sábado, 24 de julho de 2010

1949 - HISTÓRIA DA FILOSOFIA

Visita Wikilingue.comHistória da filosofia
História da filosofia
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[[Arquivo:A scuola dei Atene.jpg|thumb|right|300px|A Escola de Atenas, obra de [[Rafael Sanzio[[" A história da filosofia é o estudo de todas as ideias e sistemas de pensamento racional criados desde a época em que o modo de explicar os fenómenos da natureza começou a prescindir do mitos para se apoiar sobretudo na razão. Este grande passo da mitología à verdade comprovada conhece-se-lhe como "passo do mito ao logos".

A época do início da filosofia na Grécia]], caracteriza-se por profundas transformações económicas e sociais que levaram a uma crise da nobreza e, finalmente, a novas formas de governo como a tiranía ou a democracia. O "passo do mito ao logos" é coetáneo com estas mudanças.

O bilhete do mítico ao racional propende a deixar de lado a interpretação mitológica e religiosa do mundo, para colocar em seu lugar uma explicação filosófica e científica, movida pela racionalidad humana. Cabe assinalar que não deve se entender este passo como algo brusco senão paulatino. As influências míticas são ainda apreciables em muitos pensadores da antigüedad.

Índice
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1 Introdução
2 As origens
3 Períodos na história da filosofia
3.1 Filosofia oriental
3.2 Filosofia ocidental
4 Bibliografía
5 Veja-se também
6 Enlaces externos


Introdução
Em sentido estrito, o início da história da filosofia ocidental situa-se na Grécia]] para o século VII a. C., nas colónias de Jonia. Costuma considerar-se como o primeiro filósofo a Tais de Mileto —um dos Sete sábios da Grécia—, que foi ademais astrónomo e matemático.

Os grandes períodos nos que se costuma dividir a história da filosofia ocidental não são absolutamente precisos, já que o pensamento filosófico não tem seguido uma evolução lineal, senão em bucle; com avanços e retrocessos. A filosofia grega abarca desde o século VII a. C. até o século III a. C.; mas sua influência prolongou-se até nossos dias, devido sobretudo ao pensamento e a escola de Platón e Aristóteles (século IV a. C.). A principal característica da filosofia grega é o esforço da razão humana por explicar todos os fenómenos cósmicos e humanos mediante análises e argumentos racionales sem ir a explicações de carácter mítico ou religioso.

O período do pensamento cristão dominou em Occidente desde o século I até o Renacimiento (século XV). As figuras principais do pensamento cristão e católico que mais têm influído na cultura têm sido Agustín de Hipona e Tomás de Aquino. A característica principal deste período foi a subordinación do pensamento filosófico à teología católica, pondo toda a cultura humana ao serviço do catolicismo e da Igreja.

O período da filosofia moderna inaugura-se com Descartes no século XVI e centra-se, sobretudo, na reflexão sobre o conhecimento e sobre o ser humano. A revolução científica que propiciou o aparecimento da filosofia moderna e que vai desde o século XV ao XVII foi um dos impulsos renovadores mais importantes da história cultural de Occidente e de toda a Humanidade. Outro dos movimentos filosóficos mais importantes foi a Ilustração dos séculos XVII e XVIII na Europa]]. Os filósofos ilustrados que mais contribuíram à evolução filosófica de Occidente foram Hume e Kant, que situaram o esforço da razão humana dentro dos limites do empirismo e do racionalismo.

As origens
Se entendemos filosofia]] em sua acepción etimológica de amor ao saber’, então é altamente provável que todos os seres humanos sejam filósofos, no sentido de que todos nos propomos as grandes perguntas sobre a vida. No entanto, a filosofia entendida como um conjunto de escolas ou de pensamentos mais ou menos abstractos, encontra lugar em várias regiões e culturas diferentes. Desta maneira, em antiga China destacam as figuras de Confucio, Lao Tzu e Mencio, enquanto na Índia são importantes Buda e Mahavira. Dantes disso, pode se considerar à astrología babilónica como uma escola filosófica, em tanto é uma sorte de resposta à natureza do Universo. Também existe uma verdadeira veia filosófica em certos escritos hebreus, como por exemplo no Livro do Eclesiastés, na Biblia.

