domingo, 25 de julho de 2010

2046 - A IDADE MÉDIA

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A Idade Média e as fogueiras
Monday, June 15, 2009 18:02 | Filled in História, Muralhas Doutrinárias[Baseado em comentários feitos em outro assunto aqui no Deus lo Vult!.]

O preconceito histórico contra o Cristianismo encontrado amiúde nos nossos dias é uma das coisas que mais impede que se tenha uma visão equilibrada sobre a Igreja Católica e o Seu papel na construção da civilização ocidental. A repetição de clichês e de mentiras, de visões simplistas e de reconhecidos preconceitos iluministas, de lendas negras e de anacronismos, tudo isso parece ter se transformado em uma espécie de teste de aferimento intelectual. Parece que ninguém é bom o bastante se não nutrir um grande preconceito contra a Igreja Católica; e, quanto maior for este preconceito, mais inteligente é o preconceituoso em questão.

A Idade Média é evocada como uma época de trevas iluminada tão somente pelas terríveis fogueiras da Inquisição. O cristão-médio é um intolerante truculento que está disposto a trucidar qualquer um que apareça no seu caminho, pregando qualquer coisa que não esteja de acordo com a Doutrina Cristã. O obscurantismo e a superstição tomam o lugar da Ciência, e os cientistas levam uma espécie de vida nas catacumbas, diuturnamente escondidos dos terríveis inquisidores, os quais são, por sua vez, ambiciosos ávidos de riqueza e de poder. Os cristãos são retratados como se fossem o compêndio de todos os vícios.

É tão imponente o edifício preconceituoso que não se sabe muito bem sob qual ponto deve-se começar a demoli-lo. Não tenho a pretensão de esgotar o assunto, até porque é uma tarefa humanamente impossível de ser realizada em um simples texto curto de blog. Já disse outras vezes aqui que é muito mais fácil jogar a calúnia barata do que desmentir a calúnia barata; é muito mais fácil lançar mão da mentira que da verdade. Acontece que a mentira tem pernas curtas, e já está mais do que na hora de ajudá-la, ao menos, a tropeçar.

À Idade Média – e, em particular, à Igreja Católica – coube o incrível milagre de transformar o caos em que se havia transformado a Europa com a queda do Império Romano e as invasões bárbaras na civilização onde nascemos e vivemos. Seria realmente espantoso se esta cruel religião cristã tivesse conseguido um tão extraordinário prodígio, seria verdadeiramente admirável se estes cristãos repletos de defeitos e totalmente carentes de qualidades tivessem operado tão portentosa transformação: portanto, há uma verdadeira ruptura entra a Idade Média e a Idade Moderna, e é esta a tese defendida pelos anti-clericais de todos os naipes. Agem como se todos os bens – inegáveis – da civilização ocidental tivessem brotado ex nihil, aparecido por geração espontânea dos escombros nos quais a Igreja lançou a Europa durante a Idade Média.

Porque a Idade das Trevas não pode ter produzido – não, jamais! – nada de bom, nada de civilizado, nada de minimamente aproveitável pelas gerações futuras. Estas tiveram que, sozinhas, reconstruir tudo o que a Igreja destruiu em mil anos. O Renascimento e o Iluminismo, assim, apresentam-se não como simples fenômenos históricos, mas como verdadeiras revelações sobrenaturais: após mil anos de trevas, uma luz resplandeceu, e uma luz tão fulgurante que, em duzentos ou trezentos anos, conseguiu reerguer tudo o que a Igreja tinha Se esforçado para lançar por terra ao longo do último milênio. Eis como pessoas “inteligentes” explicam a história!

É muito difícil argumentar contra pessoas que sustentam uma visão preconceituosa da realidade. Não adianta dizer que a tese deles é absurdamente ridícula, e que é completamente inverossímil que, um belo dia, alguns iluminados tenham resolvido sacudir dos ombros o jugo da tirania eclesiástica e construir o mundo. Eles começarão a ter um ataque histérico e a falar em fogueiras, em trevas, em cruzadas, em obscurantismo, e em meia dúzia de outros chavões que, na cabeça confusa deles, confundem-se com argumentos ou – pior ainda – com fatos históricos. Quando, na verdade, a História é bem mais complexa do que a caricatura ideológica dos anti-clericais os permite enxergar.

As fogueiras! “Milhões de bruxas queimadas” – é a primeira frase dita por um anti-clerical. A segunda, é acrescentar que essas bruxas eram na verdade cientistas (já que bruxas não existem). E então emendam com o “obscurantismo institucionalizado”, com a “hierarquia ávida por poder que tinha medo de perder o domínio exercido sobre o povo”, com a “perseguição de cientistas e proscrição da Ciência”… e, diante do ataque histérico raivoso, você não consegue mais argumentar. Ad baculum, é o modus operandi dos anti-clericais quando estão pontificando história.

Não adianta lembrar que a Inquisição foi instituída com o propósito muito claro e específico de combater os cátaros, que eram vere et proprie uma ameaça à civilização medieval. Não adianta mostrar que não há registro de que as fogueiras tenham extrapolado a casa dos milhares [muito menos dos milhões!] como pretendem os raivosos historiadores anti-clericais. Não adianta nem mesmo lembrar que não foi a Igreja a inventar as fogueiras, sendo esta modalidade de pena capital já amplamente utilizada antes mesmo de que o primeiro inquisidor entregasse ao braço secular o primeiro herege cátaro. Não adianta, porque os anti-clericais não estão preocupados com fatos, e sim com a ideologia deles. Já puseram na cabeça que a Idade Média foi a Idade das Trevas, e qualquer coisa que abale, um mínimo que seja, esta íntima convicção dogmática é sumariamente descartada.

A Idade Média viu levantarem-se na Europa as cúpulas das catedrais, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu as Universidades serem fundadas pela Igreja, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu os filósofos escolásticos lançarem as bases da ciência experimental, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu a Inquisição proporcionar indiscutíveis avanços ao Direito Penal, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. Quando uma pessoa só quer ver uma coisa, não adianta mostrar mais nada. “Intolerância medieval!”, é só o que eles sabem gritar.

Na verdade – e, aqui, rasguem as vestes os inimigos da Igreja de todos os naipes -, a Idade Média foi um excelente exemplo de uma sadia intolerância, da intolerância contra o vício e contra o pecado, da intolerância que é a única capaz de construir e manter alguma coisa duradoura. Na verdade, os pecados são avessos à civilização, e a forma mais eficaz – aliás, a única forma da qual temos conhecimento – de criar e manter alguma sociedade minimamente civilizada é apontando claramente o que deve ser feito e o que deve ser evitado. Não poderia subsistir uma sociedade onde as pessoas roubasssem umas às outras, nem uma onde as pessoas matassem umas às outras. E, sim, qualquer civilização que se proponha a ser duradoura, que tenha um mínimo de “instinto de sobrevivência”, precisa ser intolerante para com aquilo que a pode destruir. Isto é óbvio; tão óbvio que os medievais o entenderam perfeitamente (o que fica mais do que demonstrado pelos excessos – pontuais – cometidos pelos homens daquele tempo), ao passo em que os tolerantes modernos nunca conseguiram fazer com que as suas teses fossem abraçadas pela grande massa da população. Mas, claro, isto deve ser culpa da influência católica!

A “intolerância” da Idade Média, combatida pelos auto-intitulados “livres-pensadores” (que, no entanto, de livres não têm nada, porque só repetem chavões e perconceitos anti-clericais), foi o que construiu o mundo moderno onde estes mesmos livres-pensadores podem vomitar o seu ódio à Igreja Católica. Quer eles gostem, quer não. A despeito da ideologia preconceituosa dos anti-clericais, entre as fogueiras da Idade Média levantaram-se campanários e cúpulas de catedrais aos céus, ergueram-se universidades e lançaram-se as bases do mundo moderno, de modo que resumir os mil anos nos quais “a filosofia do Evangelho guiava as nações” às fogueiras da Inquisição é de um simplicismo criminoso. Mas contra preconceitos – insisto – não há argumentos possíveis. E o preconceito do século XXI parece ser o pior de todos os preconceitos que já se abateram sobre a humanidade.

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Tags: catedrais, civilização, hereges, idade média, inquisição, intolerância, preconceito
131 Comments to A Idade Média e as fogueiras
Everth says:

June 15th, 2009 at 6:36 pm

Ótimo texto, Jorge.
A Idade Média e as fogueiras « Ecclesia Una says:

June 15th, 2009 at 6:50 pm

[...] Fonte: Deus lo Vult! [...]
Em busca da verdade says:

June 15th, 2009 at 6:55 pm

Alguns trechos de História da Riqueza do Homem podem-nos ajudar a lançar alguma luz sobre as falácias apregoadas pelo Jorge:

“Observe-se que entre Baldwin e o rei havia a série habitual de senhores. Observe-se também que um deles era o bispo de Worcester. Isto constitui um fato importante, mostrando que a Igreja era parte e membro desse sistema feudal. Sob certos aspectos, não era tão importante quanto o homem acima de todos, o rei, mas sob outros o era muito mais. A Igreja constituía uma organização que se estendeu por todo o mundo cristão, mais poderosa, maior, mais antiga e duradoura que qualquer coroa. Tratava-se de uma era religiosa e a igreja, sem dúvida, tinha um poder e prestígio espiritual tremendos. Mas, além disso, tinha riqueza, no único sentido que prevalecia na época — em terras.”

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Notem bem, a igreja possuía poder e riqueza – tremendos. Quem tem poder… bem, todos sabem o que fazem os detentores do poder, não sabem? criam as leis do jeito que melhor lhes interessa, dentre estas a de matar, prender et cetera et cetera.

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“Tão grande era a opressão de seus servos, pelo Cabido de Notre-Dame de Paris, no reinado de São Luís, que a Rainha Blanche protestou ‘com toda a humildade’, ao que os monges replicaram que ‘eles podiam matar seus servos de fome se lhes aprouvesse’.” 18 (em J. W. Thompson. An Economic and Social History of the Mlddle Ages)

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“podiam matar seus servos de fome se lhes aprouvesse”.

Já diz tudo, não?

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“Alguns historiadores pensam até que se exagerava o valor de sua caridade. Admitem o fato de que a Igreja realmente ajudava os pobres e doentes. Mas ressaltam que ela era o mais rico e poderoso proprietário de terras da Idade Média, e argumentam que, comparado ao que poderia ter feito, com sua tremenda riqueza, não chegou a realizar nem mesmo tanto quanto a nobreza. Ao mesmo tempo que suplicava e exigia ajuda dos ricos, para fazer sua caridade, tomava o maior cuidado em não sacar muito profundamente de seus próprios recursos. Esses críticos da Igreja observam ainda que, se ela não houvesse tratado tão mal a seus servos, não teria extorquido tanto do campesinato, e haveria menos necessidade de caridade.”

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“…se ela não houvesse tratado tão mal a seus servos, não teria extorquido tanto do campesinato, e haveria menos necessidade de caridade.”

Já diz tudo, não? Ela, a igreja, já deixava os servos passarem necessidade com o intuito de fazer com que eles mendigassem às portas dela própria, de os chantagearem: “se não confessar não tem pão”.

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Para quem tiver interesse na verdade, e tão-somente a verdade, sugiro que leiam o livro. Ele está disponível, gratuitamente, no endereço abaixo:

http://www.tutomania.com.br/livro/historia-da-riqueza-do-homem-leo-huberman-br–revisado

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Duvido muito que o dono do blog deixe passar esse post, mas, quem sabe, atinja sua consciencia (se ele tiver uma) e ele permita que todos leiam para, ao menos, comparar as declarações.
Jorge Ferraz says:

June 15th, 2009 at 7:55 pm

Caros,

Vejam aí o exemplo da picaretagem intelectual preconceituosa à qual eu me referia no próprio texto: Leo Huberman. “A verdade, e tão-somente a verdade”.

Quem é o sujeito? Medievalista? Professor de História? Nada disso… comunista americano. Dêem uma olhada nos livros escritos pela peça:

* Cuba: A revolution revisited
* Vietnam: The Endless War
* Socialism in Cuba
* The labor spy racket (Civil liberties in American history)
* Introduction to Socialism
* Cuba: anatomy of a revolution
* We, the People the Drama of America
* Man’s Worldly Goods
* The cultural revolution in China: A socialist analysis
* Notes on left propaganda: How to spread the word
* Revolution and counterrevolution in the Dominican Republic: Why the U.S. invaded
* The truth about socialism
* The truth about unions
* There is a man interned in a prison as a “dangerous enemy alien”

No entanto, é “a verdade e tão-somente a verdade”! Afinal, ninguém precisa conhecer História para tacar pedra na Igreja, né?

Abraços,
Jorge
Em busca da verdade says:

June 15th, 2009 at 8:05 pm

“Quem é o sujeito? Medievalista? Professor de História? Nada disso… comunista americano.”

Claro. Se não se tem argumentos, ataque o argumentador. Facílimo, posição digna de gente intolerante, fanática e prepotente, não concordam?
Léo says:

June 15th, 2009 at 8:38 pm

Uai, e falar que o cara é comunista é “ad hominem”? Dizer que o cara quer a destruição da Igreja (ao se provar que é comunista pelos livros) não é esclarecer como se deve ler o texto dele? Aiai …

Abraços e fiquem com Deus,

Léo
Sidnei says:

June 15th, 2009 at 8:53 pm

“Claro. Se não se tem argumentos, ataque o argumentador. Facílimo, posição digna de gente intolerante, fanática e prepotente, não concordam?”

Concordo, e ainda bem que o Jorge Ferraz mostrou que o hstoriador aí em cima e um comunista.
Em busca da verdade says:

June 15th, 2009 at 8:56 pm

Um outro livro, dedicado a um público menos esclarecido, escrito como um romance da história humana, “baixei” também na internet e coloco à disposição de voces. O autor é um historiador australiano:

http://rapidshare.de/files/47549406/geoffrey_blainey_uma_breve_historia_do_mundo.pdf.html

Leiam-no com calma e reflitam bastante.
Martinho says:

June 15th, 2009 at 9:09 pm

Caso alguém tenha alguma dúvida (como eu tinha) de quem foram os cátaros e seu movimento (catarismo):

http://pt.wikipedia.org/wiki/Catarismo

Jorge, belo texto mas, futuramente, sugiro somente colocar um simples link para esses termos não tão comuns a todos…

UM abraço!
Gustavo says:

June 15th, 2009 at 10:00 pm

Apenas algumas sugestões para dar continuidade aos propósitos de Jorge.

1. A seção “Idade Média e temas medievais” do site Special Collections: http://www.hottopos.com/spcol/medieval.htm

2. O livro “História da Educação na Idade Média” do prof.Rui Afonso da Costa Nunes, que se inicia com uma análise das idéias mais comuns a respeito dos tempos medievais: http://www.documentacatholicaomnia.eu/03d/sine-data,_Costa_Nunes._da._Ruy_Afonso,_Historia_Da_Educacao_Na_Idade_Media,_PT.pdf

3. E para os que quiserem empregar bem seu dinheiro o livro “Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental” de Thomas E. Woods Jr.
Danilo says:

June 15th, 2009 at 10:05 pm

Salve Maria!

Excelente texto, Jorge e, aliás, excelente blog.

É incrível a falta de retidão intelectual de meus professores de História em relação à Igreja. Por mais que se argumente, por mais que se explique, só vêem o que querem ver, esperneiam seus chavões, cegos por uma historigrafia bolchevista.

