quarta-feira, 28 de julho de 2010

2279 - HISTÓRIA DO PAPADO

EsconderWikipedia está a mudar de aparência.Ajude-nos a encontrar problemas e a completar as traduções da interface de utilizador.
Notou algo diferente? Fizemos algumas melhorias em Wikipedia. Saiba mais. [Esconder]
[Ajuda-nos com as traduções!]

História do Papado
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Veja também: História dos títulos papais.
Veja também: História da Igreja Católica.
A História do papado é a história do Papa e Bispo de Roma, chefe da Igreja Católica, tanto em seu papel espiritual e temporal, que cobre um período de aproximadamente dois mil anos.[1] Os papas na Antiguidade auxiliaram na propagação do cristianismo e a resolver diversas disputas doutrinárias.[2] Na Idade Média os papas desempenharam um papel importante secular na Europa Ocidental, muitas vezes, lutando com monarcas sobre amplos assuntos de Igreja e Estado.[2] Atualmente os papas dedicando-se ao diálogo inter-religioso, a trabalhos de caridade e a defesa dos direitos humanos.[3][4] A Igreja Católica acredita que a "doutrina (...) sobre o papado é bíblica e decorre do primado de São Pedro entre os Apóstolos de Jesus. Como todas as doutrinas cristãs, desenvolveu-se ao longo dos séculos, mas não se afastou dos seus elementos essenciais, presentes na liderança do Apóstolo Pedro." [5]

Não existe uma lista oficial de papas, mas o Anuário Pontifício, publicado anualmente pelo Vaticano, contém uma lista que é geralmente considerada a mais correta, colocando o atual Papa Bento XVI como o 265º Papa.[6]

Índice [esconder]
1 Antiguidade
1.1 Martírio de Pedro e Paulo em Roma
1.2 Cristianismo primitivo (c. 30-325)
1.3 Antiguidade tardia e cesaropapismo
2 Idade Média (493–1417)
2.1 Papado Ostrogodo (493-537)
2.2 Papado Bizantino (537-752)
2.3 Influência dos francos (756-857)
2.4 Saeculum obscurum
2.5 Conflitos com o Imperador e com o Oriente (1048-1257)
2.5.1 Grande Cisma do Oriente
2.5.2 Reforma Gregoriana e Questão das Investiduras
2.5.3 Cruzadas e Inquisição
2.6 Papado de Avignon e Grande Cisma do Ocidente
3 Época Moderna e da Idade Moderna (1417-presente)
3.1 Renascimento
3.2 Reforma Protestante e Católica (1517-1585)
3.3 Questão Romana (1870–1929)
4 Referências
5 Ver também


[editar] Antiguidade
[editar] Martírio de Pedro e Paulo em Roma
Desde a Reforma Protestante alguns historiadores protestantes afirmaram que Pedro nunca teria ido à Roma, e portanto, os Bispos daquela cidade não poderiam ser seus sucessores, esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur da Escola Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia.[7] Argumentando que a noção de que Pedro fundou a igreja de Roma não pode ser rastreada antes do século III.[8]

No entanto, Clemente de Roma escreveu em uma carta aos Coríntios, c. 96[9] sobre a perseguição dos cristãos em Roma, relatando aos corintianos que os apóstolos Pedro e Paulo foram martirizados no local.[10] Santo Inácio de Antioquia escreveu logo após Clemente da cidade de Esmirna e em sua carta para os romanos, relata que eles deviam chefiá-la como Pedro e Paulo fizeram.[11] Entre os anos 166 e 176, o bispo de Corinto, Dionísio, relatou claramente que Paulo e Pedro pregaram o Evangelho em Roma.[12] Posteriormente os escritos de Irineu de Lyon, escritos em torno de 180 d.C. indicam uma forte crença de que Pedro "fundou e organizou" a Igreja em Roma.[13] Tendo em conta esta e outras provas, muitos estudiosos concluem que Pedro foi de fato martirizado em Roma durante o reinado de Nero[14][15][16] O historiador luterano Adolf Harnack afirmou, que as teses protestantes anteriores eram tendenciosas e que prejudicaram o estudo sobre a vida de São Pedro em Roma.[7]

[editar] Cristianismo primitivo (c. 30-325)

O Papa Cornélio I foi um dos bispos de Roma mais proeminentes do cristianismo primitivo. Afresco da Antiga Igreja de St. Martin, Meßkirch, Alemanha.A Sé de Roma foi reconhecida nos três primeiros séculos do cristianismo como tendo uma proeminência em questões relacionadas aos assuntos da Igreja universal,[17][18][19] sendo que o Bispo de Roma auxiliou na propagação do cristianismo e interveio em outras comunidades para ajudar a resolver conflitos doutrinários[2][20][21], sugerindo o exercício da primazia papal. O Papa Clemente I no final do século I escreveu uma epístola à igreja em Corinto, na Grécia, intervindo em uma disputa importante,[22] e se desculpando por não ter tomado medidas anteriores.[21] No principio do século II, Santo Inácio elogia a pureza da fé de Roma,[23] e relata que ela exercia uma "presidência no amor" entre as igrejas cristãs.[24] No século II os bispos romanos erigiram monumentos aos apóstolos Pedro e Paulo, davam esmolas às igrejas pobres[21] e lutaram contra gnósticos e montanistas na Ásia Menor.[21] No final do mesmo século, o Papa Vítor I ameaça de excomunhão os bispos orientais que continuarem praticando a Páscoa em 14 de Nisã,[25] estebelecendo uma data comemorativa universal. Irineu na mesma época, enfatizou a posição única do papa.[26][27]

No século III, os demais bispos apelavam ao bispo de Roma para os problemas que eles não poderiam resolver.[28] Entre 199 e 217 pontificou o Papa Zeferino, que foi incapaz de condenar as heresias de sua época, quando Calisto I foi eleito papa, a quem Hipólito responsabilizava a omissão de Zeferino, Hipólito e alguns de seus estudiosos provocaram um cisma[29], e por mais de dez anos, Hipólito ficou à frente de uma congregação separada, sendo por isso o primeiro antipapa. Em 222 a 230 imperador Alexandre Severo desconsiderou as leis de perseguições aos cristãos, nessa época pontificou o Papa Urbano, que regulamentou o uso do dízimo para fins eclesiásticos[30].

