sexta-feira, 23 de julho de 2010

1920- PROJETO GUTENBERG

PT-PG História e Filosofia do Project Gutenberg, por Michael Hart
Do Project Gutenberg, o primeiro produtor de livros electrónicos (ou livros eletrônicos) grátis.

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© Agosto de 1992

Contents
1 O Começo
2 O Início da Filosofia do Gutenberg
3 A Filosofia do Project Gutenberg
4 A Filosofia do Project Gutenberg (continuação)
5 A Filosofia do Project Gutenberg (continuação, 2)
6 A Selecção de Textos Electrónicos do Project Gutenberg


O Começo
O Project Gutenberg começou em 1971 quando foi oferecida a Michael Hart uma conta de operador contendo 100.000.000 de dólares de tempo de computação pelos operadores do super computador Xerox Sigma V no Laboratório de Pesquisa de Materiais da Universidade do Illinois.

Foi completamente acidental, uma vez que sucedeu que dois dos quatro membros da equipa de operadores eram, por acaso, o melhor amigo do Michael e o melhor amigo do seu irmão. Calhou, simplesmente, acontecer que o Michael estava "no sítio certo, à hora certa", numa altura em que havia mais tempo de computação do que pessoas que soubessem o que fazer com ele, e esses operadores foram encorajados a fazer o que quer que quisessem com essa fortuna em "tempo livre", na esperança de que aprendessem mais para adquirirem uma maior competência nos seus trabalhos.

De qualquer forma, o Michael decidiu que não havia nada que ele pudesse fazer em termos de "computação normal" que pudesse recompensar o enorme valor de tempo de computação que lhe tinha sido dado ... por isso, tinha de criar um valor equivalente a 100.000.000 dólares de alguma outra maneira. Uma hora e 47 minutos mais tarde, anunciou que a maior valência criada pelos computadores não seria a computação mas o armazenamento, a recuperação e a pesquisa daquilo que estava armazenado nas nossas bibliotecas.

Seguiu, então, em frente, digitando a "Declaração de Independência" e tentou enviá-la a todas as pessoas que se encontravam nas redes ... o que, actualmente, apenas pode ser descrito como uma falha não por pouco na criação da versão primitiva daquilo a que se chamaria mais tarde "Vírus da Internet".

Uma dissuasão amigável a partir daqui produziu a postagem de um documento em texto electrónico, e o Project Gutenberg nasceu assim que o Michael declarou que tinha "merecido" os 100.000.000 dólares uma vez que uma cópia da Declaração da Independência seria eventualmente algo de electronicamente permanente nas bibliotecas informáticas de 100.000.000 dos utilizadores de computadores do futuro.

O Início da Filosofia do Gutenberg
A premissa em que Michael Hart baseou o Project Gutenberg foi: tudo o que pode ser introduzido um computador pode ser reproduzido indefinidamente ... o que o Michael apelidou de "Tecnologia Replicadora". O conceito de Tecnologia replicadora é simples; uma vez que o livro ou qualquer outro item (incluindo fotografias, sons, e mesmo itens em 3-D podem ser armazenados num computador), então poderá estar, e estará, disponível qualquer número de cópias. Qualquer pessoa no Mundo, ou mesmo fora deste Mundo (dada a transmissão por satélite) pode ter uma cópia de um livro que tenha entrado num computador.

esta premissa filosófica criou várias ramificações: 1. Os Textos Electrónicos ("Etexts") criados pelo Project Gutenberg destinam-se a ser disponibilizados nas formas mais simples e fáceis de utilizar disponíveis.

as sugestões para os tornarem menos legíveis não devem ser tratadas com ligeireza. Portanto, os textos electrónicos do Project Gutenberg sãos disponibilizados naquilo a que ficou conhecido como "Plain Vanilla ASCII", querendo dizer o reduzido conjunto do American Standard Code for Information Interchange (Código-Padrão Americano para Troca de Informação): i.e.: o mesmo tipo de caracteres que você lê numa página normal impressa — itálicos, sublinhados e negritos foram colocados em maiúsculas.

A razão para isto é que 99% dos componentes e programas de computador que uma pessoa possa correr possam ler e pesquisar esses títulos.

Qualquer outro sistema de armazenamento de texto electrónico ficará aquém de um público de 99%.

Isto não significa que não existam outros meios válidos para fazer o negócio dos textos electrónicos ... afinal, mais de metade dos computadores são DOS, portanto uma pessoa poder-se-ia dirigir a um público mais vasto fazendo apenas DOS. Todavia, o Plain Vanilla ASCII destina-se ao público com Apples e Ataris até aos velhos computadores homebrew Z80, enquanto o público de Mac, UNIX e super computadores se mantém incluído.

