753 - INVASÕES BÁRBARAS

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14/8/2009
O Império Carolíngio e as Invasões Bárbaras
Um historia bastante atual, passada em algum lugar proximo daqui ...
Divirtam-se !

Cena 1:
Um reinado,cujo funcionamento e questionado provoca a queda de um rei, agonizante e a ascencao de uma eminencia parda, o bispo.
Nao, nao e o bispo da Universal, mas se alguem se lembra de Montesquieu ...
O bispo se traveste de Rei, apesar de todas as prerrogativas em contrario e nomeia seus generais;
Todavia o marques, e indicado pela cupula.
O marques e tido como uma pessoa irascivel, mal quista, má, ate para os camponeses!
O marques indica os missi dominici; Num primeiro momento,a mao de ferro e a austeridade marcam a nova administracao, acenando mudancas...
A composicao dos missi dominici soa estranhamente vulgar.Uma delas, um campones,oriundo da mais humildes familias, pauperrimo ate, tido como um combatente guerreiro,com habitos barbaros e comportamento tambem explosivo, mas nao tao forte quanto o do proprio marques (pelo menos por enquanto)!
Outro membro, porem faz contraponto ao humilde guerreiro.Membro da mais elevada e famosa academia, destacou-se pelos projetos que, ainda por mais malfadados e desconhecidos do grande publico,por sua proximidade com a aristocracia, foi escolhido para promover o Renascimento Carolíngio!
O Marques, mostrando alinhamento comm as modernas tecnicas de gestao e administracao decide incluir mulheres. Desconhecidas pelos camponeses,mas nao pela corte, sao o braco e unha direitos do Marques.
O Rei assegura-se que a nova era e chegada, anunciando essas mudancas tanto no diario da Corte, como enviando mensageiros de casa em casa anunciando a boa, segundo o Rei, ventura!!!
O problema das mulheres, alem de estarem associadas pela propria aristocracia, como um retweet de uma piada imoral de @marinamiyazaki hoje pela manha, mas pela excessiva, por assim dizer, fidelidade e lealdade canina ao Marques.
O Rei,tambem dotado de grande erudicao, formado em um gremio cultural de grande renome, a principio acolheu sem reservas as escolhas do missi dominici feitas pelo Marques, subscrevendo-os na Carta Magna, proferida o mais cedo possivel, para que tambem os outros povos pudessem tomar ciencia de tao grandes mudancas!
Tudo parecia tranquilo e em boa temperanca, quando inesperadamente, foi anunciada a troca de um dos missi dominici, por motivos ainda desconhecidos pelos camponeses, por um outro membro,pertencente a outra faccao da aristocracia, aquela mais nova, que lembra a novela "Malhacao", so que e claro com gente um pouco mais nova que a velha aristocracia que "dava as cartas" no reino...
O reino, de caracteristicas peculiares,acostumara-se aos "modus-operandi" do poder vindouro.Tanto camponeses como aristocratas viviam ora pacificamente, promovendo a famosa "integracao social" com bailes e festas, e as vezes, as turras com o Rei, sob protestos e vaias, ja que a palavra nao custava nenhum niquel, principalmente aqueles que viviam a margem da combalido sistema economico do reino.
Pensava-se que apos o fracassado modelo feudal, os camponeses, talvez vislumbrando o que denomina-se Taylorismo, seriam agraciados uma melhor distribuicao de renda e tarefas;
Ledo engano, comecavam a sentir a mao de ferro do poder. Controle excessivo e a implantantacao de um sistema de Propaganda sob o forte e rigido controle do Poder, seriam a tonica do dia-a-dia daqueles que outrora contribuiram com o enriquecimento do Reino e indiretamente, da Aristocracia.
Eficiente, como um relogio suico, a substituicao do missi dominici foi anunciada, num toque solene e com forte conteudo politico.
Nem sempre a mensagem e pra ser lida, e sim "entendida" !
O porque e o senao dessa estruturacao, algo nada comum nos reinados anteriories, pairavam ainda no nucleo "pensante" dos Camponeses. Sim, ainda que um retrato pifio, com uma visao de um misto de horror e desprezo, tracado pela Aristocracia e propagado por geracoes, havia gente "do povo" que "pensava", questionava seus valores e principalmente seu papel como ser humano, vagando pelo Reino, como Dante em busca da saida do Inferno.
Uma mudanca por si so nao significa nada, pensavam eles, se nao ha um modelo, uma meta a longo prazo a cumprir.
Tracaria esse novo modelo como um modelo mal ajambrado de Keynes, onde a socializacao do capital e estimulada atraves de politicas sociais, mais emprego...
Mas qual e o papel dos Camponeses nesse "novo" sistema nefasto e marketeado ?
Ser Barbaro vale a pena ?
Lutar por algo que se tem a certeza de nao dar certo e o fim de todo o Campones ?

Cena 2:
Uma familia recebe ordens reais de despejo e requisita como confisco real, o primogenito da familia para que tome parte do exercito barbaro.
Sem saber para onde ir e como ir, o patriarca da familia, chorando de vergonha, fala ao filho mais velho, olhando-o profundamente nos olhos : "Sede como o Guerreiro, nosso capataz, busca teu quinhao no Reino a qualquer preco, sem considerardes a outrem!".
Que a vontade do Rei seja cumprida, falou o pai a essa altura, conformado ao encarregado enviado pelo missi dominici mais sabio do reino.
O Pai desalojado de suas coisas, pergunta ao encarregado: "Onde posso guardar minhas coisas? Para onde posso ir?"
O encarregado responde-lhe que ele deveria alinhar-se com os demais camponeses menos afortunados, que a esta altura eram muitos ou entao buscar outro reino, onde com certeza o deslocamento seria muito dificil e perigoso. E com um sorriso matreiro, quase igual a uma hiena, virou-lhe as costas, levando consigo o bem mais precioso daquela familia.
Mal sabiam todos que o comeco do fim de tudo estava ali ...

--- continua ---
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