Em 250 o Papa Fabiano envia missões para evangelizar a província da Gália,[31] sendo martirizado quando o imperador Décio inicia uma nova perseguição, em que alguns cristãos apostataram para salvar suas vidas.[32] No início de 251 a perseguição relaxou, e surgiram duas escolas de pensamento liderados por dois candidatos ao papado, um lado, defendido por Novaciano, acreditava que os apóstatas não poderiam ser perdoados, mesmo se eles se arrependessem[33]. O lado oposto, defendido por Cornélio, professava que os pecadores seriam perdoados se mostrassem arrependimento.[33] Tentando provocar uma crise na Igreja, Décio impediu a eleição de um novo papa, no entanto, logo depois ele foi forçado a deixar a área para combater os invasores Godos e enquanto ele estava ausente as eleições foram realizadas,[32] e Cornélio foi eleito em março de 251.[34] Pouco depois, Novaciano se proclamou antipapa, e conduziu um cisma.[34] Cornélio convocou uma sínodo de 60 bispos que o reafirmou como o legítimo papa e excomungou Novaciano, bem como anamatizou o Novacianismo. O veredito do sínodo foi enviado aos bispos cristãos, e suas cartas proporcionam o tamanho da Igreja Romana no século III, estimando-se que havia, em torno de cinquenta mil cristãos em Roma.[33] Os livros da vida dos santos de Roma afirmam que foram mártires todos os Papas anteriores a Silvestre I (315-335). [35]

Alexandria e Antioquia também eram centros importantes para o cristianismo e seus bispos possuíam jurisdição sobre certos territórios. Muitos historiadores tem sugerido que seus poderes especiais provieram do fato de que as três comunidades foram chefiadas por São Pedro (Roma e Antioquia foram, segundo a Sagrada Escritura e Tradição fundadas por Pedro e Alexandria por seu discípulo São Marcos).[36][37]

[editar] Antiguidade tardia e cesaropapismo
Ver artigo principal: Cesaropapismo
Em 313, o imperador Constantino I publica o Édito de Milão em que concedeu liberdade para todas as religiões, iniciando-se a Paz na Igreja. Constantino convocou em 325 o Primeiro Concílio de Niceia, uma manifestação mínima da crença partilhada pelos bispos cristãos[38], embora o papa da época, Silvestre I, não tenha comparecido por razões desconhecidas, seus legados tiveram um papel importante no concílio[39], que afirma em seu cânon sexto estar seguindo o "costume antigo" ao oficializar os poderes especiais de Roma, assim como Alexandria e Antioquia.[40] Como maneira de fazer penitência[41], Constantino ordenou a construção de quatro basílicas em Roma as doou ao papado. Constantino I iniciou uma relação de "difícil entrosamento entre Igreja e Estado"[42], na qual os imperadores consideravam que seu papel era manter a adoração apropriada à Deus, e preservar a ortodoxia[43], embora não decidissem sobre a doutrina - que era responsabilidade dos bispos[43], por isso houve ao longo do tempo uma série de conflitos teológicos entre os imperadores bizantinos e os papas[44]. Posteriormente Constâncio II, filho de Constantino, converteu-se ao arianismo e tentou impor suas visões doutrinárias ao Papa Libério, Libério se recusou e foi exilado em Beréia e substituído pelo Antipapa Félix II, após a morte do imperador, o povo romano expulsou Félix e Libério retornou a Roma, anulou seus decretos e reiterou sua posição trinitária, impondo-lhe aos demais bispos ocidentais[45]. Devido à pressão e a influência dos imperadores bizantinos, os papas deixaram de participar dos próximos sete concílios ecumênicos, apenas aprovando ou reprovando seus decretos posteriormente.

No final do século IV, o Papa Dâmaso I depôs diversos bispos relacionados ao arianismo, afirmou o primado do papa como sucessor de Pedro[42], reformou templos, túmulos e monumentos em Roma e convertendo a nobreza da cidade[46]. Dâmaso ordenou que Jerónimo de Strídon traduzisse a Bíblia do Grego e Hebraico para o Latim, a Vulgata , Dâmaso também presidiu o concílio de Roma, cujos cânones foram fundamentais para a fixação dos livros bíblicos no Ocidente.[47] Em 380, o Édito de Tessalónica publicado pelo imperador Teodósio I, estabeleceu que a "religião católica" conforme ensinada por Dâmaso I, como religião de estado exclusiva do Império Romano[48]. Enquanto no Oriente o poder civil controlou a Igreja e o bispo de Constantinopla baseava seu poder no fato de ser bispo da capital e por ser um homem de confiança do Imperador[49], no Ocidente o bispo de Roma pôde consolidar a influência e o poder que já possuía.[49]

[editar] Idade Média (493–1417)
[editar] Papado Ostrogodo (493-537)
Ver artigo principal: Papado Ostrogodo
Após a queda do Império Romano do Ocidente, a Itália foi dominada pelo Reino Ostrogodo, sendo que o rei ostrogodo era tolerante com a Igreja e não interferia em questões dogmáticas.[50] Rapidamente tribos bárbaras se converteram ao arianismo ou ao catolicismo.[51] Quando o rei dos francos Clóvis I, converteu-se ao catolicismo, aliando-se assim com o papado e os mosteiros, outras tribos como os visigodos seguiram seu exemplo.[51]

No final do século VI, o Papa Gregório, o Grande iniciou reformas administrativas e organizou missões para evangelizar a Grã-Bretanha.[28] Gregório também foi um importante teólogo, e suas perspectivas representam a mudança religiosa da perspectiva clássica para a medieval, seus escritos tratam sobre demonologia, angelologia, escatologia e etc.[52] Logo no início do século VII exércitos muçulmanos haviam conquistado grande parte do sul do Mediterrâneo, e representam uma ameaça para a cristandade ocidental.[53]

[editar] Papado Bizantino (537-752)
Ver artigo principal: Papado Bizantino
[editar] Influência dos francos (756-857)
Ver artigo principal: Papado Franco

A Coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III por Raphael.No século VIII, a iconoclastia (destruição de imagens religiosas), tornou-se uma fonte de conflito entre os papas e a Igreja Oriental.[54] A eleição do papa nessa época era conturbada, especialmente devido ao poder civil, enquanto alguns imperadores como Carlos Magno (771-814), e Luís I, o Piedoso (814-840) não interferiram e respeitaram as eleições papais, Lotário I (823-855), interviu abertamente e exigiu a confirmação do Sacro Imperador Romano na eleição papal. Em 898, o Papa João IX em um concílio realizado em Roma, decretou que a eleição devia ser feita apenas pelos cardeais-bispos e pelo clero.[55]

No final do mesmo século, buscando proteção contra os lombardos, o Papa Estevão II apelou para os francos para proteger a Igreja,[52] Pepino, o Breve subjugou os lombardos e doou terras italianas ao papa, formando então os Estados Pontifícios, que se tornou o Estado da Igreja.[52] Quando o Papa Leão III coroou Carlos Magno (800), os próximos imperadores passaram a ser ungidos por um papa.[52] Carlos Magno conjuntamente com a Igreja inicia uma importante reforma educacional e artística, conhecida como Renascimento carolíngio.

