quinta-feira, 19 de agosto de 2010

2593 - SÉCULO XV

Associação Nacional de Cruzeiros

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Quadro Cronológico de algumas
Viagens de Descobrimento nos Séc.XV e XVI
Comemoraram-se recentemente os 500 anos sobre a viagem em que Pedro álvares Cabral aportou ao Brasil, trazendo ao conhecimento do Mundo a existência daquele extenso território que hoje constitui a América do Sul.
A chegada ao Brasil marca o final do chamado período das descobertas que durante cerca de um século mobilizou os portugueses em sucessivas viagens de exploração ao longo o litoral africano e no Atlântico central.
É uma perspectiva desse período que pretendemos dar a conhecer através do texto que se segue.


1. Antecedentes
Os interesses comerciais que surgiram, nos finais da Idade média, nos portos da orla ocidental da Europa, olhavam com certa inveja para o monopólio italiano e germânico do comércio com o Oriente. Os tecidos de algodão e seda, as especiarias, as tintas, os perfumes e as pedras preciosas do Oriente encontravam mercado pronto no Ocidente ainda que os preços quadriplicassem em trânsito, em especial devido aos onerosos transportes por caravana desde o Golfo Pérsico e o mar Vermelho até aos portos do Mar Mediterrâneo.
A expansão do Império Otomano pelas rotas do comércio da Europa com a Ásia resultou na imposição de taxas ainda mais pesadas ao comércio oriental. Confrontados com esta situação, os comerciantes e marítimos da Europa Ocidental procuram novas rotas para o Oriente.
No fim da época medieval, os povos da orla atlântica da Europa voltaram a considerar antigas lendas e relatos quase históricos de vias marítimas para o Oriente. A difusão de antigas ideias, que consideravam a terra esférica, foram retomadas por pensadores e exploradores ousados que sonhavam atingir o Extremo Oriente quer contornando a África quer atravessando o misterioso Atlântico. Coube aos portugueses a glória de concretizarem aquelas ideias.
Durante o final da Idade Média, os navios de vela foram-se desenvolvendo gradualmente tornando-se em navios verdadeiramente oceânicos. No século XV foi possível iniciar com método as cada vez mais longas viagens de exploração marítima.
De facto, o antigo e relativamente frágil navio de comércio, com um só mastro e uma vela, evoluiu. O desenvolvimento do comércio durante o século XIII deu origem a navios bojudos, já dotados de enxárcias, desenhados a partir dos navios longos dos escandinavos e dos diversos tipos de navios à vela do Mediterrâneo.
Surgem os castelos de proa e popa, primeiro improvisados para a guerra e, mais tarde, tornando-se parte integrante do navio, melhorando-se o aparelho e a solidez da construção; resultou daí a coga do Mar do Norte e a nave mediterrânica.
O deslocamento dos grandes navios aumenta de 100 para 300 toneis, e são equipados com três mastros e gurupés, com pano maioritariamente redondo numa disposição que muito favoreceu as suas qualidades náuticas.
No decurso do século XIV, o leme de cadaste, controlado pela cana, substituiu o velho sistema do remo de esparrela colocado na alheta de estibordo; e ao mesmo tempo que se divulga o uso da agulha magnética, a cartografia náutica dava os primeiros passos com o aparecimento dos portulanos.
A caravela também se desenvolve mercê do engenho da construção naval portuguesa que cria um tipo de navio bem aparelhado e de sólida construção, com um, dois ou três mastros envergando velas latinas triangulares. A caravela foi o navio explorador do oceano por excelência; capaz de bolinar, revelou-se o navio adequado à descoberta dos regimes de ventos que possibilitariam mais tarde o uso do pano redondo e das naus. A caravela evoluiu no século XVI para a caravela redonda que armava, além dos três mastros latinos de pano latino, um traquete de pano redondo e um gurupés de sustentação da mastreação.