Abraços.
Em busca da verdade says:

June 15th, 2009 at 11:12 pm

Trecho inicial do capítulo 8 (A Inquisição), do livro História Universal da Destruição de Livro – Fernando Baez.
É pequenino, é só um tiragosto para quem quer se inteirar da verdade real:

http://rapidshare.de/files/47550303/fernando_baez_historia_universal_da_destruicao_de_livros.pdf.html
tht says:

June 15th, 2009 at 11:21 pm

Espetáculo! Vou republicar :P
Gabriel Ferreira says:

June 16th, 2009 at 12:40 am

Prezado Jorge.

A eclesioclastia reinante seria cômica se não fosse trágica. Nem historiadores publicamente não-católicos – como Le Goff, por exemplo -, subscreveriam as bobagens que povoam o imaginário e os livros de história barata da imensa maioria da população que gosta de conversas de salão. Se me permite um pequeno trocadilho com o nome do seu blog, certos estavam mesmo os medievais com seu provérbio “Mundus Vult Decipi”.

Um abraço.
Michel Chaves says:

June 16th, 2009 at 3:26 am

Carissimos,

Tratar da idade média e qualquer outra epoca é complicado. Ora, existem diferentes abordagens e explicações. Historiografias diferentes.

Tratar de História é complicado.

Mas, só destaco do texto esse trecho:

“A Idade Média viu levantarem-se na Europa as cúpulas das catedrais, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu as Universidades serem fundadas pela Igreja, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu os filósofos escolásticos lançarem as bases da ciência experimental, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu a Inquisição proporcionar indiscutíveis avanços ao Direito Penal, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. Quando uma pessoa só quer ver uma coisa, não adianta mostrar mais nada. “Intolerância medieval!”, é só o que eles sabem gritar.”

A Idade Média viu a Inquisição proporcionar indiscutíveis avanços ao Direito Penal, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras.?

Num é por nada não, mas, na Inquisição espanhola, a maioria das penas eram por fofocas e intrigas.

No mais,

é isso.
Pedro says:

June 16th, 2009 at 9:24 am

Excelente texto, Jorge. Acrescentaria outros (poucos) argumentos, mas apenas pelo bem do discurso, já que os demais são suficientes e ignorados por quem só se importa em atacar a Igreja.

O tal “Em busca da verdade” só faz reforçar o que afirmamos aqui, quando cita historiadores (?) comunistas e sequer tenta verificar o que você escreveu.

Michel, só uns comentários sobre o que escreveu:
- A inquisição espanhola foi na Idade Moderna (séc. XVI), não na Medieval.
- a inquisição espanhola em muito diferia da romana medieval. Eles tinham um inquisidor-mór, aprovado depois de muitos protestos pelo papa Sisto V (que só cedeu depois de o rei Fernando ameaçar retirar o apoio militar contra os mouros), e que controlava tudo praticamente sem a anuência do papa. Sisto chegou a condenar a inquisição na Espanha, pouco antes de morrer — ela foi “readmitida” em seguida por Alexandre VI, que por acaso era espanhol (quem conhece um pouco de história da Igreja, sabe quem é a figura).
- Um aparato judiciário e penal tão grande quanto a Inquisição na Espanha só poderia trazer avanços em termos de sistema, mesmo com “fofocas” ou “intrigas”. Fazendo um paralelelo, o sistema judicial moderno não é considerado atrasado só porque, ele também, é repleto de intriga e fofoca. Ou você acha que as pessoas acionam a justiça porque querem “o melhor” para todos?

Abs
Em busca da verdade says:

June 16th, 2009 at 9:25 am

Senhor Jorge

Não vale apagar o post referente ao livro sobre Historia Universal… univesal, mesmo. O autor chega até a destruição de alguns tesouros culturais do Iraque por parte das tropas americanas (de propósito ou não).

Se eu encontrar tempo vou ver se o copio totalmente para mostrar a voces que o autor não se prende a uma ou outra religião. Ele esmiuça tudo (eu é quem destaquei o capítulo para mostrar a voces que não é bem do jeito que o Jorge diz, com relação ao papel da igreja na idade média).
profeta do profano says:

June 16th, 2009 at 9:40 am

sério? puxa! essa dissimulação dos fatos históricos me dá vontade de rir. foram os tribunais seculares que são os culpados de perseguir, prender, torturar e matar tantos inocentes? e de onde esses tribunais tiraram a idéia e o motivo para tal massacre, senão da doutrina da “Santa” Igreja?
Messias says:

June 16th, 2009 at 9:48 am

O que os historiadores marxistas e outros anti-clericais fazem é aplicar o que ensinava Goebbels:

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”

Infelizmente, hoja basta uma mentira ser dita apenas uma vez que já se torna uma verdade incontestável.
Ex: qualquer filminho de Hollywood que fala sobre a Igreja, já vira exibição obrigatória nas escolas e transforma qualquer idiota em especialista. Vide “O Nome da Rosa”, “O Código da Vinci” e o atual “Anjos e Demônios”.
Daqui a pouco aparecem “especialistas” relinchando as babaquices deste último.
Sidnei says:

June 16th, 2009 at 9:56 am

A sim então temos que ver o jeito que o Em busca da verdade ou o profeta profanam são os que demonstram o verdadeiro papel da igreja na idade média, não adianta , esta gente só quer ver um lado da história mais não a história como um todo, quando se trata em história nós devemos ser parciais, nós católicos não negamos que houveram excessos por parte dos dirigentes da Igreja na Idade Média como até mesmo o Jorge Ferraz colocou em seus texto: “Não poderia subsistir uma sociedade onde as pessoas roubasssem umas às outras, nem uma onde as pessoas matassem umas às outras. E, sim, qualquer civilização que se proponha a ser duradoura, que tenha um mínimo de “instinto de sobrevivência”, precisa ser intolerante para com aquilo que a pode destruir. Isto é óbvio; tão óbvio que os medievais o entenderam perfeitamente (o que fica mais do que demonstrado pelos excessos – pontuais – cometidos pelos homens daquele tempo)”, portanto se até o Jorge Ferraz, (e que o Jorge me corrija se estiver errado) colocou que houve excessos no combate as heresias naquela época, porém o que pessoas como o Em busca da verdade ou o profeta profano e tantos outros querem demonstrar é que só houve por parte da Igreja, perseguições, massacres, mortes, um grande atraso intelectual e cientifico, etc, etc, etc, esquecendo das grandes obras da Igreja, aí sim é uma visão parcial, cheia de ódio e preconceitos, clichês e sem nenhuma seriedade nestes assuntos, e que portanto, pessoas como estas que só querem ver um lado da história, a que eles querem, nem precisam vir aqui vomitar seus rancores, que nós não cairemos em suas insidias.
Lampedusa says:

June 16th, 2009 at 10:04 am

Vale acrescentar à lista de livros do Gustavo o excelente “Idade Média: o que não nos ensinaram”, de Regine Pernoux.
Em busca da verdade says:

June 16th, 2009 at 10:09 am

“E, sim, qualquer civilização que se proponha a ser duradoura, que tenha um mínimo de “instinto de sobrevivência”, precisa ser intolerante para com aquilo que a pode destruir.”

Cada uma…

De onde voce tirou essa pérola de sabedoria? Roma tolerou as crenças religiosas dos povos conquistados e, mesmo assim, tornou-se o maior império da antiguidade ocidental.
Jorge Ferraz says:

June 16th, 2009 at 10:16 am

Caros,

O meu “A Idade Média: o que não nos ensinaram” eu comprei no Submarino, mas infelizmente está esgotado…

Abraços,
Jorge
Jorge Ferraz says:

June 16th, 2009 at 10:37 am

Bom, vamos lá, ajudar o nosso amigo na “busca da verdade”…

Extensa bibliografia já foi citada. Acrescentaria o livro do João Bernardino Gonzaga, “A Inquisição em seu mundo” [em português], que infelizmente só se encontra em sebos (tem seis na Estante Virtual – aproveitem).

Quanto ao livro do sr. Fernando Báez – bibliotecólogo, poeta, ensayista y novelista venezolano [antes que me acusem de ad hominem, peço que leiam as citações do picareta comunista primeiramente citado, deste poeta venezuelano e comparem com o livro do historiador australiano para verem a gritante diferença; reservo-me o direito de não dar lá muito crédito histórico à militância política de um comunista ou às preconceituosas figuras de linguagem mal-disfarçadas de um poeta, pelo mesmo motivo que não dou crédito às teorias físicas de uma ambientalista baiana] -, a “imparcialidade” dele é manifesta. A Inquisição foi “um terrivel periodo de censura, perseguição, tortura e destruição de vidas humanas e livros”, Bernardo Gui é um “dominicano fanático” e Paulo IV é “um fanático com enormes problemas emocionais”. Um sujeito que, em menos de quatro páginas, apoda desta maneira gratuita os personagens que está apresentando não está fazendo História. Sem contar que qualquer pessoa que queira falar da história dos livros sem registrar o indiscutível trabalho que a Igreja Católica teve na preservação das obras da Antigüidade por meio dos seus monges copistas é ou um mau-caráter ou um incompetente.

Quanto à “tolerância” do Império Romano, ela tem a sua expressão máxima na exigência da adoração à César e nas feras do Coliseu para os que se recusassem. No entanto, repito: contra preconceitos não há argumentos possíveis…

Abraços,
Jorge
Lampedusa says:

June 16th, 2009 at 10:43 am

As democracias modernas (na verdade todo e qualquer regime político) não toleram aquilo que as pode destruir. Tentem fundar um partido nazista ou uma agremiação política cujo objetivo é eliminar o voto direto ou as instituições legislativas ou o judiciário…
Lampedusa says:

June 16th, 2009 at 10:44 am

Jorge,

Acho que a editora Quadrante ainda vende o “Idade Média: o que não nos ensinaram”.
Jorge Ferraz says:

June 16th, 2009 at 10:51 am

Lampedusa,

No site deles não tem… =(

Abraços,
Jorge
Pedro says:

June 16th, 2009 at 11:46 am

Sem querer ser metido a besta, mas olha a diferença de argumentação:

>>Eu:
“[O inquisitor-mór foi] aprovado depois de muitos protestos pelo papa Sisto V (que só cedeu depois de o rei Fernando ameaçar retirar o apoio militar contra os mouros), e controlava tudo praticamente sem a anuência do papa. Sisto chegou a condenar a inquisição na Espanha, pouco antes de morrer — ela foi “readmitida” em seguida por Alexandre VI, que por acaso era espanhol.”

Em que me baseio: FRÖLICH, Curso básico de história da Igreja. Em termos de livro de história, não é nada demais, apenas um resumão de fatos em fontes primárias e secundárias — engraçado que se esquecem dessas fontes, ou a distorcem, na historiografia “pop” de hoje.

>>profeta do profano:
“sério? puxa! essa dissimulação dos fatos históricos me dá vontade de rir. foram os tribunais seculares que são os culpados de perseguir, prender, torturar e matar tantos inocentes? e de onde esses tribunais tiraram a idéia e o motivo para tal massacre, senão da doutrina da “Santa” Igreja?”

Em que se baseia: NADA além de um monte de estereótipo.

Isso é preconceito, dissimulação, cegueira. Depois vêm apontar o dedo na NOSSA cara. Faça-me o favor.
primatologista says:

June 16th, 2009 at 1:16 pm

Uma boa discussão. Tomara não descambe, de parte à parte, para acusações gratuitas.
Como minha contribuição posto um livro onde se pode confirmar que a moral não é privilégio da religião; a humanidade chegaria até aquela mesmo sem existir esta. Pesquisas realizadas em primatas não-humanos mostram o início do desenvolvimento de uma proto-moral nos grupos que foram estudados.
Se alguém quiser confirmar essa proposição, ofereço o livro como subsídio:

http://rapidshare.de/files/47556618/frans_de_waal_eu_primata.pdf.html
Andrea says:

June 16th, 2009 at 1:26 pm

Ótimo texto! Gostaria de publicá-lo no meu blog. É possivel?

Fique com Deus!
primatologista says:

June 16th, 2009 at 1:26 pm

Quanto a livros da Regine Pernoud, disponho de Luz sobre a Idade Média. Infelizmente, ainda está no “estado bruto”, razão pela qual só se pode “descer” o mesmo via torrent.
Quem se interessar, eis o arquivo torrent:

http://www.mininova.org/tor/2691981

Como estou sendo o semeador inicial, normalmente eu deixo o computador ligado o tempo todo. De hoje até amanhã deve juntar outros “seeds”, o suficiente para se descer o arquivo numa taxa de 100/200k, possivelmente.
Eduardo Monteiro says:

June 16th, 2009 at 1:30 pm

É realmente difícil argumentar com pessoas que acreditam que Galileu morreu na fogueira.
Coloca-se a Inquisição como se fosse uma coisa só. Não, não era. Havia a Inquisição católica que surgiu para julgar os cátaros que matavam mulheres grávidas. Havia a Inquisição protestante onde muitos católicos foram perseguidos. E havia a Inquisição Régia, onde os reis tinham controle sobre os inquisidores.
Falta honestidade intelectual aos anti-católicos falarem de Inquisição sem fazerem distinção entre as três.
Também esquecem que foi a Igreja a primeira instituição na História da humanidade coibir e depois proibir a tortura.
Esquecem que foi a Igreja que criou os hospitais, conhecidas como Santa Casa de Misericórdia. Onde qualquer um poderia utilizar… de graça!
As universidades então…
A elevação da mulher também foi obra da Igreja. Antes, as mulheres da antiguidade famosas eram todas de má vida como Cleópatra. Na Idade Média, a mulher era considerada por sua honra e virtude.
primatologista says:

June 16th, 2009 at 1:57 pm

“sadia intolerância”

Sadia? Existe alguma intolerância saudável? Pois, pois, o blogueiro está certo. Errado é quem tenta ser tolerante com os católicos.
Eduardo Araújo says:

June 16th, 2009 at 2:48 pm

A citação de Régine Pernoud contrasta com as menções a autores contaminados por ideologias marxistas, caso de Huberman e Hobsbawn.

Pena que a indústria editorial brasileira ainda não concedeu a merecida atenção à notável medievalista, que muito contribuiu com suas obras para o desmonte dos preconceitos estúpidos sobre a Idade Média.

Aproveito, Jorge, com a sua licença, para indicar o (também) excelente blog da nossa caríssima Andrea: o Borboletas ao Luar (com a sua permissão, Jorge, o endereço: borboletasaoluar.blogspot.com.

Andrea já reproduziu maravilhosos excertos versando sobre a Idade Média, de autores incluindo Régine Pernoud. O último reproduzido trata justamente das mulheres na época. A historiadora desfaz com maestria os mitos grosseiros de quem se julga conhecedor da história medieval, enquanto só a lê com a viseira do anticlericalismo. Nesse texto, entramos em contato com nomes pouco divulgados, como o da abadessa Herrade de Landsberg e o da Santa Hildegard von Bingen, mulheres maravilhosas, cujo legado reduz à nulidade o suposto (falso, talvez seja mais exato) conhecimento natural das bruxas.

