008[3]
- PIB R$70 441 000 mil (10º)
- PIB per capita R$8 065 (21º)
Indicadores 2009[4]
- Esper. de vida 69,1 anos (25º)
- Mort. infantil 35,7‰ nasc. (25º)
- Analfabetismo 17,6% (21º)
- IDH (2005) 0,718 (23º) – médio[5]
Fuso horário UTC-3
Clima tropical atlântico (no litoral) e semi-árido (no agreste e sertão) Am, Bsh
Cód. ISO 3166-2 BR-PE
Site governamental www.pe.gov.br



Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. É o décimo estado mais rico do país. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 98 311 km² (pouco menor que a Coreia do Sul). Também faz parte do seu território o arquipélago de Fernando de Noronha. Sua capital é a cidade do Recife (a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas).[6] O atual governador é Eduardo Campos (PSB).[7]

Pernambuco é o sétimo estado mais populoso do Brasil, com mais de 8,8 milhões de habitantes (pernambucanos), que equivalem a aproximadamente 4,6% da população total do país. Desse contingente, no ano de 2008, mais da metade (55,2%) se declaravam pardos, seguidos por brancos (37,9%), negros (6,3%) e indígenas (0,6%).[8] A capital, Recife, é o município mais populoso do estado e sua Região Metropolitana é o maior conglomerado urbano do Nordeste Brasileiro. Recife é o principal centro industrial, comercial, cultural e universitário de Pernambuco, exercendo forte influência regional, que se estende pelos estados vizinhos.[9] Na Região Metropolitana do Recife (RMR), se encontram Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista, respectivamente segundo, terceiro e quarto municípios mais populosos do estado.[7] Outros municípios importantes são Vitória de Santo Antão e Goiana, na Zona da Mata; Caruaru e Garanhuns, no Agreste; Petrolina, na Região do São Francisco; e Serra Talhada, Arcoverde e Araripina, no Sertão.

Uma das primeiras regiões do Brasil a ser ocupada pelos portugueses, Pernambuco foi também um dos mais importantes núcleos econômicos nos primórdios do período colonial, tornando-se alvo dos interesses de outras nações, como a Holanda, que deteve o domínio da região entre 1630 e 1654.[9] O estado teve ativa participação em diversos episódios da história brasileira, servindo de berço a movimentos de caráter nativista ou de ideais libertários, como Guerra dos Mascates, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolta Praieira[10], mas perdeu peso político e econômico a partir do século XVIII, com o deslocamento do pólo econômico para o sudeste do Brasil.[9] Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva tornou-se o primeiro pernambucano a assumir a Presidência da República.[11]

Conhecido por sua ativa e rica cultura popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como o frevo, o maracatu e os pastoris, bem como detentor de um vasto patrimônio histórico, artístico e arquitetônico, sobretudo no que se refere ao período colonial.[9] O estado também deu origem a grandes romancistas e poetas brasileiros, como Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto[7], e participou do movimento de renovação e internacionalização das artes visuais brasileiras, com Cícero Dias e Vicente do Rego Monteiro. Na década de 1990, surgiu em Pernambuco o mangue beat, amálgama do rock, do pop, do rap e do funk com os ritmos locais.

O estado logrou notáveis avanços nos indicadores sociais nas últimas décadas, reduzindo, por exemplo a mortalidade infantil em quase 50% entre 1990 e 2005[7], como também a taxa de analfabetismo (para 17,6% em 2009[12]).

Marcado por uma lenta progressão econômica durante a maior parte do século XX, Pernambuco possui o décimo maior produto interno bruto (PIB) do Brasil e o segundo maior da região Nordeste, atrás apenas da Bahia. O pequeno crescimento econômico não foi suficiente para absorver a mão-de-obra egressa do campo, o que gerou grande fluxo migratório para outras regiões do país. Nos últimos trinta anos, todavia, o estado assiste a uma importante mudança em seu perfil econômico, tornando-se menos dependente do setor agrícola. Além da importância crescente do setor terciário, sobretudo das atividades turísticas, o setor industrial possui grande peso regional.[7] A Região Metropolitana do Recife se destaca como um dos principais pólos industriais do Nordeste, ao lado de Salvador.[9] Mais recentemente, grandes investimentos nos setores petroquímico, biotecnológico, farmacêutico[13] e automotivo [14] deram novo impulso à economia do estado, que vem crescendo acima da média nacional.[15] Só o Complexo Industrial Portuário de Suape tem o poder de triplicar o PIB de Pernambuco até 2030[16].

O estado é representado na bandeira do Brasil pela estrela Mµ de Escorpião.[17]

Índice [esconder]
1 Etimologia
2 História
2.1 Período pré-colonial
2.2 Período colonial
2.2.1 Os primeiros anos
2.2.2 Invasão holandesa
2.2.3 Insurreição Pernambucana
2.3 Brasil imperial
3 Geografia
3.1 Relevo
3.1.1 Baixada Litorânea
3.1.2 Planalto da Borborema
3.2 Clima
3.3 Litoral
3.4 Vegetação
3.5 Hidrografia
4 Demografia
4.1 Municípios mais populosos
4.2 Evolução demográfica
4.3 Composição étnica
4.3.1 Africanos
4.3.2 Índios
4.3.3 Portugueses
4.3.4 Espanhóis
4.3.5 Alemães
4.3.6 Ingleses
4.3.7 Árabes
4.3.8 Outras etnias
4.4 Religião
5 Economia
5.1 Setor primário
5.2 Setor secundário
5.3 Papel de centralizador econômico
5.4 Turismo
6 Infraestrutura
6.1 Saúde
6.2 Educação
6.3 Transportes
6.3.1 Ferrovias
7 Culinária Permabucana
8 Ver também
9 Referências
10 Bibliografia
11 Ligações externas


[editar] Etimologia
A origem do nome Pernambuco é controversa, alguns estudiosos afirmam que era a denominação nas línguas indígenas locais da época do descobrimento para o pau-brasil (Caesalpinia echinata). A mais aceita no entanto é que o nome vem do tupi Paranã-Puca, que significa "onde o mar se arrebenta", uma vez que a maior parte do litoral do estado é protegida por paredões de recifes de coral.