[editar] Saeculum obscurum
Ver artigo principal: Saeculum obscurum e Condes de Tusculum
O assassinato do Papa João VIII inaugurou um período marcado pelos curtos reinados papais, no qual doze papas foram mortos (algumas vezes após demissão), mais três depostos e dois abdicaram, num período conhecido pelos historiadores como "Pornocracia" (em grego: Governo das prostitutas) ou Saeculum Obscurum (latim: idade das trevas)[56], sendo considerado o ponto "mais baixo do papado".[52] Durante este período, os papas eram fortemente influenciados e lutaram com uma poderosa família aristocrática, Teofilactos e seus parentes[57], sendo depostos ou assassinados.[52]

Na sequência da aliança do Papa Sérgio III com Teofilato I, Conde de Túsculo (o pai de Marózia) e sua esposa, Teodora, os Teofilactos influenciaram com sucesso na criação de quatro dos próximos cinco papas. [58] O filho de Sérgio III com Marozia atingiu o papado como João XI, apenas para ser deposto pelo rei Alberico II de Spoleto, que foi capaz de controlar a instalação dos próximos quatro papas, acabando por instalar seu próprio filho, o Papa João XII, cujo principal ato foi a coroar Oto I como imperador do Sacro Império Romano [58]

Um sínodo em 963 depôs João XII, sendo eleito o Papa Leão VIII (963-965), mas os romanos não iriam aceitá-lo uma vez que seu protetor, Oto I, partiu, levando a eleição do Papa Bento V (964) [58]. Oto I teve ainda mais sucesso no processo de nomeação do Papa João XIII (965-972) e Papa Bento VI (973-974) [58]

[editar] Conflitos com o Imperador e com o Oriente (1048-1257)
Ver artigo principal: História do Papado (1048-1257)
A coroa imperial uma vez na posse do imperador carolíngio foi disputada entre os seus herdeiros e senhores locais, nenhum saiu vitorioso até que Oto I, Sacro Imperador Romano-Germânico invadiu a Itália. A Itália tornou-se um reino constituinte do Sacro Império Romano em 962, a partir do ponto dos imperadores germânicos. Com a sua posição de imperador consolidada, as cidades-estados do norte da Itália se dividiram entre Guelfos e Gibelinos. Henrique III encontrou três papas rivais quando visitou Roma em 1048 por causa das ações sem precedentes do Papa Bento IX. Ele depôs os três e instalou seu próprio candidato preferido: o Papa Clemente II.

A história do papado de 1048 a 1257 continuará a ser marcada por conflitos entre papas e os Sacro Imperadores Romanos, o caso mais proeminente seria a Questão das Investiduras, uma disputa sobre quem (o papa ou o imperador) deveria nomear os bispos do Império.

[editar] Grande Cisma do Oriente
Consulte também: Cisma do Oriente
Do século V ao XI foram numerosas as rupturas seguidas de reconciliação entre as igrejas do Ocidente e Oriente[59]. Em 1054 os legados romanos do Papa Leão IX, viajaram para Constantinopla para insistir no reconhecimento da primazia papal,[60] o patriarca de Constantinopla se recusou a reconhecer sua autoridade[61] e se excomungaram mutuamente,[60] posteriormente a separação entre Ocidente e Oriente se desenvolveu quando todos os outros patriarcas orientais apoiaram Constantinopla,[62] no evento do Grande Cisma.

[editar] Reforma Gregoriana e Questão das Investiduras
Ver artigo principal: Reforma Gregoriana, Questão das Investiduras e Abadia de Cluny
Desde o século VII era comum entre o reino dos Francos, bem como na Itália e na Espanha, que os reis, imperadores e nobres fundassem bispados e abadias, nomeando ou depondo os clérigos do local, e controlando suas ações.[63] As investiduras (nomeações) feitas pelos nobres visavam interesses pessoais e do reino, provocando a corrupção entre os membros do clero[44]. Entre os anos 900 e 1050 surgiram ideais e centros de reforma contra os abusos e a corrupção do clero, como os mosteiros de Cluny (França) e Görze (Alemanha), de onde partem grupos renovadores para a Bélgica, Itália, Espanha, Inglaterra e demais paises europeus.[63] A abadia de Cluny, que surgiu em 910, quando os mosteiros estavam em profunda decadência, foi fundada pelo duque Guilherme de Aquitânia que, renunciou ao direito de propriedade e doou-a ao papa, assegurando a liberdade do mosteiro. Assim "a abadia ganhou o antigo rigor monástico e profunda renovação espiritual, pois ingressava em Cluny quem realmente queria ser monge (...) Cluny colocou-se a serviço da liberdade da vida monástica, e de toda a Igreja. Era um mosteiro livre (...) Seu exemplo se alastra: Papas e bispos, (...) chamam os monges de Cluny para reformarem seus mosteiros".[63] Em 1059 o Papa Nicolau II promulga a bula In nomine Domini estabelecendo como únicos eleitores do papa os cardeais da Igreja Romana. (apesar ainda da seguido pela aprovação dos leigos de Roma e pelo Sacro Imperador Romano.[64]

Em 1073, esses ideais ganharam força com a eleição do Papa São Gregório VII, que baseando-se em ideais ascetas e monásticos,[65] adotou uma série de medidas no movimento conhecido como Reforma Gregoriana, lutando radicalmente contra a simonia e a intromissão do poder civil na investidura de bispos, abades e dos próprios papas, tentando restaurar a disciplina eclesiástica.[42] Em reação, o imperador do Sacro Império Henrique IV, aliou-se a bispos alemães proibidos de exercerem suas funções religiosas, e considerou o papa deposto; este, em resposta, excomungou o imperador. Desenvolveu então entre eles um conflito aberto entre eles, que ficou conhecido como "Questão das Investiduras".[44] A Penitência de Canossa de Henrique IV, em 1077, para atender o papa Gregório VII (1073-1085), embora não dispositiva, no contexto da maior disputa, tornou-se lendária. Esse conflito só foi resolvido em 1122, pela Concordata de Worms, que adotou uma solução de meio-termo: caberia ao papa a investidura espiritual dos bispos e ao imperador, a investidura temporal.[44]