Especificamente sobre a História da Igreja, recomendo com ampla satisfação o imenso trabalho de Daniel-Rops, em 10 volumes (pela Editora Quadrante). É uma obra extensa, muito volumosa, o que talvez desestimule, a princípio, encará-la. Mas só a princípio – o resultado é estimulante. O autor escreve com uma verve digna dos melhores historiadores, qualidade felizmente tranposta na tradução. A Idade Média é abordada nos volumes II – A Igreja dos Tempos Bárbaros e III – A Igreja as Catedrais e das Cruzadas.
Maria Irene Rocha Bastos Tinoco says:

June 16th, 2009 at 2:51 pm

Ninguém pode se furtar na obrigação de considerar que a Igreja representou e representa um papel fundamental na História. A Igreja fundada por Nosso Senhor é a mesma que passou brilhantemente pela Idade Apostólica, enquanto Ela foi cruelmente perseguida. Com raras exceções, os santos dos primeiros séculos forma martirizados. Em seguida, pela idade média e patrística. O século xvi foi profundamente doloroso para a Igreja. e finalmente pelos Tempos modernos. Acontece que o clero, em boa parte, inclusive o Santo Padre atualmente reinanteé muito solícito e generoso para com os pobres e pecadores. Porém, nem sempre foi assim. O clero, muita das vezes foi responsável pela matança de muitas pessoas, por não concoradrem com a doutrina católica, ou serem adeptos de algo não santo, que remetia à heresia e ao erro, o que era perigoso para a sociedade cristã. A Igreja, em sua solicitude não poderia deixar que muitos fossem arrastados pelas idéias dos hereges. Estes eram julgados e condenados. Só que muitos deles tinham a alternativa de se retratarem, evitando que seus corpos queimassem. A Igreja, tentou por diversas vezes salvar muitos da fogueira, como o exemplo de Joana D’ARC: Lutar pela reconquista de dois territórios Europeus, através do derramamento de sangue de muitos inimigos não quer dizer que tenha sido a mão de Deus que tenha conduzido. Ela foi responsável pelos seua atos, muita das vezes por seu orgulho. Logicamente entendendo que não era a mão de Deus que matava os inimigos, foi tranquilamente para a fogueira, assumindo a consequencia de seus atos, num grande gesto de força e de coração contrito e humilhado. Aí está asantidade de Joana, a qual foi reconhecida pela Igreja. Neste caso, fica claro a intervenção do estado clamando a morte de Joana. Dizer que a Igreja é responsável por todas as mortes, e, que de fato ela desencadeou este grande mar de sangue é mentira. Sem contar com a mentalidade do povo da época que gostava de ver pessoas queimando, principalmente os pecadores públicos. Mas, claro, muitos dominicanos, inclusive, inquisidores ferrenhos não tinham a menor piedade para com os hereges, ou que ao menos apresentassem indícios. Não podemos ser hipócritas retirando a responsabilidade de muitos clérigos influentes. É importante salientar que muitos clérigos inclusive, culpados ou não de heresia, também foram vítimas da fogueira. A fogueira e uma Igreja que tortura e condena são reais, mas, não podemos deixar de dizer que a Igreja, ou melhor dizendo, muitos clérigos forma responsáveis por matanças e atrocidades. Mas, mesmo na Inquisição, a figura maternal da Igreja não ficou totalmente esquecida, nem deixou de agir em prol de muitos. Não defendo defora alguma a inquisição, nem acho que esta tenha sido pia forma de separa o joio do trigo, como martelo dos herejes. Mas, ela não foi sempre uma vilã, tampouco única responsável por tanta maldade, por tanta morte. Não olhemos só para uma fogueira, um inquisidor que manda torturar e queimar, e um clero sedento por sangue. Olhemos todo o contexto, observemos a intervenção da Igreja, em muitos casos, tentando punir não com a morte, tentando reconciliação, retratação dos herejes e todos os que por uma infelicidade vissem caídos nas garras dum julgamento.
Maria Irene Rocha Bastos Tinoco says:

June 16th, 2009 at 3:05 pm

O filme “O noe da rosa” não foi um filminho qualquer ou ruim, como alguns outros, mas é óbvio que se tomarmos a inquisição tendo como personagens Bernardo Gui ou papa Paulo IV, odiaremos a Igreja. Mas, de fato, não só estes dois tinham problemas mentais, outros muitos também. é preciso salientar a figura de São pio V, DOMINICANO, um grande papa, muito caridoso e solícito para com os pobres. Também foi inquisidor durante um tempo. Não podemos comparar Bernardo Gui, ou Paulo IV com são Pio V, NÃO, DE FORMA ALGUMA. Nem deixemos de lembrar que muitos padres e bispos faziam de tudo para lvrar pessoas inocentes ou não da condenação à morte de fogueira, das garras do estado e do povo que nem sempre estavam interessados na poupação de vidas.
Maria Irene Rocha Bastos Tinoco says:

June 16th, 2009 at 3:11 pm

” E o preconceito do século XXI parece ser o pior de todos os preconceitos que já se abateram sobre a humanidade”.

Jorge Ferraz tem razão. Hoje quantos querem levar para fogueira os negros, os homossexuais, as prostitutas e todos aqueles dos quais só a misericórdia divina, e não nós, devemos nos encarregar.
primatologista says:

June 16th, 2009 at 4:12 pm

“O clero, muita das vezes foi responsável pela matança de muitas pessoas, por não concoradrem com a doutrina católica, ou serem adeptos de algo não santo, que remetia à heresia e ao erro, o que era perigoso para a sociedade cristã.”

“Mas, claro, muitos dominicanos, inclusive, inquisidores ferrenhos não tinham a menor piedade para com os hereges, ou que ao menos apresentassem indícios. Não podemos ser hipócritas retirando a responsabilidade de muitos clérigos influentes.”

“A FOGUEIRA E UMA IGREJA QUE TORTURA E CONDENA SÃO REAIS”

“…mas é óbvio que se tomarmos a inquisição tendo como personagens Bernardo Gui ou papa Paulo IV, odiaremos a Igreja. Mas, de fato, não só estes dois tinham problemas mentais, outros muitos também.”

Maria Irene:

Disseste-o de uma forma muito humilde todas as verdades que os fanáticos cristãos de hoje querem negar. Querem continuar a tapar o sol com os dedos abertos.
Jorge Ferraz says:

June 16th, 2009 at 4:53 pm

Andrea,

Ótimo texto! Gostaria de publicá-lo no meu blog. É possivel?

Citando, pode tudo! :)

Eu é que agradeço.

Abraços,
Jorge
Jorge Ferraz says:

June 16th, 2009 at 4:54 pm

Ah…

Vale salientar que os tribunais da Inquisição nunca substituíram os tribunais civis, e os da Igreja eram tão mais brandos que os criminosos comuns (ladrões, falsificadores, etc), quando eram pegos, “inventavam” algum misticismo no seu caso para serem julgados pela Igreja. Ou seja: os culpados preferiam ser julgados pela Inquisição a o serem pelos tribunais do Estado.

Abraços,
Jorge
Jorge Ferraz says:

June 16th, 2009 at 6:05 pm

Caríssimos,

Mais um detalhe: São Pio V foi um SANTO INQUISIDOR, como também São Roberto Belarmino. Não são santos “apesar” de terem sido inquisidores.

Vale salientar, ainda, que os inquisidores eram, no geral, homens sérios e admirados. A figura do inquisidor “ávido por sangue” perseguindo “pobres apavorados” é caricatura iluminista, e não dado histórico.

Abraços,
Jorge
profeta do profano says:

June 16th, 2009 at 11:52 pm

isso deve ser brincadeira. o conhecimento cientifico só conseguiu se desenvolver na época da Reanscença e não graças à Igreja, mas sim ao conhecimento trazido do Oriente, das bibliotecas dos califas que preservaram os antigos textos Gregos. quem reconstruiu a Europa foram os Godos, os Germanicos e os Francos, os mesmos ditos bárbaros. as universidades só forma possiveis graças a alguns monastérios – instituições fundadas em parte por leigos e que mantinham uma relativa liberdade diante da Igreja. ainda que sejam os tribunais seculares os culpados de tantos inocentes perseguidos, presos, torturados e mortos, a idéia e o motivo vieram da doutrina pregada pela Igreja, o que a torna autor intelectual desse massacre, gostem os Católicos ou não.
Malaparte says:

June 17th, 2009 at 1:35 am

Jorge, não sei o que impressiona mais, a sua desonestidade intelectual ou a ignorância e o fanatismo mesmo.

Não foi a igrejola que manteve a ordem com a queda do império, muito menos houve intolerância com o vício, muito pelo contrário, a gentalha da igrejacoonestava os vícios de quem tinha poder da mesma forma que faz hoje, a diferença é que na época não precisava dar satisfações a ninguém, hoje já não tem esse privilégio mas mesmo assim continua por exemplo a acobertar essagangue de padres pedófilos negando inclusive pedidos de extradição dos criminosos que abriga.

Queimar cientistas na fogueira de fato foi uma atitude de muita luz, a luz do fogo, pouco a pouco as melhores mentes escaparam do jugo dessa fé nojenta e hipócrita e abriram seupróprio caminho, não sem a resistência da sua igrejinha.

Lendo seus textos cada vez mais eu tenho a certeza absoluta que papistas não tem a menor noção de ética nem de moralidade, além depossuírem uma tendência descarada para a mitomania, procure um médico.
Sidnei says:

June 17th, 2009 at 8:13 am

“Maria Irene:
Disseste-o de uma forma muito humilde todas as verdades que os fanáticos cristãos de hoje querem negar. Querem continuar a tapar o sol com os dedos abertos”

Não, aqui ninguém quer tapar o sol com os dedos, ninguém aqui está negando que houve excessos com a inquisição, porém, queremos demonstrar que a Idade Média não foi este período só de trevas como muitos querem fazer nós crer, pois do jeito como colocam até parece que durante toda a Idade Média havia alguém sendo queimado vivo em cada esquina. E quanto atacar São Pio V e outros santos que foram inquisidores como sanguinários, perseguidores, cruéis e truculentos, por favor que demonstrem isto com provas, ou seja, as sentenças proferidas por São Pio V e outros santos que foram inquisidores, quem eles sentenciaram injustamente a morte, quem eles perseguiram e com quem eles foram cruéis, porque dizer simplesmente porque foram inquisidores e por isto pessoas desumanas, cruéis e sanguinária aí sim é querer tampar o sol com os dedos.
João de Barros says:

June 17th, 2009 at 8:28 am

Pois é.

Mas bem pouca gente se dá conta que os piores anos da Inquisição foram APÓS a Idade Média. A Inquisição surgiu na Espanha em 1478 e em Portugal somente em 1536. O infamoso tratado anti-bruxaria “Malleus Maleficarum” também só foi escrito em 1486, após o fim da Idade Média.

É fácil ver que os desbragamentos da Inquisição nos séculos XV e XVI só foram possíveis porque os espírito medieval havia sido perdido.

É fácil ver que as piores páginas da Igreja foram escritas justamente quando esta deixou-se contaminar pelo espírito humanista do Renascimento.

Quando o homem se torna a medida do homem, o homem acaba sendo o lobo do homem.
João de Barros says:

June 17th, 2009 at 8:39 am

O Império Romano NÃO era tolerante em matéria de religião. No Império Romano havia uma religião oficial, a romana, claro. Como a religião romana era politeísta, era permitido ter outros deuses além dos romanos, mas todos os habitantes do império eram obrigados a prestar cultos aos deuses romanos.

A religião romana ainda incluia a bizarrice de elevar ao estatus de “deus” os imperadores e seus familiares. Ao ser um imperador “deificado”, eram construídas estátuas e templos em sua homenagem todos os habitantes era obrigados a prestar-lhe culto e louvor.

Os que se recusavam a tal, como os Cristãos, iam alimentar as feras no circo.
primatologista says:

June 17th, 2009 at 9:08 am

“ninguém aqui está negando que houve excessos com a inquisição”

Deduz-se de suas palavras que, realmente, houve excessos, correto? Então, por que não dizer (como fez a Maria Irene), com todas as letras, que houve inquisição, houve torturas e houve excessos? Tem medo dos seus superiores, é isso? Noto na comentarista Maria Irene muito mais serenidade e sensatez do que em todos voces juntos.
João de Barros says:

June 17th, 2009 at 9:20 am

No fim da Idade Média, tornou-se moda entre os bem-pensantes europeus, inclusive bispos e cardeais, cultuar os supostos avanços das civilizações clássicas gregas e romanas.

Essa mentalidade teve forte influência em todos os aspectos da vida européia e ficou conhecida como Renascimento.

O Renascimento é hoje apenas lembrado pela sua vertente artística. Mas não foi apenas o ideal artístico greco-romano que foi “renascido”. Perigosas idéias políticas e religiosas dos tempos do Império Romano também foram “renascidas”.

O poder absoluto dos reis, a ligação estado-igreja e a obrigatoriedade dos súditos seguirem a religião do Estado são idéias renascentistas, opostas ao espírito medieval.
Sidnei says:

June 17th, 2009 at 9:28 am

“ninguém aqui está negando que houve excessos com a inquisição”
Deduz-se de suas palavras que, realmente, houve excessos, correto? Então, por que não dizer (como fez a Maria Irene), com todas as letras, que houve inquisição, houve torturas e houve excessos? Tem medo dos seus superiores, é isso? Noto na comentarista Maria Irene muito mais serenidade e sensatez do que em todos voces juntos.
Não senhor, primatologista, não tenho medo de nenhum superior meu porque até o Papa João Paulo II em 2000 pediu perdão pelos pecados dos filhos da Igreja e entre estes contam aqueles que cometeram tais excessos pela inquisição na Idade Média, agora dizer que não escondemos que houveram tais excessos e vocês querer dizer que só houve excessos vai uma grande diferença, porque para vocês qualquer ato da inquisição já era um crime terrível ao passo que nós temos a convicção que a inquisição serviu ao seu tempo, houve injustiças?, sim houve, como no caso de Joana Darc que aí foi mais manobra dos ingleses para acusar a Joana de bruxaria e aí ter decretado sua morte, o que depois quando seu caso foi revisto verificou que houve abusos por parte dos inquisidores que instigados pelos ingleses quiseram a morte dela tanto que seu julgamento foi anulado e hoje ela é Santa, também houve abusos por parte da inquisição espanhola o qual eram os reis da Espanha quem a controlavam e estes caíram sobre os judeus justamente para tirar deles a fortuna que eles, os judeus, tinham para empregar nas viagens ao novo mundo, estes são alguns casos em que a inquisição foi injusta, porém, em outras ela foi mais branda do que muitos tribunais civis da época, e injustiça pó injustiça a nossa justiça nos dias de hoje também não deixa de cometer erros crassos quando absolve um rico por este ter mais recurso em buscar bons advogados que os defendam nos tribunais que ao passo condena um pobre porque roubou um pote de margarina, ou uma lata de leite em pó para sustentar seu filho ainda bebê é que chorava de fome.
Sidnei says:

June 17th, 2009 at 9:29 am

1. “ninguém aqui está negando que houve excessos com a inquisição”
Deduz-se de suas palavras que, realmente, houve excessos, correto? Então, por que não dizer (como fez a Maria Irene), com todas as letras, que houve inquisição, houve torturas e houve excessos? Tem medo dos seus superiores, é isso? Noto na comentarista Maria Irene muito mais serenidade e sensatez do que em todos voces juntos.

