quinta-feira, 26 de agosto de 2010

2727 - HISTÓRIA DA AVIAÇÃO

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01 fev 2010 Asas: A história da aviação do ponto de vista americanoPrimeiramente, um bom dia à todos vocês! Eu sou o Lvcivs (leia-se: Lucius), e como alguns já devem ter percebido, estou ajudando o Lito na parte de perguntas e este é meu primeiro post por aqui. Sou entusiasta da aviação há mais de uma década e espero poder passar para vocês muito do que eu aprendi nesse tempo todo, bem como o que for aprendendo. Um abraço e vamos nessa, iniciando com a resenha de um livro que eu acabei de ler.



Este livro assusta um pouco de cara pelo tamanho e pelo preço, pois é um tijolão com quase 800 páginas que chega a custar 80 reais, mas é uma enciclopédia sobre a história da aviação, especialmente sobre a aviação nos Estados Unidos. Por este motivo não adianta nem entrar na discussão Wright x Santos Dumont, ele é citado vagamente, afinal esta é uma obra lançada em 2003 justamente para comemorar os 100 anos daquela tentativa de vôo dos irmãos.

Porém, o fato de focar e detalhar muito mais a aviação americana não desmerece o livro, afinal os EUA foram a grande força aeronáutica durante a maior parte do século XX, mas passa por alto sobre alguns pontos da história da aviação na Europa. O grande mérito do livro é mostrar a história dos nomes que deram origem a tantas empresas e até bases aéreas, por exemplo. Northrop? Grumman? Boeing? Douglas? McDonnell? Base Aérea de Edwards? Curtiss? Ryan? O livro conta toda a história dessa gente, e uma das coisas que mais me impressionaram nesse ponto foram a passagem de Jack Northrop por inúmeras empresas aeronáuticas e o nascimento da lenda Douglas DC-3.

Porém, o que mais chama a atenção é a seriedade dos nossos vizinhos do norte. A aviação foi uma peça importantíssima para os Estados Unidos se tornarem a nação que são hoje, e as bases disso estão fincadas ainda no século XIX com boas faculdades de física e engenharia, e com inúmeros e diversificados incentivos ao longo do século XX. Daniel Guggenheim (irmão do colecionador de arte que batiza os museus mundo afora) foi um desses incentivadores, investindo MUITO dinheiro em várias universidades americanas para a pesquisa da engenharia aeronáutica. Assim, a pesquisa e desenvolvimento eram realizadas nas universidades por pessoas já com uma boa formação acadêmica, gerando e formando mais mão-de-obra qualificada e especializada em diversas áreas de pesquisa.

Apesar disso, os americanos aprenderam muito com os projetos experimentais alemães que estavam em desenvolvimento no final da guerra. Ironicamente, a busca alemã por um avião imbatível não ganhou a guerra, mas forneceu de bandeja para os americanos vários cientistas (Wernher von Braun foi um deles) e muitos projetos finalizados ou em desenvolvimento. O avião de testes americano Bell X-5, por exemplo, era uma evolução do alemão Messerschmitt Me P.1101, e a única grande diferença é que os americanos inventaram um sistema para modificar o enflechamento da asa em vôo, enquanto que no original alemão seria preciso fazer isso no solo antes de decolar.

Enfim, ao longo do livro fica clara a relação do desenvolvimento da indústria aeronáutica com o desenvolvimento dos próprios Estados Unidos, e a importância da educação de qualidade nessa história toda. A ciência aeronáutica não existia e voar sempre foi um grande desafio e desejo da humanidade. A educação e boa formação de inúmeras pessoas, e não apenas poucos indivíduos, foi sem dúvida de suma importância para o desenvolvimento das ciências aeroespaciais. Porém, fica clara também a fragilidade financeira desse setor da economia, em todos os seus ramos, desde as linhas aéreas até as grandes indústrias, que precisaram se fundir e que hoje precisam arriscar quase todo seu o valor no projeto de um novo avião.

Um livro muito bom de ser lido, com um texto muito bem traduzido e quase sem falhas, o que é notável neste ramo que possui inúmeros termos técnicos e coloquiais bastante específicos. Muito recomendado para quem gosta de história da aviação, com o porém sobre ser focado no ponto de vista americano.

