terça-feira, 24 de agosto de 2010

2600- ONDAS HERTZIANAS

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RESSOADOR DE HERTZ
As ondas hertzianas, propagando-se a distância em todas as direções, reproduzem-se por indução nos fios metálicos que encontram na sua passagem: mas, tal como acontece com as vibrações sonoras, o fenômeno da transmissão das vibrações por influência só se produz em presença de fios com um comprimento determinado que dependa da frequência e portanto do comprimento de onda das oscilações elétricas.

Os fios metálicos podem pois estar sintonizados, isto é, afinados, para reproduzirem oscilações elétricas como as cordas dos instrumentos musicais para reproduzirem vibrações sonoras.


Ressoador de Hertz




Este instrumento funda-se na propriedade precedente. Compõe-se de um fio metálico contornado
em círculo com uma pequena abertura "B", tendo uma das extremidades munida de um parafuso terminado em ponta para se graduar o intervalo "ab" (distância explosiva).As oscilações elétricas que este instrumento pode reproduzir na vizinhança do oscilador manifestam-se geralmente por faíscas entre os pontos "a" e "b". Como um Ressoador de Hertz só reproduz oscilações elétricas de
determinada frequência relacionada com o comprimento do fio "DACB" e fica inativo para as oscilações de frequência diferente, o seu funcionamento na investigação de oscilações elétricas é análogo ao ao do ressoador de Helmotz na análise dos sons.

Um ressoador e um oscilador elétrico devem pois estar afinados para a passagem das radiações se manifestar; a distância explosiva para a faísca mais forte corresponde ao comprimento de onda do oscilador. O ressoador de Hertz também dá a conhecer a orientação das radiações elétricas.
Com efeito, as radiações que se propagarem na direção do diâmetro "AB", que passa pela abertura "B" do contôrno não podem produzir faíscas entre "a" e "b", porque, neste caso, em virtude da simetria dos arcos ACB e ADB, as oscilações do ressoador dão constantemente a "a" e "b" a mesma eletrização; e as oscilações elétricas que se propagarem na direção do diametro CD, perpendicular ao que passa pela abertura "B", reproduzem-se no ressoador percorrendo os arcos diferentes DB e DACB, e dando portanto em cada vibração eletrizações de sinais contrarios a "a" e "b"que produzem uma faísca.


ANTENA - COESORES OU DETETORES
O ressoador de Hertz torna-se impotente para revelar a passagem de ondas hertzianas para distâncias superiores a 10 metros do oscilador. Para grandes distâncias foi necessário imaginar outros ressoadores muito mais sensíveis, com os quais se consegue a captação das ondas hertzianas a milhares de quilometros do centro da emissão. Estes ressoadores são compostos de duas partes distintas: Uma ANTENA e um COESOR ou DETETOR.

A antena desempenha o papel de Coletor das ondas hertzianas que atravessam o espaço e pode ser constituída por um simples fio bom condutor, de maior ou menor comprimento, conforme a distância do oscilador e o comprimento da onda que se pretende receber; deve ser colocado tão alto e desafogado quanto possível. Uma das extremidades fica inteiramente livre e isolada e a outra poe-se em ligação com a terra por meio de um fio igualmente bom condutor ao qual se liga diretamente, ou por indução, o Coesor ou Detetor.Este órgão tem a propriedade de se deixar influenciar pela passagem das ondas hertzianas captadas pela antena, permitindo assim o seu reconhecimento. Há vários tipo de detetores a que vamos nos referir.

RADIOCONDUTOR ou COESOR DE BRANLY




BRANLY reconheceu que as radiações elétricas tornam as limalhas metálicas boas condutoras da eletricidade e que a sua condutibilidade cessa pela percussão. Aproveitou esta propriedade para reconhecer e utilizar as radiações elétricas, e ao seu aparelho chamou radiocondutor. Este coesor consiste de um estreito tubo de vidro "t" "t'"com uma pequena porção de limalha metálica l (limalha de ferro, de alumínio, de níquel, de prata, etc), colocada sem pressão sensível entre os embolos metálicos "m" e "m'", sustentados por varas metálicas a que se possam ligar os terminas de uma pilha. Para se fazer a experiência da propagação das radiações elétricas, prepara-se um radio condutor com qualquer limalha e intercala-se no circuito de uma pilha "P"com uma campainha elétrica "C". Se o circuito for percorrido pela corrente, percute-se o Coesor e a corrente ficará interrompida.

Fazendo-se então com que se produza uma descarga elétrica oscilatória a uma distância conveniente, a campainha começa a tocar, acusando a passagem da corrente no circuito da pilha e mostrando que as oscilações elétricas se propagaram e tornaram condutora a limalha do coesor, condutibilidade que persiste
depois do oscilador deixar de funcionar. Esta condutibilidade cessará porém bruscamente logo que se percuta levemente o coesor. A limalha torna-se outra vez isoladora, para voltar a ser condutora quando passar nova radiação elétrica, e assim sucessivamente.

Obs. - O radiocondutor de Branly, só se utiliza atualmente nas experiências dos cursos. Nas aplicações das radiações elétricas (telegrafia e telefonia sem fio) empregam-se detetores muito mais sensíveis. Já usou-se o detetor eletrolítico, os de galena (pirite de chumbo), os de válvula eletrônica... hoje coisas de
um passado distante, mas como sempre criados por homens cheios de criatividade inovadora. Hoje citam-se estas coisas para resgate histórico da evolução do rádio.


COESOR - DESCOESOR - REGISTRADOR




Funcionamento do Recetor
Quando uma irradição elétrica atinge a Antena , o Radio Condutor de Branly, o Coesor, imediatamente os terminais entre a e b são curtocircuitados, e o terminal positivo da bateria P é colocado à massa, fazendo com que se estabeleça uma corrente elétrica passando pelo relé r energizando-o. Com isso estabelecerá contato
do terminal negativo da bateria P', com o circuito onde estão em série as bobinas dos relês r' e r", fechando-se
com o terminal positivo da bateria. Isto fará com que o relê r" acione um contato provido de um terminal que pressionará um sistema de polias que deixa registrado o pulso detetato. O relê r' no momento que recebe o
pulso percute o Coesor desfazendo o curto-circuito nos terminais do Coesor, ficando então o sistema preparado
para receber novo pulso, e assim sucessivamente. As intermitências na emissão de radiações elétricas podem
por exemplo seguir um código convencionado, por exemplo o Morse (traço - ponto). Este receptor tem a vantagem de deixar registrados os despachos telegráficos, mas o funcionamento do percutor nem sempre se
torna de uma grande precisão e daí o funcionamento irregular destes aparelhos, sobretudo a distâncias consideráveis. Por isso atualmente somente se utiliza para demonstrações nos cursos.



Material de Pesquisa:
Tratado de Física Elementar

Autor:
Francisco Ribeiro Nobre - Obra datada de 1895 - Vigésima Quinta Edição - 1950 - Lello & Irmão - Editores - Porto - Portugal - Obra revisada por Cármine Ribeiro Nobre






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