Caravela
Os navios do século XV eram pois capazes de enfrentar as tempestades atlânticas; suficientemente rápidos e próprios para o mar, permitiam longas viagens sem necessidade de reabastecimento ou reparação.
O armamento dos navios também se desenvolve poderosamente no século XV com a introdução de uma arma de muito maior alcance e poder destrutivo que as catapultas e as flechas - o canhão.
Inicialmente montado nos castelos, ele foi transferido para meio-navio e o aparecimento das portinholas permitiu a montagem de canhões mais pesados nas cobertas inferiores dos navios com a consequente melhoria das condições de estabilidade.
No início do século XV o Infante D. Henrique reuniu no Algarve - na Vila do Infante - os melhores geógrafos, cartógrafos, matemáticos e navegadores e inicia metodicamente as viagens de descobrimento através do Atlântico, e especialmente ao longo da África Ocidental. Seguindo de novo a ideia de que a Terra é esférica, tenta-se também a navegação para Oeste, mas as experiências provam que o valor do perímetro da Terra fora bastante subestimado.
Embora tentada desde o século XII, a exploração e descobrimento do Atlântico realiza-se durante o século XV.
Os progressos na Arte de Navegar tornaram possível o afastamento da costa sem receio de a perder de vista. A agulha magnética, trazida da China para a Europa por intermédio dos Árabes e dos Cruzados, dava ao navegador a possibilidade de seguir uma rota certa com qualquer tempo.
Media-se a velocidade do navio pelo tempo de passagem de qualquer objecto flutuante e, mais tarde com a barquinha. Conhecido o rumo e a velocidade do navio, estimava-se o percurso com razoável margem de erro. Para o conhecimento da latitude, dispunha o navegador do século XV de instrumentos como o astrolábio náutico - criado pelos portugueses - o quadrante e a balestilha, que lhe permitiam medir as alturas dos astros. Através da altura determinava a latitude mediante simples cálculos matemáticos com base em efemérides - os Almanaques e os Regimentos dos astros. Apesar de tudo, os instrumentos de observação requeriam uma plataforma estável o que raramente sucedia a bordo. Pesar o Sol a bordo com o astrolábio náutico era tarefa difícil pelo que o rigor da latitude observada dependia da experiência do piloto.



Pesagem do Sol
Não dispondo de instrumentos para medir o tempo com rigor (os cronómetros só apareceram no século XVIII) o navegador não podia avaliar a longitude. Estimava-a face ao rumo e ao caminho percorrido; apesar disso, os navegadores portugueses aventuraram-se em todas as paragens do Atlântico, inicialmente com caravelas, até dobrarem do Cabo da Boa Esperança e ao reconhecimento do regime de ventos no Atlântico Sul, e, depois disso, com naus, fazendo uso exclusivo de pano redondo.



2. Algumas Consequências dos Descobrimentos
A partir do século XVI, o centro do comércio marítimo muda-se do Báltico, Mar do Norte e Mar Mediterrâneo para o Atlântico, dele resultando o desenvolvimento de Lisboa, Cadiz e Amsterdão, enquanto o tráfego em Lübeck, Veneza e Génova começa a estagnar; o próprio Império Otomano entrou gradualmente em declínio pela perda do comércio.
As viagens de descobrimento e a criação de Colónias na América e na Índia produziu um desmedido incremento no tráfego marítimo; grandes esquadras de veleiros transportavam as riquezas dos novos territórios para a Península Ibérica.
As Armadas de Portugal, derrotaram os navegadores e comerciantes muçulmanos do Índico e estabeleceram um Império Comercial que se estendeu da África Oriental ao Japão. Na base desse Império estiveram dois homens cuja visão estratégica, embora conceptualmente diferentes, almejava o mesmo fim, o "controle do mar" - D. Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque.
Os espanhóis, conquistando o México e o Peru, asseguram para a Espanha a posse das riquezas acumuladas ao longo dos séculos pelas civilizações Incas e Maias, e o ouro e a prata das minas da América correu de forma aparentemente inexaurível para o Tesouro de Espanha.
Todos os anos as naus da carreira da Índia e os galeões da prata atravessavam o Atlântico para Lisboa e Cádiz carregados de especiarias, faianças e metais preciosos; mas eram tesouros de que as restantes nações europeias estavam excluídas.
As mudanças operadas neste século haveriam de abalar profundamente o Velho Mundo!
A Europa estava já em fermentação. O vago internacionalismo do sistema feudal ia dando lugar a estados feudais com um monarca dominante. Os reis estavam interessados em aumentar o seu poder através de uma classe mercantil em ascensão, que desejava a paz, a estabilidade económica e um governo centralizado, que favorecesse o comércio e a indústria.
Assim, enquanto os países ibéricos importam trigo, os holandeses prosperavam como intermediários no comércio; no século XVI os holandeses transportavam todos os produtos ibéricos destinados ao Báltico, enquanto as suas frotas de pesca no Mar do Norte lhes permitiam manter um bom nível de vida na sua população.
Além de Portugal e Espanha, os outros países da orla atlântica da Europa - França, Inglaterra e Países Baixos - começam a crescer como potências marítimas e a criar rivalidades entre si. Esta situação trouxe problemas que nunca se tinham antes colocado.
O fluxo de metais precioso da América espanhola rebaixou o valor das moedas europeias e, ao mesmo tempo as matérias-primas do Oriente e do Ocidente entram em concorrência com os produtos agrícolas europeus. Como resultado disto o rendimento da agricultura degradou-se relativamente aos custos dos serviços e dos produtos manufacturados. Esta mudança beneficiou as classes comerciais citadinas em detrimento da aristocracia latifundiária.
A Idade das Descobertas pôs assim em marcha as forças económicas que haveriam de transferir a riqueza, e portanto o poder, da nobreza para a burguesia e mudar a Europa de uma sociedade feudal para uma sociedade burguesa.