[editar] Cruzadas e Inquisição
Em 1095, o imperador bizantino Aleixo I pediu ao Papa Urbano II para ajudá-lo militarmente contra as invasões muçulmanas,[66] assim Urbano, no concílio de Clermont convoca a Primeira Cruzada, destinada a auxiliar o Império bizantino e retormar a Terra Santa sob controle cristão.[67] As cruzadas provocaram a formação de várias ordens militares, tais como os Cavaleiros Templários, os Cavaleiros Hospitalários, e os Cavaleiros Teutônicos.[68] Em 1209, o Papa Inocêncio III declarou a Cruzada dos Albigenses contra os Cátaros, uma seita gnóstica cristã que se instalara no Languedoc, França. Para regulamentar a maneira como a Igreja lhe dava com os hereges, em 1231, Gregório IX instituiu a Inquisição Papal.[69]

[editar] Papado de Avignon e Grande Cisma do Ocidente
Ver artigo principal: Papado de Avignon e Grande Cisma do Ocidente
De 1309 a 1377, o papa não residia em Roma, mas em Avignon[70], um período geralmente chamado de Cativeiro Babilônico, em alusão ao exílio bíblico de Israel na Babilônia.[71]

O Papa Gregório XI deixou Avignon e restabeleceu a Santa Sé em Roma, onde morreu em 27 março de 1378. A eleição de seu sucessor, definiria a residência do futuro papa em Avignon ou Roma. O nome do Bartolommeo Prignano, Arcebispo de Bari, considerado com uma rígida moral e inimigo da corrupção, foi proposto e eleito em Roma por dezesseis cardeais italianos em conclave em 7 de abril, e no dia seguinte escolheram novamente Prignano. No dia 13 eles realizaram uma nova eleição e, novamente, escolheram o Arcebispo Prignano para se tornar papa. Durante os dias seguintes todos os Cardeais aprovaram o novo papa, que tomou o nome de Urbano VI e tomou posse. No dia seguinte, o cardeais italianos notificaram oficialmente a eleição de Urbano aos seis cardeais franceses em Avignon, que o reconheceram como papa, em seguida, escreveram ao chefe do império e aos demais soberanos. Tanto o Cardeal Roberto de Genebra, o futuro Antipapa Clemente VII de Avignon, e Pedro de Luna de Aragão, o futuro Antipapa Bento XIII, também aprovaram sua eleição.[72]


Mapa ilustrando o Grande Cisma do Ocidente: Os territórios em rosa, são territórios obedientes ao antipapado de Avignon, os territórios em roxo, são territórios obedientes ao papado de Roma.O Papa Urbano não atendeu as necessidades de sua eleição, criticou os membros do Colégio Sagrado, e se recusou a restaurar a sede pontifical em Avignon. Os cardeais italianos então em maio de 1378, se retiraram para Anagni, e em julho para Fonti, sob a proteção da Rainha Joana de Nápoles e Bernardon de la Salle, iniciaram uma campanha contra a sua escolha, e se prepararam para uma segundo eleição. Em 20 de Setembro, treze membros do Colégio Sagrado fizeram um novo conclave em Fondi e escolheram o Roberto de Genebra como antipapa, que tomou o nome de Clemente VII. Alguns meses depois, apoiado pelo Reino de Nápoles, assumiu sua residência em Avignon, e o cisma começava.[72]

Clemente VII possuía relações com as principais famílias reais da Europa, os estudiosos e os santos da época normalmente apoiavam o papa adotado pelo seu país. A maior parte de estados Italianos e Alemães, a Inglaterra e o Flanders apoiaram o papa de Roma. Por outro lado França, Espanha, Escócia, e todas as nações aliadas da França apoiaram o antipapa de Avignon. Os Papas excomungaram-se mutuamente, enviando mensageiros para a cristandade defendendo sua causa. Posteriormente Bonifácio IX sucedeu Urbano VI em Roma e Bento XIII sucedeu Clemente em Avignon. Vários clérigos reuniram-se em concílios regionais na França e em outros lugares, sem resultado definitivo. O rei da França e seus aliados em 1398 deixaram de apoiar Bento e Geoffrey Boucicaut, sitiou Avignon, o bloqueio privou o antipapa de comunicação com todos aqueles que permaneceram fiéis a ele. Bento retomou a liberdade somente em 1403. Inocêncio VII já tinha sucedido Bonifácio de Roma, e após um pontificado de dois anos, foi sucedido por Gregório XII.[72]

Em 1409 um concílio que se reuniu em Pisa acrescentou um outro antipapa e declarou os outros dois depostos. Depois de muitas conferências, discussões, intervenções do poder civil e várias catástrofes, o Concílio de Constança (1414) depôs o Antipapa João XXIII, recebeu a abdicação do Papa Gregório XII, e finalmente, conseguiu depôr o Antipapa Bento XIII. Em 11 de novembro de 1417, o concílio elegeu Odo Colonna, que tomou o nome de Martinho V, terminando assim o grande cisma do Ocidente.[72] O prestígio da Santa Sé foi profundamente afetado com esta crise, o que causou a criação da doutrina conciliar, que sustenta que a autoridade suprema da Igreja encontra-se com um concílio ecumênico e não com o papa,[73] sendo efetivamente extinta no século XV.[73]

O prestígio do papado foi profundamente afetado com esta crise, o que causou a criação da doutrina conciliar, que sustenta que a autoridade suprema da Igreja encontra-se com um concílio ecumênico e não com o papa,[73] sendo efetivamente extinta no século XV.[73]

[editar] Época Moderna e da Idade Moderna (1417-presente)
[editar] Renascimento
Ver artigo principal: Papado Renascentista

A Basílica de São Pedro, a maior igreja do cristianismo[74][75][76], foi construída pelos papas do Renascimento, demonstrando seu incentivo as artes.Durante o Renascimento os papas patrocinaram e incentivaram artistas e intelectuais, tornando-se importantes mecenas,[44] tais como Júlio II e Leão X, que contrataram artistas como Bramante, Bernini, Rafael e Michelangelo,[44] transformando a cidade de Roma num dos principais centros do Renascença Italiana, juntamente com Florença.[77] O papado renascentista é associado a corrupção e a degradação moral.[78][79] Os papas desse periodo não estavam à altura das necessidades da Igreja, suas preocupações eram mais políticas e artísticas. O nepotismo atinge seu auge: papas e cardeais estavam mais interessados em garantir o futuro de seus familiares do que numa reforma religiosa. Os cardeais eram criados entre parentes, sem se olhar a idade, virtudes morais e intelectuais (foram os famosos cardeais-sobrinhos).