[editar] História
Ver artigo principal: História de Pernambuco
[editar] Período pré-colonial

Dança dos Tapuias, por Albert Eckhout (séc. XVII). Museu Nacional da Dinamarca, Copenhagen.O Nordeste brasileiro concentra alguns dos mais antigos sítios arqueológicos conhecidos do país, com datação superior a 40 000 anos antes do presente.[18] Na região que hoje corresponde ao estado de Pernambuco, foram identificados vestígios seguros de ocupação humana superiores a 11 000 anos, nas regiões de Chã do Caboclo, em Bom Jardim, e Furna do Estrago, em Brejo da Madre de Deus. Nesta última região, foi descoberta uma importante necrópole pré-histórica, com 125 metros quadrados de área coberta, de onde foram resgatados 83 esqueletos humanos em bom estado de conservação.[19][20][21]

Dentre os grupos indígenas que habitaram o estado, identificou-se a tradição cultural Itaparica, responsável pela confecção de artefatos líticos lascados há mais de 6 000 anos.[22] No Agreste pernambucano, conservam-se pinturas rupestres com data aproximada de 2 000 anos antes do presente, atribuídas à subtradição denominada Cariris velhos.[23] Na época da colonização portuguesa, habitavam o litoral pernambucano os Tabajaras e os Caetés, já desaparecidos. Nos brejos interioranos do estado ainda é possível encontrar grupos indígenas remanescentes das antigas tradições, como os Pankararu (em Tacaratu) e os Atikum (em Floresta).[24]

[editar] Período colonial
[editar] Os primeiros anos
Em 1501, ano seguinte ao da chegada dos portugueses ao Brasil, o território de Pernambuco, definido pelo Tratado de Tordesilhas como região pertencente à América portuguesa, é explorado pela expedição de Gaspar de Lemos, que teria criado feitorias ao longo da costa da colônia, incluindo, possivelmente na atual localidade de Igarassu, cuja defesa seria futuramente confiada a Cristóvão Jacques. O povoamento efetivo de Pernambuco, entretanto, inicia-se em 1534, quando a colônia portuguesa é dividida em capitanias hereditárias. O território do atual estado de Pernambuco equivale à quase totalidade da capitania de Pernambuco, doada a Duarte Coelho, e parte da capitania de Itamaracá, doada a Pero Lopes de Sousa. Estendia-se por 60 léguas entre o rio Igaraçu e o rio São Francisco


Olinda, primeira capital de Pernambuco - vista do Convento de Nossa Senhora do Carmo.Em 1535, Duarte Coelho tomou posse da capitania, a princípio batizada de "Nova Lusitânia", mas que que pouco tempo depois recebeu a denominação que mantém até hoje. Em 1537, os povoados de Igarassu e Olinda, estabelecidos em 1535, junto com chegada do donatário, foram elevados a vila. Olinda recebeu o status de capital administrativa e seu porto, habitado por pescadores, daria origem à cidade de Recife. As vilas de Igarassu e Olinda, entre os primeiros núcleos de povoamento do Brasil, serviram de ponto de partida de expedições desbravadoras do interior da capitania. Uma dessas expedições, chefiada pelo filho do donatário, Jorge de Albuquerque, penetrou o sertão até o rio São Francisco, assegurando o domínio e expansão do interior do território e combatendo os índios hostis. Duarte Coelho, por sua vez, tratou de instalar em Pernambuco os primeiros engenhos de açúcar da colônia, incentivando também o plantio do algodão.

Em pouco tempo, a capitania de Pernambuco se tornou a principal produtora de açúcar da colônia portuguesa. Consequentemente, era também a mais próspera e influente das capitanias hereditárias. Surge em Pernambuco o protótipo da sociedade açucareira dos grandes latifundiários da cana-de-açúcar, que perdurará de forma majoritária nos dois séculos seguintes. O cultivo da cana-de-açúcar adaptou-se facilmente ao clima pernambucano e ao solo massapê. A maior proximidade geográfica de Portugal, barateando o custo do transporte, a abundância do pau-brasil, o cultivo do algodão e os grandes investimentos feitos pelo donatário na fundação de vilas e na pacificação dos índios são outros fatores que ajudam a explicar o progresso da capitania. Tal prosperidade, entretanto, transformou a capitania em um ponto cobiçado por piratas europeus. Já em 1595, o corsário inglês James Lancaster tomou de assalto o porto de Recife e passou a saquear as riquezas transportadas do interior. Partiu um mês depois, levando as pilhagens em quinze embarcações.

[editar] Invasão holandesa
Ver artigo principal: Invasões holandesas do Brasil

Maurício de Nassau.Em 1630, a capitania foi invadida pela Companhia das Índias Ocidentais. Por ocasião da União Ibérica (1580 a 1640) a então chamada República Holandesa, antes dominados pela Espanha tendo depois conseguido sua independência através da força, veem em Pernambuco a oportunidade para impor um duro golpe na Espanha, ao mesmo tempo em que tirariam o prejuízo do fracasso na Bahia. Em 26 de dezembro de 1629 partia de São Vicente, Cabo Verde, uma esquadra com 66 embarcações e 7.280 homens em direção a Pernambuco. Os holandeses, desembarcando na praia de Pau Amarelo, conquistam a capitania de Pernambuco em fevereiro de 1630 e estabelecem a colônia Nova Holanda. A frágil resistência portuguesa na passagem do Rio Doce, invadiu sem grandes contratempos Olinda e derrotou a pequena, porém aguerrida, guarnição do forte (que depois passaria a ser chamado de Brum), porta de entrada para o Recife através do istmo que ligava as duas cidades.

O governo de Maurício de Nassau ajudou a desenvolver a cidade (Mauritsstad, ou Mauriceia) - até então com poucos habitantes portugueses - com diversas obras de infra-estrutura, benefícios fiscais e empréstimos. Neste período, Recife foi considerada a mais próspera e urbanizada cidade das Américas e com a maior comunidade judaica de todo o continente, sendo construída nessa época a primeira sinagoga da América.[25] A primeira ponte da América Latina também foi construída na gestão de Nassau, em 1643.[26]


A Batalha dos Guararapes, óleo sobre tela por Victor Meirelles de Lima.Por diversos motivos, sendo um dos mais importantes a exoneração de Maurício de Nassau do governo da capitania pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, o povo de Pernambuco se rebelou contra o governo, juntando-se à fraca resistência ainda existente, num movimento denominado Insurreição Pernambucana. Com a chegada gradativa de reforços portugueses, os holandeses por fim foram expulsos em 1654, na segunda Batalha dos Guararapes. Foi nesta ocasião que se diz ter nascido o Exército brasileiro.

Após a expulsão holandesa, o estado passou a declinar junto com restante do Nordeste, devido à transferência do centro político-econômico para o Sudeste, o que resultou em conflitos como a Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador, movimento separatista pernambucano. A qualidade do açúcar refinado holandês, agora produzido nas Antilhas, superior ao mascavo brasileiro, também ajudou a acelerar a decadência do estado, que era baseado nos latifúndios de cultivo de cana-de-açúcar. Buscando novos meios de renda, aumenta o comércio no estado gradativamente. Este efeito foi estopim de revoltas como a Guerra dos Mascates.


Invasões Holandesas em Olinda.Atualmente, a maioria dos habitantes do cariri pernambucano é descendente de holandeses.[27]

[editar] Insurreição Pernambucana
Ver artigo principal: Insurreição Pernambucana

Mauritsstad, o Recife nassoviano.Em 15 de maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, 18 líderes insurretos pernambucanos assinaram compromisso para lutar contra o domínio holandês na capitania. Com o acordo assinado, começa o contra-ataque à invasão holandesa. A primeira vitória importante dos insurretos se deu no Monte das Tabocas, (hoje localizada no município de Vitória de Santo Antão) onde 1200 insurretos mazombos armados de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa emboscada 1900 holandeses bem armados e bem treinados.


Presença Judaico-sefaradita no Recife Holandês.O sucesso deu ao líder Antônio Dias Cardoso o apelido de Mestre das Emboscadas. Os holandeses que sobreviveram seguiram para Casa Forte, sendo novamente derrotado pela aliança dos mazombos, índios nativos e escravos negros. Recuaram novamente para as casas-forte em Cabo de Santo Agostinho, Pontal de Nazaré, Sirinhaém, Rio Formoso, Porto Calvo e Forte Maurício, sendo sucessivamente derrotados pelos insurretos..