Mapa dos Descobrimentos

3. Cronologia de Algumas Viagens de Descobrimento
Princípios de 1147: Viagem dos Aventureiros. Pouco antes do início do cerco de Lisboa pelas forças cristãs, largou desta cidade uma expedição de mareantes muçulmanos que pretendia encontrar umas ilhas situadas lendariamente ao largo da península Ibérica. Não houve mais qualquer notícia da expedição.
Verão de 1336: Primeira expedição portuguesa às ilhas Canárias; houve mais duas expedições em 1340 e 1341.
Cerca de 1341: os irmãos Vivaldi. Esta expedição que terá partido de Barcelona destinava-se também à exploração do Atlântico. Nunca se soube do seu destino.
1412: Primeiras expedições ao litoral africano e ilhas Canárias ordenadas pelo Infante D. Henrique.
1415: Conquista de Ceuta. Uma esquadra portuguesa de 250 navios com 12.000 homens toma de assalto a cidade de Ceuta; esta data marca o início da expansão portuguesa do Século XV.
1419: "Descoberta" de Porto Santo. Os navegadores João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira visitam esta ilha, iniciando a colonização portuguesa das ilhas atlânticas.
1420: Desembarque na Madeira. Os portugueses desembarcam nesta ilha e iniciam o seu povoamento e colonização.
1422: O cabo Não, limite das navegações mouriscas na costa africana é ultrapassado pelos navegadores portugueses que se aventuram a navegar mais para Sul.
1427: Descoberta dos Açores. possivelmente no regresso de uma viagem pelo mar largo, o piloto Diogo de Silves desembarca em Santa Maria, cuja colonização e povoamento se inicia em 1431 por Gonçalo Velho Cabral.
1434: Passagem do Cabo Bojador. Considerado na época como o limite dos mares navegáveis, este famoso promontório é ultrapassado pelo navegador português Gil Eanes.
1434: Inicia-se neste ano a utilização da rosa dos ventos de 32 Rumos em vez dos 12 habituais.
1435: Gil Eanes e Afonso Gonçalves Baldaia descobriram a Angra dos Ruivos e chegaram à Costa do Ouro.
1437: Desastre de Tânger. Uma tentativa dos portugueses para alargar o seu domínio em Marrocos com a conquista desta praça, redunda em grave derrota militar.
1438: Provável naufrágio de um navio português na ilha de Fernando de Noronha.
1440: Realizam-se as primeiras trocas comerciais com a África ao Sul do Bojador, reactivando o interesse pelas navegações.
1441: Nuno Tristão atinge o Cabo Branco.
1443: Nuno Tristão penetra no Golfo de Arguim.
1444: Dinis Dias chega a Cabo Verde.
1444: Início do comércio com os povos do Sul do Sahara, ou seja a hoje denominada África sub-sahariana.
1445: Álvaro Fernandes passou para sul de Cabo Verde e chegou ao Cabo dos Mastros.
1446: Álvaro Fernandes chegou à parte norte da actual Guiné-Bissau.
1448: Neste ano parece ter-se realizado uma expedição ao Atlântico Ocidental conforme o demonstra uma carta da época de André Bianco.
1452: Descoberta das ilhas das Flores e do Corvo pelo navegador português Diogo de Teive.
1458: Descoberta das primeiras ilhas do arquipélago de Cabo Verde pelo navegador Luís Cadamosto, um veneziano ao serviço do Infante.
1458: Uma expedição comandada pelo próprio rei D. Afonso V conquista a praça marroquina de Alcácer-Seguer.
1460: Neste ano morre o Infante D. Henrique, cujos navegadores exploraram a costa africana até à Serra Leoa (8º N) e o Atlântico até ao mar dos Sargaços (40º W).
1460: Diogo Gomes e António de Noli descobrem mais algumas ilhas do arquipélago de Cabo Verde.
1461: Diogo Afonso descobriu as ilhas ocidentais de Cabo Verde.
1462: Conquista de Arzila. Esta praça marroquina é conquistada por D. Afonso V e Tânger é abandonada pelos muçulmanos e ocupada pelas tropas portuguesas.
1471: Os navegadores portugueses João de Santarém e Pero Escobar ultrapassam o Equador e descobrem as ilhas de São Tomé e Príncipe. Iniciaram também a navegação pelo Cruzeiro do Sul.
