quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

8026 - GENERAIS JAPONESES DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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Home Fatos Históricos Pearl Harbor Prelúdio
Prelúdio
Por Desconhecido
07 de July de 2008

Durante o século XVI, o Shogun Hideyoshi trouxera paz e unidade a um Japão violentamente sacudido por guerra civil por mais de cem anos. Assumindo o poder supremo no Japão, Hideyoshi voltou-se para a conquista de outros mundos, e a Coréia parecia ser um degrau natural para a conquista da China. Assim é que, em 1592, depois que a Coréia se negara a permitir o trânsito de tropas japonesas pela península para atacar a China, Hideyoshi desfechou a primeira de suas duas invasões. Os exércitos japoneses arrastaram tudo à sua frente e logo dominaram todo o país. Mas Hideyoshi não lograra assegurar a segurança das suas comunicações marítimas, e uma esquadra de belonaves coreanas blindadas afundou sua frota. Cortando-lhe a linha de abastecimento, obrigou-o a retirar-se. Isto fez com que Hideyoshi sentisse a necessidade de controlar o mar e, quando tentou uma segunda invasão, seu plano foi quase idêntico ao usado em Pearl Harbor três séculos e meio depois. Enquanto diplomatas japoneses ainda conversavam em Seul, Hideyoshi atacou de surpresa. Os navios defensores foram destruídos e as tropas japonesas desembarcaram. Mas desta feita os chineses combatiam ao lado dos coreanos, e os exércitos japoneses encontraram desesperada resistência. Foram obrigados a recuar, sendo aniquilados quando tentaram, por mar, retornar ao Japão. Pela segunda vez, aprenderam os japoneses que o sucesso de uma campanha ultramarina dependia não só da qualidade das forças terrestres empregadas, mas também do domínio do mar. Diz-se que, em seu leito de morte, o derrotado Hideyoshi expressou arrependimento por haver causado a morte a tantos compatriotas em terras estrangeiras e promulgou seu famoso edito do isolamento. Como resultado, os japoneses ficaram isolados do resto do mundo por mais de 200 anos.

O longo período de reclusão chegou ao fim em julho de 1853, quando uma esquadra americana entrou na Baía de Tóquio sem permissão. Esse acontecimento está registrado nos anais japoneses como “O Dia das Naves Negras”. Impressionados pelo número e pelo tamanho dos canhões dos navios americanos, que se moviam, expelindo grossos rolos de fumaça, sem auxílio de velas e do vento, os senhores da guerra japonesa sentiram a necessidade de ter navios e canhões iguais. Esse exercício americano de diplomacia de canhoneiras provocou o fim da herança feudal japonesa, levando o país à sua modernização e ocidentalização, bem como a adquirir suas próprias “naves negras”. Por volta de 1897 os japoneses estavam encomendando e construindo belonaves mais depressa do que qualquer outro país, excetuando-se a Grã-Bretanha, e, pelo começo deste século, a Marinha Imperial Japonesa era tão grande e moderna quanto a de muitas das potências ocidentais, e quem a equipou foi a nata da juventude japonesa.

Passados quase trezentos anos depois da derrota de Hideyoshi, o Japão decidiu tentar nova invasão da China continental. A influência russa crescia na Coréia, onde os interesses comerciais do Japão eram de suma importância. Além disso, a Rússia adquirira em 1898 a fortaleza manchu de Porto Artur, e a intenção de ligá-la por ferrovia até a Europa, para o transporte de tropas e suprimentos, era encarada como uma ameaça à existência do Japão como estado independente. Em fins do século XIX a imprensa japonesa já falava de guerra com o Colosso do Ocidente, e as forças armadas japonesas experimentavam rápida expansão. A 10 de fevereiro a guerra foi formalmente declarada. Contudo, o primeiro tiro fora disparado quase 48 horas antes. Pearl Harbor, 38 anos depois, repetira Porto Artur.