Com esta inspiração, o Project Gutenberg selecciona os textos electrónicos um pouco com base na filosofia de "retorno pelo investimento" ... escolhemos textos electrónicos que esperamos que grandes partes do público pretendam ter e usar com frequência. Pedem-nos frequentemente que preparemos textos electrónicos a partir de edições impressas de materiais esotéricos, mas isto não permite a utilização por o público a que decidimos destinar-nos, 99% da população em geral.

Ainda com a mesma inspiração, o Project Gutenberg tem evitado pedidos, solicitações e pressões para criar "edições autorizadas". Não escrevemos para um leitor que se preocupa se uma certa oração de Shakespeare tem um ":" ou um ";" entre as suas partes. Temos em vista o objectivo de lançar textos electrónicos que sejam 99,9% precisos aos olhos do leitor em geral. Dadas as preferências dos nossos revisores, e a falta generalizada de capacidades de leitura que se relata ter a população, provavelmente excedemos esses requisitos por larga soma. Todavia, para as pessoas que pretendem uma "edição autorizada" teremos de esperar mais algum tempo até que isto seja fazível. Tencionamos, contudo, lançar muitas versões de Shakespeare e outros clássicos para estudo comparativo a um nível universitário antes do final do ano 2001, quando planeamos completar o nosso 10.000º livro da Biblioteca Pública Electrónica do Project Gutenberg.

O Project Gutenberg fez parte das celebrações do 100º Aniversário das Bibliotecas Públicas, que começou em 1995. O Project Gutenberg espera encontrar o "Registo de Domínio Público", depois do 100º Aniversário do Registo de Direitos Autorais dos EUA em 1997.

Também esperamos que você faça parte disso. Estão todos convidados.

Nota de Rodapé:

O nosso objectivo final é fornecer Textos Electrónicos em Domínio Público pouco depois de estes terem entrado no Domínio Público. Claro, o período antes do qual uma obra protegida entra em Domínio Público foi aumentado de 28 anos (com uma extensão disponível por 28 anos) para mais de 50 anos sobre a morte do autor, por isso, isso pôs obstáculos, para sermos brandos, aos nossos planos. (A protecção por direitos autorais original era de 14 anos, nos EUA). Portanto, uma pessoa podia fazer inicialmente uma previsão razoável de que tudo o que estava sob direitos autorais estaria no Domínio Público enquanto podia ser utilizado; sob a nova lei, é impossível prever a duração dos direitos autorais e as probabilidades de um livro entrar em Domínio Público durante o tempo de vida de um leitor médio são mínimas. (Suponha que você tem 25 anos quando lê um livro novo e o autor tem 50: espere a média de 25 anos para que o autor morra (que pensamento!*). Agora tem de esperar mais 50 anos para ter acesso a esse livro; não interessa quando foi escrito (a não ser que seja antigo .. antes do período sobre o qual a lei retroage) ... portanto você terá de esperar (em média) até ter 100 anos. Uma pessoa com 25 anos, de acordo com a lei original, teria de esperar 14 anos ... até ter 39 anos. Uma grade diferença, entre ter 39 e 100 anos. Não é só isso, as leis de direitos autorais também se deveriam manter iguais durante todo esse tempo ... algo de duvidar seriamente, visto como têm mudado no século mais recente.

A Filosofia do Project Gutenberg
A Filosofia do Project Gutenberg é disponibilizar informação, livros e outros materiais ao público em geral em formas que a vasta maioria dos computadores, programas e pessoas possam facilmente ler, usar, citar e pesquisar.

Isto tem várias ramificações:

1. Os Textos Electrónicos do Project Gutenberg devem custar tão pouco que ninguém se irá mesmo preocupar com o quanto custam. Devem ter um tamanho global que se adapte ao media padrão da época ...

2. Os Textos Electrónicos do Project Gutenberg devem ser tão facilmente utilizados que ninguém nunca deverá ter de se preocupar em como os usar, ler, citar ou pesquisar.

A Filosofia do Project Gutenberg (continuação)
[...] Isto tem várias ramificações:

1. Os Textos Electrónicos do Project Gutenberg devem custar tão pouco que ninguém se irá mesmo preocupar com o quanto custam. Devem ter um tamanho global que se adapte ao media padrão da época ...

i.e.: quando começámos, os ficheiros tinham de ser muito pequenos, uma vez que um livro normal de 300 páginas ocupavam um megabyte de espaço, o que ninguém poderia ter (de um modo geral), em 1971. Por isso, ao fazer a Declaração da Independência dos EUA (apenas 5k) pareceu o melhor ponto de partida. A isto seguiu-se a Carta de Direitos — e depois toda a Constituição dos EUA à medida que o espaço começava a ficar maior (pelo menos de acordo com os padrões de 1973). Depois veio a Bíblia, uma vez que os livros individuais da Bíblia não eram muito grandes, depois Shakespeare (uma peça de cada vez), e seguidamente obras gerais nas áreas da literatura ligeira e pesada e obras de referência.

Pela altura em que o Project Gutenberg se tornou famoso, o padrão eram os discos de 360K, por isso fizemos livros tais como o Alice no País das Maravilhas ou o Peter Pan porque se conseguiam colocar num disco. Agora, o disco-padrão é o de 1,44 e a compressão-padrão é o ZIP; o tamanho de ficheiro na prática é de cerca de três milhões de caracteres, mais do que suficiente para um livro médio.

Todavia, as imagens ainda são tão volumosas para serem armazenadas em disco que ainda demorará um pouco antes de incluirmos mesmo as ilustrações de Tenniel no Alice e Looking-Glass. Contudo, TEMOS muito interesse em fazê-lo e apenas estamos à espera de melhorias na tecnologia para lançar uma versão de teste. O mercado terá de estabelecer ALGUNS padrões para gráficos, contudo, antes de podermos tentar alcançar públicos gerais, pelo menos no campo dos gráficos.

Para ilustrar a nossa fé nos gráficos e no futuro, seguimos um passo adiante, há apenas alguns anos, na nossa demanda por aquilo a que chamámos "Replicator Technology" TM. Gostaríamos de, no fim desta fase do Project Gutenberg (com a primeira aplicação em 3D da Replicator Technology), fazer CAT, MRI e digitalizações de XRAY Fluoroscopy de alguma coisa, talvez uma pintura, e imprimir cópias em 3D. Se alguém nos der acesso a uma obra-prima com cem anos ... um livro médio.

A Filosofia do Project Gutenberg (continuação, 2)
[...] Isto tem várias ramificações:

2. Os Textos Electrónicos do Project Gutenberg devem ser tão facilmente utilizados que ninguém nunca deverá ter de se preocupar em como os usar, ler, citar ou pesquisar.

Isto criou a necessidade de apresentar esses Textos Electrónicos do Project Gutenberg em "Plain Vanilla ASCII", como lhe temos chamado ao longo dos anos.

A razão para isto é simples ... é o único modo de texto que é tão fácil para os olhos como para o computador.

Contudo, isto encoraja outros a melhorarem os nossos textos electrónicos numa multiplicidade de formas e a distribuírem-nos numa variedade de media disponíveis, como se segue:

Assim que um texto electrónico é criado em Plain Vanilla ASCII, é o alicerce para tantas edições quantas qualquer pessoa pode esperar fazer no futuro. As pessoas que pretendam ter um texto electrónico que corresponda, ou não corresponda, a uma edição em papel em particular, podem, prontamente, fazer as alterações que pretendem sem terem de preparar todo esse livro de novo. Podem usar o Texto Electrónico do Project Gutenberg como um alicerce, e depois construírem-no na direcção que pretenderem.

Portanto, quaisquer queixas acerca de como fazemos os itálicos, os negritos ou os sublinhados, ou que devemos utilizar esta ou aquela fórmula de marcação, são enviados de volta, com os nossos cumprimentos, e com o incitamento a que o façam da forma que quiserem, tendo o trabalho básico já feito.

O mesmo se aplica aos media. Temos tido uma ética de trabalho, constante há muito tempo, de fornecer os textos electrónicos em qualquer meio que as pessoas queiram: Amiga, Apple, Atari ... aos IBM, aos Mac, aos TRS-80 ...

Contudo, agora que os nossos textos electrónicos são levados por tantos BBS, redes e outros locais, é mais fácil descarregar o ficheiro de um modo que o coloca no seu formato do que fazer-mos e enviarmos-lhe um disco, por isso não o fazemos propriamente com muita frequência.

O ponto principal no meio disto tudo é que daqui a muitos anos os Textos Electrónicos do Project Gutenberg ainda estarão disponíveis enquanto programa atrás de programa e sistema operativo atrás de sistema operativo se tornarão jurássicos, bem como os componentes físicos que os correm. Claro que isto é válido para todos os textos electrónicos em Plain Vanilla ASCII ... não só aqueles que o seu acesso lhe permitiu obter a partir do Project Gutenberg. O que queremos dizer é que daqui a uma década, provavelmente, não teremos os mesmos sistemas operativos ou os mesmos programas e, por conseguinte, todos os vários tipos de textos electrónicos que não estejam em Plain Vanilla ASCII ficarão obsoletos. Precisamos de ter os textos electrónicos em ficheiros com os quais um programa de pesquisa/leitura de Plain Vanilla possa lidar; isto não quer dizer que nunca devem existir marcações ... apenas que esses formatos de marcação devem ser facilmente convertíveis em ficheiros Plain Vanilla ASCII comuns para que a sua utilidade não caduque quando os programas com os quais utilizar já não estiverem entre nós. Lembra-se dos problemas que tivemos com os programas CONVERT para mudar os ficheiros dos antigos processadores de texto para Plain Vanilla ASCII?

Quer ter de passar por tudo isso novamente para cada livro que o mundo inteiro coloca constantemente em texto electrónico?

A valia do Plain Vanilla ASCII é óbvio ... tal como a da maioria dos vários sistemas de marcação que temos no Mundo. Mas até que apareçam alguns padrões reais – estaríamos a limitar as nossas opções em grande medida se não mantivéssemos cópias de todos os textos electrónicos também em Plain Vanilla ASCII.

Não temos nada contra as marcações. Nem vice-versa.

Alice no País das Maravilhas, a Bíblia, Shakespeare, o Corão e muitos outros estarão connosco enquanto estiver a civilização ... um sistema operativo, um programa, um sistema de marcação ... não estarão.

Isto inclui pedidos que recebemos para fazer a compressão em formatos particulares. Apenas existem dois formatos de que tenhamos conhecimento que servem para fazer transferências para um público mais vasto: ficheiros Plain Vanilla ASCII (ficheiros .txt) e ficheiros ZIPados daqueles, (ficheiros .zip). Os pedidos para outros formatos de compressão devem ser ignorados uma vez que apenas são apropriados para pequenas parcelas do nosso público-alvo. Contudo (programadores, tomem nota: precisaremos de ajuda) estamos a planear colocar algumas ligações de compressão nos nossos ficheiros para que possam ser transmitidos em qualquer combinação de formatos de compressão em tempo real, i.e.: devemos conseguir geral qualquer tipo de ficheiro pedido mas podemos manter apenas uma cópia de cada texto electrónico nos nossos servidores ... como o formato de compressão .Z faz de uma forma semelhante hoje.

A Selecção de Textos Electrónicos do Project Gutenberg
Existem três parcelas na Biblioteca do Project Gutenberg, basicamente descritas como:

Literatura Ligeira; como Alice no País das Maravilhas, Do Outro Lado do Espelho, Peter Pan, Fábulas de Esopo, etc.

Literatura Pesada; como a Bíblia e outros documentos religiosos, Shakespeare, Moby Dick, O Paraíso Perdido, etc.

Referências; como o de Thesaurus Roget, almanaque e um conjunto de enciclopédias, dicionários, etc.

A Colecção de Literatura Ligeira destina-se a fazer com que as pessoas comecem a utilizar o computador, seja uma criança em idade pré-escolar ou um avô. Adoramos quando nos contam de crianças e avós que levam uns aos outros textos electrónicos do Peter Pan depois de terem visto o Capitão Gancho no cinema, ou quando lêem o Alice no País das Maravilhas depois de o terem visto na TV. Também nos têm dito que quase todos os filmes do Caminho das Estrelas citam lançamentos actuais de textos electrónicos do Project Gutenberg (desde Moby Dick no A Ira de Khan, até à citação final no mais recente, etc.) já par não falar na referência ao Do Outro Lado do Espelho no JFK. Isto era uma preocupação principal quando escolhíamos os livros para as nossas bibliotecas.

Queremos que as pessoas sejam capazes de procurar facilmente citações que ouviram em conversas, filmes, músicas, outros livros com uma biblioteca que contenhas essas citações num formato de texto fácil de encontrar.

Com o Plain Vanilla ASCII você será facialmente capaz de pesquisar uma biblioteca inteira sem qualquer programa mais sofisticado do que um de texto simples. De facto, estes ficheiros de textos electrónicos do Project Gutenberg são tão simples que você poderá fazer sobre eles uma pesquisa sem ter de utilizar um programa de pesquisa intermediário (i.e.: um programa entre você e o disco). O programa de acesso directo ao disco da Norton e outros podem pesquisar qualquer um dos seus ficheiros sem você ter sequer de os referir, apontando para uma directoria de textos electrónicos, ou o que seja. Você pode simplesmente pesquisar uma saída não depurada do disco ... Eu faço isto numa partição com meio gigabyte, que contém todas as nossas edições.

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Categories: PT-PG | PT Ensaio de Michael Hart

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