Por fim, Olinda foi recuperada pelos rebeldes. Cercados e isolados pelos rebeldes numa faixa que ficou conhecida como Nova Holanda, indo do Recife a Itamaracá, os invasores começaram a sofrer com a falta de alimentos, o que os levou a atacar plantações de mandioca nas vilas de São Lourenço, Catuma e Tejucupapo. Em 24 de abril de 1646, ocorreu a famosa Batalha de Tejucupapo, onde mulheres camponesas armadas de utensílios agrícolas e armas leves expulsaram os invasores holandeses, humilhando-os definitivamente. Esse fato histórico consolidou-se como a primeira importante participação militar da mulher na defesa do território brasileiro.

Devido a Primeira Guerra Anglo-Neerlandesa, a República Holandesa não pôde auxiliar os holandeses no Brasil. Com o fim da guerra contra os ingleses, a República Holandesa exige a devolução da colônia em maio de 1654. Sob ameaça de uma nova invasão do Nordeste brasileiro, Portugal cede à exigência dos holandeses que Portugal pague 4 milhões cruzados para República Holandesa entre um periodo de 16 anos. Porém, em 6 de agosto de 1661 a República Holandesa cede formalmente o Nordeste brasileiro à Portugal através da Paz de Haia.

[editar] Brasil imperial
Em meados do século XIX, a Província de Pernambuco era uma das mais importantes do Império, mantendo a primazia em relação às vizinhas províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe. Todavia, a economia da província é afetada pela decadência do açúcar e do algodão. A estrutura agrária herdada do período colonial se mantém baseada no latifúndio e um pequeno número de famílias proprietárias controlava a maior parte das terras. Nabuco de Araújo afirmava: "Enumerai os engenhos da província e vos damos fiança de que um terço deles pertencem aos Cavalcanti.[28]

[editar] Geografia
Ver artigo principal: Geografia de Pernambuco
Pernambuco Ficha técnica
Área 98.938 km²
Relevo planície litorânea sedimentar limitada pelo Planalto da Borborema, que termina com a Depressão Sertaneja.
Ponto mais elevado Pico do Papagaio, no município de Triunfo (1.260 m).
Rios principais São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú.
Vegetação mangues e mata Atlântica no litoral, caatinga no Agreste e Sertão.
Clima tropical no litoral, semi-árido no Agreste e Sertão.
Municípios mais populosos Recife (1.561.659), Jaboatão dos Guararapes (687.688), Olinda (397.268), Paulista (397.268), Caruaru (298.501), Petrolina (281.851), Cabo de Santo Agostinho (171.583), Camaragibe (143.210), Garanhuns (131.313), Vitória de Santo Antão (126.399)
Hora local -3
Gentílico pernambucano

Pernambuco é um dos menores estados do país. Apesar disso, possui paisagens variadas, entre elas estão: serras, planaltos, brejos, semi-aridez no sertão, e diversificadas praias na costa. O estado tem altitude crescente do litoral ao sertão. As planícies litorâneas tem baixa altitude de até 200m, apresentando relevo peneplano (mamelonar), e alguns pontos do planalto da Borborema ultrapassam os 1000m de altitude. Na margem oeste da mesorregião Agreste, há a Depressão Sertaneja, uma depressão relativa com altitude média de 400m que se estende até a margem oriental da Chapada do Araripe.

Faz divisa com Paraíba e Ceará ao norte, Alagoas e Bahia ao sul, Piauí ao oeste e o oceano Atlântico ao leste. Tem 187 km de costa, excluindo a costa do arquipélago de Fernando de Noronha. O arquipélago é visitado por turistas do mundo todo e nativos do estado, que em geral partem do porto do Recife Antigo em cruzeiros internacionais.

Mais da metade do estado é localizado no Sertão, exclusivamente no oeste do estado, é também uma Mesorregião do estado e da Região Nordeste. É um lugar onde há escassez de chuvas, e o clima é semi-desértico (semi-árido), devido à retenção de parte das precipitações pluviais no Planalto da Borborema e correntes de ar seco provenientes do sul da África, entre outros, a vegetação típica é pobre, a Caatinga, os solos são inférteis e as temperaturas são algumas das mais elevadas do país, os índices de insolação são bastante elevados, e na região as secas podem durar por um longo tempo, pois a média anual não supera os 500 milímetros, sendo que em muitos anos as chuvas não alcançam 200 milímetros anuais e ocorrem num curto período de 5 a 10 dias.[29]

[editar] Relevo
O relevo é moderado: 76% do território estão abaixo dos 600m. O litoral é uma grande planície sedimentar, quase que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do nível do mar. Nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes. A altitude aumenta conforme aumenta a distância da costa. No Agreste há picos com 1.000 m de altitude. O Planalto da Borborema tem altitude média de 600m, com destaque para o maciço dômico de Garanhuns, com altitude média de 800m. A Chapada do Araripe tem altitude média de 800m.[30]

A Zona da Mata é marcada por formações onduladas ou melonizadas, características denominadas pelo geógrafo Aziz AbSaber como Domínio dos Mares-de-Morro.


Relevo acidentado de Gravatá, agreste, comum em parte do interior pernambucano. Alguns pontos do estado ultrapassam os 1200m[31]A principal formação geológica na faixa de transição da Zona da Mata para o Agreste é conhecido popularmente como Serra das Russas, porém, trata-se da borda ocidental do Planalto da Borborema, domo que corta alguns estados do Nordeste.

O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e pediplanos).

No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. Na Microrregião do Pajeú, próximo ao município de Triunfo, localiza-se o Pico do Papagaio com 1.260 metros, no limite com o sudoeste da Paraíba.

[editar] Baixada Litorânea
Distinguem-se, de leste para oeste: praias protegidas pelos recifes; uma faixa de tabuleiros areníticos, com 40 a 60m de altura; e a faixa de terrenos cristalinos talhados em colinas, que se alteiam suavemente para oeste até alcançarem 200m no sopé da escarpa da Borborema. Tanto a faixa de tabuleiros como a de colinas são cortadas transversalmente por vales largos onde se abrigam amplas várzeas, chamadas planícies aluviais.

Fortes contrastes observam-se entre os solos pobres dos tabuleiros e os solos mais ricos das colinas e várzeas. Nos dois últimos repousa a aptidão do litoral pernambucano para o cultivo da cana-de-açúcar, base de sua economia agrícola.

[editar] Planalto da Borborema
Ver artigo principal: Planalto da Borborema
Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300m, o que lhe confere ao topo uma altitude de 500m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e alcança média de 800m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600m junto ao rebordo ocidental. Diferem consideravelmente as topografias da porção oriental e da porção ocidental.

A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de leste para oeste, separadas por vales, que configuram parcos relevos de 300m. Aproximadamente no centro-sul do planalto eleva-se o maciço dômico de Garanhuns, que supera a altitude de 1.000m.

[editar] Clima

Paisagem de clima úmido no Agreste características de uma região ecótone.O Estado está inserido na zona intertropical, logo apresenta predominantemente temperaturas altas, todavia o quadro climático é bem diversificado devido à interferência do relevo e das massas de ar.