[editar] Reforma Protestante e Católica (1517-1585)

Antichristus, por Lucas Cranach (1521), representação do Papa como o Anticristo, cercado de funcionários da Cúria Romana. Lutero sustentou que sendo o papa o Anticristo, a violência devia ser usada para derrotá-lo.[80]A Reforma Protestante iniciada a partir de 1517, desconsideraria diversas doutrinas e dogmas católicos, e provocaria os maiores cismas do cristianismo.[81][82] Muitos reformadores afirmaram que o papa seria o "anticristo",[83] tais como Martinho Lutero,[84] que argumentou que a violência deveria ser usada para derrotar sua autoridade[80], João Calvino, Thomas Cranmer,[85] John Knox, Cotton Mather, e John Wesley.[86] Calvino despertou revolta inclusive entre seus próprios seguidores ao chamar de "papistas" muitos cristãos respeitados.[87] Os papas por sua vez, compararam os reformadores a "raposas [que] avançam procurando destruir a vinha (...) [que] entregastes o cuidado, norma e administração (...) a Pedro, como cabeça e vosso vigário e a seus sucessores. O javali da floresta procura destruí-la e toda fera selvagem vem devastá-la."[88]

Como retaliação os papas instituíram a Reforma Católica[2] (1560-1648), que lutou contra as contestações protestantes e instituiu reformas internas. O evento mais significativo da reforma católica foi à convocação do Concílio de Trento (1545-1563),[89] pelo Papa Paulo III (1534-1549). Os papas também tiveram um papel importante na Colonização das Américas, por exemplo, Paulo III decretrou em 1537 a bula Sublimus Dei, pela qual condena a escravidão dos índios nas Américas, considerando-os como autênticos seres humanos.[90][91]

[editar] Questão Romana (1870–1929)
Ver artigo principal: Questão Romana
No século XVII, após a ascensão de Napoleão Bonaparte e a eclosão das Guerras Napoleônicas, os Estados Pontifícios foram ocupados e extintos pela França,[3] as revoltas do povo romano contra os franceses foram esmagadas[3] e o Papa Pio VII preso em Savona e depois na França.[3] Com o Congresso de Viena, os Estados Pontifícios foram recriados, e extintos novamente em 1870 por Victor Emmanuel II, no âmbito da unificação da Itália, iniciando-se a Questão Romana.[2] No mesmo ano o Concílio Vaticano I proclamou o primado e infalibilidade papal como dogma.[92][93][94]

Em 1929, o Tratado de Latrão assinado entre a Itália e o papa Pio XI estabelecem a independência do Vaticano, como cidade-estado sob controle do papa, utilizada para apoiar sua independência política.[2] O Concílio Vaticano II reunido nos anos 60, modernizou o papel e a ação da Igreja na sociedade, após sua conclusão, o Papa Paulo VI e seus sucessores, especialmente o Papa João Paulo II, passaram a ser conhecidos como os "papas peregrinos", viajando para diversas partes do mundo e dedicando-se ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso, a trabalhos de caridade e a defesa dos direitos humanos.[3][4]