Não senhor, primatologista, não tenho medo de nenhum superior meu porque até o Papa João Paulo II em 2000 pediu perdão pelos pecados dos filhos da Igreja e entre estes contam aqueles que cometeram tais excessos pela inquisição na Idade Média, agora dizer que não escondemos que houveram tais excessos e vocês querer dizer que só houve excessos vai uma grande diferença, porque para vocês qualquer ato da inquisição já era um crime terrível ao passo que nós temos a convicção que a inquisição serviu ao seu tempo, houve injustiças?, sim houve, como no caso de Joana Darc que aí foi mais manobra dos ingleses para acusar a Joana de bruxaria e aí ter decretado sua morte, o que depois quando seu caso foi revisto verificou que houve abusos por parte dos inquisidores que instigados pelos ingleses quiseram a morte dela tanto que seu julgamento foi anulado e hoje ela é Santa, também houve abusos por parte da inquisição espanhola o qual eram os reis da Espanha quem a controlavam e estes caíram sobre os judeus justamente para tirar deles a fortuna que eles, os judeus, tinham para empregar nas viagens ao novo mundo, estes são alguns casos em que a inquisição foi injusta, porém, em outras ela foi mais branda do que muitos tribunais civis da época, e injustiça pó injustiça a nossa justiça nos dias de hoje também não deixa de cometer erros crassos quando absolve um rico por este ter mais recurso em buscar bons advogados que os defendam nos tribunais que ao passo condena um pobre porque roubou um pote de margarina, ou uma lata de leite em pó para sustentar seu filho ainda bebê é que chorava de fome.
primatologista says:

June 17th, 2009 at 9:41 am

“O conhecimento cientifico só conseguiu se desenvolver na época da Reanscença e não graças à Igreja, mas sim ao conhecimento trazido do Oriente, das bibliotecas dos califas que preservaram os antigos textos Gregos.”

Mas não, eles querem continuar a tapar o sol com a mão aberta. Quantos e quantos manucristos foram impedidos de vir à luz por não concordar com eles a igreja católica? Era bastante eles pregarem a dúvida, motor principal da ciência, para serem trancados a sete chaves – quando não destruídos. Muito e muito tempo a igreja excomungou a curiosidade – sem sucesso, deve-se dizer, o élan humano quanto a isso não pode ser barrado.

Ainda hoje a igreja diz aos seus seguidores quais livros devem ser lidos ou não.
Sidnei says:

June 17th, 2009 at 10:17 am

Alguém pode dizer a este primata aí em cima que não eram só os califas que tinham o conhecimento dos filosofos gregos, mas monges copistas não só preservavam como traduziam tais textos para o latim e outras líguas vernáculas, e quais os livros que a Igreja proibe hoje em dia o qual nós católicos não podemos ler
João de Barros says:

June 17th, 2009 at 10:25 am

Sim, quantos e quantos manuscritos foram trancados a sete chaves (e ferozmente guardados pelos monges albinos do Opus Dei)?

Eu gostaria de saber quantos.
João de Barros says:

June 17th, 2009 at 10:41 am

A idéia que a ciência se desenvolveu a partir dos “manuscritos gregos guardados pelos califas” é pura cultura SuperInteressante.

Qualquer pessoa que tenha uma noção de ciência e história sabe que os progressos científicos gregos foram extremamente limitados justamente pela sua tendência filosófica. A chamada ciência grega normalmente não passava de pura especulação metafísica, embora com algumas exceções.

Algo semelhante aconteceu com os povos chineses e indianos. Ambos eram dotados de inteligências sofisticadíssimas, mas foram incapazes de desenvolver uma cultura científica.

Sabe-se que a ciência moderna não nasceu da especulação filósofica nem grega nem mulçumana nem oriental. A ciência moderna nasceu do empirismo e pragmatismo ocidentais com fortíssima e fundamental contribuição católica, durante a Idade Média.
João de Barros says:

June 17th, 2009 at 10:53 am

A Ciência, ao contrário de outros ramos do conhecimento humano, como a filosofia, é caracterizada por uma forte base empirista, i.e., é baseada em experimentos e testes e não em raciocínio abstrato.

A Ciência surgiu na Idade Média católica justamente porque ao lado de uma solidez conceitual em questões filosóficas (Escolástica) havia uma carência de soluções para questões prosaicas (qual o melhor remédio para a doença X? qual o melhor arado para cultivar o solo Y?).

Dispondo de recursos intelectuais e materiais para poder resolver essas perguntas, os católicos da Idade Média, principalmente monges, lançaram-se à experimentação científica.

(se que quero saber qual o melhor remédio para uma dada doença, de nada adianta filosofar sobre a natureza dos remédios. O melhor é testar/experimentar vários deles em pessoas doentes e ver qual funciona melhor.)

Abram qualquer livro de história da ciência e verão o nome de Roger Bacon, frade franciscano que viveu no século XIII, auge da Idade Média e apogeu da Cristandade.

Que os cientistas europeus tenham se beneficiado do conhecimento adquirido anteriormente por sábios mulçumanos em nada altera o fato da Ciência ter nascido na Europa católica.

Pelo contrário, o fato de frades católicos, como Roger Bacon, terem sido postivamente influenciados por estudiosos mulçumanos mostra justamente uma característica típica do espírito católico: tolerância para o que é bom venha de onde vier.
primatologista says:

June 17th, 2009 at 11:03 am

“Alguém pode dizer a este primata aí em cima que não eram só os califas que tinham o conhecimento dos filosofos gregos, mas monges copistas não só preservavam como traduziam tais textos para o latim e outras líguas vernáculas, e quais os livros que a Igreja proibe hoje em dia o qual nós católicos não podemos ler”

Sidnei

O senhor não é um primata? E um dos menos interessantes, pelo que se vê.
Sidnei says:

June 17th, 2009 at 11:29 am

Não, não sou um primata qualquer, sou um ser humano dotato de inteligência, vontade e liberade, portanto, uma pessoa bem diferente dos primatas que pulam galhos em galhos e que só comem bananas, e por acaso o senhor sim é que se auto intitula primata e não um dos menos interessantes mas o mais menos interessante.
primatologista says:

June 17th, 2009 at 11:35 am

Nossa, um primata dotado de inteligencia e que não sabe a diferença entre “primatologista” e “primata”. Onde voce estudou, posso saber? Não ensinaram o que significa “logos”? Que católico é o senhor? “Logos” é o primordial, não?
primatologista says:

June 17th, 2009 at 11:48 am

“primatas que pulam galhos em galhos e que só comem bananas”

E é tão estúpido que ainda pensa no velho estereótipo de ‘macacos pulando de galho em galho e comendo bananas’. Os grandes primatas, ignorante, são tão onívoros quanto nós mesmos.

Se tiver interesse em aprender alguma coisa, leia o livro que postei nesse blog onde pululam os ignorantes.

Repito o endereço onde obtê-lo. Voce deve ter antolhos, não o viu:

http://rapidshare.de/files/47556618/frans_de_waal_eu_primata.pdf.html

Bem, caso não queira aprender, queira continuar no obscurantismo, não tem problema, é um direito seu permanecer na estupidez. Schiller já dizia: “Contra a estupidez os próprios deuses disputam em vão”.
Lampedusa says:

June 17th, 2009 at 12:13 pm

Profeta do profano,

“o conhecimento cientifico só conseguiu se desenvolver na época da Reanscença e não graças à Igreja, mas sim ao conhecimento trazido do Oriente, das bibliotecas dos califas que preservaram os antigos textos Gregos”

Você está confundindo “método científico” com “conhecimento científico”. Alguém já lhe respondeu a contento sobre a incorreção dessa sua afirmação e, portanto, não vou me desenvolver sobre ela e, apenas, questionar que se o “conhecimento científico só se deu a partir da Renanscença por causa dos textos gregos mantidos pelos Califas trazidos ao Ocidente (e desprezando os séculos de anacronismo entre esses fatos), porque, então, esse conhecimento científico não foi desenvolvido pelos gregos ou pelos povos subordinados a esses califas?

“quem reconstruiu a Europa foram os Godos, os Germanicos e os Francos, os mesmos ditos bárbaros.”

Porque você(s) considera(m) que tudo o que há de errado (pelo menos o que vocês julgam errado) na Idade Média é fruto dos católicos (que são católicos “godos, germânicos e francos”) e tudo o que há de bom (a reconstrução da Europa) são apenas os mesmos “godos, germânicos e francos” agora sem o “sobrenome” católicos?

“os mesmos ditos bárbaros. as universidades só forma possiveis graças a alguns monastérios – instituições fundadas em parte por leigos e que mantinham uma relativa liberdade diante da Igreja.”

À parte a inverdade dessa afirmação, vemos de novo o mesmo critério: os monges quando eram perversos inquisidores eram o ‘longa manus’ da Igreja e quando ajudaram a manter a cultura… bom, aí eram independentes da Igreja. (e durma-se com uma dessas….)
Lampedusa says:

June 17th, 2009 at 12:24 pm

Malaparte,

“Não foi a igrejola que manteve a ordem com a queda do império”

Quem ou que instituição, então, foi?

“Queimar cientistas na fogueira ”

Que cientista foi queimado na fogueira por causa da ciênca?
Lampedusa says:

June 17th, 2009 at 12:28 pm

Primatologista,

“Quantos e quantos manucristos foram impedidos de vir à luz por não concordar com eles a igreja católica? Era bastante eles pregarem a dúvida, motor principal da ciência, para serem trancados a sete chaves – quando não destruídos.”

Boa pergunta! Quantos? Você poderia me citar algum além daquele do ROMANCE do Umberto Eco?
Sidnei says:

June 17th, 2009 at 12:42 pm

Sr. Primatologista, o sr. quer que eu perca as estribeiras e comece a xingá-lo, e partir para a ignorância como o sr. está fazendo, esquece, aliás daqui em diante vou ignorá-lo completamente, e por acaso Primatologista, que é esse cara?, nunca vi e nunca ouvi falar, portanto um abraço a todos.
Messias says:

June 17th, 2009 at 9:24 pm

“Quantos e quantos manucristos foram impedidos de vir à luz por não concordar com eles a igreja católica?”

Ué!

Se esses manuscritos foram impedidos de vir à luz, como se sabe que seus conteúdos?
Messias says:

June 17th, 2009 at 9:25 pm

Errata: onde se lê “que seus conteúdos?” leia-se “de seus conteúdos?”
profeta do profano says:

June 17th, 2009 at 10:07 pm

vamos comentar o que vale a pena:
o conhecimento básico do que hoje conhecemos por ciência começou (não se restringiu) ao que os Gregos Antigos descobriram. houve uma interrupção simplesmente porque os Gregos foram conquistados pelos Romanos, que usou a engenharia grega para (basicamente) fins militares.
Por tempos, esse conhecimento foi preservado pelos Bizantinos e pelos Otomanos. Quando houve uma pré-renascença no século XII, esta foi realizada por carlos Magno pela rivalidade que tinha entre o Império Ocidental e o Império Oriental. Então cabe aqui a perguntar ao sabição: se a Igreja era tão a favor da ciência, porque o conhecimento/método científico só começou a ter impulso na época da Renascença, 200 anos depois?
A China desenvolveu muito mais tecnologia cientifica exatamente porque estava distante das ganâncias seculares e sacerdotais.
uma curiosidade: se sabe de textos/manuscritos/pergaminhos desaparecidos graças aos textos apologéticos criticando-os. como no caso de Origenes versus Celsus.
A reconstrução da Europa foi obra de todos os envolvidos, eu apenas quis colocar os devidos créditos. Quando se citam monastérios, estes são diferentes das ordens que agiram na Inquisição. Nem todo monastério pertencia à Igreja, mas sem dúvida os dominicanos o eram.
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 1:51 am

Profeta do Profano,

leia e aprenda, já que você entende de paganismo:

Quarta-feira, 25 de Julho de 2007
Sem a Igreja não teria havido ciência

A alegada hostilidade da Igreja Católica à ciência não resiste a qualquer análise. A verdade é que, sem a Igreja, não teria havido ciências sistemáticas e dinâmicas, diz Woods.
De fato, a idéia de um mundo ordenado, racional — indispensável para o progresso da ciência — está ausente nas civilizações pagãs.
Árabes, babilônios, chineses, egípcios, gregos, indianos e maias não geraram a ciência, porque não acreditavam num Deus transcendente que ordenou a criação com leis físicas coerentes.
Os caldeus acumularam dados astronômicos e desenvolveram rudimentos da álgebra, mas jamais constituíram algo que se pudesse chamar de ciência. Os chineses “nunca formaram o conceito de um celeste legislador que impôs leis à natureza inanimada” (p. 78).

O paganismo impediu a ciência. Culto na China.

Resultado: descobriram a bússola, mas não sabiam para o que servia e a usavam em adivinhações.

A Grécia antiga confundia os elementos com deuses perversos e caprichosos. O Islã recusava a existência de leis físicas invariáveis, porque coarctariam a vontade absoluta de Alá (p. 79). Essas crendices todas tornam impossível a ciência (p. 77).
O historiador da ciência Edward Grant indaga: “O que tornou possível à civilização ocidental desenvolver a ciência e as ciências sociais, de uma maneira que nenhuma outra civilização o fizera anteriormente? A resposta, estou convencido, encontra-se num espírito de investigação generalizado e profundamente estabelecido como conseqüência da ênfase na razão, que começou na Idade Média” (p. 66).

Postado por Santiago Fernandez às 01:23

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2007/07/sem-igreja-no-teria-havido-cincia.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 1:55 am

Profeta do profano:

Domingo, 5 de Outubro de 2008
Cavalaria e conhecimento a serviço da Fé

Tal é o fundamento de todas estas idéias: a nobreza é chamada a proteger e purificar o mundo por meio do cumprimento do ideal cavalheiresco.

A vida reta e a reta virtude da nobreza são os meios de salvação para os maus tempos: o bem e a paz da Igreja e da Monarquia, o império da justiça, dependem dela.

Duas coisas há – isso se diz na vida de Boucicaut, um dos mais puros representantes do ideal cavalheiresco da última Idade Média – postas no mundo como dois pilares pela vontade de Deus, para sustentar a ordem das leis divinas e humanas; sem elas, o mundo seria só confusão; tais coisas são a cavalaria e a ciência, “chevalerie et science, que moult bien conviennent ensemble”.

“Science, Foy et Chevalerie” são os três lírios do “Chapel des Fleurs de Lys” de Philippe de Vitri. Representam três estados.

A nobreza é chamada a proteger e amparar os outros dois. A equiparação da nobreza e da ciência, que se revela também na inclinação a reconhecer no titulo de Doutor os mesmos direitos que no titulo de Cavaleiro, atestam o alto valor moral do ideal cavalheiresco.

Há nele a veneração de uma vontade e arrojo superiores, junto à de uma ciência e capacidade superiores.

Sente-se a necessidade de ver os homens elevados a uma potência superior, e trata-se de dar a esta necessidade a expressão de duas formas fixas e equivalentes de consagrar-se a uma tarefa vital superior.

Mas destas duas formas tinha o ideal cavalheiresco uma influência muito mais geral e poderosa, porque nele se uniam com o elemento ético tantos elementos estéticos que tornava-se compreensível para todo o espírito.

(Fonte: Johan Huizinga, “El Otoño de la Edad Media”, Revista de Occidente, Madrid, 1965, 6ª. Edición.)

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2008/10/cavalaria-e-o-conhecimento-servio-da-f.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 1:58 am

Profeta do profano:

Sexta-feira, 31 de Agosto de 2007
Do fundo da Idade Média vem uma esperança de decifrar os câmbios climáticos

A terra está super-aquecendo ou não? É culpa do homem ou não? Trata-se de câmbios cíclicos da natureza ou não?

Abandonamos a civilização e vamos ao mato para viver como índios, como querem os ecologistas fanáticos? Ou arrasamos com florestas e a natureza sem pensar muito?