Grandemente inferior ao seu imenso adversário russo em potencial humano e material, a esperança do Japão estava em conseguir o domínio do mar e o controle da Coréia logo de início. Com isso, os russos ficariam privados de qualquer porto sul-coreano de onde pudessem desfechar operações contra o Japão; as baías da costa ocidental da Coréia serviriam de bases para a frota japonesa, e as tropas nipônicas poderiam ser enviadas à Manchúria - tanto por mar como por terra, através da Coréia - antes que os russos tivessem tempo de trazer da Europa forças capazes de combatê-las. Para obter essas vantagens, o Japão atacou antes de declarar guerra. Um navio russo, ancorado no porto coreano neutro de Chemulpo, foi afundado e as tropas japonesas desembarcaram na Coréia. Entrementes, a principal frota japonesa comandada pelo Almirante Togo, rumava para Porto Artur. Pouco antes da meia-noite de 8 de fevereiro, três couraçados russos foram torpedeados por destróieres japoneses, que os atacaram quando ainda estavam fundeados. Ao meio dia do dia seguinte, desfechou-se outro ataque e quatro cruzadores russos foram atingidos. Togo, então, bloqueou o porto e quando, depois de um sítio de cinco meses, ele foi capturado pelas tropas japonesas, o resto da frota russa caiu-lhe nas mãos.

Vários meses antes que Porto Artur caísse, os russos haviam mandado sua frota principal, sediada no Báltico, para levantar o bloqueio. Foram precisos sete meses para essa armada chegar à zona de batalha, e ela foi aniquilada num só dia, nos Estreitos de Tsushima. Considerada, por alguns historiadores navais, como o maior combate marítimo desde Trafalgar, essa batalha histórica seu ao Almirante Togo o título de Nelson do Japão. Também aos olhos do mundo ela aumentou de tal modo o prestígio do Japão, que ele de pronto foi reconhecido como uma das grandes potências. Os frutos da vitória incluíam a Coréia, que se tornou ptotetorado japonês, e o controle virtual da parte sul da Mandchúria. Porém, o mais importante era algo menos palpável. Derrotando o colosso russo, o Japão destruíra o mito da invencibilidade do Homem Branco, e os japoneses não perderam tempo em tirar partido da situação.

Nos anos imediatamente após a guerra com a Rússia, o Japão passou a consolidar sua posição no Sudeste Asiático e a apertar seu domínio da Mandchúria meridional. Enquanto assim procedia, suas façanhas eram observadas, em Washington, com crescente apreensão. Embora na guerra com a Rússia o Japão recebesse apoio moral e financeiro dos Estados Unidos, suas atividades no Pacífico eram vistas com desconfiança. A afluência de trabalhadores japoneses para os Estados Unidos tornou maior o atrito e, na primavera de 1905, à crescente agitação para que se detivesse a imigração japonesa juntou-se a exigência para que se boicotassem as firmas nipônicas nos Estados Unidos. O Presidente Roosevelt, que insistia na necessidade de uma frota poderosa como o melhor meio de manter o Japão em xeque, considerava a reação antinipônica como provocadora e inconsistente com os sentimentos manifestados pelos que, havia pouco, se haviam recusado a apoiar o pedido que fizera de uma marinha mais forte. Contudo, pela assinatura de um acordo em 1908, no qual o governo japonês concordava em restringir a imigração de mão-de-obra japonesa para os Estados Unidos, houve um alívio na tensão, e cinco anos se passariam para que a questão da imigração se fizesse novamente sentir.

As duas décadas que se seguiram presenciaram um aumento espetacular no poderio industrial, comercial e econômico japonês. Durante esse período houve também um aumento gradativo no estado de tensão entre o Japão e os Estados Unidos, provocado pela competição pela supremacia naval no Pacífico Ocidental. Porém a corrida armamentista naval só começou, de verdade, em 1916, mas se prenunciara no começo do século. Com a aquisição do Havaí e das Filipinas pelos Estados Unidos, em 1898, a necessidade de uma frota poderosa para protegê-los tornara-se evidente para todos os americanos ponderados. E em seus sete anos no cargo de Presidente, Roosevelt conseguiu duplicar a esquadra dos Estados Unidos - embora não lograsse obter mais que uma fração dos navios que pedira. De sua parte, o Japão, havendo criado uma marinha bastante forte para obter o domínio dos mares e vencer os russos, continuou aumentando o poderio naval depois da vitória. Por volta de 1912 seus gastos com a esquadra atingiam a 35% do orçamento nacional, e teriam sido maiores se uma proposta para criar nova frota de oito grandes couraçados e oito formidáveis cruzadores não tivesse sido rejeitada. Só em 1920 é que esse programa de 8-8, como era chamado, foi sancionado, mas a expansão da Marinha Imperial já começara.