Referências
↑ MELGAR, LUIS TOMAS. História Dos Papas Santidade e Poder. 2004. ISBN 9723320592
↑ a b c d e f Wetterau, Bruce. World history. New York: Henry Holt and company. 1994.
↑ a b c d e História das Religiões. Crenças e práticas religiosas do século XII aos nossos dias. Grandes Livros da Religião. Editora Folio. 2008. Pág.: 89, 156-157. ISBN 978-84-413-2489-3
↑ a b Papa - Funções, eleição, o que representa, vestimentas, conclave, primeiro papa (Transmite também mensagens e princípios do cristianismo como, por exemplo, paz entre os povos, caridade, harmonia e respeito. Ele costuma fazer discursos contra as guerras e situações que envolvem práticas violentas.). Sua pesquisa.com. Página visitada em 2009-10-01.
↑ Site católico sobre o papado e a Bíblia
↑ Corrections Made to Official List of Popes. ZENIT (2001-06-05). Página visitada em 2008-10-21.
↑ a b Josef Burg Kontrover-Lexikon Fredebeul&Coenen, Essen, 1903.
↑ O'Grady, John. The Roman Catholic church: its origins and nature. p. 146.
↑ Letter to the Corinthians (Clement). Catholic Enciclopedy, New Advent. Página visitada em 2010-02-21.
↑ Gröber, 510
↑ Letter of Ignatius of Antioch to the Romans.
↑ Gröber 511
↑ Stevenson, J.. A New Eusebius. p. 114.
↑ "[M]any scholars ... accept Rome as the location of the martyrdom and the reign of Nero as the time." Daniel William O’Connor, "Saint Peter the Apostle." Encyclopædia Britannica. 2009. Encyclopædia Britannica Online. 25 Nov. 2009 [http://www.britannica.com/EBchecked/topic/453832/Saint-Peter-the-Apostle
↑ Clapsis, p. 113
↑ Oxford Dictionary of the Christian Church (Universidade de Oxford - 2005) ISBN 978-0-19-280290-3), artigo "Pope"
↑ McBrien, The Church (New York: HarperOne, 2008) cf pp 6, 45. Citação: "The final years of the first century and the early years of the second constitute the "postapostolic" period, as reflected in the extrabiblical writings of Clement of Rome and Ignatius of Antioch. By now the church at Rome was exercising a pastoral care that extended beyond its own community, having replaced Jerusalem as the practical center of the growing universal Church. Appeals were made to Peter and Paul, with whom the Roman church was most closely identified" - "Os anos finais do primeiro século e os primeiros anos do segundo constituem o "período pós-apóstolico", tal como refletido nos escritos extrabíblicos de Clemente de Roma e Inácio de Antioquia. Assim, a igreja em Roma estava exercendo uma pastoral que se estendeu além de sua própria comunidade, tendo substituído Jerusalém como o centro prático da Igreja universal crescente. Apelos foram feitos para Pedro e Paulo, com quem a igreja romana foi mais identificada".
↑ (Emmanuel Clapsis, Papal Primacy, extract from Orthodoxy in Conversation (2000), p. 110]) ]
↑ Durant, Will. Caesar and Christ. New York: Simon and Schuster. 1972
↑ Fr. Nicholas Afanassieff: "The Primacy of Peter" Ch. 4, pgs. 126-127 (c. 1992)
↑ a b c d Chadwick, Henry, Oxford History of Christianity. Citação: "Na parte final do primeiro século, Clemente de Roma, um clérigo (...) escreveu em nome de sua igreja para reclamar com os cristãos de Corinto... Clemente pediu desculpas por não intervir (...) mais cedo. Além disso, durante o segundo século a liderança da comunidade romana era evidente em suas generosas esmolas às igrejas pobres. Em cerca de 165 erigiram monumentos aos seus apóstolos martirizados... os bispos romanos já estavam conscientes de serem guardiões da tradição autêntica ou verdadeira interpretação dos escritos apostólicos. No conflito com o Gnosticismo, Roma desempenhou um papel decisivo e também na divisão profunda na Ásia Menor, criada pelas reivindicações dos profetas Montanistas (...)." ("Towards the latter part of the first century, Rome's presiding cleric named Clement wrote on behalf of his church to remonstrate with the Corinthian Christians ... Clement apologized not for intervening but for not having acted sooner. Moreover, during the second century the Roman community's leadership was evident in its generous alms to poorer churches. About 165 they erected monuments to their martyred apostles ... Roman bishops were already conscious of being custodians of the authentic tradition or true interpretation of the apostolic writings. In the conflict with Gnosticism, Rome played a decisive role and likewise in the deep division in Asia Minor created by the claims of the Montanist (...)")
↑ Cross, F. L., ed. The Oxford Dictionary of the Christian Church. New York: Oxford University Press. 2005
↑ The Epistle of Ignatius to the Romans ("which also presides in the place of the region of the Romans, worthy of God, worthy of honour, worthy of the highest happiness, worthy of praise, worthy of obtaining her every desire, worthy of being deemed holy, and which presides over love, is named from Christ, and from the Father - aqueles que presidem a região dos Romanos, são dignos de Deus, dignos de honra, dignos da mais alta felicidade, digno de louvor, digno de sucesso, dignos de ser considerados santos, e que presidem no amor, mantendo a lei de Cristo, portador do nome do pai"). Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 2010-02-21.
↑ Roman Presidency and Christian Unity in our Time
↑ Eusebius Pamphilius: Church History, Life of Constantine, Oration in Praise of Constantine, Ch. XXIV
↑ Encyclopaedia Britannica
↑ "Since, however, it would be very tedious, in such a volume as this, to reckon up the successions of all the Churches, we do put to confusion all those who, in whatever manner, whether by an evil self-pleasing, by vainglory, or by blindness and perverse opinion, assemble in unauthorized meetings; [we do this, I say,] by indicating that tradition derived from the apostles, of the very great, the very ancient, and universally known Church founded and organized at Rome by the two most glorious apostles, Peter and Paul; as also [by pointing out] the faith preached to men, which comes down to our time by means of the successions of the bishops. For it is a matter of necessity that every Church should agree with this Church, on account of its pre- eminent authority, that is, the faithful everywhere, inasmuch as the apostolical tradition has been preserved continuously by those [faithful men] who exist everywhere." ("Uma vez, que no entanto, seria muito tedioso, em um volume como este, somar as sucessões de todas as Igrejas, que põem em confusão todos aqueles que, de qualquer maneira, seja por uma má auto-satisfação, por vaidade, ou por cegueira e perversão, montam reuniões não autorizadas; indicando que a tradição derivada dos apóstolos, dos muito grandes, dos muito antigos, e universalmente conhecida na Igreja fundada e organizada em Roma pelos dois mais gloriosos apóstolos, Pedro e Paulo, como também [apontando], a fé pregada aos homens, que vem para o nosso tempo por meio da sucessão dos bispos. Pois é uma questão de necessidade que cada Igreja deve concordar com esta Igreja, em virtude da sua pré-eminente autoridade, isto é, os fiéis em toda parte, na medida em que a tradição apostólica foi preservada continuamente por aqueles [homens fiéis] que existem em toda parte") read online Adversus Haereses (Book III, Chapter 3)
↑ a b Duffy, Eamon (1997). Saints and Sinners, a History of the Popes. p. 18, 69. Yale University Press. ISBN 0-3000-7332-1.
↑ Encyclopaedia Britannica Online
↑ Liturgical Year. Catholic Culture.org. Página visitada em 2010-05-29.
↑ Pope St. Fabian. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 2010-05-29.
↑ a b Saints and Feast Days. New York: Loyola P, 1991.
↑ a b c McBrien, Richard P. "Pope Cornelius, a reconciler, had a hard road." National Catholic Reporter 40.41 (Sept 24, 2004): 19(1). General OneFile. Gale. Sacred Heart Prepatory (BAISL). 5 Dec. 2008.
↑ a b Pope Cornelius. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 2010-01-20.
↑ Quem é o papa?. Editoria Cléofas. Página visitada em 2010-05-23.
↑ Milton V. Anastos, Aspects of the Mind of Byzantium (Political Theory, Theology, and Ecclesiastical Relations with the See of Rome), Ashgate Publications, Variorum Collected Studies Series, 2001. ISBN 0 86078 840 7)