Neste ponto, os cientistas deveriam dar a palavra decisiva. Mas eles estão em desacordo. Há os “apocalípticos” que dizem que Rio de Janeiro afunda lá pelo 2050 ou pouco mais. Há os dizem que o alarmismo ecológico é obra de ex-comunistas à procura de um engajamento anti-ocidental e anti-capitalista.

A disputa poderia se resolver se houvesse dados objetivos recolhidos com um recuo de tempo suficiente para fundamentar as hipóteses. Mas, quem têm esses dados? Os cientistas não. Porque as medições começaram no século XIX, as que começaram cedo… Faltam as medições de dimensão histórica exigidas pelo caso.

Então?
Então cientistas foram procurar nas abadias medievais! E quanto mais antigas melhor! Foi o caso do mosteiro de Einsielden (foto acima), nos Alpes suíços, onde os monges escrevem diários desde a Idade Média registrando as condições meteorológicas da região. A América não estava descoberta e os monges anotavam escrupulosamente as mudanças do clima, vento e umidade…

Por quê? Para o quê? Por amor da sabedoria, por fidelidade à Regra, por participarem desse sonho inspirado pelo Espírito Santo que hoje nós chamamos de Idade Média e que foi a realização numa certa época da Cristandade.

Assim era a sabedoria beneditina que inspirou a Idade Média. Toda feita de fé, regra e bom senso, ordem, método e unção, produzindo resultados abençoados em todos os campos em que ela se aplicava. E recolhendo resultados que nem eles imaginavam, como resolver o destino do século XXI.

O mosteiro beneditino de Einsielden nasceu em 934, no coração da Suíça. Durante 600 anos foi a sede do governo regional. Controlou a área de Zurique, hoje um dos principais centros financeiros do mundo. Nos registros lê-se detalhes como volume de chuva, tempo de sol, tamanhos de nuvens, comportamento das árvores, frutas e cultivos e ainda as reações das pessoas aos diferentes climas. A acuidade e credibilidade dos monges é tal que até hoje o serviço meteorológico suíço confia neles para a coleta dos dados da região. Não os escrevem mais com pena de ganso em pergaminho, mas num laptop para transmití-los ao governo.

Monges medievais conhecidos por Deus, registraram os dados que podem ajudar o século XXI a determinar o rumo do planeta numa escolha que, se mal feita, pode dar, aí sim, na maior catástrofe da história. Quem mostrou ter mais sabedoria: o monge medieval, o cientista profissional ou o ecologista aloucado?

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2007/08/do-fundo-da-idade-mdia-vem-uma-esperana.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 2:06 am

Profeta do profano:

Quarta-feira, 25 de Julho de 2007
Convite aos fiéis a aprofundar racionalmente as verdades da fé

O historiador Rodney Stark(1) colocou o problema: na História houve apenas uma civilização que saiu do nada, para acabar sendo hegemônica: a ocidental. Existiram, sem dúvida, outras grandes civilizações: chinesa, egípcia, caldéia, indiana, etc. Elas todas se iniciaram num alto nível, ficaram porém estagnadas e decaíram lenta mas irreversivelmente ao longo dos milênios. Por que não cresceram como a ocidental e cristã?
Stark indica como causa dessa diferença capital entre a civilização cristã e as outras o papel desempenhado pela Igreja Católica. As religiões pagãs, diz ele, originaram-se de lendas fantásticas impostas sem explicação. Só a Religião católica convida os fiéis a aprofundar racionalmente as verdades da fé. Já no século II Tertuliano ensinava que “Deus, o Criador de todas as coisas, nada fez que não fosse pensado, disposto e ordenado pela razão”. Clemente de Alexandria, no século III, insistia: “Não julgueis que o que nós dissemos deve ser aceito só pela fé, mas deve ser acreditado pela razão”. Santo Agostinho consagrou tal ensinamento, e Santo Tomás, com suas Summas, levou-o a um píncaro.(2)

Índia: pagãos despejam leite, especiarias e moedas sobre ídolo

Além do mais, os mitos abstrusos do paganismo degradam seus próprios seguidores. Basta olhar para os pagãos da Índia, que despejam sobre um ídolo leite, especiarias e moedas de ouro de que podem ter necessidade, como se vê na foto.

Os monges medievais aplicaram a lógica racional à vida quotidiana e criaram uma regra de vida. Surgiram então prédios de uma beleza até então desconhecida; o trabalho foi dignificado e organizado; surgiram escolas de todo tipo; códigos civis e comerciais, leis internacionais, hospitais, fábricas, invenções, remédios eficazes; vinhos e licores, etc. A vassalagem do monge em relação ao abade e as relações das abadias entre si inspiraram a organização política feudal. Uma força de elevação e requinte foi transmitida pela Igreja à sociedade no transcurso de gerações, e ergueu-se assim o mais formidável e esplendoroso edifício civilizador da História.

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2007/07/convite-aos-fiis-aprofundar.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 2:08 am

Profeta do profano:

Quarta-feira, 25 de Julho de 2007
Historiadores recusam os mitos anti-católicos e anti-medievais

O Prof. Thomas E. Woods é um dos integrantes mais recentes dessa corrente de investigadores.(3) Ele deplora ouvir ainda hoje surradas cantilenas contra a Idade Média. Nenhum historiador profissional honesto, diz ele, acredita nelas. E acrescenta: “Durante os últimos cinqüenta anos, virtualmente todos os historiadores da ciência [...] vêm concluindo que a Revolução Científica se deve à Igreja” (p. 4). Não é só devido ao ensino, mas pelo fato de a Igreja ter gerado cientistas como o Padre Nicolau Steno, pai da geologia; Padre Atanásio Kircher, pai da egiptologia.

Padre Giambattista Riccioli, que mediu a velocidade de aceleração da gravidade terrestre; Padre Roger Boscovich, pai da moderna teoria atômica, etc; Réginald Grégoire, Léo Moulin e Raymond Oursel mostraram que os monges deram “ao conjunto da Europa [...] uma rede de fábricas-modelo, centros de criação de gado, centros de escolarização, de fervor espiritual, de arte de viver, [...] de disponibilidade para a ação social — numa palavra, [...] uma civilização avançada emergiu das ondas caóticas da barbárie que os circundava. Sem dúvida nenhuma, São Bento foi o Pai da Europa. Os beneditinos, seus filhos, foram os pais da civilização européia” (p. 5).

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2007/07/historiadores-recusam-os-mitos-anti.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 2:12 am

Prifeta do profano:

Quarta-feira, 25 de Julho de 2007
Inventores de tecnologias logo comunicadas a todos

Os cistercienses ficaram famosos pela sua sofisticação tecnológica. Uma grande rede de comunicações ligava os mosteiros, e entre eles as informações circulavam rapidamente. Isso explica que equipamentos similares aparecessem simultaneamente em abadias, por vezes a milhares de milhas umas das outras. No século XII o mosteiro de Clairvaux, na França, copiou 742 vezes um relatório sobre o aproveitamento da energia hidráulica, para que chegasse a todas as casas cistercienses do Velho Continente.

Relógio, Praga

Eis uma significativa carta da época: “Entrando na abadia sob o muro de clausura, que como um porteiro a deixa passar, a correnteza se joga impetuosamente no moinho, onde um jogo de movimentos a multiplica antes de moer o trigo sob o peso de moendas de pedra; depois o sacode para separar a farinha do joio. Assim que chega no próximo prédio, a água que enche as bacias se rende às chamas, que a esquentam para preparar cerveja para os monges”. O relato continua expondo a lavagem mecânica da lã, a tintura dos panos e o tingimento dos couros (p. 34-35).
Todos os mosteiros dos cistercienses tinham uma fábrica modelo, com freqüência tão grande quanto a igreja. Eles foram os líderes da produção de aço na Champagne. Usavam resíduos dos fornos como fertilizantes, pela concentração de fosfatos. Jean Gimpel alude a uma autêntica revolução industrial na Idade Média, pois esta “introduziu a maquinaria na Europa numa medida que nenhuma civilização previamente conheceu” (p. 35). E Woods completa: “Esses mosteiros foram as unidades econômicas mais produtivas que jamais existiram na Europa, e talvez no mundo, até aquela época” (p. 33).
A finalidade dos monges era imprimir no mundo a imagem do sublime Criador. Por isso, viam como uma vitória que outros implementassem logo as invenções que expandiam o Reino de Deus na Terra. Stark cita a admiração dos viajantes vendo os quase dois mil moinhos que realizavam toda espécie de tarefas nas margens do Sena, nas proximidades de Paris.

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2007/07/inventores-de-tecnologias-prestamente.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 2:13 am

Profeta do profano:

Quarta-feira, 25 de Julho de 2007
Descobertas grandes e surpreendentes

No início do século VII, o monge Eilmer voou mais de 180 metros com uma espécie de asa delta. Posteriormente o padre jesuíta Francesco Lana-Terzi estudou o vôo de modo sistemático e descreveu a geometria e a física de uma nave voadora.

Os monges eram habilidosos relojoeiros. O primeiro relógio mecânico de que se tem registro foi feito pelo futuro papa Silvestre II para a cidade de Magdeburg, na Alemanha por volta do ano 996. No século XIV, Peter Lightfoot, monge de Glastonbury, construiu um dos mais antigos relógios ainda existentes. Richard de Wallingfor, abade de Saint Albans, além de ser um dos iniciadores da trigonometria, desenhou um grande relógio astronômico para o mosteiro, que predizia com precisão os eclipses lunares. Relógios comparáveis só apareceriam dois séculos depois.

Ruínas da abadia de Rievaulx

Gerry McDonnell, arqueometalurgista da Universidade de Bradford, na Inglaterra, encontrou nas ruínas da abadia de Rievaulx, as provas de um grau de avanço tecnológico capaz de produzir as grandes máquinas do século XVIII. Os religiosos medievais tinham conseguido fornos capazes de produzir aço de alta resistência. Rievaulx foi fechada pelo heresiarca Henrique VIII em 1530, e por isso o aproveitamento dessas descobertas ficou atrasado de dois séculos e meio.
Em Arbroath (Escócia) os abades instalaram um sino flutuante num recife perigoso, que as ondas agitadas faziam soar para alertar os navegantes. O recife ficou conhecido como “Bell Rock” (Recife do Sino), e hoje um farol e um museu lembram o fato. Por toda parte os frades construíam ou reparavam pontes, estradas e outras obras indispensáveis para a infra-estrutura medieval. E isto sem nenhuma despesa para o erário público. Oh época feliz, em que os cidadãos não viviam esmagados por impostos para obras que acabam sendo mal feitas!

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2007/07/descobertas-pasmosas.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 2:20 am

Profeta do profano:

Quarta-feira, 25 de Julho de 2007
A Igreja não apenas contribuiu mas fez a civilização ocidental

Woods conclui: “A Igreja não apenas contribuiu para a civilização ocidental, mas Ela construiu essa civilização” (p. 219). “Pensamento econômico, lei internacional, ciência, vida universitária, caridade, idéias religiosas, arte, moralidade — estes são os verdadeiros fundamentos de uma civilização, e no Ocidente cada um deles emergiu do coração da Igreja Católica” (p. 221).

Woods constata que as escolas revolucionárias, que dizem ser a fonte da civilização, na realidade trabalharam pela sua demolição. As escolas literárias revolucionárias conceberam enredos bizarros que refletem um universo anárquico e irracional. Na música, o mesmo espírito anticristão criou ritmos caóticos como os de Igor Stravinsky. Na arquitetura produziu a degeneração, hoje evidente, em edifícios destinados a serem igrejas progressistas. Em filosofia, caiu-se a ponto de o existencialismo propor que o universo é absurdo, que a vida carece de significado e que a única razão de viver é enfrentar o vácuo (p. 222-223).

Hotel: niilismo da arte moderna

A Renascença e o Romantismo levaram o homem a voltar-se sobre si próprio. Esta tendência desordenada resultou na preocupação obsessiva consigo mesmo e, por fim, no narcisismo e niilismo da arte moderna. O artista londrino Tracey Emim, por exemplo, criou a absurda “obra de arte” My Bed: uma cama desfeita e suja, com garrafas de vodka, preservativos usados e roupas ensangüentadas. Numa exposição na Tate Gallery, em 1999, vândalos nus pularam na “obra” e beberam o vodka. O público aplaudiu. Emim ganhou o posto de professor na European Graduate School. Estas são amostras do abismo em que caiu este mundo, que negou até a possibilidade de aspirar pela restauração da Cristandade.

* * *

São Pio X

Bem ensinou São Pio X que a Civilização Cristã não é um sonho nem uma utopia que está para ser descoberta. Ela existiu, como está consignada em inúmeros testemunhos históricos. E autores novos, como os que acabamos de citar, os redescobrem hoje com surpresa e admiração.

Mais ainda, ela existe em germe nas almas que, enfadadas pela anarquia e a cacofonia hodiernas, andam à procura da ordem ideal.

Com certeza, a Cristandade voltará a tornar-se realidade mais uma vez, e ainda mais esplendorosa, após o triunfo do Imaculado Coração de Maria, previsto em 1917 por Nossa Senhora em Fátima.

Notas:

1. Rodney Stark, The Victory of Reason — How Christianity Led to Freedom, Capitalism and Western Sucess, Random House, 2005, 281 pp.

2. Stark, op. cit., p. 7.

3. Thomas E. Woods, Jr. Ph. D., How the Catholic Church built Western Civilization, Regnery Publishing Inc., Washington D. C., 2005, 280 pp. As citações deste artigo são deste livro, salvo indicação em contrário.

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2007/07/igreja-no-apenas-contribuiu-mas-fez_24.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 2:21 am

Profeta do profano:

Sexta-feira, 22 de Junho de 2007
Sexto mito errado: Na Idade Média a ciência ficou estagnada, e não houve progresso técnico.

REFUTAÇÃO: A Idade Média conheceu um florescimento científico e técnico muito acentuado.

DOCUMENTAÇÃO

1–Conhecimentos técnicos em geral
• O manual “Schedula diversarum artium” (século XI), do monge Teófilo Presbítero, consigna importantes inventos e conhecimentos técnicos nos ramos de preparação de tintas, pintura, trabalhos de metal, produção de cristal, vitrais, construção de órgãos, trabalhos em marfim, com pedras preciosas e pérolas.

• O “Hortus deliciarum”, da abadessa Herrad de Landsberg (1160), traz numerosas descrições de todo o aparelhamento técnico que possibilitou a construção das magníficas catedrais. Saiba como sem a Igreja não teria havido ciência.

Alguns dos progressos da época: Moinhos de vento; rodas hidráulicas; fundição de sinos; relógios; relógios com figuras móveis; roca e carretilha para fiação; carvão de pedra e sua utilização em forjas; exploração do carvão na Inglaterra e no Ruhr (Alemanha); serraria automática movida a água corrente (Cfr. Gerd Betz, “Historia de la Civilización Occidental”, p. 150).

2–Descobertas químicas durante a Idade Média

Antes do ano 1000 já se fabricava o álcool destilado do vinho. Nos séculos XII e XIII descobriu-se: amoníaco, ácido nítrico, ácido sulfúrico, alúmen. Estes elementos acarretaram grandes progressos na produção de extratos alcoólicos, tinturas, corantes, no polimento, na produção de cristais em cores (Cfr. Friedrich Heer, “Historia de la Civilización Occidental”, p. 183). Veja descobertas medievais surpreendeentes

“A razão desta evolução da técnica reside na tendência a uma atividade relacionada com a natureza e condicionada pela piedade religiosa, com a conseqüente afirmação do trabalho corporal e o desaparecimento das antigas formas de escravidão” (Friedrich Heer, op. cit., p. 115). Veja sobre a tecnologia e o copyright na Idade Média.

