segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

7220 - A GUERRA DOS DUCADOS

Rainha Vitória
A Rainha Vitória (1819-1901), tornou-se rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda em 1837, permanecendo no trono por 63 anos. Seu reinado está vinculado ao grande expansionismo britânico e a Revolução Industrial.

Terça-feira, Junho 07, 2005
Bismarck e as Unificações Tardias
1862. Um homem extremamente conservador e habilidoso no que se tratava de estratégias políticas, um ex-diplomata, um dos maiores responsáveis pela unificação alemã (através da guerra, contrariando expectativas de uma postura diplomática), um defensor da Realpolitik, ele acreditava que as relações internacionais baseavam-se na força e no poder, como desejavam as grandes potências. Ele foi Otto Von Bismarck, o homem responsável por enormes transformações na Europa do século XIX, e que acabara de assumir o cargo de Chanceler da Prússia. Alguns problemas assolavam o sistema de Metternich, que vigorava desde o Congresso de Viena, paralelamente á ascensão de Bismarck e a medida que ele atingia seus objetivos. O fim da Guerra da Criméia, e consequentemente da Santa Aliança, e ainda inúmeros conflitos entre os governantes de algumas potências, foram alguns desses problemas.

Bismarck se posicionava contra esse sistema em que a Áustria tinha grandes influências políticas na Confederação Germânica, no entanto a mesma não tinha interesse na Unificação Germânica. Na Guerra dos Ducados, em 1864, Áustria e Prússia, se uniram para derrotar juntas a Dinamarca, e conquistar os ducados de Holstein e Schlewig. A guerra durou apenas seis semanas e cada potência vencedora ficaria com um ducado. Quando a Prússia vence a Áustria, domina os ducados de Schleswig e Holstein, e anexa os estados de Hannover e Hesse-Cassel, aliados austríacos na guerra. O conflito marcou a regionalização final do mapa da Europa e o enfraquecimento definitivo da França a partir da ascensão do império alemão. É criada então a confederação germânica do Norte, que era submetida ao controle prussiano, e os estados germânicos do sul apenas mantém a independência por submeter seus exércitos ás orientações das tropas de Bismarck.

Enquanto isso, a Grã Bretanha concentrava seus esforços na realização do Imperialismo, e os Habsburgos já não mais mantinham o poder de influência estabelecido por Metternich, devido ás preocupações na luta contra o Nacionalismo em suas regiões. Nesse contexto (1866), a França estimula a Guerra Austro-Prussiana, pois estava certa da derrota da Prússia, pois como estratégia, ficaria neutra e com a aceitação da conquista francesa da Bélgica, faria acordos com a Prússia. A Prússia, no entanto vence a guerra, e os planos franceses se frustram. Em 1870, eclode a guerra Franco-Prussiana, resultado de mais uma estratégia de Bismarck, tirando vantagem do temor e outras fraquezas de Napoleão III, que queria evitar estar localizado entre dois territórios dominados pela Prússia. Napoleão III acabou sendo facilmente influenciado por Bismarck a proclamar a Guerra Franco-Prussiana, que como conseqüência fez com que os estados dissidentes se unissem á Alemanha, que saiu vencedora. O chanceler também viu na Prússia uma grande aliada, pois não haveria dificuldade em esse país se desligar da Santa Aliança, pois já não mais necessitava do apoio da Áustria. Armado mais uma vez de sua capacidade estrategista, Bismark consegue manipular grandes potências a fim de concretizar seus planos.

A Alemanha emerge finalmente como uma grande potência européia em diversas esferas, como economicamente, apresentando altos índices de crescimento de mercado consumidor e industrialização; na esfera militar, por conta de um excelente exército (que funcionava em um regime de alistamento militar obrigatório); e politicamente, devido obviamente á unificação. Esses acontecimentos chamam á atenção da Grã Bretanha, que temia que a nova potência alemã viesse ameaçar sua primazia. Apesar da elevação como potência e eficiência das ações de Bismarck, a Alemanha se atrasa na corrida Imperialista devido á uma unificação tardia. Mas no entanto é fundamental salientar que sem Otto Von Bismarck, a unificação, e enormes mudanças na Europa jamais teriam acontecido; unificação essa que provocou o fim do equilíbrio do sistema de Metternich, influenciado também pela unificação italiana, e regendo os acontecimentos futuros da política internacional.

posted by Luiz Ricardo @ 4:27 PM 1 comments

1 Comments:
At 7:54 PM, professor said...
Luiz,

Seu trabalho esta completamente confuso do ponto de vista cronológico.

1) O nome 'Guerra das 6 semanas' se aplica a guerra autro-prussiana, não a guerra dos ducados.

2) O isolamento francês se aplica a guerra franco-prussiana, não às duas anteriores.

3) Voce confunde todas as guerras, bem como suas causas e consequências. Releia seu caderno.

A conclusão da a impressão de que a história é feita de grandes homens e heróis? E o povo ? Como diria Bretch ? Quem construiu a Tebas das sete portas ?


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