segunda-feira, 26 de julho de 2010

2204 - HISTÓRIA DOS MONGES COPISTAS

Modelos de Escola na Idade Média Escolas Monásticas e Episcopais
Primeira Parte
Breve Introdução Histórica
Segunda Parte
A Idade Média
As Escolas na Idade Média
Escolas Paroquiais
Escolas Monásticas e Episcopais
Escolas Palatinas
Escolas Catedrais
Universidades
Anexos
A vida num Mosteiro Medieval
Escolástica
Bibliografia
A passagem de uma comunidade cristã minoritária, composta por fiéis prontos a enfrentar o martírio, a uma Igreja vitoriosa, mesmo dominadora, traz consigo um relativo enfraquecimento da fé. É neste clima que nasce, no Egipto (o progresso global do cristianismo foi mais precoce no Oriente do que no Ocidente), no fim do século III, o movimento eremita, que traduz a revolta dos seus adeptos contra um tal abrandamento. Retirando-se para o deserto, só – monos, em grego, donde a palavra francesa “moine”, monge - o eremita leva aí uma vida ascética de prece e de meditação, perturbada apenas pela visita daqueles que são atraídos pela sua reputação de sabedoria e santidade.
No século VI, S. Bento de Núrcia elabora, no Mosteiro de Monte Cassino, na Campânia (Itália), a regra - regula - que tantos mosteiros viriam a adoptar. Esta regra recomenda que os monjes permaneçam num mesmo lugar, façam voto de pobreza e de castidade, prestem obediência ao abade – do grego abbas, que significa pai - pratiquem a hospitalidade e a caridade para com os pobres, trabalhem manualmente de forma a garantir a sua subsistência, rezem e, mais importamnte do que tudo, se dediquem ao estudo e ao ensino.

Os mosteiros beneditinos tornam-se assim centros culturais que vão desempenhar um papel decisivo na história da civilização ocidental. Fechados no seu scriptorium (a oficina de escrita e iluminura) e nas suas bibliotecas, os monges copistas, contribuíram de forma decisiva para salvar do esquecimento as obras literárias da Antiguidade.

É nos mosteiros espalhados pela Europa, longe do rebuliço das novas cidades emergentes na Europa, que surgem as Escolas Monásticas que visam, inicialmente, apenas a formação de futuros monges. Funcionando de início apenas em regime de internato, estas escolas abrem mais tarde escolas externas com o propósito da formação de leigos cultos (filhos dos Reis e os servidores também). O programa de ensino, de início, muito elementar - aprender a ler, escrever, conhecer a bíblia (se possível de cor), canto e um pouco de aritmética - vai-se enriquecendo de forma a incluir o ensino do latim, gramática, retórica e dialéctica.

Paulatinamente, nas cidades, começam a surgir as Escolas Episcopais que funcionam numa dependência da habitação do bispo. estas escolasd visavam, em especial, a formação do clero secular (parte do clero que tinha contacto directo com a comunidade) e também de leigos instruídos que assim eram preparados para defender a doutrina da Igreja na vida civil.

Abadia de Cluny




Olga Pombo: opombo@fc.ul.pt



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