3–Outras inovações importantes

“O trabalho animal, até então mal aproveitado, é levado ao máximo desenvolvimento por meio de uma série de inventos. Por exemplo, o uso de coleiras nas guarnições para os cavalos, que multiplica por quatro a força de tração dos animais” (Friedrich Heer, op. cit., p. 115). Veja mais.

“Desde a época de Carlos Magno, vão ganhando terreno as construções de pedra: a maior revolução técnica na arquitetura, cuja importância se faz sentir durante um milênio” (Friedrich Heer, op. cit., p. 112).

“No tempo de São Francisco, “a atividade mercantil estava promovendo a prosperidade da Europa e desenvolvendo em todos os sentidos a capacidade das cidades” (Christopher Brooke, professor de História Medieval na Universidade de Liverpool, “Estructura de la Sociedad Medieval”, in “La Baja Edad Media”, ed. Labor, Barcelona, 1968, p. 39).

“Nos anos 1000 começa a difundir-se o uso do moinho de grãos movido por água corrente e construído pelos senhores, melhoramento considerável que economiza grande parte do tempo que se empregava em moer o trigo entre pedras” (Georges Duby, “Historia de la Civilización Francesa”, p. 15).

4–Transformação agrícola que mudou a face da Europa

“A expansão agrícola dos séculos XI e XII parece ter sido o único grande rejuvenescimento do conjunto das práticas camponesas que atingiu os campos franceses, desde a época neolítica até a ‘revolução agrícola’ dos tempos modernos” (Georges Duby, op. cit., p. 63).

“O cultivo da vinha na França, Áustria e região do Reno e Mosela deve muitíssimo aos monges. Até o século XIX e quase até nossos dias, muitas propriedades rurais foram exploradas segundo os princípios estabelecidos pelos monges medievais” (Gerd Bertz, in “Historia de la Civilización Occidental”, p. 143).

“Os campos da abadia de Cluny, situados na vanguarda do progresso, em meados do século XII, davam uma colheita seis vezes maior do que os grãos semeados nos melhores terrenos … Foi uma renovação fundamental, que mudou profundamente todas as maneiras de viver, posto que graças a ela o camponês tirava de uma terra menos extensa, em igual tempo, com menos esforço, mais alimentos” (Georges Duby, op. cit., p. 66).

“Entre o ano 1000 e as proximidades do século XII esse prodigioso esforço, esses inumeráveis golpes de machados e enxadas dados por gerações de pioneiros, esses diques contra inundações, todas as queimas dos matagais, todas essas plantações de novas vinhas, deram aos campos da França uma nova fisionomia — a que conhecemos” (Georges Duby, op. cit., p. 70).

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2007/06/sexto-mito-errado-na-idade-mdia-cincia.html
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 2:36 am

Profeta do profano:

Domingo, 8 de Junho de 2008
Limpo como na Idade Media

A higiene não é uma descoberta dos tempos modernos, mas “uma arte que o século de Luiz XIV menosprezou e que a Idade Média cultuou com amor”, escreveu a historiadora Monique Closson, autora de numerosos livros sobre a criança, a mulher e a saúde no período medieval.

No estudo de referência “Limpo como na Idade Media”, a historiadora mostra com luxo de fontes que desde o século XII são incontáveis os documentos como tratados de medicina, ervolários, romances, fábulas, inventários, contabilidades, que nos mostram a paixão dos medievais pela higiene. Higiene pessoal, da cozinha, dos talheres, etc.

As iluminuras dos manuscritos são documentos insubstituíveis onde os gestos refletem o “clima psicológico ou moral da época”.

O zelo pela higiene veio abaixo no século XVI, com a Renascença e o protestantismo.

Milhares de manuscritos, diz Closson, ilustram o costume medieval.

Bartolomeu o inglês, Vicente de Beauvais, Aldobrandino de Siena, no século XIII, com seus tratados de medicina e de educação “instalaram uma verdadeira obsessão pela limpeza das crianças”.

Eles descrevem todos os pormenores do banho do bebê: três vezes ao dia, as horas, temperatura da água, perto da lareira para não pegar resfriado, etc..

As famosas Chroniques de Froissart, em 1382, descrevem a bacia no mobiliário do conde de Flandes, de ouro e prata. As dos burgueses eram de metais menos nobres e as camponesas em madeira.

A Idade Média atribuía valor curativo ao banho, como ensinava Bartolomeu o Inglês no Livro sobre as propriedades das coisas.

Na idade adulta os banhos eram quotidianos. Os centros urbanos tinham banhos públicos quentes copiados da antiguidade romana. Mas era mais fácil tomar banho quente todo dia em casa.

Na época carolíngia os palácios rivalizavam em salas de banho com os monastérios, que muitas vezes tinham ambulatórios para doentes e funcionavam como hospitais.

Em Paris, em 1292, havia 27 banhos públicos inscritos. São Luis IX os regulamentou em 1268.

Nos séculos XIV e XV, os banhos públicos tiveram um verdadeiro apogeu. Bruxelas, Bruges, Baden, Dijon, Digne, Rouen, Strasbourgo, Chartres… grandes ou pequenas as cidades os acolhiam em quantidade.

Eram vigiados moral e praticamente pelo clero que cuidava da saúde pública. Os hospitais mantidos pelas ordens religiosas, eram exímios e davam o tom na matéria.

Regulamentos, preços, condições, etc., tudo isso ficou registrado em abundantes documentos, diz Closson.

Dentifrícios, desodorantes, xampus, sabonetes, etc., tirados de essências naturais, são elencados nos tratados conhecidos como ervolários feitos nas abadias.

Historiadores como J. Garnier descreveram com luxo de detalhes os altamente higienizados costumes medievais.

As estações termais também eram largamente apreciadas. Flamenca, romance do século XIII faz o elogio da estação termal de Bourbon-l’Archambault. Imperadores, príncipes, ricos-homens os freqüentavam na Alemanha, Itália, Países Baixos, etc.

A era do ensebamento começou com o fim da Idade Média e durou até o século XX, conclui Monique Closson.

Ao menos até que os movimentos hippies, ecologistas, neo-tribais, etc. voltaram a pôr na moda andar sujo , sem barbear, vestido com blue-jeans e outras peças que estão ou fingem estar em farrapos ou com manchas, que vemos todos os dias na rua, nos transportes, aulas e locais de festa!

(Fonte : Monique Closson, “Propre comme au Moyen-Age”, Historama N°40, junho 1987)

http://gloriadaidademedia.blogspot.com/2008/06/limpo-como-na-idade-media.html
Sidnei says:

June 18th, 2009 at 7:53 am

“Quando se citam monastérios, estes são diferentes das ordens que agiram na Inquisição. Nem todo monastério pertencia à Igreja, mas sem dúvida os dominicanos o eram.”

Quais eram os monasterios que não pertenciam a Igreja?, estou curioso em saber.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 8:16 am

Caro Profeta do Profano:

A “pré-renascença” de Carlos Magno foi nos séculos VIII e IX. O lapso temporal entre a queda do Império Romano e a “pré-renascença” é a chamada Alta Idade Média.

Esta foi um período conturbado por migrações, invasões e conquistas, onde uma vez mais se destacou a Igreja tanto na preservação da cultura antiga quanto na depuração dos costumes grosseiros dos invasores.

Do IX até a “Renascença” do século XV houve um crescimento contínuo e gradual da tecnologia e da ciência e não uma ruptura abrupta. Tanto é que não existe uma data fixa para o início da Renascença.

Na Renascença há uma “explosão” de conhecimento graças aos esforços iniciados 700 anos antes, no tempo de Carlos Magno.

Assim, não foram precisos “esperar 200 anos”, pois foi um processo gradual.

Dê uma lida em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_medieval
Jorge Ferraz says:

June 18th, 2009 at 8:18 am

Caríssimos,

O Quintas é louco. Vejam só:

Quando houve uma pré-renascença no século XII, esta foi realizada por carlos Magno pela rivalidade que tinha entre o Império Ocidental e o Império Oriental. Então cabe aqui a perguntar ao sabição: se a Igreja era tão a favor da ciência, porque o conhecimento/método científico só começou a ter impulso na época da Renascença, 200 anos depois?

CARLOS MAGNO É DO SÉCULO VIII! Nasceu entre 742 e 748, o que é quatrocentos anos antes do “século XII” alardeado pelo Quintas.

Francamente!

- Jorge
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 8:27 am

Caro Profeta do Profano:

A Ciência modernamente é definida como sendo o estudo da natureza através do método científico.

O que é o método científico?

O método científico é a formulação de hipóteses, o teste dessas hipóteses através de experimentos e por fim a reformulação dessas hipóteses à luz dos resultados experimentais.

É importante ter em mente essa distinção conceitual para não confundir ciência com tecnologia, nem confundir ciência com conhecimento da natureza.

Assim, a invenção da pólvora e da bússula, e de várias outras tecnologias, não são avanços científicos, embora tenham possibilitado várias importantes descobertas científicas posteriormente.

Os grandes pioneiros da experimentação científica, Roger Bacon, Duns Scoto, Guilherme de Occam, Copérnico etc. eram todos clérigos católicos.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 8:50 am

Caro Profeta do Profano:

Por que a Igreja promoveu o progresso científico?

Existia uma enorme diferença de mentalidade entre os católicos do Ocidente (Latinos) e os do Oriente (Gregos ou Bizantinos).

Os católicos gregos, herdeiros do enorme patrimônio cultural helenístico, tornaram-se um povo culto, sofisticado, dado a teorizações e especulações. Mas infelizmente pouco prático.

Abra um dicionário e veja o significado da palavra “bizantinismo”: discussão sutil e futil sobre assuntos abstratos.

Já os romanos (ou latinos), eram um povo mais prático, mais dado à engenharia que à filosofia.

Unidos durante uns mil anos gregos e romanos construíram uma das maiores civilizações da Terra. Contudo, com a invasão da Itália no século VI pelos bárbaros Lombardos, houve a separação cultural irreversível do Ocidente e do Oriente europeus.

A Igreja Católica, por sorte, desenvolveu-se na Europa Ocidental, com fortíssima influência da mentalidade latina, voltada à solução de problemas práticos que afetam a vida das pessoas.

Após alguns séculos de confusão – causados pelas guerras civis romanas do século IV e pela invasões bárbaras nos séculos V e VI – foi possível aos povos europeus ocidentais, herdeiros da mentalidade latina, voltarem seus recursos intelectuais e materiais à solução de problemas humanos.

Some-se a isso o imperativo bíblico de que cabe ao Homem dominar a natureza e temos que daí nasceu a Ciência moderna.

E, nos primórdios do desenvolvimento científico, quem forneceu os recursos intelectuais e materiais para o progresso científico, foi a Igreja Católica.

Somente no século XVI ou XVII o número de cientistas leigos ultrapassou o de cientistas-religiosos.

Mas ainda hoje é possível encontrar padres nos mais altos pontos do avanço científico, como o geneticista Pe. Francisco Ayala, OP (http://es.wikipedia.org/wiki/Francisco_Jos%C3%A9_Ayala).
Ianua.Coeli says:

June 18th, 2009 at 9:20 am

“A Igreja Católica, por sorte, desenvolveu-se na Europa Ocidental”

“Por sorte”, meu amigo João de Barros? Pensei que seria por desígnio divino, não sorte. Mas, e a outra, também não é católica?
profeta do profano says:

June 18th, 2009 at 9:24 am

faz-me rir, Renato.
“De fato, a idéia de um mundo ordenado, racional — indispensável para o progresso da ciência — está ausente nas civilizações pagãs.”
quer dizer que “do nada” a Igreja descobriu todas as coisas? nomes como Aristóteles e Arquimedes nada te dizem?
o método cientifico tal como se conhece teve inicio na Renascença, quando a Igreja perdeu seu poder. a Igreja era tão a favor da ciência que decretou como dogma a visão de que a terra era quadrade e o centro do universo…
“No século XIII a Europa começou a reerguer-se do obscurantismo em que havia mergulhado e as obras gregas começaram finalmente a ser redescobertas, trazidas pelos árabes.” leiam e chorem.
“a nobreza é chamada a proteger e purificar o mundo por meio do cumprimento do ideal cavalheiresco.” eu chamo isso de homicídio, assassinato, massacre, genocídio. os cristãos perferem usar nomes mais eufemísticos.
“os monges escrevem diários desde a Idade Média registrando as condições meteorológicas da região. A América não estava descoberta e os monges anotavam escrupulosamente as mudanças do clima, vento e umidade…”
claro, efemérides agora são “registros científicos”…se haviam tantos dados “científicos” a dispoisção nos mosteiros, porque a Igreja não os usou nem os usa para se atualizar quanto ao uso de preservativos e pesquisas com células-tronco? nossa, como a Igreja é pró-ciência!
” Só a Religião católica convida os fiéis a aprofundar racionalmente as verdades da fé.” os albingenses, os valdenses e os cártaros que o digam…
todos os esforços tecnologicos que v6 citam só foram possiveis graças a aritmética (árabes) e a matemática (egipcios e gregos) e os pioneiros da ciencia foram o que foram porque romperam com a Igreja.
mas dou um ponto a v6: errei no tocante a Carlos Magno e a pré-reforma.
parem de choramingar por este tal Quintas. no mais, gostei das informações e do esforço. finalmente, v6 fizeram um trabalho decente, para variar.
Pedro says:

June 18th, 2009 at 9:24 am

Putz, nunca vi tanta burrice histórica junta como esse tal “profeta” escreveu. E ainda colocou os otomanos antes do século XII, a “época de Carlos Magno”, hehehehe.

Me recuso a levar a sério tanta papagaiada.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 9:59 am

Pois é.

Paradoxalmente, a Igreja achava que a Terra era o centro do universo baseada nas observações de Ptolomeu (90-168 dC), astronômo grego e pagão não-católico…

Obviamente, isso nunca foi dogma.

Obviamente também, foi um padre católico, que nunca rompeu com a Igreja, chamado Nicolau Copérnico que pôs o sol no seu devido lugar.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 10:05 am

“No século XIII a Europa começou a reerguer-se do obscurantismo em que havia mergulhado e as obras gregas começaram finalmente a ser redescobertas, trazidas pelos árabes.”

Isso é parcialmente verdade, mas basta analisar a estrutura da frase para ver que o colega Profeta está equivocado.

Leia-se a frase acima com atenção e ver-se-á que *primeiro* a Europa reergue-se do obscurantismo para *depois* as obras gregas começarem a ser descobertas.

É igualmente fácil ver que o obscurantismo foi causado justamente pelas invasões bárbaras, árabes e normandas e que quem intelectualmente reergueu a Europa foi justamente a Igreja.
Sidnei says:

June 18th, 2009 at 10:07 am

E obviamente também que a Igreja não considerava a terra ser chata pois já há muito tempo se conhecia que a terra era redonda, se haviam alguns que achavam que a terra era chata só se desconheciam o que já se conhecia, pudera, ainda hoje tem gente que não acredita que o homem foi a lua, e olha que não são pessoas ignorantes não, são pessoas bem estudas.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 10:14 am

“os pioneiros da ciencia foram o que foram porque romperam com a Igreja.”

Isso simplesmente não é verdade.