↑ Patriarch and Patriarchate. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 2010-02-23.
↑ Roma: Ascensão E Queda De Um Império (no original em inglês: Ancient Rome: The Rise and The Faal of An Empire). Episódio 5: Constantino. Apresentado pelo The History Channel. 2009.
↑ O Papa e os concílios. Site Montfort. Página visitada em 2010-05-23.
↑ (Canon 6) “O costume antigo do Egito, da Líbia e Pentapolis, segundo o qual o bispo de Alexandria tem autoridade sobre todos estes lugares, um costume semelhante existe em referência ao bispo de Roma. Do mesmo modo, em Antioquia e nas outras províncias, as igrejas devem preservar seus privilégios.
↑ Constantino havia ordenado o assassinato de sua família por questões políticas.
↑ a b c Alves J. Os Santos de Cada Dia (10 edição). Editora Paulinas. Pág.: 296, 696, 736. ISBN 978-85-356-0648-5
↑ a b Richards, Jeffrey. The Popes and the Papacy in the Early Middle Ages 476–752 (London: Routledge & Kegan Paul, 1979) pp. 14–15-16.
↑ a b c d e f História Global Brasil e Geral. Pág.: 101, 130. Volume único. Gilberto Cotrim. ISBN 978-85-02-05256-7
↑ Pope Liberius. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 2010-05-24.
↑ Catholic Encyclopedia (1913)/Pope St. Damasus I
↑ Bruce, F. F.. The Canon of Scripture. Intervarsity Press, 1988. pp.225.
↑ Theodosian Code XVI.i.2, Medieval Sourcebook: Banning of Other Religions by Paul Halsall, June 1997, Fordham University, retrieved 2007-09-04
↑ a b GAETA, Franco; VILLANI, Pasquale. Corso di Storia: per le scuole medie superiori. 1.ed. Milão: Principato, 1986. pp.323. 1 v. v. 1
↑ "Ostrogoths" in the 1913 Catholic Encyclopedia.
↑ a b Le Goff, Jacques (2000). Medieval Civilization. Barnes & Noble. p. 14, 21. ISBN 0631175660.
↑ a b c d e f Durant, Will. The Age of Faith. New York: Simon and Schuster. 1972. Chapter XXI: Christianity in Conflict 529-1085. p. 517–551
↑ Vidmar, John (2005). The Catholic Church Through the Ages. Paulist Press. p. 94. ISBN 0809142341.
↑ Woods Jr, Thomas (2005). Como a Igreja Católica Built Western Civilization. Regnery Publishing, Inc. Pp. 116-118. ISBN 0-89526-038-7.
↑ Election of the Popes. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 2010-08-26.
↑ Dwyer, John C.. Church history: twenty centuries of Catholic Christianity. Mahwah, USA.: Paulist Press., 1998.
↑ Brook, Lindsay (2003). "Popes and Pornocrats: Rome in the early middle ages". Foundations 1 (1): 5–21.
↑ a b c d Baumgartner, 2003, p. 16.
↑ COMBY, Jean. Para ler a história da Igreja I - Das origens ao século XV, Volume 1 ("Por lire l`Historie de lÈglise. Des origenes.ao XV` Siècle, tome 1"). 1984. Pág.: 133. ISBN 2-204-02173-3.
↑ a b The Oxford Dictionary of the Christian Church. New York: Cross, F. L., ed., 2005.
↑ Norwich, John J.. The Normans in the South 1016-1130. pp.102.
↑ The Eastern Schism (em Inglês). Página visitada em 9-2-2010.
↑ a b c Besen, Pe. José Artulino. MOVIMENTOS DE RENOVAÇÃO E REFORMA.. Jornal - "MISSÃO JOVEM". Página visitada em 2009-10-01.
↑ Geffcken, Friedrich Heinrich (1877) Church and State: Their Relations Historically Developed. Longmans, Green, and Co. pp. 193–94.)
↑ McCabe, Joseph. The Popes and their Church (1918). London: Watts & Co. Section I, Chapter V: The Papacy at its Height.
↑ Riley-Smith, Jonathan (1997). The First Crusaders. Cambridge University Press. P. 6. ISBN 9780511003080.
↑ Bokenkotter, Thomas (2004). A Concise History of the Catholic Church. Doubleday. pp. 140-141. ISBN 0385505841.
↑ Norman, Edward (2007). The Roman Catholic Church, An Illustrated History. University of California Press. pp. 62-66. ISBN 978-0-520-25251-6.
↑ Morris, Colin (1990). "Christian Civilization (1050–1400)". in McManners, John. The Oxford Illustrated History of Christianity. p. 214. Oxford University Press. ISBN 0198229283.
↑ Durant, Will. The Reformation. New York: Simon and Schuster. 1957. "Chapter I. The Roman Catholic Church." 1300-1517. p. 3–25,, 26–57
↑ Zutschi, P.N.R., The Avignon Papacy. In: Jones, M. (ed.), The New Cambridge Medieval History. Volume VI c.1300-c.1415, pp. 653-673, 2000, Cambridge: Cambridge University Press.
↑ a b c d Western Schism (em Inglês). Página visitada em 9-2-2010.
↑ a b c d "Conciliar theory." Cross, F. L., ed. The Oxford dictionary of the Christian church. New York: Oxford University Press. 2005
↑ James Lees-Milne descreveu a Basílica de São Pedro como "a church with a unique position in the Christian world" (a maior igreja com uma posição única no mundo do cristianismo) em Lees-Milne 1967, p. 12
↑ Banister Fletcher, um renomado historiador arquitetônico chama-lhe de "…The greatest of all churches of Christendom" (A maior de todas as igrejas da cristandade) em Fletcher 1996, p. 719.
↑ "The greatest church in Christendom", (a maior igreja do cristianismo) Roma 2000
↑ "Rome, city, Italy". Columbia Encyclopedia (6th). (2009).
↑ Duffy, Eamon (2006). Saints & Sinners (3 ed.). New Haven Ct: Yale Nota Bene/Yale University Press. p. 193. "the Renaissance papacy invokes images of a Hollywood spectacular, all decadence and drag. Contemporaries viewed Renaissance Rome as we now view Nixon's Washington, a city of expense-account whores and political graft, where everything and everyone had a price, where nothing and nobody could be trusted. The popes themselves seemed to set the tone". ISBN 0300115970.
↑ . Faus, José Ignacio Gonzáles. "Autoridade da Verdade - Momentos Obscuros do Magistério Eclesiástico". Edições Loyola. ISBN 85-15-01750-4. Pág.: 89. "(...) uma Igreja em lamentável estado de degradação moral, sobretudo na cúpula (Alexandre VI, Júlio II, Leão X) (...)".
↑ a b "The Foundations of Modern Political Thought". Cambridge University Press. ISBN 9780521293372. (… Tanto o bastão quanto a espada deveriam se dirigir para o mesmo lado (…) que se quebre o braço do ímpio, que se persiga sua iniqüidade (…). Estas palavras nos ensinam que é desta maneira que a autoridade do Papa, o Anticristo será destruída". - Trecho do opúsculo "Sincera admoestação a todos os cristãos para que se guardem de toda revolta" (escrito em 1522 por Martinho Lutero).
↑ Reforma (protestante) (em português). Enciclopédia Católica Popular. Página visitada em 3 de Junho de 2009.
↑ Ortodoxos (em português). Enciclopédia Católica Popular. Página visitada em 3 de Junho de 2009.
↑ The Antichrist and the Protestant Reformation. White Horse Media. Página visitada em 2008-08-07.
↑ L' Epanouisssement de la Pensée de Luther, pág. 316, citado em El Sentido dela Historia y la Palabra Profética, tomo 1, pág.303. Antolín Diestre Gil, Editorial Clie
↑ Church History: Thomas Cranmer.
↑ Notas de John Wesley ao Novo Testamento (1754) (Igreja Metodista)
↑ Uma Breve História do Mundo. Geoffrey Blainey. Pág.: 187-188 e 190. Editora Fundamento. ISBN 85-88350-77-7.
↑ [http://www.dicionariodafe.com.br/documentos/exsurge_domine.htm Bula EXSURGE DOMINE do Sumo Pontífice Leão X, sobre os erros de Martinho Lutero 15.06.1520 (Ouvi nossas preces, pois raposas avançam procurando destruir a vinha em cujo lagar só Vós tendes pisado. Quando estáveis perto de subir a vosso Pai, entregastes o cuidado, norma e administração da vinha, uma imagem da igreja triunfante, a Pedro, como cabeça e vosso vigário e a seus sucessores. O javali da floresta procura destruí-la e toda fera selvagem vem devastá-la.)]. Catholic Dicionário da Fé. Página visitada em 2010-06-02.
↑ Concílio (em português). Enciclopédia Católica Popular. Página visitada em 3 de Junho de 2009.
↑ "The Popes and Slavery", Father Joel S Panzer, The Church In History Centre, 22 April 2008 [1], retrieved 9 August 2009
↑ Text of Sublimus Dei
↑ First Vatican Council (1869-1870)
↑ Concílio (em português). Enciclopédia Católica Popular. Página visitada em 12 de Junho de 2009.
↑ Infalibilidade (em português). Enciclopédia Católica Popular. Página visitada em 12 de Junho de 2009.
[editar] Ver também
Papa Bento XVI
Lista dos papas
Papas santos
Lista dos pontificados mais longos
Primazia papal
Infalibilidade papal
História da Igreja Católica