Na Zona da Mata o clima é predominantemente pseudotropical, com fortes chuvas no outono e inverno. Já no Agreste as condições climáticas são diversificadas por ser uma região de ecótone, apresentando áreas mais úmidas e outras mais secas, onde predomina o clima semi-árido. No Sertão, o clima é semi-árido quente, devido à retenção das precipitações pluviais no Planalto da Borborema e correntes de ar seco provenientes do sul da África (tépida caalariana ou TK), entre outros fatores menos importantes.


Triunfo tem temperatura amena apesar de estar localizada no Semiárido. Isso é possível graças à sua altitude (1.004m), a mais elevada entre os municípios do estado[32]. Durante o inverno, a temperatura pode chegar a 8ºC durante a madrugada na cidade.[33]Pernambuco tem uma área de 87.317 km²[29] localizados no chamado Polígono das Secas, que se estende do extremo norte de Minas Gerais, até o Piauí e está sujeita a secas periódicas. Essa área corresponde a 88,84% do território pernambucano, ocupando as regiões do agreste e sertão. É a região com as menores e mais irregulares precipitações pluviométricas. A média anual não supera os 600 mm, com o registro vários anos em que as chuvas não alcançam os 200 mm anuais e, muitas vezes, ocorrendo num curto período de 5 a 10 dias.

No agreste e sertão aparecem áreas de exceções - principalmente cidades com microclima de altitude, com temperaturas que podem chegar a 8 °C durante o inverno,[34] como Triunfo, Garanhuns e Taquaritinga do Norte, que são considerados Brejos de Altitude. Outra exceção é a mesorregião do São Francisco, mais úmida que as circundantes por conta do Rio São Francisco e a irrigação proveniente dele.

Municípios como Triunfo, Poção, Capoeiras, Caetés, Jupi, Garanhuns, Lajedo e Saloá são classificados como Cw'a ou Cs'a (temperatura média do mês mais frio abaixo de 18 °C[30]). Curiosamente, tais classificações são de clima mediterrânico, incomuns na região.

Por influência das massas de ar úmido com ação no inverno, a Zona da Mata e o Agreste tem chuvas concentradas durante a estação mais fria.

[editar] Litoral

Praia de Boa Viagem, no Recife.É característica do litoral norte suas formações geográficas mais variadas - ilhas fluviais como Itamaracá, diversos rios e suas desembocaduras, bancos de areia, entre outros. A fauna é variada, destacando-se as aves migratórias que periódicamente chegam à ilha Coroa do Avião e Fernando de Noronha. Ambas as ilhas têm estações de pesquisa ambiental.

[editar] Vegetação

A caatinga, vegetação predominante em 83% do território do estado.[35]A vegetação litorânea do estado de Pernambuco apresenta, matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneas e arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras espécies por batiputás e mangabeiras.

Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.

A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras espécies pelo xique-xique e o mandacaru.

[editar] Hidrografia
Ver página anexa: Rios de Pernambuco

Trecho do Rio São Francisco.Há poucos lagos e lagoas no estado, como a Lagoa do Araçá e a Lagoa Olho D'Água, ambas na Região Metropolitana do Recife. Na periferia do município do Recife encontram-se dois belos cartões postais do município, os Açudes do Prata e de Apipucos, sendo o primeiro pertencente ao Parque Dois Irmãos. Além disso, existe um conjunto de reservatórios distribuídos por todo o estado, com destaque para o Reservatório de Jucazinho, considerado o maior de Pernambuco, localizado na mesorregião Agreste, próximo ao município de Surubim. Os manguezais são abundantes em todo o litoral, porém foram praticamente extintos na RMR devido à urbanização (com a exceção do maior mangue urbano do Brasil, cercado por bairros da zona sul do município do Recife, como Boa Viagem). Porém, nos anos 90, houve um programa de re-implantação do mangue nas margens do Rio Capibaribe, desenvolvido pela prefeitura do Recife, trazendo de volta a vegetação ao rio por toda o município.

São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú e Jaboatão são os rios principais. O São Francisco é de importância vital para o interior do estado, principalmente para distribuição de umidade através de irrigação. Veja lista de rios de Pernambuco

[editar] Demografia
Demografia de Pernambuco Ficha técnica
População 8.796.032 (2010).
Densidade 80,3 hab./km² (2000).
Crescimento demográfico 1,20% ao ano (1991-2000).
População Urbana 76,5%% (2000).
Domicílios 1.968.294 (2000).
Carência habitacional 387.648 (est. 2000).
Acesso à água 70,5% (2000)
Acesso à rede de esgoto 43,8%(2000).
IDH 0,718 (2005).
Número de Municípios 185.[36]

Ver artigo principal: Demografia de Pernambuco
Segundo dados estatísticos do IBGE Pernambuco contava no ao de 2000 com uma população aproximadamente de 7.918.344 habitantes o que correspondia a 4,7% da população brasileira, sendo o estado de Pernambuco uma das unidades da federação de menor superfície - 1,2% do território nacional - o mesmo não ocorre em relação a sua população absoluta e a sua densidade demográfica visto ser uma das unidades da federação mais populosas bem como um dos primeiros colocados quanto a densidade demográfica no quadro nacional.

A importância do estado de Pernambuco no contexto brasileiro é uma decorrência não só do contingente populacional que abriga, mas também pela Importância de sua capital, a cidade do Recife, uma das mais populosas do país, com cerca de 1.561.659 no ano de 2009. E a Região Metropolitana do Recife, que além da capital possui mais 13 municípios, possuia 3.787.667 habitantes no ano de 2009, sendo a 6ª mais populosa do país.

O censo de 2000 revelou que a população urbana de Pernambuco é hoje maior que a população rural, assim como na maioria do país. Cerca de 76,5% dos habitantes do estado moram em zonas urbanas. A densidade demográfica estadual é de 80,3 hab./km².

[editar] Municípios mais populosos
Ver página anexa: Lista de municípios do estado de Pernambuco por população
Municípios mais populosos de Pernambuco
(censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[37]
Posição Cidade Pop. Posição Cidade Pop. ver • editar

Recife

Jaboatão dos Guararapes


1 Recife 1.536.934 11 São Lourenço da Mata 102.956
2 Jaboatão dos Guararapes 644.699 12 Igarassu 101.987
3 Olinda 375.559 13 Abreu e Lima 94.428
4 Caruaru 314.951 14 Santa Cruz do Capibaribe 87.538
5 Paulista 300.611 15 Ipojuca 80.542
6 Petrolina 294.081 16 Serra Talhada 79.241
7 Cabo de Santo Agostinho 185.123 17 Araripina 77.363
8 Camaragibe 144.506 18 Gravatá 76.669
9 Vitória de Santo Antão 130.540 19 Goiana 75.648
10 Garanhuns 129.392 20 Carpina 74.851

[editar] Evolução demográfica
Evolução demográfica do estado de Pernambuco.