Embora estivesse preso por obrigações de tratado com a Grã-Bretanha, o Japão poderia ter permanecido neutro quando a Primeira Guerra Mundial estourou na Europa. Ele não era obrigado a participar do conflito, a menos que os germânicos atacassem possessões britânicas no Extremo Oriente, coisa que a Alemanha não fez. Mas o Japão decidiu alinhar-se com a Grã-Bretanha, e sua ajuda foi inestimável. Por conseguinte, no final da guerra, ele foi recompensado, recebendo todas as ilhas alemãs do Pacífico situadas ao norte do equador e que ocupara - as Carolinas, Pelew, Marshall e o grupo das Marianas. Dispondo de posição estrategicamente valiosa no meio do Pacífico, o Japão podia agora desafiar os Estados Unidos pelo controle daquele oceano. E assim como a corrida na construção de belonaves entre a Grã-Bretanha e a Alemanha fora um fator contribuinte para a Primeira Guerra Mundial também a rivalidade naval entre o Japão, Estados Unidos e Grã-Bretanha que se seguiu ameaçou desencadear outra guerra. Durante a década dos 20, o poderio naval japonês foi governado pelo acordo de 5-5-3, que significava que, para cada cinco navios de linha que a Grã-Bretanha e os Estados Unidos construíssem, o Japão só podia construir três. O acordo, celebrado em Washington em 1922, relegava virtualmente o Japão à condição de terceira potência e conferia à Marinha Imperial o papel de força de dissuasão. De início, o representante japonês à conferência, Almirante Kato, exigia que a proporção da frota devia ser de 10-10-7. Mas os especialistas navais da época acreditavam que uma frota defensiva devia ser 50% mais forte que seus atacantes, e a concessão de uma proporção de 10-7 representaria a perda da margem de superioridade que poderia fazer toda a diferença entre a vitória e a derrota, se o Japão atacasse os Estados Unidos. Por conseguinte, em termos de couraçados, a proporção de 5-5-3 que a Grã-Bretanha e os Estados Unidos haviam convencido o Japão a aceitar assegurava a superioridade ininterrupta dos Estados Unidos. Os porta-aviões, que decidiriam o domínio do Pacífico, nem sequer entraram em cogitação na conferência, porque eram pouquíssimos os existentes.

Durante alguns anos o Japão obedeceu à risca o acordo de Washington. A marinha ampliou-se praticamente aos limites por ele permitido. Por volta de 1930, as frações militaristas do Japão sonhavam com uma “Ásia para os asiáticos” sob domínio japonês. E como o acordo de 5-5-3 atrapalhava a expansão do poderio naval do Japão, houve um apelo para sua renúncia ou por uma proporção mais favorável. Nem uma coisa nem outra resultou da Conferência do Desarmamento realizada em Londres, em 1930, e, à medida que os ativistas começavam a ganhar o controle do governo japonês, a crítica que faziam deste e do antigo acordo aumentou. Outra Conferência de Desarmamento estava programada para Londres, em 1935, mas o clamor foi tal que se decidiu fazer uma conferência preliminar em 1934. Esta, que revelou ser a última tentativa de limitar as forças navais mediante tratado, estava fadada ao fracasso. As discussões arrastaram-se por dois meses, mas a representação japonesa parecia decidida a não chegar a qualquer acordo. O Japão exigia que se lhe reconhecesse o direito de se armar como lhe aprouvesse, como país soberano que era, e as sugestões para que se mantivesse a mesma proporção enquanto se buscava um compromisso foram todas rejeitadas. Naquele outono, o Japão declarou que qualquer prorrogação do Tratado de Washington seria inútil e notificou que se estava retirando dele. No Japão, o novo grupo de linha-dura de políticos militares triunfara; agora seria muito difícil deter a avalancha da guerra.

Uma vez eliminadas as restrições ao seu tamanho e composição, o Japão estava livre para ampliar a Marinha Imperial até onde o permitissem seus recursos financeiros e, por volta de 1941, ela era mais poderosa do que as frotas britânicas e americanas no Pacífico, reunidas. O Japão não só possuía os dois maiores couraçados que o mundo já vira, como também tinha dez porta-aviões, enquanto que os Estados Unidos só tinham três e a Grã-Bretanha um. Mais importante ainda é o fato de haver a Marinha Imperial adotado a estratégia de usar o porta-aviões como arma ofensiva, enquanto os Estados Unidos ainda pensavam que ele só tinha utilidade como proteção aérea para os couraçados.