O mundo grego anterior ao aparecimento da filosofia vivia instalado na atitude mítica. Através dos mitos o homem conseguia dar uma explicação aos diferentes acontecimentos de sua vida. E ainda que os deuses são arbitrários em sua conduta, podem-se controlar mediante ritos e preces.

O grande acontecimento espiritual que iniciam os gregos entre os séculos VII e VI a. C. consiste em tentar superar esta maneira de estar ante o mundo com outra maneira revolucionária que aposta pela razão como o instrumento de conhecimento e de domínio da realidade. Esta maneira revolucionária de pensar deve-se a uma série de factores:

Carência de livros sagrados e sistema educativo, portanto, não tinham limites que coartasen sua liberdade.
Os gregos tinham certa capacidade para a teoria (teorizar).
No século VII dantes de Cristo produzem-se uma série de transformações sociais que afectam à economia e ao comércio. Em relação a esta última transformação deve-se que começassem a viajar e a se dar conta de que existiam sociedades diferentes às suas, graças a isto começaram a pensar e a procurar outras explicações racionales que contrapusessem à explicação mítica.
Não obstante não há que achar que a atitude mítica desaparece completamente a partir desta data, mais bem ocorre que são umas poucas pessoas as que vivem no novo e revolucionário modo de pensar, e que este pouco a pouco se vai fazendo mais universal. Ainda mais, a atitude mítica ainda não tem desaparecido em nossa época.

Por conseguinte, em frente à explicação mítica do mundo, no ano 625 a. C. aparece a atitude racional.

Os gregos descobrem que as coisas do mundo estão ordenadas seguindo leis. O mundo é um cosmos, não um caos, pelo que um corpo não se manifesta primeiro de uma maneira e depois de outra completamente diferente, senão que em sua manifestação há verdadeira ordem, segundo sua esencia ou natureza.

Assim, pois, a filosofia nasce com o passo do mito ao logos:

Mito: imaginación, arbitrariedad, caos.
Logos: razão, necessidade, cosmos.
Com os gregos aparece pela primeira vez o pensamento em todas suas manifestações (ciência, filosofia, matemática). As questões filosóficas fundamentais, e as possíveis soluções que se podem dar a elas, já se encontram na filosofia grega, e em grande parte em Platón. O característico da filosofia grega foi sua preocupação por compreender o âmbito da natureza, o qual podemos atingir ou pelo uso dos sentidos, ou mediante o uso da razão. Os primeiros filósofos, que são anteriores a Sócrates, se chamam presocráticos e descobrem o carácter ordenado, legal e racional do mundo, e no homem um instrumento que tem de servir tanto para o conhecimento como para a vida prática (moral e política): a razão.

Períodos na história da filosofia
Filosofia oriental
Filosofia da Índia antiga
Idade védica: cultura e religião na idade hímnica|A idade da mística sacrificial. O surgimiento do sistema de castas|Era-a dos Upanisad: O Atmán e Brahmán. Transmigración das almas e redenção. Significado do pensamento das Upanisads.
Sistemas não ortodoxos da filosofia indiana: o materialismo de Charvaka| o jainismo (Mahavira )|Budismo: a vida de Buda. A doutrina de Buda. História e expansão do budismo. Sistemas de filosofia budista.

Sistemas ortodoxos da filosofia indiana: niaia e vaisesika|sankhia e yoga|mimansa e vedanta

Antiga filosofia chinesa
Confucio: vida de Confucio|Os nove livros clássicos|O carácter especial da filosofia confuciana|O ideal moral|Estado e sociedade
Lao Tse: A vida de Lao Tse|O Tao e o mundo. O Tao como princípio|O Tao como caminho do sábio|Estado e sociedade|Sobre o desenvolvimento posterior do taoísmo

O Motismo e outras direcções posteriores: Mo Ti|Sofistas|Neomotismo|Legalistas

Os grandes discípulos de Confucio: Mencio|Hsun Tse|O livro de Chung Yung

Desenvolvimento posterior: A filosofia da Idade Média chinesa: Wang Chung. A doutrina do ying e o yang|O budismo na China|A época do neoconfucianismo


Filosofia ocidental
Filosofia grega
1) Filosofia presocrática: conjunto heterogéneo de filósofos e escolas filosóficas gregas anteriores a Sócrates. Ficheiro:Grega.jpg Cronología da filosofia gregaFilosofia cosmológica: preocupação pelo tema da fisis como único arché (s. VII a V a. C.)