[editar] Composição étnica
Cor/Raça Porcentagem[8]
Brancos 37,9
Negros 6,3
Pardos 55,2
Amarelos ou Indígenas 0,6
Atualmente segundo a Fundação nacional do índio (Funai), vivem em Pernambuco um total de 25.726 remanescentes dos povos indígenas que primitivamente habitavam no estado.Ao contrário do que muita gente pensa há no estado de Pernambuco 11 etnias indígenas; Eles estão assim distribuídos: Pankararu 4.062 pessoas; Kambiwá 1.400; Atikum 4.506; Xucuru 8.502; Fulniô 3.048; Truká 2.535; Tuxá 47; Kapinawá 1.035 ;Pipipãs 591 pessoas.[38]

[editar] Africanos
Através de carta escrita em 1539, ao Rei D. João III, pelo capitão Duarte Coelho Pereira, foi autorizado a importação de 24 escravos africanos da costa da Guiné.

Em 1570, as Capitanias de Pernambuco e Bahia recebem juntas 30.000 negros da Guiné. No decorrer da ocupação holandesa o número aumentou, chegando a apresentar 500 mil cativos, a maioria angolanos. [carece de fontes?]

[editar] Índios
Etnias indígenas Pessoas[39]
Pankararu 4.062
Kambiwá 1.400
Atikum 4.506
Xucuru 8.502
Fulniô 3.048
Truká 2.535
Tuxá 47
Kapinawá 1.035
Pipipãs 591
Total 25.726

etnias indígenas no Leste - Nordeste com maior população segundo dados da FUNASA 2008.Há os seguintes grupos indígenas: Fulniô, Xukuru e Kapinawá, que se encontram respectivamente nos municípios de Águas Belas, Pesqueira e Buíque, no agreste do estado e os Kambiwá, Pankararu, Atikum e Truká, que se encontram respectivamente nos municípios de Ibimirim, Tacaratu, Floresta e Cabrobó, no sertão do estado.[40]

A presença autóctone no estado data de mais 10 mil anos. Pinturas rupestres são encontradas em várias áreas do sertão e agreste do estado, sendo as mais conhecidas as do Vale do Catimbau no Município de Buíque, agreste pernambucano.

Hoje há cerca de 15 mil índios no estado, vivendo em reservas indígenas no agreste e sertão.

[editar] Portugueses
A colonização iniciou-se com os portugueses. Duarte Coelho Pereira tomou posse de sua capitania, Pernambuco, à qual chamou Nova Lusitânia. Com ele, além das famílias burguesas e fidalgas, vieram alguns portugueses do norte de Portugal, Madeira e Açores.

Depois do Minho, a Madeira foi a região de Portugal que mais enviou portugueses para Pernambuco.[41]

A emigração portuguesa para Pernambuco se dividiu em duas fases: entre os séculos XVI ao XVIII, maioria de abastados (nobres e burgueses), e entre os séculos XVIII ao XX, maioria de populares do norte e ilhas portuguesas.[42]

[editar] Espanhóis
Os espanhóis também se fizeram presentes, embora em menor número que os portugueses.[43]

[editar] Alemães
Presença marcante também foi dos alemães. Os primeiros registros datam do século XVII, com a chegada da corte holandesa no Estado, que trouxe alguns alemães. As duas guerras mundiais também impulsionaram a colônia alemã no Recife, que já contou com 1,2 mil imigrantes.[44] Esta presença alemã pode ser observada no Deutscher Klub Pernambuco, fundado em 1920, e que antes era restrito apenas à colônia alemã e seus descendentes. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Deutscher Klub Pernambuco, que tinha ligação com o Partido Nazista,[45][46][47][48] foi considerado propriedade alemã e sofreu uma desapropriação pelo Governo Federal, sendo reavido à colônia alemã pernambucana com o fim do conflito. A partir de 1960, o clube passou a organizar a sua Oktoberfest, a tradicional festa da cerveja do Sul da Alemanha.[49] Outra Oktoberfest menor é realizada em Olinda, conhecida como Oktoberfest in der Altstadt von Olinda.

Outras instituições que marcam a história alemã no Recife são o Instituto de Cultura Germânica, que era a escola para os filhos de imigrantes alemães e ingleses, e o Centro Cultural Brasil-Alemanha (CCBA), centro que difunde a língua e cultura alemãs na cidade, sendo reconhecido pelo Consulado Geral da República Federal da Alemanha no Recife e pelo Instituto Goethe. A presença alemã na cidade é também responsável pelo fato de o único consulado alemão que tem jurisdição sobre todo o Norte/Nordeste do país estar na capital pernambucana.

[editar] Ingleses
Os ingleses influenciaram profundamente o Estado e principalmente sua capital. Já no começo do século XIX, a presença inglesa no Recife podia ser constada pela presença de várias empresas, entre as quais estão Great Western, Western Telegraph Company, Pernambuco Tramways and Power Company, Huascar Purcell, Pernambuco Paper Mills, Western of Brazil Railway Company, Price Waterhouse, Machine Cotton, John A. Thom, Cory & Brothers, Bank of London & South America, London & River Plate Bank, Royal Bank of Canada, Boxwell & Cia., Williams & Cia., Conolly & Cia., Ayres & Son e White Martins.

Já que a colônia inglesa não se fez massivamente presente no resto do Brasil, Recife é uma das poucas cidades brasileiras que tem um cemitério próprio para os imigrantes ingleses e seus descendentes, o Cemitério dos Ingleses. O cemitério encontra-se fechado a maior parte do tempo. Apresenta um portão de ferro datado de 1852 - obra dos ingleses da Fundição d'Aurora - e possui um administrador particular, não remunerado, que é eleito por ingleses e seus descendentes.

A Igreja Anglicana já estava presente no Recife com a Holy Trinity Church, que ficava no bairro da Boa Vista. Hoje, a Igreja Anglicana se encontra no bairro dos Aflitos. Também na Boa Vista, no século XIX, foi fundado o British Hospital, que era destinado aos súditos britânicos. Ainda na Boa Vista, havia uma rua que ganhou fama por hospedar ingleses, rua esta que recebeu o nome de Rua do Padre Inglês e assim o mantém até hoje.

Uma lenda que faz parte do folclore pernambucano é que a palavra "forró" surgiu quando a Great Western, para comemorar a inauguração de sua primeira estrada de ferro, promoveu um baile animado por sanfona e zabumba, colocando um cartaz escrito "for all" (para todos).

A influência inglesa se fez sentir, ainda, em certos hábitos: o uso do tecido tropical inglês, do linho diagonal branco - o Taylor & 120 - que não feria a pele do pescoço, da casimira, a gravatinha borboleta, os sapatos com polainas, os chapéus de palha e as bengalas.

Em 1928, George Litlle, funcionário graduado da Great Western, e alguns de seus amigos criaram um clube de golf, denominado Pernambuco Golf Club, que deu origem ao atual Caxangá Golf & Country Club. O Town British Club, na rua Bom Jesus, em cima do London Bank, foi fundado também pelos ingleses.

Também fazem parte das paisagens recifenses mais antigas os bondes que circulavam pela cidade. Ainda hoje, é possível ver os trilhos em ruas no bairro do Recife Antigo, bairro que ainda preserva um pouco da história da cidade com ruas de pedra e trilhos de bonde, além de prédios antigos onde hoje funcionam cervejarias, bares e cafés. O último bonde inglês a circular no Recife fazia o trajeto Boa Vista - Madalena, e funcionou até março de 1954. O bonde permanece exposto na Fundação Joaquim Nabuco.[50]

[editar] Árabes
Migração considerável igualmente foi a árabe. O motivo maior da vinda de árabes para o Brasil foi a instabilidade na região do Oriente Médio trazida com a dominação do Império Otomano.

