domingo, 25 de julho de 2010

2068 -A IDADE MÉDIA

A IDADE MÉDIA E A EDUCAÇÃO





No primeiro período da Idade Média (até + ou - o ano 800) os mosteiros, de certo forma, preservaram a cultura greco-romana, no ocidente, embora o objetivo fosse afastar essa cultura do homem comum. (Veja o filme O Nome da Rosa)

Entre os mosteiros destacou-se o de Monte Cassino, na Itália, fundada por São Bento, em 525. Surgem outras ordens como a dos franciscanos, dominicamos, agostinianos e carmelitas, que também possuíam mosteiros e seguiam as orientações gerais da ordem beneditina.

Aos seis anos a criança era encaminhada aos mosteiros com a finalidade de ser educada para a vida religiosa.



(Monge copista)

No século XI desenvolveu-se as escolas catedrais, cujos professores eram os próprio monges, bispos e sacerdotes, que se destacavam na pregação da doutrina católica cristã.

As mais importantes escolas catedrais foram as de Lyon, Roma, Liege e Reims (foto ao lado)

O ensino continha matérias predominantemente teológicas e em segundo plano a cultura humanista em geral. Esta educação evitava despertar inquietação intelectual ou desenvolver a criatividade. Evitava-se que os homens questionassem o mundo.

A principal atitude estimulada era a obediência, o respeito à hierarquia religiosa e a aceitação conformista diante dos en sinamentos dos superiores.

Aquilo que não era compreendindo deveria ser aceito como um mistério divino.

Desencorajava-se a pesquisa imparcial, realizada à luz da razão.



Fora do ambiente dos mosteiros os nobres viviam sempre preocupados com guerras e a defesa de suas propriedades.

A educação voltada apenas à nobreza, cultivava a obediência e fidelidade aos principes, a coragem para enfrentar os inimigos e proteger os súditos, a honta entre os parceiros da cavalaria e a cortesia em relação às mulheres.

Destacava-se o aspecto militar. O aspecto intelecutal era descuidado, até mesmo as noções elementares de leitura e escrita.

Não havia, contudo, nenhum preocupação com a educação do povo em geral, foram dos círculos da nobreza.


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CARLOS MAGNO E A EDUCAÇÃO


Quando a educação decadente chegava a níveis insuportáveis, surge a figura de um rei analfabeto que começa a mudar o panorama educacional da idade média.

Carlos Magno (771-814), era um guerreiro que se converteu ao Cristianismo, tornando-se o seu grande defensor. Contudo, usava a violência e tratava com crueldade os povos pagãos que relutassem a se converter ao cristianismo. Segundo a história, chegou a decapitar 4500 pagãos. Nunca os ideais de Jesus estiveram tão distantes de seus seguidores.

No entanto, Carlos Magno possuia um conselheiro de nome Alcuíno que convenceu o rei a realizar uma grande obra de educação, criando escolas em diversas paróquias, além de ordenar aos nobres da corte que estimulassem atividades educacionais nos castelos e nos mosteiros.

Para dar o exemplo, criou em seu próprio palácio uma escola que se tornou famosa, tendo Alcuíno como professor e entre os alunos o próprio Carlos Magno, sua família e diversos nobres de sua corte. Pela primeira vez, as matérias abrangiam diferentes campos do conhecimento, como a aritmética, o grego, o latim, a astronomia e outras ciências.

De certa forma, o trabalho de Carlos Magno, inspirado por Alcuíno, deu um novo impulso à educação.


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AS PRIMEIRAS UNIVERSIDADES

Em 1090 surge no sul da Itália, numa pequena comunidade de origem grega, a primeira e grande escola de Medicina, tornando-se a primeira universidade. O Mosteiro de Salermo já cultivava a literatura grega e se interessava particularmente pela medicina.

O termo universidade, contudo, não servia para designar diversos ramos do conhecimento humano, mas o lugar onde estudantes de diversas nações poderiam estudar, ou seja, uma universalidade de pessoal. Mas foi o grande passo para uma grande mudança no sistema de ensino.

Com o tempo surgiram outras universidades como a de Bolonha, de Paris, Oxford, Salamanca e Cambridge.

Surgiram faculdades de Artes, Teologia, Medicina e Direito. Embora subordinadas ao Estado ou à Igreja, possuiam certa autonomia, podendo eleger seus diretores, reitores e professores.


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SÃO TOMAS DE AQUINO e a ESCOLÁSTICA

Em 1226 nasce Tomas de Aquino, nas proximidades de Nápoles, sul da Itália, integrando o movimento escolástico que procurava explicar a fé cristã de maneira racional, tanto quanto possível.

O sistema filosófico elaborado por Tomás de Aquino, o tomismo, revive boa parte da doutrina de Aristóteles, continuando, de certa forma, os ensinamentos do mestre grego.

Comparava (como fez Santo Agostinho (354-430) o papel do professor ao do agricultor: este cultivava as plantas, o outro a sabedoria.

Não é nosso objetivo estudar os argumentos da escolástica, mas ressaltar que essa foi a grande tentativa de atrair os pagãos através de argumentos racionais e não pela violência.


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FINAL DA IDADE MÉDIA.

O ano de 1453, com a Queda de Constantinopla, marca (historicamente) o fim da Idade Média.

A Igreja Romana havia cometido os maiores abusos de poder com as cruzadas, a inquisição, a vendas das indulgência e os abusos do Clero. O declínio da influência da Igreja coincidia com a ascensão dos grandes comerciantes que passavam a financiar e proteger as artes e a cultura.

Surge assim, o período de uma grande explosão cultural em todo o planeta, conhecido como Renascença no campo das artes e Humanismo no campo pedagógico, filosófico e literário. Na mesma época surge a Reforma, no campo religioso.

Muda-se o ambiente cultural, filosófico e religioso do Planeta.


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