1472: Viagem Luso-Dinamarquesa à Groenlândia e Terra Nova (ou Terra dos Bacalhaus); a expedição é chefiada por dois marinheiros dinamarqueses, parte da Dinamarca e leva dois navegadores portugueses, João Vaz Corte-Real e Álvaro Martins Homem.
1475: Chegada de Cristovão Colombo a Portugal, onde casa com a filha de Bartolomeu Perestrelo e vive alguns anos em Porto Santo.
1476: O navegador português João Coelho visita algumas ilhas das Antilhas; parece que ia a bordo de um dos seus navios um marinheiro genovês de nome Cristovão Colombo.
1482: Chegada do navegador Diogo Cão à foz do Rio Zaire e exploração desse rio até às cataratas de Ielala a 150 quilómetros da foz; nesta viagem explora-se ainda parte da costa de Angola.
1484: Diogo Cão volta a explorar a costa africana atingindo a zona de Walvis Bay, no Sul da Namíbia.
1487: Afonso de Paiva e Pero da Covilhã foram, por terra, de Lisboa até ao Reino do Prestes João (Etiópia).
1487/88: Bartolomeu Dias, coroando 50 anos de esforços e metódicas expedições, dobra o cabo da Boa Esperança alcançando o oceano Índico pelo Sul. Estava encontrado o famoso Promontório Prasso da geografia de Ptolomeu.
1489/92: Os portugueses realizam viagens de exploração no Atlântico Sul com vista a descobrir o regime de ventos.
1490: Partida de Cristovão Colombo para Espanha depois de ver recusada a sua proposta de navegação para Ocidente pelo monarca português.
1492: Por esta época realiza-se uma expedição portuguesa ao Oceano Índico precursora da viagem de Vasco da Gama.
1492: Autorização dos Reis Católicos de Espanha para a viagem de Colombo e sua partida de Palos para a sua primeira viagem para o Atlântico Ocidental.
1492: Cristovão Colombo, numa tentativa de chegar à India pelo Ocidente atinge as Antilhas, região que ficou na posse da coroa espanhola, mas convencido de que atingira a costa Leste do continente asiático.
6 de Março de 1493: Arribada de Colombo a Lisboa no regresso da viagem onde se encontra com D. João II.
25 de Setembro de 1493: Início da segunda viagem de Colombo.
7 de Junho de 1494: Tratado de Tordesilhas. Depois de mediação papal, Portugal e Espanha dividem entre si os territórios recém descobertos. A linha divisória era o meridiano que passava 370 léguas a Oeste dos Açores, ou seja 46º 37' W, ficando Portugal com todas as terras descobertas ou a descobrir a Oeste desse meridiano (excepto as Canárias).
1494: Duarte Pacheco Pereira, um dos negociadores do Tratado de Tordesilhas, calcula, com erro inferior a 4%, o comprimento do grau do meridiano em 18 léguas, ou seja 106,56 Km ou 57,5 milhas marítimas.
1495: Viagem dos navegadores João Fernandes, o Lavrador e Pero de Barcelos à Groenlândia e "Terra de Lavrador".
1496: Regresso de Colombo a Espanha no final da sua segunda viagem.
1497: As naus portuguesas passam a utilizar velas nos mastaréus da gávea e do traquete e "portinholas" para a artilharia nas cobertas.
1497: Partida de Lisboa da armada de Vasco da Gama que se destinava à descoberta do caminho marítimo para a Índia.
1498: Caminho Marítimo para a Índia. Vasco da Gama completa o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, contornando pelo Sul o continente africano.
1498: Viagem de Duarte Pacheco Pereira ao Atlântico Sul e exploração da costa americana ao norte do Amazonas.
1498: Partida de Colombo para a sua terceira viagem com destino às costas da América.
Agosto de 1498: Colombo é preso e deportado para Espanha devido a abusos por parte de seu irmão Bartolomeu Colombo.
Fevereiro de 1500: Ao chegar a Cádiz Colombo é imediatamente em libertado, assim terminando a sua terceira viagem.