“Asas – Uma história da aviação: das pipas à era espacial”
Tom Crouch
ISBN: 8501073997
Editora Record

Link para o livro na Editora

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Tags: Aviacao, História, Livros
Arquivado em Livros | 9 Comentários

« Uma Pintura de avião muito interessante! Porque os trens de pouso com mais de 2 rodas... »9 Comentários para “Asas: A história da aviação do ponto de vista americano”
Lito
1:13 em 2 de fevereiro de 2010
Muito bom o post Lvcivs, e ainda hoje a aviação é a espinha dorsal do way-of-life americano de locomoção. Basta ver a quantidade de gente que voa no chamado Thanksgiving (dia de ação de graças).
Quanto ao ponto de vista dos Wright brothers, eu estive em Dayton, onde eles começaram a projetar o “flyer” e há inúmeros memoriais e museus com pouquíssimo material de Santos Dumont. Para eles, o voo de Dumont em 1906 aconteceu 7 anos após o início do desenvolvimento do flyer pelos brothers e que portanto os brothers foram os primeiros (sem entrar no mérito de que eles precisaram de catapulta e vento forte).
Uma coisa é certa: os controles de voo foram inventados pelos brothers (aileron inclusive).

Abs.

Responder
Lvcivs
1:32 em 2 de fevereiro de 2010
@Lito, diz o livro que eles estudaram a asa arqueada e que sugeriram na patente mesmo alternativas, como aileron.
.
Porém, cita também que Alexander Graham Bell veio com esse papo de aileron também, mas não se sabe se de forma independente ou copiado dos europeus (“Esnault-Pelterie, Santos Dumont, Bleriot ou Cody”), que já tinham feito uso desse tipo de superfície.
.
Quem tiver o livro, isto está explicado nas páginas 113/114.
.
Fato é que é muito difícil apontar o dedo pra uma só pessoa. Era uma época de comunicação ruim, a ciência e a tecnologia deslanchando loucamente, e muita gente trabalhando nos mesmos assuntos, encontrando soluções semelhantes ou não pro mesmo problema.
.
(Mas o começo do livro tem que ter estômago, pq é Wright pra cá, Wright pra lá, depois melhora bem.)

Responder
Diogo Jucá
17:53 em 2 de fevereiro de 2010
Eu tenho esse livro mas logo nas primeiras paginas parei por não aguentar ler tanto desprestígio ao verdadeiro pai da aviação.
Mas é bem interessante a obra, e tambem exige força de vontade pra ler, pois só o peso dele na mão ja cansa muito rapidamente…hehe
Mas leiam!!!

Responder
Lvcivs
20:07 em 2 de fevereiro de 2010
@Diogo Jucá, Exatamente… tem que ter estômago pra ler o começo… é muita babação de ovo dos Wrights.

Tem que ponderar que é um livro feito para comemorar os 100 anos, mas ainda assim… é difícil! Quando chega na 1a guerra, o livro melhora muito!!

Responder
Diogo Jucá
20:50 em 2 de fevereiro de 2010
@Lvcivs, depois deste post resolvi desenterrar o meu livro, e descubri uma parte muito interessante que fala sobre Santos Dumond e o 14-bis…Está nas páginas 102, 103 e 104, para os interessandos. [mas não acreditem muito no que estão lendo não, rsrs]

Mas vou começar a ler de verdade à partir da primeira guerra como tu disse!

Responder
Lvcivs
23:23 em 2 de fevereiro de 2010
@Diogo Jucá, vai lendo mesmo, tem alguns pontos interessantes antes da 1a guerra, mas começa a ficar mesmo legal depois dela! Depois dá gosto de ler.

Responder
Durval Pereira
16:36 em 6 de fevereiro de 2010
…o ponto de vista dos americanos, o primeiro yankee que jogou uma pedra no ar deveria ser o pai da aviação…

Responder
Francisco Neto
16:28 em 23 de fevereiro de 2010
Estou muito interessado em ler este livro, mas fiquei receoso pelo fato de ter sido escrito por um americano, pelos fatos já comentados, sem falar do preço !!

mas temos que dedicar o devido mérito aos americanos que realmente levaram a aviação muito muito a sério, e o rápido desenvolvimento entre o flyer e os blackbird foram pouco mais de 50 anos, e a grandiosa forcinha do füher e seus cientistas !!

Sendo que até hoje no Brasil o avião de maior sucesso é o Super tucano, e ainda não conseguimos lançar um foguete decente.

Mas se o problema for o oba-oba americano posso pular sem dó nem piedade o primeiro capítulo !!!

Obrigado a todos pelos comentários do livro.

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