Filósofos monistas: os filósofos fisiólogos e os monistas, consideram que à base de toda a realidade se encontra um único princípio. Neste grupo teria que incluir aos filósofos de Mileto (Tais, Anaximandro e Anaxímenes), Heráclito e Parménides;

Escola milesia (milésica ou jónica): Tais (fundador): água|Anaximandro: ápeiron|Anaxímenes: ar
Escola de Éfeso: Heráclito: fogo, reivindicação do devir Escola de Elea: Jenófanes de Colofón: crítica ao antropomorfismo religioso|Parménides: defesa do ser|Zenón de Elea: aporías na contramão da multiplicidad e a mudança
Filósofos pluralistas:

Escola pitagórica: Pitágoras|Alcmeón|Hipócrates de Quíos|Arquites de Tarento|Empédocles: água, ar, terra e fogo; amor e ódio|Anaxágoras: homeomerías; noûs
Escola atomista: Leucipo|Demócrito
2) Filosofia antropológica: O homem como preocupação básica (s. V a. C.)

Movimento sofista: escepticismo e relativismo: Protágoras de Abdera|Gorgias de Leontino
Sócrates: intelectualismo moral e objetivismo
3) Filosofia globalizadora e sistémica: preocupação por todos os temas filosóficos, pela realidade em seu conjunto (s. IV a. C.).

Filosofia clássica: filosofia correspondente ao chamado Século de Pericles, momento em que esta disciplina chega a seu máximo apogeo no mundo grego. Sócrates, Platón (realista e fundador da Academia) e Aristóteles (fundador do Liceo).
4) Filosofia helenística: Preocupação pelos temas morais, busca da maneira de ser feliz (finais do (s. IV a. C.) ao (II a. C.)

Estoicismo: a virtude como bem supremo; a apatía, Zenón de Citio|Epicureísmo: hedonismo, Epicuro de Samos|Escepticismo: escepticismo, Pirrón de Elis

Filosofia helenística: Também telefonema alejandrina ou posaristotélica. Trata-se da filosofia que floresce durante o período helenístico.

Académicos: continuadores da Academia platónica.

Peripatéticos continuadores do Liceo aristotélico: Teofrasto|Estratón de Lampsaco|Aristoxeno|Sátiro

Estoicos (antiga e meia Estoa): Zenón de Citio|Cleantes|Crisipo

Epicúreos: Epicuro (fundador do epicureísmo no Jardim e também atomista)

Cépticos: Pirrón|Sexto Empírico

Cínicos: Antístenes|Diógenes de Sinope|Crates de Tebas|Hiparquía

Megarenses ou megáricos:

Cirenaicos: Aristipo de Cirene

Helenismo judeu: Filão de Alejandría (Vida contemplativa)

Neoplatonismo: Amonio Saccas|Plotino|Porfirio|Jámblico|Edesio de Capadocia|Plutarco de Atenas|Proclo|Damascio|Simplicio de Cilicia|Hipatia

Filosofia romana
Conquanto a existência desta denominación é ainda tema de debate entre os eruditos (cf. Pierre Grimal: Existe uma filosofia romana?), o verdadeiro é que entre os romanos estavam muito difundidas as ideias do estoicismo, o epicureísmo e dos académicos. De facto, muitos pensadores deste período eram mais bem eclécticos. Neste sentido, o caso paradigmático é Cicerón.
Estoicos (nova ou tardia Estoa): Séneca|Marco Aurelio|Epicteto|Cicerón

Epicúreos: Lucrecio

Académicos: Cicerón|Boecio

Filosofia medieval
Na medida em que o pensamento medieval estava dominado pela fé cristã, a filosofia perde sua antiga autonomia e devém ancilla Theologiae, vale dizer, passa a estar subordinada à teología.
Patrística: Justino Mártir|Clemente de Alejandría|Origens|San Ireneo|San Agustín|Tertuliano|Lactancio|Escoto Erígena|Anselmo de Canterbury|Macrobio|Pseudo Dionisio Areopagita

Filosofia não cristã: Alfarabi|Avicena|Avempace|Ibn Tufayl|Averroes|Maimónides|Abenarabi