Fevereiro de 1500: Partida de Lisboa da esquadra de Pedro Álvares Cabral com destino à Índia para aí estabelecer relações comerciais com os reinos locais.
21 de Abril de 1500: Descoberta oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral quando seguia com a sua armada a caminho da Índia.
1500/1502: Viagens à Terra Nova dos irmãos Gaspar e Miguel Corte-Real que desaparecem respectivamente em 1501 e 1502. Miguel parece que estaria vivo ainda em 1511, conforme se poderá concluir pelas inscrições da Pedra de Dighton.
1502: João da Nova descobriu a ilha de Ascensão e Fernão de Noronha descobre a ilha que tem o seu nome.
11 de Maio de 1502: Início da quarta viagem de Colombo.
1503: De regresso da Índia, Estevão da Gama descobriu a ilha de Santa Helena.
Cerca de 1503: Portugal estabelece pontos de apoio para as suas frotas na costa oriental africana, na rota para os seus novos entrepostos comerciais na Índia. Para se opor à expansão portuguesa no oriente, Mahmud Begara soberano do Guzerate alia-se ao sultão do Egipto e nos princípios de 1507 é enviada para a Índia uma esquadra egípcia.
21 de Maio de 1506: Morte de Cristovão Colombo em Valladolid ainda convencido de que atingira as costas da Ásia.
1506: Tristão da Cunha descobriu a ilha que ainda hoje tem o seu nome.
1506: Navegadores portugueses desembarcam em Madagascar, a que deram o nome de ilha de São Lourenço.
Março de 1508: As forças egipto-guzerates surpreendem em Chaúl (Dabul) uma pequena frota portuguesa; após três dias de combate dois navios portugueses conseguem escapar.
9 de Fevereiro de 1509: Batalha Naval de Diu. Ou batalha dos Rumes; o vice-rei português D. Francisco de Almeida destroi em Diu a esquadra egipto-guzerate, estabelecendo a supremacia portuguesa no Oceano Índico.
1509: O golfo de Bengala é atingido por Diogo Lopes de Sequeira que chegou até Malaca.
1512: António de Abreu descobre a ilha de Timor.
1513: Jorge Álvares chegou às costas da China.
1516: Constituição da Monarquia Espanhola através da união dos reinos de Aragão e Castela.
1517: Início do reinado de Carlos V, imperador da Casa de Áustria e rei de Espanha.
20 de Setembro de 1519: Sai do porto de San Lucar de Barrameda a frota de Fernão de Magalhães rumando ao Novo Mundo e que iria efectuar a primeira viagem de circum-navegação.
1519/1521: Primeira viagem de circum-navegação do Globo por Fernão de Magalhães e Juan Sebastian Elcano. Dos 5 navios que iniciaram a viagem apenas um regressou; Magalhães morreu na ilha de Matan, nas Filipinas, num combate com os indígenas.
1521 a 1529: Guerra entre Carlos V e Francisco I de França.
1522/1525: Cristovão de Mendonça e Gomes de Sequeira descobriram a Austrália.
1522: Regresso da frota de Fernão de Magalhães a San Lucar.
1541: Fernão Mendes Pinto, Diogo Zeimoto e Cristovão Borralho atingiram o Japão.
1542: João Rodrigues Cabrilho descobriu a Califórnia.
1577/1580: Segunda viagem de circum-navegação pelo corsário inglês Francis Drake.
1660: David Melgueiro, piloto português ao serviço da Holanda, terá efectuado uma viagem pelo Oceano Glacial Árctico, do Japão para a Europa.


Cmdte. José António Rodrigues Pereira




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Bibliografia:
Evolução do Poder Naval nos Séculos XV a XVII, Serviço de Publicações Escolares da Escola Naval. Sem data.
Haws, Duncan e Hurst, Alex, The Maritime History of the World, Brighton, 1985.
Pemsel, Helmut, A History of War at Sea, Naval Institute Press, 1980.
Pereira, R., Apontamentos de História Naval, Serviço de Publicações Escolares da Escola Naval, 1986.
Peres, Damião, História dos Descobrimentos Portugueses, Vertente, Porto, 1983.



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Última actualização: 28 de Novembro de 2001
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