A imensa maioria dos pioneiros da ciência só foram o que foram porque a Igreja lhes proporcionou formação cultural e ambiente intelectualmente estimulante que lhes possibilitou avançar no conhecimento.

Nem sequer Galileu e Descartes romperam com a Igreja. Ambos morreram fielmente católicos.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 10:25 am

“todos os esforços tecnologicos que v6 citam só foram possiveis graças a aritmética (árabes) e a matemática (egipcios e gregos)”

Não vou mencionar a confusão feita entre matemática, aritmética e, provavelmente, geometria.

Mas seja como for, ninguém nega as importantes contribuições de povos não-católicos ao desenvolvimento científico. A ciência é um processo cumulativo em que várias culturas contribuiram positivamente.

Mas é fato inegável que nenhum desses outros povos conseguiu desenvolver a ciência ao nível da Europa ocidental.

E isso só foi possível graças à influência cultural que a Igreja teve nessa região do globo. Veja que o mesmo se aplica às artes.

Não foi a Igreja que inventou a pintura nem a música. Mas foi indubitavelmente graças à Igreja Católica que a música e a pintura Ocidentais atingiram níveis até hoje insuperáveis.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 10:46 am

Caro Ianua Coeli:

Sim, por sorte nossa, que somos euro-descendentes. Nós nada fizemos para merecer tal graça. Por isso, digo que foi “sorte” nossa.

A Providência poderia ter escolhido qualquer outro lugar, como a Índia, p.e., para o surgimento da Igreja de Cristo. Nessa hipótese, nós, euro-descendentes, ainda estaríamos mergulhados no paganismo romano, grego, celta, viquingue etc.

——

A Europa Oriental não é católica, com algumas poucas exceções. A Europa Oriental abandonou o catolicismo romano e tornou-se cismática no século XI, privando-se do contato benéfico com a Igreja de Roma, com sérias consequências culturais para aqueles povos.
Ianua.Coeli says:

June 18th, 2009 at 11:12 am

“A Europa Oriental abandonou o catolicismo romano”

E a Igreja de lá continua sendo católica?
Manzoni says:

June 18th, 2009 at 12:19 pm

Deem um desconto para o profeta… ele só vê o futuro, por isso fala tanta besteira sobre o passado!

É o samba do profeta-doido!
Francisco Campos says:

June 18th, 2009 at 12:20 pm

Acho que um resumo possível para a questão levantada nesse post é a seguinte: vivemos em uma época de profunda desonestidade intelectual. É desonesto negar a imensa contribuição do Catolicismo à cultura ocidental, ao mundo ocidental. Por isso, os inimigos da Igreja tentam destruir o passado a todo custo. Esse processo de falseamento da história é antigo. Mas a luz da Razão jamais há de ser apagada.
Alien says:

June 18th, 2009 at 1:10 pm

Isso eu queria saber: para a Igreja Católica (e os católicos) a Igreja Ortodoxa está no mesmo nível das igrejas protestantes?
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 1:15 pm

Caro Ianua:

Não, não continua.

Eles são cristãos ortodoxos, mas não são católicos romanos.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 1:24 pm

A Igreja Ortodoxa, com suas diversas variantes, é a mais próxima da católica. Aliás, a Igreja Ortodoxa é a única Igreja que também pode ser chamada de Igreja. As outras são igrejas.

Todos os sacramentos dos Ortodoxos são válidos (porém ilícitos). A missa ortodoxa é tão missa quanto a católica e católicos podem assisti-la para cumprir o preceito, se não houver uma missa verdadeiramente católica por perto, claro.

Os Protestantes estão consideravelmente mais distantes, não são Igrejas no sentido próprio, e, salvo engano, só possuem dois sacramentos válidos o batismo e o matrimônio.
Ianua.Coeli says:

June 18th, 2009 at 1:24 pm

Cada dia que passa fico mais com vontade de deixar de ser católica por causa dessas intrigas.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 1:30 pm

A diferença essencial entre católicos e ortodoxos reside em quem é o chefe da Igreja de Cristo.

Para os católicos, o Bispo de Roma (o Papa) é o vigário de Cristo na Terra.

Para os ortodoxos, o Bispo de Roma é o primeiro dos bispos mas é “apenas” um bispo.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 2:23 pm

Quando alguém sente vontade de deixar de ser católico, na verdade, já deixou de ser faz tempo.

A ianua está sempre aberta para quem quer entrar ou sair do coeli.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 2:27 pm

Jorge:

Talvez você queira comentar essa notícia no seu blog.

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,uso-de-preservativos-caiu-entre-brasileiros–diz-pesquisa,389368,0.htm

Cai o uso de preservativos, mas aumenta a atividade sexual dos brasileiros. Mas por que será?
Renato Lima says:

June 18th, 2009 at 3:20 pm

”Cada dia que passa fico mais com vontade de deixar de ser católica por causa dessas intrigas.”

É Dona Ianua: você demonstra nessa pequena frase que você tem este sentimento, por que foi vítima do nosso sistema educacional, imprensa, mídia, etc etc.

O que todos eles tem em comum?

Ambos passaram, e passam, uma imagem de igualitarismo.

Como essa história de igualdade é pura fantasia, isso explica a sua pequena frase:

”Cada dia que passa fico mais com vontade de deixar de ser católica por causa dessas intrigas.”
Ianua.Coeli says:

June 18th, 2009 at 4:21 pm

“Ambos passaram, e passam, uma imagem de igualitarismo.”

E não somos todos iguais? Quem inventou essa história de não sermos?
Ianua.Coeli says:

June 18th, 2009 at 4:24 pm

Somos todos concebidos do mesmo modo, da união de um espermatozóide com um óvulo. Por qual motivo é para se ter um maior que outro? Será que voces pregam a desigualdade entre os homens? Não é para todos terem os mesmos direitos? Nossa Senhora, como voces estão ultrapassados.
João de Barros says:

June 18th, 2009 at 5:12 pm

Somos todos iguais em essência mas desiguais em acidentes.

Essência e acidentes aqui devem ser entendidos do ponto de vista filosófico. São conceitos simples que ajudam muito a entender a doutrina da Igreja.

Note que foi Deus quem nos fez acidentalmente desiguais. A desigualdade não é uma invenção humana.

(uns são fortes, outros são fracos, uns são homens, outros são mulheres, uns são saudáveis, outros são doentes, uns gostam de estudar, outros gostam de trabalhar, etc. etc.).

O igualitarismo é nocivo pois tenta anular as consequências e efeitos das evidentes desigualdades acidentais presentes no ser humano.
Ianua.Coeli says:

June 18th, 2009 at 5:19 pm

O senhor deve ser um milionário, não é, senhor João de Barro?
Ianua.Coeli says:

June 18th, 2009 at 5:20 pm

A questão de ser saudável e ser doente é totalmente sem lógica. A pessoa não é doente, ela pode “estar” doente.
Francisco Campos says:

June 18th, 2009 at 7:51 pm

Ianua: mais uma para fingir que não entende nada…
Ela não é católica…
Carlos says:

June 19th, 2009 at 1:02 am

Depois de ler este post e comentários, só me resta dar os merecidos parabéns ao João de Barros e ao Renato Lima pelo show que estão dando nos sofistas, principalmente nesse chato do Quintas.
Um abraço a todos.
Carlos.
João de Barros says:

June 19th, 2009 at 7:34 am

Cara Ianua:

Na verdade, sim.

Sou muito rico. E sem precisar trabalhar. Foi uma herança e nunca fiz por merece-la.

Algum problema com isso? Afinal, nós não somos todos iguais?
João de Barros says:

June 19th, 2009 at 7:41 am

Cara Ianua:

Algumas pessoas são naturalmente saudáveis e raramente ficam doentes.

Outras pessoas, infelizmente, já nascem com sérios problemas de saúde e, por mais que tentem curar-se, passam sua vida adoentadas.

Esse é um exemplo típico de desigualdade acidental e seria uma grande tolice tratar ambas (as saudáveis e as doentes) de maneira igual, não? É um princípio básico de justica tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente.

Siga minha sugestão:

Essência e acidentes são conceitos facilmente compreendidos e são importantíssimos para entender-se a doutrina da Igreja. Faça uma busca pela internet e em menos de uma hora seu entendimento ficará bem mais claro.
João de Barros says:

June 19th, 2009 at 8:02 am

Pensei melhor no assunto e resolvi tornar-me igualitário.

Herdei de meus pais uma fortuna e nunca precisei trabalhar.

Mas, como somos todos iguais, acho um absurdo ter que pagar impostos enquanto há tantos pobres por aí que são isentos.

A Ianua Coeli e eu vamos iniciar uma campanha igualitária visando a isenção de impostos para todos, independente da renda de cada um.

Também acho um absurdo essas leis de trânsito desiguais.

Se somos todos iguais, por que tenho que dar preferência aos pedestres? Por que velhinhos em cadeira de rodas têm preferência sobre automóveis importados? Aposto que é muito mais fácil parar uma cadeira de rodas que um BMW.

Igualitarismo já!
Sandro Pelegrineti de Pontes says:

June 19th, 2009 at 1:21 pm

Prezado Jorge, salve Maria.

Lendo os comentários destes fanáticos anti-católicos, mentirosos por excelência, tenho a dizer que não adianta nada debater com gente deste tipo pelo seguinte motivo: eles DESEJAM ardentemente que a Idade Média tenha sido um período de trevas. Eles DESEJAM ardentemente que durante este período tenham morrido milhares ou milhões de pessoas pelas mãos da “malvada” Igreja Católica. Enfim, eles desejam que o delírio que montaram a partir de textos escritos por pessoas absolutamente imorais seja a verdade histórica. Daí ser praticamente impossível convence-los, ainda que se dê muitos argumentos racionais como foram dados, com total credibilidade por parte dos historiadores que os sustentam e que inocentam a Igreja Católica do sangue de inocentes.
Lendo tudo o que foi escrito aqui, somente posso realçar aquela passagem bíblica onde o santo apostolo nos previne que lutamos contra as potencias de Satanás, pai da mentira, e não propriamente contra as pessoas, que se tornam filhas dele ao aderir a estas mentiras.
Rezemos então ainda mais. Muito dos males do mundo são causados pela nossa falta de oração.
Abraços,
Sandro
Eduardo Araújo says:

June 19th, 2009 at 1:46 pm

Carlos, assino embaixo: o João de Barros e o Renato Lima deram um show nas suas intervenções.

Em história, assunto que adoro, os dois mostram ser versados e fazem uma leitura correta do passado, sem pré-julgamentos, como em geral o faz a turba histérica que odeia nossa religião.

Destaco, ainda, a ótima resposta do João mostrando a estupidez desse fanatismo igualistarista que é mostrado por muitos que aqui vêm com ares “humanitários”.

Abraços a todos.
Pedro says:

June 19th, 2009 at 2:26 pm

“A questão de ser saudável e ser doente é totalmente sem lógica. A pessoa não é doente, ela pode “estar” doente.”

Só para dar um exemplo, eu nasci com tetralogia de Fallot, uma cardiopatia congênita que dá esperança de vida de, no máximo, seis anos ao nascer. Passei por cirurgia e estou aqui, graças a Deus. Não nasci “exatamente igual” a alguém que não passou por isso.
profeta do profano says:

June 19th, 2009 at 9:02 pm

até que enfim, alguém leu e entendeu meu argumento:
[João]: “Mas seja como for, ninguém nega as importantes contribuições de povos não-católicos ao desenvolvimento científico”.
falta agora v6 comentarem seeas questões:
“se haviam tantos dados “científicos” a dispoisção nos mosteiros, porque a Igreja não os usou nem os usa para se atualizar quanto ao uso de preservativos e pesquisas com células-tronco?
”Só a Religião católica convida os fiéis a aprofundar racionalmente as verdades da fé.” “os albingenses, os valdenses e os cártaros que o digam…”
e ainda tem um detalhe importante: a despeito de tudo que v6 citam como contribuições da Igreja, isso não escusa nem a inocenta dos crimes que esta cometeu, direta/indiretamente.
Thyago Serra says:

July 1st, 2009 at 6:47 pm

A inquisição foi criada pela Igreja, talvez, a (princípio) para corrigir seus filhos errantes, ou desencorajar as heresias e seus propagadores. Porém, estamos diante de uma grande realidade, ou seja, a Igreja, hoje sofre a lei de causa e efeito,fato que explica as contingências ligadas à vida humana. A inquisição chegou ao mais alto grau de loucura e impiedade, coisa que os católicos não podem negar, já que filhos ilustres seus como Gian Pietro Caraffa, ou Bernardo Gui, etc.. Estes por exemplo, morreram católicos e membros do clero. As catástrofes da Inquisição são de responsabilidade da Igreja e em parte do estado também, claro, e da mentalidade da época. Todavia, a Igreja hoje é tudo quanto ela sempre anatematizou. Clero repleto de gays, pedófilos, propagadores de heresias, e atuantes na Igreja. Sem contar com os sacerdotes que desertam das fileiras sagradas por outras razões, tais como clérigos que saem do seio da Igreja Romana e vão para IACAB, como aconteceu recentemente em Niterói, degradação moral de padres da (diocese) de Campos dos Goytacazes, ou seja, vários padres casaram-se, outros 2 assassinados por garotos de programa, sem contar com os gays de plantão. Gayzismo na Igreja! Grupo de católicos romanos gays na Puc, Rio de Janeiro, etc.. Isso é reflexo ainda pálido do que está por vir. Sem conar com pedofilia no clero norte-americano, padre de Miame em praia de sunga aos beijos com mulheres, etc.. NãO É JULGAMENTO, É REALIDADE. lEI DE CAUSA E EFEITO. Não há como os católicos fugirem desta realidade. Sei que a Igreja sofre seríssima degradação moral e litúrgica, sem contar com as de caráter doutrinal, sendo que para estas não há “inquisição”. Seus adeptos estão livres em plena comunhão: Os teólogos da libertação da diopcese de Caxias, por exemplo. Defendidos com vigor por um Beneditino arcebispo emérito, residente no Mosteiro de São Bento. Nem sei se ainda é vivo. Se for, é museu de dessacralização. Foi responsável pelas traduções litúrgicas e pela pseudo criatividade nestes assuntos. Foi Presidente da linha 4, como defendia Mauro Morelli. Vocês ainda são tão moralistas, que pena… Misericórdia e amor pelo próximo pode ser um caminho para que alcançem a paz. Não adianta rezar 12 milhoes de terços como pede Bernard Fellay.
Thyago Serra says:

July 1st, 2009 at 6:58 pm

Profeta do profano:

Ela, A Igreja romana, QUE NÃO DEIXEMOS DE OLHAR PARA ELA COM OLHOS DE PIEDADE, ESTÁ SOFRENDO HOJE, DEUS SABE O MOTIVO. Ela sofre na “pele” no seio… O que fez no passado. E sofre, pelo que fazem os católicos da atualidade. Nenhuma religião é boa ou má. O mal, PRINCIPALMENTE, depende de uma só coisa. Do nosso aval, ou do nosso não!
Eduardo Araújo says:

July 2nd, 2009 at 2:29 pm

“e ainda tem um detalhe importante: a despeito de tudo que v6 citam como contribuições da Igreja, isso não escusa nem a inocenta dos crimes que esta cometeu, direta/indiretamente.”

Grande baboseira. Substitua a palavra “Igreja” por “humanidade” e verá o quanto essa afirmação é tautológica.