O imperador Dom Pedro II, que falava árabe[carece de fontes?], visitou o Líbano e a Síria em 1876. Em Damasco, capital síria, o imperador escreveu um poema, que enviou ao Visconde de Taunay, onde lia-se: "Damasco dos milênios, berço da civilização, e quem a construiu ajudará a construir o Brasil".[51] O fluxo migratório árabe para o Brasil foi estimulado e intensificado no fim do século XIX.

No Recife, uma das marcas dos imigrantes é o Clube Libanês, erguido pela colônia libanesa, no bairro do Pina. O primeiro contato árabe com o Estado, entretanto, se fez com missionários católicos sírios que chegaram a Pernambuco nas caravanas portuguesas.[52]

[editar] Outras etnias
Houve, em menor escala, imigração de outros povos. Famílias de outros países germânicos além de Inglaterra e Alemanha chegaram a marcar presença em Pernambuco. Os holandeses, apesar de terem quase majoritariamente partido do Estado, deixaram algumas famílias na capital. Gilberto Freyre, por exemplo, uma das maiores figuras públicas da história do Estado, certa vez escreveu: "Sou, aliás, descendente de espanhóis, tendo também sangue nórdico, holandês, português e, na quarta geração de antepassados, sangue ameríndio, e nenhum africano, admitindo ainda possível raiz árabe e judia."[53]

Em pequeno número, encontram-se ainda descendentes de italianos, japoneses (especialmente no interior, em Bonito e Petrolina)[54] e russos, tendo o primeiro grupo da Rússia chegado, ainda no século XIX, no porto do Recife nos navios Nadejda e Neva. Outra lenda pernambucana, aliás, diz que os passos de frevo teriam sido incorporados à música por influência dos passos da dança folclórica russa quando estes foram convidados pelos recifenses para uma festa.

[editar] Religião

A Religião, mais de 70% dos Pernambucanos declararam-se Católicos.Segundo censo do IBGE em 2000, dos 7.918 344 pesquisados no Estado de Pernambuco, declararam-se segundo o credo:[55][56]

Católicos - 5.833.736 pessoas
Protestantes - 1.033.324 pessoas
Espíritas - 91.655 pessoas
Religiões Afro-brasileiras - 12.988 pessoas
Judaísmo - 4.160 pessoas
Religiões Orientais - 3.650 pessoas
Outras religiões - 47.225 pessoas
Sem religião - 866.311 pessoas
Não determinado - 8.425 pessoas



[editar] Economia
Ver artigo principal: Economia de Pernambuco

Exportações 2001
Açúcar 40%
Petroquímicos 11%
Peixes e Crustáceos 10%
Frutas 9%
Materiais Elétricos 9%
Outros 21%


A economia se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, mandioca), pecuária e criações, bem como na indústria (alimentícia, química, metalúrgica, eletrônica, têxtil).

A economia de Pernambuco, após ficar estagnada durante a "década perdida" de 1985 a 1995, vem crescendo rapidamente desde o final do século XX para o começo do século XXI. Em 2008, o PIB per capita foi de 8.065 reais, apresentando um crescimento acelerado em comparação com o valor de 3.673 reais de 2000. Contribuem para esse crescimento econômico mais recente os projetos da Refinaria Abreu e Lima, do Polo Famacoquímico e de Biotecnologia e do Estaleiro Atlântico Sul.[57]


Evolução do PIB do estado entre os anos de 1994 e 2005.Desde o início da dominação portuguesa, o estado foi basicamente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê. Nas últimas décadas, porém, essa quase dedicação exclusiva à produção de açúcar e álcool da cana-de-açúcar vêm terminando.


Componentes da economia pernambucana (1999)
Agropecuária 7,7%
Indústria 33,3%
Comércio e Serviços 59%


Vêm sendo explorados recentemente novas fontes de extrativismo, além de floricultura e o setor industrial em torno da empresa de Suape, fundada em 1979. Os principais empreendimentos são dos setores alimentício, químico, materiais elétricos, comunicações, metalúrgica e minerais não-metálicos. Também tem grande destaque internacional a produção irrigada de frutas ao longo do rio São Francisco - quase que totalmente voltada para exportação - concentrada no município de Petrolina, em parte devido ao aeroporto internacional, com grande capacidade para aviões cargueiros do município. O município de Gravatá é um dos principais produtores de flores temperadas do Nordeste.[58]

O crescimento da monocultura de cana-de-açúcar (aumento de 20% entre a safra de 1999 e a de 2000) vem diminuindo a cada ano, e eventualmente será nula, posteriormente tendendo a regredir. Perde espaço para a indústria, comércio e serviços no estado.

Indicadores
PIB - O Produto Interno Bruto de Pernambuco foi de R$ 70,441 bilhões em 2008.[59]

A Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro é a maior exportadora de frutas[60] e o segundo maior pólo vitiviticultor do Brasil[61].[editar] Setor primário
Entre os principais produtos agrícolas cultivados em Pernambuco encontram-se o algodão arbóreo, a banana, o feijão, a cana-de-açúcar, a cebola, a mandioca, o milho, o tomate e a uva. Na pecuária destacam-se as criações de bovinos, suínos, caprinos e galináceos. Merece destaque, em Pernambuco, a expansão que vem tendo a partir dos anos 70 da agricultura irrigada no Sertão do São Francisco com projetos de irrigação hortifrutícolas implantadas com o apoio da CODEVASF. São grandes os investimentos aplicados em uma produção voltada para o mercado externo. Sobressaem-se frutas, como: acerola, graviola goiaba, manga, melão, melancia e a uva

Na mineração, destacam-se a argila, calcário, ferro, gipsita, granito, ouro e quartzo. O município de Araripina destaca-se pela extração mineral da gipsita, onde localizam-se as maiores reservas do país, e é fornecedor de 95% do gesso consumido no Brasil.[62]

[editar] Setor secundário

Arranha-céus na área de Boa Viagem/Setúbal, no Recife. Nos últimos anos a cidade se tornou pólo da construção civil no estado.Entre 1997 e 1999, a empresa de Suape - grande complexo industrial e portuário do litoral sul do estado - teve crescimento de 16,7%. O estado tem a segunda maior produção industrial do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia. No período de outubro de 2005 a outubro de 2006, o crescimento industrial do estado foi o segundo maior do Brasil - 6,3%, mais do dobro da média nacional no mesmo período (2,3%).[63]

Recentemente Pernambuco foi escolhido para a implantação de unidades das seguintes empresas, entre eles o maior estaleiro do hemisfério sul,[64] o Estaleiro Atlântico Sul:

Petrobrás e PDVSA - Refinaria;
Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Samsung-Estaleiro Atlântico Sul;
Hemobrás - Fábrica de Hemoderivados;
Novartis - Fábrica de Vacinas;
Bunge - Moinho;
CSN - Siderúrgica;
Gerdau - Usina;
Mossi & Ghisolfi - Fábrica de resina PET.
Outro segmento que merece destaque é o da extração mineral. Como por exemplo, o polo gesseiro do Araripe, onde localizam-se as cidades de Ipubi, Trindade, Ouricuri, Bodocó e Araripina. Juntas fornecem em torno de 95% do gesso consumido no Brasil.