Em 1931, o Japão ocupou a Mandchúria setentrional. Segundo os japoneses, eles foram obrigados a tomar essa decisão porque os chineses mostravam-se arrogantes e provocadores. Mas a rápida expansão das operações militares deixou claro que eles há algum tempo planejavam dominar a província. A verdadeira razão residia no fato de os ativistas, agora no controle do governo japonês, realizarem apelos freqüentes ao fervor patriótico do povo, pela expansão do Japão. Suas ilhas eram de excepcional beleza, mas seu terreno montanhoso carecia da matéria-prima para alimentar as indústrias modernas, das quais dependia sua população, que crescia assustadoramente. Era preciso cada vez mais território, e seis anos após a ocupação da Mandchúria os japoneses invadiram a China. A luta prosseguiu por oito anos, até 1945.

Por volta de 1939, o Japão estava inteiramente dedicado à guerra, e com imenso sucesso, na grande massa continental da Ásia. A facção ativista apertara seu domínio do governo. Mas à medida que os generais arrastavam o Japão cada vez mais para o interior da China setentrional, os almirantes viam que o país se aproximava sempre mais de um choque com a Rússia Soviética. Na sua opinião, se o Japão quisesse arriscar-se numa guerra com uma grande potência, então devia ser numa direção que lhe dava maior possibilidade de sucesso - e na qual se poderia explorar o poderio da Marinha Imperial. Desde que o Japão se comprometera numa campanha na China continental, parecia que a maneira lógica de concluí-la com sucesso seria empregar a Marinha ao longo da costa chinesa, em vez de deixar o exército avançar para o norte e correr o risco de um choque direto com a União Soviética. Os almirantes diziam que, numa série de operações combinadas, se poderia usar um exército relativamente pequeno de maneira eficaz e flexível contra os chineses, que eram numericamente superiores. Essas táticas deveriam trazer dividendos dobrados. Primeiro, havia menos possibilidade de o Japão se atolar numa guerra com duas grandes potências terrestres, cada qual com uma população muito maior do que a japonesa. Segundo, a presença da poderosa marinha japonesa operando no Sudeste Asiático defenderia as tentativas diplomáticas e comerciais de expansão naquela região. Os japoneses já vinham há algum tempo tentando aumentar seu comércio com as Índias Orientais Holandesas, que são ricas em petróleo, e à medida que a guerra na China se arrastava e tornava mais aguda a necessidade de petróleo e de outras matérias-primas, os próprios almirantes passaram a considerar essa área vital para eles.

Até 1938, os japoneses sempre consideraram a Rússia Soviética como o principal inimigo potencial do Japão. Mas o crescente ressentimento com a pressão diplomática aplicada pelos Estados Unidos para acabar a guerra com a China fez com que a Rússia fosse substituída pelos Estados Unidos. A Marinha Imperial, expandindo-se rapidamente, jamais tivera quaisquer dúvidas sobre quem seria o verdadeiro inimigo numa grande guerra. Os generais japoneses sentiam que o avanço pela China adentro levaria inevitavelmente ao choque com a Rússia, mais cedo ou mais tarde. Por outro lado, os almirantes japoneses sabiam que um avanço para o sul provocaria atrito com os Estados Unidos, e a guerra com este país seria marítima. Nem eles nem os almirantes americanos se compraziam com a perspectiva. Mas os generais é que tinham o controle nas mãos, e tacharam as negociações com os Estados Unidos como “diplomacia tola”.

Envaidecidos com as conquistas na China e sentindo-se todo-poderosos, os líderes do exército eram favoráveis à guerra e à promoção de uma “Esfera de Co-prosperidade do Grande Sudeste Asiático”. Hitler e Mussolini estavam insistindo para que o Japão se unisse a eles num pacto defensivo de três potências e os generais eram favoráveis a isso. A maioria dos almirantes era contra. Mas a situação mudou quando o Presidente Roosevelt ordenou que a frota americana do Pacífico deixasse seus portos na Costa Ocidental americana e se concentrasse em Pearl Harbor. Ele já impusera sanções econômicas ao Japão, e estas começavam a incomodar, mas os movimentos da frota americana sugeriam que o Presidente estava pensando numa intervenção armada. Quando, em julho de 1941, o comércio americano com o Japão foi suspenso e os bens japoneses nos Estados Unidos foram congelados, a guerra parecia iminente.

Última Atualização ( 07 de July de 2008 )
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