quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

8003 - GE3NERAIS FRANCESES DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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O Soldado Francês
Por Otto Skorzeny*


Mais do que aspectos materiais e técnicos, o soldado francês teve um aspecto psicológico decisivo na sua performance nos campos de batalha da II guerra Mundial: A motivação

Desmotivados, mal treinados, e com uma liderança apegada as velhas táticas da I Guerra Mundial, o maior exército do mundo em 1940, com cerca de 4 milhões de soldados, tinham formações clássicas, especializadas, como as divisões encouraçadas e a Legião Estrangeira. Também contava com um efetivo do exército colonial africano, bem treinado e acostumado com inúmeras ações coloniais. Mas faltava liderança e exemplos para os quase 4 quintos restantes das forças de reservistas franceses alistados quando da eclosão da guerra em 1939.

O meses da Sitzkrieg em nada contribuíram para desenvolver o famoso “elain” do soldado francês, já que a fé na Linha Maginot, aliada a uma doutrina de defesa, letargia e até mesmo pessimismo, só contribuíram para deixar um imenso exército em desigualdade técnica diante da formidável Wehrmacht, experiente com muitas lições aprendidas na campanha polonesa de 1939.

Havia crença geral que a guerra não viria, e quando viesse estaria nos moldes dos conflitos abertos de 1914, mesmo os acontecimentos na polônia, não deram as comandantes franceses a iniciativa de preparar seus soldados para a guerra mecanizada que se aproximava. Não havia coordenação entre os tanques e infantaria, os tanques franceses lentos, pesados, e alguns com a tripulação exercendo múltiplas funções não tinha principalmente em seus comandantes homens com iniciativa e desprendimento das ordens superiores.

O que se viu foi, que, mesmo com superioridade de tanques, as forças mecanizadas francesas eram cercadas e destruídas com relativa facilidade pelos comandos anti-tanques alemães, estes, para qual não haviam equivalentes entre as unidades francesas.

A Coordenação entre artilharia, blindados e infantaria quase não existia, os rádios eram poucos e de curto alcance, inclusive o Comandante em Chefe Maurice Gamelin dirigiu os estágios iniciais e decisivos da batalha da França de seu QG em Vinceenes, a milhares de km do front, e o detalhe é que seu QG não possuía uma estação de rádio para comunicação imediata com suas tropas.

Em relação ao treinamento, os anos de marchas forçadas, desfiles com uniformes impecáveis, dragonas e fanfarras em nada ajudaram um exército numeroso mais totalmente mal empregado. Apesar de terem bons equipamentos de infantaria e artilharia, e maior quantidade de blindados. O Soldado francês passou 08 meses entre a declaração de guerra à Alemanha e o início da campanha em 1940 jogando cartas, entendiado-se com o claustro dos acampamentos e quartéis. Havia uma concorrida Loteria entre as unidades para sorteio de licenças, parando inclusive o treinamento para ouvirem os resultados.

No fim, a pouca autonomia dos oficiais, a falta de experiência, pois poucos oficiais aceitavam sair das academias e ir para as colônias aprender a arte de combate, aliada a falta de comando levaram um dos melhores soldados do início da guerra à uma derrota fragorosa, com debandadas vergonhosas, deixando no caminho seus uniformes e suas dragonas!

A maior parte da logística francêsa sucumbiu junto com sua força aérea, pois com quase todos os veículos com tração animal, as estradas francesas ficaram intransitáveis e a mercê da Luftwaffe, tal qual ocorrera na Polônia, e para tal situação nem sequer havia uma Policia Militar suficiente para controle de tráfego e liberação de estradas.

Houve também, muitos atos de bravura por parte dos soldados, na Academia de Cavalaria de Saumur, os cadetes foram jogados contra os tanques alemães: "Tentente, o senhor está nos mandando para a morte certa!!!" "Eu vos faço esta honra, Monsieur!!" -França, 1940 - RENES

Segundo John Willians - França, 1940 - RENES: "Havia uma grande deficiência intelectual e de recursos humanos de baixo nível. Mais da metade dos soldados tinha idade superior a 25 anos, quando menos de 10% do efetivo do Wehrmacht atingiam tal faixa. Os níveis de saúde e aptidão física eram muito baixos. A faixa de idade de coronéis e generais era muito alta, e sua aptidão física deficiente. Praças e oficiais, encerrados em guarnições medorrentas, executavam passivamente rotinas embrutecedoras. A disciplina era simplismente brutal, sem a eficiência cordial da alemã. Os altos comandos, satisfeitíssimos com o passado de glórias da França, incansavelmente proclamavam ao mundo a superioridade da inteligência, do gênio e da competência de sua nação sobre todas as outras no campo militar, como nas outras áreas, desprezando as novas idéias, as novas técnicas, os novos comportamentos. Todo pensamento criativo era abafado no Exército Francês, em qualquer nível.

Mesmo com todas as adversidades, e após um sentimento de abandono pela fuga da FE Britânica em Dunquerque, razoavelmente organizados os soldados franceses proporcionaram pesada resistência a Wehrmacht, bem superior a encontrada na campanha de 1939. O Espírito de luta do soldado francês não morreu com a catastrofe de 1940. Muitos atenderam ao chamado do General Charles de Gaulle na Inglaterra, formando o Corpo de Franceses Livres, que foram prontamente declarados desertores pelo governo colaboracionista de Vichy.

Este misto de marinheiros, fusilieres, Spahis e Legionários levantaram armas, mesmo sabendo das consequencias de não estarem num exército reconhecido pelo seu próprio governo, e fizeram história sob comando britânico na Africa do Norte. A Partir do Dia D, e com a intensa atividade da Resistência o Exército Francês pode se orgulhar novamente de suas insígnias, e fez parte das tropas a marcharem sobre Berlim ao final da guerra, com um pouco do orgulho restaurado.






Conteudo ©




*Nick de um membro do Clube dos Generais.

O Clube dos Generais é uma entidade voltada apenas e tão somente aos estudos dos fatos históricos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial e não fazemos, em nenhuma hipótese, apologia aos regimes e ideologias vigentes à época. Desta forma, as imagens aqui apresentadas que contenham símbolos nazistas ou outros foram incluídos apenas pelo seu valor histórico e como objeto de estudo e curiosidade, não constituindo crime nos termos da Lei No 7716/89 (que define os crimes resultantes de preconceito ou discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional)."

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