O pólo de informática do Recife - Porto Digital - apesar de criado em 2000, está entre os cinco maiores do Brasil. Emprega cerca de três mil pessoas, e tem 3,5% de participação no PIB do estado.[65]

[editar] Papel de centralizador econômico
Por sua posição geográfica e disposições históricas, o estado atua como um centralizador econômico no Nordeste há séculos.

Num raio de 300 km do Recife, vivem doze milhões de pessoas, mais da metade dos centros de pesquisa do Nordeste, quatro grandes portos e dois aeroportos internacionais. Ao estender o raio para 800 km, se concentra 90% do PIB de toda a região Nordeste.[66] Isso se deve principalmente à posição central do estado e da RMR em relação ao Nordeste e da proximidade da cidade do Recife de outras capitais de estado como João Pessoa e Maceió, além de importantes centros urbanos interioranos como Campina Grande, Caruaru, Garanhuns e Arapiraca.

[editar] Turismo
No Recife o Galo da Madrugada é o maior bloco carnavalesco do mundo, e que em 1995 foi registrado no Guiness Book, reunindo um número de pessoas quase igual à população da cidade?[67]

A igreja católica mais antiga do Brasil, construída em 1535, está localizada em Igarassu[68]

Pontos turísticos
O litoral do estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados. Além das praias, possui o arquipélago de Fernando de Noronha, Patrimônio Natural da Humanidade, e suas 16 praias. Faz divisa ao norte com a Paraíba e ao sul com Alagoas.

Litoral Sul

Centro histórico do Recife.
Resort na praia de Muro Alto.
Praia de Porto de Galinhas.
Ilha de Itamaracá.
Fernando de Noronha.O litoral sul do estado, que têm cerca de 110 km de praias, é famoso por diversas praias conhecidas nacional e internacionalmente, como Porto de Galinhas.

Turistas de todo o país se hospedam nos luxuosos hotéis e resorts do litoral. Conta também com importantes pólos industriais, principalmente petroquímicos, e o porto de Suape, de importância nacional.

Atualmente o litoral sul vive uma fase de progresso franco e rápido. Só na praia de Muro Alto, localizada no município de Ipojuca, foram investidos mais de R$ 70 mi pela iniciativa privada para a construção de resorts de nível internacional, aptos a receber hóspedes de todos os países. Através do Programa de Desenvolvimento Integrado do Turismo, no litoral sul foram investidos US$ 25 mi para obras de infra-estrutura, capacitação de mão-de-obra e preservação do patrimônio histórico. Com o Fundo de Amparo ao Trabalhador, foram capacitados cerca de 890 profissionais para a área de turismo. Pelo mesmo fundo, 2400 pessoas foram treinadas para trabalhar nas indústrias do litoral.[69]

Praia mais famosa do litoral sul, Porto de Galinhas ajuda a duplicar a população de Ipojuca todo verão. Os 60 mil habitantes do município desfrutam de 10 mil vagas de trabalho, diretas e indiretas, provenientes exclusivamente do turismo, ultrapassando a capacidade máxima de 7 mil postos oferecidos pelo secular trabalho nos latifúndios de cana-de-açúcar. Segundo a Associação da Indústria Hoteleira em Pernambuco (ABIH/PE), 90% da mão-de-obra empregada nos hotéis, restaurantes, lojas de artesanato e demais segmentos turísticos são oriundos da próprio município de Ipojuca e arredores.[70]

As principais praias do litoral sul são as dos municípios de:

Recife (Boa Viagem e Pina)
Jaboatão dos Guararapes (Barra de Jangada, Candeias, Piedade)
Cabo de Santo Agostinho (Calhetas, Enseada dos Corais, Gaibu, Itapuama, Paiva, Paraíso, Suape e Xaréu)
Ipojuca (Camboa, Cupe, Muro Alto, Pontal de Maracaípe, Porto de Galinhas e Serrambi)
São José da Coroa Grande (São José da Coroa Grande Barra da Cruz, Gravatá e Várzea do Una)
Sirinhaém (Barra de Sirinhaém, Guadalupe e Gamela)
Tamandaré (Tamandaré, Mamocambinhas e dos Carneiros)
As praias de Piedade e Candeias são densamente habitadas, cercadas por altos edifícios de luxo. A partir de Itapuama, o padrão das praias passa a ser de longas faixas de areia pouco habitadas, onde é praticado pelos nativos pesca e artesanato, e se encontram os diversos hotéis e resorts.

A economia do litoral sul não-urbano é baseado em turismo e artesanato. Em Porto de Galinhas, há diversos restaurantes, bares, lojas de artesanato e de artigos de mergulho, casas de shows, além de dezenas de hotéis e pousadas.

Litoral Norte
O Litoral Norte do Estado é mais densamente habitado do que o litoral sul, quase urbanizado por completo desde a Região Metropolitana do Recife até a divisa da Paraíba. Tem um dos sítios históricos mais importantes da região, como os municípios de Olinda, Itamaracá e Goiana, que começaram a ser povoados em 1508. Construções do brasil-colônia, como o Forte Orange, são muito visitadas por turistas que passam pela região.

Além das praias, também é conhecido por ter o Veneza Water Park, um dos maiores parques aquáticos do Brasil, na praia de Maria Farinha.

As principais praias do Litoral Norte são as dos municípios de:

Paulista (Maria Farinha, Conceição, Pau Amarelo e Janga)
Goiana (Pontas de Pedra, Carne de Vaca, Catuama, Barra de Catuama e Atapuz)
Itamaracá (Itamaracá e Gavoa)
Olinda (Rio Doce e Casa Caiada)
Fernando de Noronha
O estado administra a ilha de Fernando de Noronha, famosa ilha, que atrai muitos turistas todos os anos, que vão lá atraídos pelas belas praias, algumas das mais bonitas de todo o país. A ilha também é considerada o melhor lugar para à prática de Surf de todo o Brasil, e é lá que ocorrem os principais campeonatos da modalidade no Brasil.


Participação de cada mesorregião

A Lista Abaixo mostra a participação de cada mesorregião no PIB em % (porcentagem):

Mesorregião Metropolitana do Recife:64% (40.523.788)

Mesorregião do Agreste Pernambucano:12% (7.017.719)

Mesorregião do São Francisco Pernambucano:9,5%(5.890.947)

Mesorregião da Zona da Mata :9% (5.973.171)

Mesorregião do Sertão Pernambucano :5,5%(3.450.061)

[editar] Infraestrutura
[editar] Saúde

Mortalidade infantil 41,2‰[71]
Médicos 12,6 por 10mil hab.
Leitos hospitalares 2,7 por 1000 hab.