Escolástica: Duns Scoto|Tomás de Aquino|San Buenaventura|Guillermo de Ockham|Francisco Suárez|San Anselmo|Nicolás de Cusa

Filosofia renacentista
Petrarca|Lorenzo Valla|Coluccio Salutati|Leonardo Bruni|Leon Battista Alberti|Erasmo de Rotterdam|Michel Montaigne|Marsilio Ficino|Pico della Mirandola|Tomás Moro|Tomás Campanella|Francis Bacon|Giordano Bruno|Galileo Galilei
Filosofia moderna
Filosofia política: Nicolás Maquiavelo|Jean Bodin|Thomas Hobbes|Montaigne

Racionalismo: Descartes|Spinoza|Leibniz|Pascal

Empirismo: Locke|Hume

Moralistas franceses:

Ilustração: Voltaire|Montesquieu|Rousseau

Idealismo: Berkeley|Kant|Fichte|Schelling|Hegel|Schopenhauer

Utilitarismo: Bentham|Mill

Irracionalismo: Friedrich Nietzsche|Kierkegaard|Schopenhauer|Mainländer

Filosofia contemporânea
Filosofia analítica: Russell|Carnap|Wittgenstein|Kripke|Nagel|Putnam|Rorty|Círculo de Viena|Escola de Berlim

Materialismo histórico: Marx

Filosofia continental: Bergson

Fenomenología em sentido muito amplo: Husserl|Merleau-Ponty|Heidegger|José Ortega e Gasset|Xavier Zubiri
Existencialismo e filosofia da existência (que difieren):

Ateu: Camus|Sartre|Simone de Beauvoir|Merleau-Ponty
Cristão: Jaspers|Marcel
Filosofia neoaristotélica: objetivismo

Filosofia posmoderna: Deleuze|Derrida (deconstruccionista)|Foucault|Cioran

Escola de Frankfurt: Universalismo|Habermas|Apel|Enfeito

Materialismo Filosófico: Gustavo Bom|Escola de Oviedo


Bibliografía
Abbagnano, Nicola: História da filosofia, 4 volumes (o 4.º volume inclui o 4.º e o 5.º do original). Barcelona: Hora, 1981/1996. ISBN 84-85950-06-2
Bauer, Wolfgang: História da filosofia chinesa. Barcelona: Editorial Herder, 2009. ISBN 9788425425318
Bréhier, Emile: História da filosofia (prólogo de José Ortega e Gasset). Buenos Aires: Sudamericana, terceira edição, 1948.
Capelle, Wilhelm: História da filosofia grega. Madri: Editorial Gredos, 2009. ISBN 9788424936167
Corbin, Henry: História da filosofia islâmica [1994]. Madri: Editorial Trotta (2.ª edição), 2000. ISBN 978-84-8164-373-2.
Ferrater Mora, José (nova edição revisada, aumentada e actualizada por Josep-Maria Terricabras. Supervisión de Priscilla Cohn Ferrater Mora): Dicionário de filosofia, 4 volumes. Barcelona: Ariel, 1999.
Giannini, Humberto: Breve história da filosofia, vigésima edição corrigida e aumentada. Santiago de Chile: Catalonia, 2005. ISBN 956-8303-23-5.
Gilson, Étienne: A filosofia na Idade Média: desde as origens patrísticos até o fim do século XIV, versão espanhola de Arsenio Pacios e Salvador Caballero. Madri: Editorial Gredos, 2007. ISBN 978-84-249-2861-2.
González Vales, Jesús: História da filosofia japonesa. Madri: Editorial Tecnos, 2002. ISBN 978-84-309-3513-0
Guthrie, William Keith Chambers: História da filosofia grega, 6 volumes. Madri: Editorial Gredos, 1992/1999. ISBN 978-84-249-0947-5.
Marías, Julián (prólogo de Xavier Zubiri, epílogo de José Ortega e Gasset): História da filosofia. Madri: Revista de Occidente.
Marías, Julián e Entralgo, Pedro Laín: História da filosofia e da ciência. Madri: Guadarrama, 1964.
Störig, Hans Joachim: História universal da filosofia. Madri: Tecnos, 1995. ISBN 978-84-309-2636-7.
Veja-se também
Filosofia
Enlaces externos
Commons

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Quadro cronológico do Dicionário de filosofia de José Ferrater Mora
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