Assim: a despeito de todas as conquistas boas da humanidade, ela está repleta de crimes que cometeu “direta ou indiretamente”.

Nessa linha, sugiro ao imbecil autor dessa afirmação que saia a berrar mundo afora contra a sociedade dos homens.
Thyago Serra says:

July 2nd, 2009 at 3:18 pm

A contribuição da Igreja foi e continua sendo sua grande cultura, a liturgia romana tradicional, o canto gregoriano, as construções, colégios, museus e acervos. Patrimônio histórico e cultural de altíssimo valor. Isto ninguém ouse negar.
Thyago Serra says:

July 2nd, 2009 at 3:29 pm

A Igreja não é criminosa, a doutrina da Igreja é a favor da vida, da santificação das almas, porém, a loucura dominante no coração de muitos e muitos clérigos, chefes de estado e muitos da massa popular também contribuíram para a carnificina. Os homens da inquisição, que diziam agir em nome de Deus, é que matavam sem piedade alguma. Agiram em nome de Deus uma pinóia. Poucos agiram pelo bem estar da Igreja como um Roberto Belarmino, um Pio V e tantos outros, porém, são santos de fato. Agora, o resto gerou a guerra sanguinolenta. Hoje a Igreja, por consequencia da má conduta e falsa moral mortífera e pestilenta chora amargamente por seus filhos que círam aos montes na iniquidade. E os justos ficam manchados por causa da má conduta de seus irmãos.
Jorge Ferraz says:

July 3rd, 2009 at 2:54 pm

Caros,

Creio que seja bom distinguir a Inquisição em si dos seus abusos. “As catástrofes da Inquisição” são uma parte da história da Inquisição, e é muito importante não confundir isso com dizer que a Inquisição foi uma catástrofe.

São Roberto Belarmino e São Pio V foram santos inquisidores, mas não é por causa disso que os outros que não são santos [= "não foram canonizados"] tenham sido assassinos sanguinários. Do jeito que as pessoas colocam as coisas, passa a impressão de que os inquisidores eram em geral monstros e um São Pio V é uma honrosa exceção, e nada há mais falso do que isso. Os inquisidores eram no geral pessoas íntegras e respeitadas, admiradas pelo povo.

Abraços,
Jorge
Thyago Serra says:

July 3rd, 2009 at 3:40 pm

O senhor Jorge compreendeu perfeitamente o que eu disse:

“…como um Roberto Belarmino, um Pio V e tantos outros…”
Repito: “E TANTOS OUTROS”.

NÃO REFIRO-ME A CANONIZAÇÃO COMO PROVA DE SANTIDADE. São Pio V, São Roberto Belarmino possuíram um imenso grau de santidade em suas vidas, tanto quanto muitos outros também, como já citei.

Todavia, Caraffa e Bernardo Gui morreram católicos e clérigos. Não erma bom exemplo para ninguém. Quantos destes eram odiados pelo povo que desejavam que morressem. O povo de Roma vibrou com a morte de Paulo IV.

QUE EXISTIRAM INQUISIDORES SANTOS não canonizados pela igreja, de fato existiram. Mas, não foi sempre assim. Sabemos também que Caraffa e Bernardo Gui são os mais famosos entre os cruéis. Mas, não foram os únicos cruéis.

A Igreja de fato, repito, criou a inquisição somente para corrigir. O fato é que as correções chegaram aos limites da crueldade por muitíssimas vezes. Ainda sente-se o “cheiro de carne humana queimada”, quero dizer, não há como esconder os fatos.

Porém haja justiça:

1) A responsabilidade do Estado.

2) A misericórdia da Igreja, que muitos condenados receberam livrando-se da morte violenta.

3) A fúria do povo, muitas vezes.

4) A moral da época que preferia punir heresias com morte.

———————————

Atualmente vivemos num mundo violento, porém, nem sempre os sequazes não podem fazer o que gostariam. Hoje não se pode mais punir com morte as heresias, tanto que elas brotam até de dentro da Igreja em muitos lugares, até por pontífices.

——————————–

A Igreja é grande promotora da Paz, a religião católica e sua doutrina é pura e santa. Nem sempre puros e santos são os corações, como de fato no passado assim era também.

——————————-

Os inquisidores eram de fato admirados pelo povo. Eram temidos, isto sim. Quem teme, venera. Até eu!

Fiquem na paz.
carlos says:

July 3rd, 2009 at 5:45 pm

Caro Thyago Serra,
Estou lendo suas mensagens e fiquei com dúvida se você é católico ou não. Digo isso porque me deparei com essa sua frase estranha: “Nenhuma religião é boa ou má”. Peço que me esclareça se isso vale também para a religião católica.
Um abraço.
Carlos.
Thyago Serra says:

July 5th, 2009 at 4:02 pm

Sim Carlos, com prazer respondo sua pergunta:

EU DISSE: “NENHUMA RELIGIÃO É BOA OU MÁ”.
Com esta afirmação não estou querendo aqui comparar a Igreja Romana com as outra religiões. Nem dizendo que a doutrina tem duas faces. Veja bem, vamos distinguir religiões de seitas. O protestantismo, segundo o próprio ensinamento da Igreja é religião. Claro que, nem por isto o protestantismo possui o depósito da fé. Dentro da ciência das religiões, há caracteres que distinguem religiões de seitas. Sabemos que hoje em dia, existe algo chamado ecumenismo que não é visto com bons olhos, mas é uma realidade dentro da Igreja. Deste ecumenismo, (não a idéia de sincretismo) mas, de debate e convivência pacífica entre cristãos foi uma realidade no REINADO de João Paulo II. DESTE ECUMENISMO, claro que não fizeram parte aquelas denominações religiosas de esquina. Para o protestantismo com propriedade, ele não é bom nem mal. Não é bom, porque não é depositário da fé. Não é mal, porque para a prática do mal, necessita o assentimento do coração. As discordãncias doutrinais entre ele e o Catolicismo são mais doq ue normais e comuns. A religião católica é pura em sua doutrina, porém, quando um clérigo tira conclusões errôneas de um concílio ou carta pastoral, desvirtuando da realidade que contém, a Igreja Católca pode ser arma perigosa para os simples. Quando a religião católica prega a doutrina tal qual ela se apresenta em sua pureza, a religião católica santifica e salva o homem. Por que eu falo a “Religião”? Porque sabemos que há padres e bispos mal intencionados. Sempre existiram entre os bons e fiéis, não é verdade? A religião católica salva e é a única verdadeira, mas se os clérigos que também são Igreja ao mudar o sentido doutrinal estão corrompendo. Nós somos Igreja. Se somos bons e doutrinários a religião é boa. Se clérigos herejes não são corrigidos, a religião deixa de desempenhar seu verdadeiro papel teológico-doutrinal. Somos de fato Igreja. Cristo é a Cabeça, nós os membros. Se um membro enfermo se encontra, toda a Igreja sofre. Ela não perece porque Cristo é a Cabeça, mas a Igreja enquanto nos membros podem ser bons ou maus dentro ou fora dela, mas se são ruins dentro… Acontece o que Paulo VI diz: ” Por uma fissura, entrara na Igreja a fumaça de Satanás. Logo, se o clero abusar, a Igreja passa a ser veículo para o mal. Sabemos QUE nem as potências do inferno hão de vence-la, mas para tal, voltemo-nos insistentemente ao trono de Maria, pedindo sua proteção maternal. A religião católica não é boa nem má, enquanto nos seus menbros. Somos Igreja! Estamos na Igreja e somos Igreja. Poderia dizer-me: Ah, se faz algo contrário, deixa de estar na Igreja! E os que permanecem Nela vociferando heresias e não são contestados? Porque depende de nós propagar a santidade e a doutrina da Igreja tal qual ela nos foi revelada por Nosso Senhor.
Thyago Serra says:

July 5th, 2009 at 4:19 pm

Há como a religião católica, Carlos, ser fervorosa, havendo herejes pregando doutrina falsa tipo “teologia da libertação” dentro dela? Neste caso não é boa nem má. Porque a teologia da libertação segundo estes padres e Bispos que seguem esta corrente estão se achando na dinãmica da fé, no dinamis, ou seja, força! Estariam eles com má intenção? Talvez não. Quem sabe até com boa intenção. Fica uma Igreja morna, porque não surge um prelado para proibir, pelo contrário, um Mauro Morelli para louvar em união com um beneditino arcebispo, ex-presidente da linha 4. São Igreja, não são? Estão na Igreja, não estão? Neste contexto podemos dizer que a afirmação também serve para o catolicismo sim. Ao menos para os que aplaudem estes pontífices. Imagino que não sofre o Papa, porque de fato está lidando com pessoas do alto clero. Porque talvez estes não sejam excomungados? Agora porque Dom Antõnio de Castro Mayer foi excomungado? Para ele não havia esta tendência (Igreja nem boa nem má)> Para ele havia a rdicalidade evangélica. Se ele errou, não sei dizer… É por demais complexo afirmar isto. Mas, com certeza, se errou, errou bem menos que Mauro Morelli, por exemplo. Nestas condições, vejo uma Igreja nem boa nem má, mas, fria como as águas do oceano.
Thyago Serra says:

July 5th, 2009 at 4:21 pm

errata: Agora, por que….
Thyago Serra says:

July 9th, 2009 at 9:01 pm

“A turba histérica que odeia a nossa religião”

Quem disse isto deve compreender que bem maiores são os erros dos padres modernistas e Bispos ligados á correntes dessacralizantes. A turba histérica que odeia a religião católica como diz, fza referência aos que julgam que a Igreja Romana é culpada dos requintes de crueldade muitas vezes ocorridos na Inquisição.

Incluam papas que morreram papas.
Incluam religiosos que morreram religiosos
Incluam até Joana D’Arc.

Pra os dias de hoje não há inquisição para Mauro Morelli e seus seguidores, e tantos outros que estão na Igreja e são contra a tradição e ortodoxia. Pregam novidades de correntes! Sem contar com certos grupos carismáticos-pentecostalistas.

Estes, são piores que os que cita. Porque conhecem história, conhecem teologia, Filosofia, estudaram suma Teológica de São Thomás, estudaram liturgia. Mauro Morelli então, conheceu todos os esplendores da tradição no seminário e durante vários anos de sacerdócio!

Estes também são:
“turba histérica que odeia nossa religião”

Tem até beneditinos!

São os piores, porque conhecem a verdade e negam com doutrinas esquisitíssimas.
Luiz Fernando says:

July 22nd, 2009 at 4:11 pm

“Ex nihilo nihil” – Parmênides!

Paz e bem! ;)
Fernando Barros Ezquerro says:

September 21st, 2009 at 12:36 pm

De “Elogio da Loucura”, de Erasmo de Rotterdan:
“Não faz muito que intervim numa discussão teológica, pois quase nunca falto a esse
gênero de combate. Tendo alguém perguntado como se poderia provar, com as sagradas
escrituras, que contra os herejes deviam ser empregados o ferro e o fogo, em lugar da
discussão e do raciocínio, logo se levantou um velho, cujo aspecto severo e temerário
facilmente indicava tratar-se de um teólogo, e, franzindo as sobrancelhas, respondeu com
uma voz altisonante: “Foi o próprio São Paulo que fez esta sábia lei: Evita (devita) o herege
depois de uma ou duas admoestações”. Como fosse repetindo muitas vezes e em voz alta
essas palavras, todos o julgaram dominado por um acesso frenético. Mas, ele acabou
explicando o enigma: “Sereis — exclamou — tão ignorantes que não noteis que esse
vocábulo devita (evita), é formado, em latim, pela preposição de, mais o nome substantivo
vita, significando fora da vida? Portanto, São Paulo mandou queimar os hereges e jogar
suas cinzas ao vento”.
Alguns puseram-se a rir ante tão nova e inesperada etimologia, mas outros acharam-na
profunda e verdadeiramente teológica. Percebendo o barbado que não eram por ele todos os
sufrágios da assembléia, lançou mão do argumento decisivo: “Está escrito, — disse ele, —
está escrito: Não permitirás que viva o malfeitor; ora, o herege é malfeitor, por conseguinte,
etc.”. Então, todos admiraram o talento do doutor, e o seu juízo por conseguinte é
universalmente aplaudido. Não passa pela cabeça de ninguém que a citada lei dizesse
respeito unicamente aos feiticeiros, aos bruxos, aos magos e a todas as pessoas que os
hebreus chamavam de malfeitores, porque, do contrário, seria preciso ainda condenar ao
fogo a embriaguez e a fornicação.”

Irmãos em Cristo, na mesma Esperança,
não entendo por que São Tomás aprovava a pena de morte aos hereges, e porque a doutrina da Igreja não rejeita essa abominação! Não estou polemizando, apenas quero que me ajudem a entender. Ou que me corrijam dizendo: “Mas a Igreja condena isso”, e harmonizem essa desejada resposta com a história.
desde já muito obrigado,
Fernando
Fernando Barros Ezquerro says:

September 21st, 2009 at 12:39 pm

Aliás, vale completar o crédito, do Humanista e apologista católico Erasmo, o mesmo que escreveu a contundente resposta ao “O Príncipe” de Maquiavel, seu “Educação do príncipe cristão”, o mesmo grande amigo de Thomas More, isto é SÃO Thomas More.
antonio says:

June 24th, 2010 at 1:16 pm

Em busca da verdade says:
June 15th, 2009 at 6:55 pm

“…A Igreja constituía uma organização que se estendeu por todo o mundo cristão…”

Buscar o óbvio tão mal escrito, que graça tem?
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Recordare, Virgo mater, in conspectu Dei, ut loquaris pro nobis bona, et ut avertat indignationem suam a nobis.

* * *

MEMORARE, O piissima Virgo Maria, non esse auditum a saeculo, quemquam ad tua currentem praesidia, tua implorantem auxilia, tua petentem suffragia, esse derelictum. Ego tali animatus confidentia, ad te, Virgo Virginum, Mater, curro, ad te venio, coram te gemens peccator assisto. Noli, Mater Verbi, verba mea despicere; sed audi propitia et exaudi. Amen. Inscreva-se no Deus lo Vult!Receba gratuitamente as atualizações:
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DEUS LO VULT!

O preceito da hora presente não é lamento, mas ação (...). Pertence aos membros melhores e mais escolhidos da cristandade, penetrados por um entusiasmo de cruzados, reunirem-se em espírito de verdade, de justiça e de amor, ao grito de “Deus o quer”, prontos a servir, a sacrificar-se, como os antigos cruzados.

- Sua Santidade Pio XII, Radiomensagem de Natal de 1942.

* * *

Ut Ecclesiam tuam sanctam regere et conservare digneris,
R. Te rogamus, audi nos!

Ut inimicos sanctae Ecclesiae humiliare digneris,
R. Te rogamus, audi nos!

Ut omnes errantes ad unitatem Ecclesiae revocare, et infideles universos ad Evangelii lumen perducere digneris,
R. Te rogamus, audi nos!

- Litaniae Sanctorum

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Jorge Ferraz - Recife/PE
- jorgeferraz@deuslovult.org

Pecador,
indigno filho das lágrimas da Virgem Imaculada, do Sangue de Cristo vertido por mim na Cruz do Calvário, e da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, em cuja defesa quero viver e morrer.

* * *

non nobis Domine non nobis sed nomini tuo da gloriam (Psalmi 113,9)

nisi Dominus ædificaverit domum in vanum laboraverunt qui ædificant eam nisi Dominus custodierit civitatem frustra vigilavit qui custodit (Psalmi 126,1)

* * *


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