Apesar da grande carência de instalações de saúde básicas no interior do estado, a capital possui dezenas de grandes hospitais e três grandes hospitais públicos (da Restauração, Barão de Lucena e Getúlio Vargas, além do Hospital das Clínicas, da UFPE) que atendem a enfermos de toda a Região Metropolitana e também dos oriundos do interior. O pólo de hospitais particulares, equipados com máquinas de última geração, faz da capital Recife o segundo maior pólo médico e hospitalar do Brasil.[72]

[editar] Educação
Resultados no ENEM Ano Portugues Redação
2006[73]
Média 35,97 (9º)
36,90 51,01 (13º)
52,08
2007[74]
Média 49,75 (10º)
51,52 55,35 (12º)
55,99
2008[75]
Média 40,05 (10º)
41,69 57,29 (21º)
59,35

Fachada da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco.
Centro de Tecnologia e Geociências, UFPE.As principais instalações educacionais do estado estão concentradas na capital, que conta com a sétima melhor universidade federal do país e a vigésima segunda da América Latina, a UFPE.[76]

Pernambuco tem suas principais faculdades e universidades fundadas no século XIX e XX. Algumas se destacaram nacionalmente. A centenária Faculdade de Direito do Recife, hoje vinculada à UFPE, fundada a 11 de agosto de 1827, foi o primeiro curso superior de direito do Brasil, juntamente com o curso de São Paulo, ainda sob governo de Dom Pedro I. Nela importantes nomes da história brasileira estudaram, destacando, dentre inúmeros outros expoentes, o poeta, abolicionista e escritor baiano Castro Alves, o jurista Clóvis Bevilaqua, o jurista Torquato de Castro, o jurista e pensador Tobias Barreto e o diplomata, escritor e político abolicionista Joaquim Nabuco. Ainda hoje a festejada faculdade de Direito do Recife, honrando sua tradição, é um centro de excelência no ensino do direito, estando, tanto em nivel de graduação como de pós-graduação, entre os cinco melhores cursos jurídicos do Brasil, segundo a OAB e o MEC.[77]


Centro de Filosofia e Ciências Humanas, UFPE.A UFPE, que, completou 60 anos em 2006, é uma das mais antiga instituições federais do Brasil. Há também a Universidade Federal Rural de Penambuco UFRPE, fundada em 1912 como Escola Superior de Agricultura, hoje a instituição desenvolve suas atividades voltadas para a busca intensa do conhecimento científico nas áreas de Ciências Agrárias, Humanas e Sociais, Biológicas, Exatas e da Terra. O Estado possui dois Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano), antigos CEFETs e escolas técnica e agrotécnicas federais, que além de se dedicarem ao ensino técnico, a quase 100 anos, têm oferecido com excelência cursos superiores tecnológicos. Outra instituição importante é a UPE, Universidade de Pernambuco, antiga FESP, que é uma universidade estadual com campus avançados em várias cidades do interior do Estado.[78]

[editar] Transportes

Aeroporto Internacional do Recife.A principal forma de transporte do estado são rodovias. As mais importantes são a BR-101, que, avançando pela costa pernambucana, liga o norte ao sul do estado, passando pela RMR, e a BR-232, ligando a capital ao interior do estado, no sentido leste-oeste.


Malha viária do estadoO estado tem dois aeroportos internacionais. O Aeroporto Internacional do Recife - Gilberto Freyre é o maior aeroporto do Norte-Nordeste, com uma pista de 3305 m e capacidade para 5 milhões de passageiros ao ano.[79] É um dos mais modernos aeroportos do Brasil[80], tendo sido eleito um dos 5 melhores aeroportos do mundo pelas companhias de aviação.[81]. O Aeroporto de Petrolina possui a segunda maior pista de pouso do Nordeste e o seu principal emprego é no transporte da produção de frutas do Vale do São Francisco para o exterior.

Pernambuco apresenta dois portos marítimos: o de Suape, segundo maior do Brasil, localizado no município de Ipojuca, e o do Recife, um dos mais antigos do Brasil, que muitos estudiosos afirmam ter dado início ao Recife.

As rodovias mais importantes são a BR-101, na costa do estado, no sentido de norte-sul, passsando pela Grande Recife, e a BR-232, que se estende em sentido leste-oeste partindo da cidade do Recife, onde começa no trevo da avenida Abdias de Carvalho com a BR-101, em direção ao interior do estado. A ligação BR-316/122/407/428/110 faz a ligação das localidades da margem esquerda do São Francisco em Pernambuco entre Petrolina e Petrolândia.

[editar] Ferrovias
Pernambuco conta com 900 quilômetros de ferrovias, interligadas a portos e outras ferrovias, utilizados, em sua quase totalidade, para o escoamento de produtos. A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) opera três linhas troncos que concorrem para o Recife. O tronco norte liga os portos pernambucanos às capitais dos estados situados ao norte de Pernambuco e o tronco liga o estado às cidades de Maceió(capital de Alagoas) e Aracaju (capital de Sergipe). O tronco oeste liga os portos da Região Metropolitana de Recife às cidades do interior pernambucano, servindo as principais regiões produtoras.[82]

O estado teve uma das primeiras ferrovias do país - a Recife-Cabo de Santo Agostinho, inaugurada a 8 de setembro de 1855, ainda no Brasil Império, construída para transporte de passageiros e carga. Logo após completada, foram iniciados os trechos Ipojuca-Olinda-Escada e em seguida Limoeiro-Ribeirão-Água Preta-Palmares. Em 1882, foi completado o trecho Palmares-Catende, seguido de Garanhuns (1887), Mimoso[desambiguação necessária] (1911), Arcoverde (1912) e Salgueiro.

A novidade provocou curiosidade e festividade entre os recifenses. Em sua estreia, o trem da linha Recife-Cabo, partindo do Forte das Cinco Pontas transportou mais de 400 pessoas. A locomotiva partiu às 12h e 30 minutos depois atingiu o ponto de chegada, onde uma multidão aguardava.


Metrô do Recife.A Transnordestina consiste em 867 km de ferrovias interligando o centro do Nordeste com o Sudeste. Foi sugerida já no século XIX, e permaneceu como promessa até os dias de hoje.

O Metrô do Recife foi inaugurado em março de 1985, com a linha Werneck-Centro, de 6,2 km de extensão. Seguiram-se construções de outras estações, e em outubro de 1986 chegou ao Terminal Integrado de Passageiros, TIP (rodoviária do Recife). Atualmente estão sendo feitas obras para a expansão da rede em direção ao aeroporto, apresentando projeto de integração com o mesmo.

O Terminal Integrado de Passageiros foi inaugurada a outubro de 1986, sendo a segunda maior estação rodoviária do país. Ocupa 446.000 m², e possui diversas lojas em seus quatro pisos.

[editar] Culinária Permabucana

O bolo de rolo, um dos símbolos pernambucanos.A culinária pernambucana foi influenciada diretamente pelas culturas portuguesa, africana e indígena. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região, resultando em combinações únicas de sabores, cores e aromas.

Os pratos mais conhecidos são: a carne de sol, a tapioca, o arrumadinho de charque, o queijo de coalho, o escondidinho de charque, o sarapatel, o sururu, a caldeirada, o cozido e o feijão de côco, entre outros. Entre as sobremesas podemos citar: o bolo de rolo, bolo pé de moleque, bolo de macaxeira e o sorvete de tapioca.

O bolo de rolo e a tapioca receberam por lei status de patrimônio imaterial de Pernambuco e de Olinda, respectivamente.

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Referências
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