Este artigo sobre Catolicismo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.




[Expandir]v • eIgreja Católica Romana
Catolicismo · Cristianismo
História Jesus · Os Doze Apóstolos · Igreja primitiva · História do Papado · Concílios ecuménicos · Perseguições · Constantino I · Estados Papais · Cruzadas · Cisma do Oriente · Questão das Investiduras · Cisma do Ocidente · Reforma protestante · Contra-reforma · Missões · Questão Romana · Concílio Vaticano II
Hierarquia Papa · Cardeal · Patriarca · Primaz · Metropolita · Arcebispo · Bispo · Abade · Prelado · Presbítero · Diácono · Consagrado · Leigo
Doutrina e
Teologia SS Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) · Bíblia · Tradição · Credo · Dogmas · Pecado original · Cristologia · Graça · Igreja · Escatologia · Salvação · Santidade · Justificação · Reino de Deus · Dez Mandamentos · Sermão da Montanha · Sete Sacramentos · Virgem Maria · Mariologia · Doutrinas marianas · Infalibilidade papal · Padres da Igreja · Doutores da Igreja · Corpus Mysticum · Comunhão dos Santos · Indulgência · Sucessão apostólica · Magistério · Modernismo · Heresias · Teologia da libertação · Doutrina Social · Apologética · Moral · Catecismo
Culto Liturgia · Missa · Liturgia das Horas · Piedade popular · Latria · Dulia · Hiperdulia · Veneração · Devoção · Orações · Ano litúrgico · Ritos litúrgicos latinos · Ritos litúrgicos orientais · Festividades e Celebrações
Organização
e Governo Igreja Católica no mundo · Organizações e movimentos católicos · Ordem religiosa · Congregação religiosa · Institutos seculares · Circunscrição eclesiástica · Igreja particular · 23 Igrejas sui juris: Rito latino e 22 Ritos orientais · Cúria Romana · Santa Sé · Nunciatura apostólica · Vaticano · Direito canônico · Concordata
Últimos Papas Bento XVI · João Paulo II · João Paulo I · Paulo VI · João XXIII · Pio XII · Pio XI · Bento XV · Pio X · Leão XIII · Pio IX
Outros Críticas · Arte · Templos · Católicos famosos · Documentos · Ecumenismo · Espiritualidade · Pastoral · Tradicionalismo · Educação · Evangelização · Canonização · Santos e Beatos · Anticatolicismo
Portal:Cristianismo

[Expandir]v • eHistória do Papado
Antiguidade e
Alta Idade Média Cristianismo primitivo (30-325) · Antiguidade Tardia (325–493) · Papado Ostrogodo (493–537) · Papado Bizantino (537–752) · Papado Franco (756–857) · Saeculum obscurum (904–964) · Era Crescentii (974–1012)
Alta e Baixa
Idade Média Papado de Tusculum (1012-1044/1048) · Papado e Império (1048–1257) · Papado Errante (Viterbo, 1257–1281; Orvieto, 1262–1297; Perugia, 1228–1304) · Papado de Avignon (1309–1378) · Grande Cisma do Ocidente (1378–1417)
Era moderna Papado Renascentista (1417–1534) · Papado da Reforma (1534–1585) · Papado Barroco (1585–1689) · Papado Revolucionário (1775–1848) · Questão Romana (1870–1929) · Cidade do Vaticano (1929–presente): Segunda Guerra Mundial (1939–1945) · Concílio Vaticano II


Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Papado"
Categoria: História do Papado
Categorias ocultas: !Esboços sobre Catolicismo | !Artigos bons em w:fi
Ferramentas pessoais
Funcionalidades novas Entrar / criar conta Espaços nominais
Página Discussão VariantesVistas
Ler Editar AçõesVer histórico
Busca
Navegação
Página principal Conteúdo destacado Eventos atuais Esplanada Página aleatória Portais Colaboração
Boas-vindas Ajuda Página de testes Portal comunitário Mudanças recentes Estaleiro Criar página Páginas novas Contato Donativos Imprimir/exportar
Criar um livroDescarregar como PDFVersão para impressãoFerramentas
Páginas afluentes Alterações relacionadas Carregar ficheiro Páginas especiais Link permanente Citar esta página Noutras línguas
Deutsch English Suomi Македонски Esta página foi modificada pela última vez às 15h01min de 26 de julho de 2010.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Unported (CC-BY-SA); pode estar sujeito a condições adicionais. Consulte as Condições de Uso para mais detalhes.
Política de privacidade Sobre a Wikipédia Avisos gerais


COPYRIGHT WIKIPÉDIA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas