quinta-feira, 10 de junho de 2010

805 - INVASÃO DA INGLATERRA PELOS GERMANOS



Wiki: História da Inglaterra (1/3)

A Inglaterra é o território mais extenso e mais povoado do Reino Unido. Habitada por povos celtas desde o século V aC, a Inglaterra foi colonizada pelos romanos entre 43 dC e princípios do século V. A partir de então começou a invasão de uma série de povos germânicos (anglos, saxões e jutos) que foram expulsando aos celtas, parcialmente romanizados, até Gales, Escócia, Cornualha e a Bretanha francesa. No século X, depois de resistir a uma série de ataques vikings, unificou-se politicamente. Depois da ascensão de Jaime VI da Escócia ao trono da Inglaterra em 1603 e a anexação da Escócia pela Inglaterra em 1707 resulta mais apropriado diferenciar a história da Inglaterra da do resto de Grã Bretanha.

Índice:
1. Pré história
2. A invasão e ocupação romana
3. A conquista anglo-saxã da Grã-Bretanha celta
4. As Invasões Vikings
5. A Inglaterra durante a Idade Média
6. Dinastia Tudor
7. As revoluções do século XVII (1603 - 1707)
8. Veja Também


História da Inglaterra

Esta artigo faz parte de uma série
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Britânia pré-histórica
Britânia romana
Inglaterra anglo-saxã
Heptarquia
Inglaterra anglo-normanda
Casa de Plantageneta
Casa de Lancastre
Casa de Iorque
Casa de Tudor
Casa de Stuart
O Protectorado
Comunidade da Inglaterra
Restauração Stuart
Revolução Gloriosa
Reino da Grã-Bretanha
Reino Unido da Grã-Bretanha
e Irlanda
Reino Unido da Grã-Bretanha
e Irlanda do Norte

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1. Pré história


Stonehenge.
Indícios arqueológicos demonstram que a área hoje conhecida como o sul da Inglaterra foi povoada bem antes do restante das Ilhas Britânicas, devido ao clima ameno entre e durante as diversas idades do gelo. Os habitantes pré-romanos da Grã-Bretanha não deixaram documentos escritos e suas história e cultura são estudadas por meio de achados arqueológicos. Conservam-se poucos indícios da civilização dos primeiros habitantes da ilha, como o monumento megalítico de Stonehenge, que data da Idade do Bronze (até 2300 a.C.).

As técnicas de trabalho em ferro chegaram à Grã-Bretanha em cerca de 750 a.C., provenientes do sul da Europa, dando início à Idade do Ferro. Por volta de 500 a.C., a chamada cultura celta havia alcançado quase todas as Ilhas Britânicas. Os bretões da Idade do Ferro vivam em grupos tribais organizados, governados por um chefe.

A primeira menção histórica à região é do Massaliote Periplus, um manual de navegação para comerciantes provavelmente datado do século VI a.C. Piteas de Massília nele escreveu sobre sua viagem de negócios à ilha em cerca de 325 a.C. Mais tarde, outros autores, tais como Plínio, o Velho, e Diodorus Siculus, mencionam o comércio de estanho proveniente do sul da ilha. Tácito registrou que a língua falada na Grã-Bretanha não era muito diferente da empregada na Gália setentrional e notou que as várias tribos britânicas possuíam características físicas semelhantes às dos seus vizinhos continentais.

2. A invasão e ocupação romana
Ver artigo principal: [[Invasão romana das ilhas britânicas]]



A Muralha de Adriano, no norte da Inglaterra.
Em duas ocasiões, em 55 e 54 a.C., Júlio César invadiu a Britânia, mas não logrou conquistar território, limitando-se a estabelecer Estados-clientes. Em 43, Cláudio foi bem-sucedido em nova tentativa de invasão, dando início à província romana da Britânia.

Os britânicos defenderam sua terra, mas os romanos, militarmente superiores, conseguiram dominar a ilha. Iniciaram uma forte opressão contra o druidismo, religião mais popular no local na época.

Os romanos fundaram cidades, como Londres, e fortalezas, utilizando engenharia e arquitetura nunca antes vistas na Britânia. Também ergueram muralhas (como a de Adriano) que cruzavam a Grã-Bretanha de oeste para leste, cujo propósito era impedir incursões militares de tribos ao norte (no que é a atual Escócia) contra o território da província romana.

A influência romana também foi muito forte na cultura religiosa britânica. Primeiro, a própria história de deuses celtas foi desaparecendo, transformando-os apenas em deuses romanos com nomes celtas (uma relação mais ou menos parecida com a da mitologia grega com a romana). Os romanos também levaram para a ilha o cristianismo que, quando da retirada das forças romanas no século V, já tinha força considerável na Grã-Bretanha. Depois, as próprias disputas internas aumentaram a influência do cristianismo, fazendo o druidismo desaparecer gradativamente e sem deixar muitos registros históricos, pois os druidas recusavam-se a escrever sobre seus dogmas e rituais. E no próprio povo britânico, até mesmo entre os nobres, era raríssima a prática da escrita.

Júlio César esteve no sul da Grã-Bretanha em 55 e 54 a.C. e escreveu em seu De Bello Gallico que a população local era numerosa e tinha muito em comum com as outras tribos da Idade do Ferro no continente. Curiosamente, há poucas fontes históricas referentes à ocupação romana da Grã-Bretanha. Apenas uma frase sobreviveu a respeito das razões para a construção da Muralha de Adriano. A invasão de Cláudio é bem documentada e Tácito incluiu a rebelião de Boadicéia, de 61, na sua história. Na altura do século V, a influência romana já havia declinado consideravelmente. As legiões deixaram a ilha, provavelmente na mesma época da invasão saxônica, descrita a seguir.

3. A conquista anglo-saxã da Grã-Bretanha celta
Na esteira dos romanos, que abandonaram o sul da ilha por volta de 410 de modo a se concentrar em dificuldades mais urgentes e mais próximas do núcleo do império, ondas sucessivas de tribos germânicas começaram a chegar ao que é hoje a Inglaterra, inicialmente convidadas por Vortigern, rei dos bretões, na qualidade de mercenários empregados contra os irlandeses e os pictos.

Os jutos, frísios, francos ripuários, saxões da Germânia setentrional e anglos provenientes do que é hoje a Dinamarca, conjuntamente conhecidos como anglo-saxões, invadiram a Grã-Bretanha em meados do século VI. Assentados na costa oriental, forçaram a subida do rio Tâmisa à procura de mais terras aráveis nos vales, deixando as colinas para os bretões celtas. A população bretã foi em sua maior parte expulsa, uma parcela considerável foi exterminada e o que restou dela foi absorvido pelas populações anglo-saxãs (germânicas). Os anglo-saxões estabeleceram-se no que é hoje a Inglaterra e formaram diversos reinos independentes, dentre os quais os da chamada Heptarquia (Nortúmbria, Mércia, Ânglia Oriental, Wessex, Sussex, Essex e Kent). Com a sujeição da Nortúmbria em 829, Egberto de Wessex tornou-se o primeiro suserano (Bretwalda) sobre toda a Inglaterra.

4. As Invasões Vikings
A Crônica Anglo-Saxônica registra a incursão de 793 contra o mosteiro de Lindisfarne como ponto de partida na longa história de ataques vikings contra a Grã-Bretanha.

Após um período de saques e incursões, os vikings começaram a colonizar a Inglaterra e ali comerciar. Chegaram em barcos com bons exércitos, em sua maioria dinamarqueses, e tomaram para si praticamente todos os reinos ingleses, que eram independentes. A partir do fim do século IX, governavam parte considerável do território inglês, no que era conhecido como o Danelaw.

Alfredo, o Grande impediu a invasão dos vikings em seu reino, Wessex, por meio da construção de diversas fortalezas. Seu sucesso contra as incursões vikings e a reorganização do reino por ele empreendida fizeram com que a história lhe outorgasse o epíteto "o Grande".

5. A Inglaterra durante a Idade Média
5. 1. Os normandos
Ver também: Conquista Normanda


Cena da batalha de Hastings (1066), na tapeçaria de Bayeux.
Os normandos, vikings assentados na Normandia (França) que haviam adotado o francês como língua, conquistaram a Inglaterra em 1066. Guilherme da Normandia, que tinha direitos sobre o trono inglês, venceu ao rei saxão Haroldo Godwinson na batalha de Hastings e foi coroado rei. Guilherme (chamado "o Conquistador"), já rei da Inglaterra, ordenou a compilação do Domesday Book, um levantamento da população do reino com propósitos fiscais. A coroa passou a empenhar-se na estabilização da Inglaterra e na integração dos anglo-saxões e da nova elite anglo-normanda. A dinastia normanda duraria de 1066 a 1189, ano em que foram sucedidos pelos Plantagenetas.

Henrique I (1100-1135), filho de Guilherme I, deu continuidade à política de integração. Durante o desastroso reinado de Estevão I, sobrinho do rei Henrique I, (1135-1154), os barões feudais ganharam poder, instalou-se uma guerra civil e houve incursões galesas e escocesas. Com a morte de Henrique I, que havia nomeado a sua filha Matilde como sucessora ao trono, Estevão se autoproclamara rei. Em 1139, Matilde, que era casada com Conde de Anjou (Plantageneta), invadiu a ilha e capturou Estevão. Este último foi restaurado em 1148 e, por fim, chegou-se a um entendimento pelo qual ele seria sucedido no trono pelo filho de Matilde, Henrique de Anjou.

O filho de Matilde subiu ao trono como Henrique II e logrou centralizar o poder, afastando o país do feudalismo. Seu sucessor, Ricardo I Coração de Leão, dedicou-se à Terceira Cruzada e a defender seus territórios no continente contra Filipe II da França. Com a morte de Ricardo I, seu irmão João Sem Terra sucedeu-o. João perdeu a Normandia e outros territórios na França, além de hostilizar a nobreza feudal e a Igreja de tal maneira que estes, em 1215, revoltaram-se contra o rei e forçaram-no a assinar a Magna Carta, que impunha limites ao poder real.

Em 1216 com a morte de João, subiu ao trono seu filho Henrique III. Seu reinado tampouco foi brilhante. Caiu derrotado ante os franceses e se submeteu ao papado. Em 1258 instalou-se uma crise entre Henrique III e a nobreza inglesa, a qual forçou o rei a reafirmar os termos da Magna Carta e a jurar as chamadas Provisions of Oxford ("disposições de Oxford"), que entregaram o governo do país a um conselho com 15 integrantes e previa que o parlamento se reuniria três vezes ao ano.

Henrique III tratou de anular os acordos com a ajuda do papa, mas não foi capaz de submeter a nobreza, o que conduziu a uma guerra civil. Em 1264 Simão V de Montfort fez prisioneiro Henrique III. O poder ficou, a princípio, nas mãos de Montfort, que exerceu uma forte ditadura. Em 1265 reuniu um novo parlamento. Mas em 1265, Monfort foi derrotado e morto pelo príncipe herdeiro Eduardo. Henrique III foi restaurado e dissolveu o parlamento.

Eduardo I (1272-1307) promulgou leis que restringiam o poder do governo e convocou os primeiros parlamentos oficialmente reconhecidos. Conquistou o País de Gales e procurou ganhar o controle da Escócia, plano este custoso e demorado e que foi finalmente abandonado após a derrota de seu filho e sucessor, Eduardo II, na batalha de Bannockburn.

5. 2. Guerra dos Cem Anos (1337-1453)
Ver também: Guerra dos Cem Anos


O rei Eduardo III da Inglaterra reivindicou o direito de ser rei da França e deu início a Guerra dos Cem Anos.
Em fevereiro de 1328 morreu o rei Carlos IV. Eduardo III da Inglaterra tinha direitos ao reinado francês por ser sobrinho de Carlos, mas os nobres franceses preferiram Filipe de Valois, quem reinou com o nome de Felipe VI.

Em 1337, Filipe VI confiscou o ducado da Aquitânia. Isto acabou por desencadenar um conflito aberto entre Inglaterra e França que viria a chamar-se Guerra dos Cem Anos. As primeiras vitórias foram para os ingleses, superiores militarmente: em 1340, na batalha naval de Sluys, em 1346 em Crécy e em 1347 em Calais. Esta cidade permaneceria no poder dos ingleses até 1558.

A Peste Negra atingiu a Inglaterra em 1348 e matou possivelmente um-terço da população.

O filho de Eduardo (também chamado Eduardo e conhecido como "Príncipe Negro") lançou mão da tática da chevauchée ("cavalgada"), incursões profundas em território inimigo desprotegido; tornou-se famosa a chevauchée de Bordéus à costa francesa do Mediterrâneo, através do condado de Armagnac, entre 1355 e 1356. Em 1356 obteve uma grande vitória ante os franceses em Poitiers, fazendo prisioneiro a João II da França. Em 1360 Eduardo III assinou o Tratado de Brétigny, pelo qual o valor do resgate por João era reduzido, os ingleses passavam a dominar desde os Pireneus até o Loire e Eduardo III renunciava a seus direitos sobre a coroa francesa.

Os ingleses apoiaram o rei de Castela, Pedro I, na luta contra seu irmão Henrique II. Em 1369, Pedro foi assassinado por seu irmão. A herdeira de Pedro era sua filha Constança, que se casou com João de Gante, duque de Lancaster, filho de Eduardo III. Em 1372 a frota castelhana venceu a inglesa na Batalha de La Rochelle. Em 1369 os franceses voltaram a invadir a Aquitânia e em 1375 firmou-se uma trégua de dois anos em Bruges: a Inglaterra mantinha somente Calais e uma estreita franja desde Bordéus a Baiona.

O Príncipe Negro morreu em 1376. Eduardo III morreu em 1377. Subiu ao trono Ricardo II (1377-1399), filho do Príncipe Negro, aos dez anos de idade. Em 1381 instituiu-se um imposto para defender o país de uma potencial invasão francesa, o que causou uma revolta dos camponeses da zona mais rica da Inglaterra. Os rebeldes foram derrotados em 28 de junho em Billericay. Em 1396, Ricardo II assinou uma trégua com a França. Em 1399 morreu João de Gante, duque de Lancastre, imensamente rico. Ricardo II recusou-se a permitir que Henrique Bolingbroke, filho de João, recebesse a herança. Na ausência de Ricardo II, que comandava uma campanha militar na Irlanda, Bolingbroke retornou à Inglaterra e logrou obter apoio suficiente para ser aclamado rei, de nome Henrique IV. Ricardo II foi capturado e morreu em circunstâncias misteriosas. Henrique fundou a Casa de Lancaster. Até 1408, teve que fazer frente a várias revoltas da nobreza. Em 1407, ingleses e franceses firmaram uma nova trégua.

Filho de Henrique IV, Henrique V (1413-1422) confirmou seus direitos ao trono francês e reativou a guerra. Em 1415 obteve a vitória de Azincourt e em 1417 tomou Caen. Em 1420 firmou-se o Tratado de Troyes, pelo qual Henrique se casaria com Catarina de Valois, filha do rei da França, e o filho resultante da união assumiria o trono francês. Porém Henrique V morreu antes do rei Carlos VI de França. Sob a regência de João, duque de Bedford, irmão de Henrique V, os ingleses chegaram em 1429 até Orleans. Sob a inspiração de uma camponesa da Lorena, Joana d'Arc, o filho de Carlos VI de França (o futuro Carlos VII) rompeu o cerco de Orleans, foi coroado rei da França em Reims e empreendeu uma campanha para tomar a Normandia e a Gasconha (entre 1449-1453). Em 1450 aniquilou o exército inglês em Fromigny. Em 1453 tomou Bordéus, recuperando toda França (salvo Calais,) e pondo fim à Guerra dos Cem Anos.

5. 3. Guerra das Rosas (1455-1487)
Ver artigo principal: [[Guerra das Rosas]]



A Batalha de Barnet durante a Guerra das Rosas
A Guerra das Rosas (1455-1485) foi o conjunto de conflitos intermitentes que enfrentou aos membros e partidários da Casa de Lancaster contra os da Casa de York, pretendentes ao trono da Inglaterra. Ambas famílias reais tinham origem comum na Casa Real, como descendentes do rei Eduardo III. O nome "Guerra das Duas Rosas" ou "Guerra das Rosas" não foi utilizado na sua época, mas procede dos emblemas de ambas casas reais. Por um lado estava a rosa vermelha dos Lancaster e pelo outro a rosa branca de York.

O antagonismo entre ambas casas começou quando o rei Ricardo II foi destronado por seu primo, Henrique Bolingbroke em 1399. Henrique era o quarto filho de João de Gante, quem por sua vez era o terceiro filho de Eduardo III. De acordo com a lei de sucessão inglesa, a coroa deveria recair nos descendentes masculinos de Leonel de Antuérpia. Com a morte de Bolingbroke, em 20 de março de 1413, assumiu a coroa seu filho Henrique V. Durante seu curto reinado, Henrique V teve que sufocar uma revolta liderada pelo neto de Henrique III, Ricardo de Conisburgh, Conde de Cambridge. A esposa de Ricardo de Conisburgh, Ana Mortimer, reclamou seus direitos sobre a coroa, já que era filha de Roger Mortimer e, portanto, descendente de Leonel de Antuérpia. Henrique V morreu em 1422, e Ricardo, duque de York e filho de Ana Mortimer, se propôs a desafiar ao novo rei, o frágil Henrique VI.

Durante o governo de Henrique VI perdeu-se virtualmente todas as possessões inglesas no continente europeu, incluídas as terras ganhadas por Henrique V. Para piorar, Henrique VI sofria de uma enfermidade mental emergente. Por isso tudo muitos o consideravam incapaz de governar e a Casa de York fortaleceu sua pretensão sobre a coroa. O crescente descontentamento civil, somado à multiplicação de nobres com exércitos privados e a corrupção da corte de Henrique VI, formaram o clima político ideal para a guerra civil.

Quando, em 1453, o rei padeceu em um primeiro episódio grave de sua enfermidade, estabeleceu-se um Conselho de Regência encabeçado por Ricardo de York que começou de imediato sua campanha de pretensão ao trono mas a recuperação de Henrique VI, em 1455, frustrou as ambições de Ricardo, quem foi despedido rapidamente da corte pela esposa do rei, Margarida de Anjou. O poder da rainha crescia cada vez mais e o que fez com que ela fizesse várias alianças com nobres contra Ricardo, com a finalidade de reduzir sua influência. A crescente frustração de Ricardo e a agressividade da rainha levaram finalmente a ações armadas, dando lugar à Primeira Batalha de Sant Albans. Após a derrota das forças de Lancaster, York e seus aliados reconquistaram suas posições de influência. Por um tempo, ambos os lados se sentindo impressionados pela batalha em campo, realizaram esforços para alcançar uma reconciliação. Entretanto, com um novo ataque de demência do rei, o Duque de York foi designado como seu Lord Protetor e a rainha Margarida acabou ficando em uma posição secundária. A tensão voltou quando emergiu novamente o assunto sucessório.

Em 1460 foi feita a Ata de Acordo onde o filho de Henrique VI foi deserdado e Ricardo considerado sucessor do rei. Este acordo não foi aceito pelos Lancaster, que se reuniram sob o comando da rainha Margarida e pelo Príncipe Eduardo, formando um grande exército. O Duque de York foi morto na Batalha de Wakefield. Com a morte de Ricardo, seu filho tornou-se herdeiro ao trono. A batalha pelo trono recomeçou com o filho do Duque de York, Eduardo, de um lado e a rainha Margarida de outro.

Com o apoio das forças de Warwick, Eduardo entrou com seu exército em Londrese foram aclamados pela multidão. Uma vez consolidada a situação na capital, o exército de York e Warwick dirigiram-se ao norte, com suas forças e toparam com o exército da rainha no povoado de Towton. A Batalha de Towton converteu-se na mais sangrenta da Guerra das Rosas. Eduardo ganhou esta batalha decisiva enquanto os Lancaster eram dizimados, com a maioria de seus líderes mortos.



Os príncipes da Torre
A coroação oficial de Eduardo IV teve lugar em junho de 1461. Eduardo pôde governar em relativa paz por mais de dez anos. O período que compreende os anos 1467 e 1470 esteve marcado pela rápida deterioração da relação entre o rei Eduardo IV e Ricardo Neville, Conde de Warwick. Em 1471, Eduardo derrotou Warwick na Batalha de Barnet e neste mesmo ano, destruiu a todas as forças de Lancaster na Batalha de Tewkesbury, dando morte a Eduardo de Westminster, filho Henrique VI. Eduardo IV morreu repentinamente em 1483 seu herdeiro ao trono, Eduardo V, tinha então somente doze anos, e havia sido criado e educado sob os cuidados de Anthony Woodville. Isto significava que estava sob uma ameaça dos anti-Woodville, que acabaram forçando a designação de Ricardo, Duque de Gloucester como Lord Protetor do pequeno rei. O Duque de Gloucester reivindicou o trono e capturou o jovem rei e seu irmão e os prendeu na Torre de Londres. Gloucester se converteu no rei Ricardo III. Os dois meninos encarcerados, conhecidos como os "Príncipes da Torre" desapareceram e foram possivelmente assassinados, ainda que se discuta pela mão e ordem de quem até os dias de hoje.

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