660 - QUEDO DO IMPÉRIO ROMANO

Material de Idade Média – Alta Idade Média e Baixa Idade Média.
Idade Média 476 – Queda do Império Romano do Ocidente
1453 - Tomada de Constantinopla
Período Medieval Europeu:
Alta Idade Média (século V – século X)
Dividido em duas grandes etapas
Baixa Idade Média (século X século XV)
Alta Idade Média:
· Fases da penetração dos bárbaros:
· Migrações (até o século V) e invasões bárbaras (a partir do século V).
· Definição de bárbaros:
- Povos subordinados ao Império Romano;
- Não falavam o latim;
- Habitantes da fronteira do Império.
· Principais grupos bárbaros que invadiram a Europa:
Germanos- visigodos, ostrogodos, hérulos, anglo-saxões e francos.
Eslavos- russos, poloneses, tchecos e sérvios.
Tártaros-mongóis – hunos, turcos e búlgaros.
· Características de como viviam a maioria dos povos bárbaros:
Economia Terra -propriedade coletiva
Amonetária; natural; viviam da caça, pesca e despojos de guerra; pastoreio
agricultura rudimentar
Política: Não há a existência de um Estado organizado.
Vida social: Orientada pelas leis consuetudinárias;
Religião: Politeísta e cultuavam os seus ancestrais.
Dinastias: Merovíngia e Carolínia:
 O reino Franco
- Da queda de Roma até o século VII, grande parte da Europa estava dividida em uma
porção de pequenos reinos – criados pelos bárbaros.
- A primeira tentativa em se criar um grande império cristão e europeu foi obra da
Dinastia Carolíngia.
- O primeiro grande feito carolíngio foi a vitória sobre os árabes na Batalha de Poitiers
(no ano 732), o general franco Carlos Martel derrotou os árabes.
 Pepino, o breve.
Para reforçar o seu poder, ele fez um acordo político com o Papa. Enviou tropas para a
Itália e ajudou o papa a se tornar rei de Roma. Em troca obteve o apoio da Igreja para
seu governo.
 Carlos Magno.
- Forte exército;
- Constituiu um Império quase tão grande quanto o antigo Império Romano do Ocidente;
- No Império Carolíngio, os nobres ficaram donos das melhores terras. Os camponeses
pobres trabalhavam nessas terras e pagavam pesados impostos em produtos ou trabalho
gratuito para os nobres.
- Carlos Magno tinha o costume de dividir uma parte das terras que conquistavam entre
seus comandantes militares. Em troca das terras, esses comandantes deviam obediência ao
imperador.
- Depois a morte de Carlos Magno (814), o governo passou a ser exercido por seu filho
Luís, o piedoso que permaneceu no poder até 841.
 Luís, o piedoso.
- A sucessão de Luís gerou grandes disputas entre os netos de Carlos Magno –
Lumaréu, Carlos, o calvo e Luís- o germânico. Só depois de muitas batalhas que
esgotaram o grande império, os irmãos assinaram o Tratado de Verdun.
- O tratado rompeu com a unidade imperial conquistada por Carlos Magno. E o tratado
contribuiu para o enfraquecimento do poder real, favorecendo condes, duques e
marqueses, que passaram a ter maior autonomia
Concretizava-se o feudalismo Franco.
Feudalismo – Estrutura econômica, social política e cultural que se edificou
progressivamente na Europa centro-ocidental em substituição à estrutura escravista da
Antiguidade romana.
- Feudalismo clássico – francês;
- Nos demais países da Europa Ocidental houve variações, de acordo com o desdobramento
histórico regional. Não estudaremos os vários feudalismos, e sim, o feudalismo franco.
Feudalismo: economia e propriedade
Economia: agrária, não comercial, auto-suficiente, quase totalmente amonetária.
Propriedade: feudal ou senhorial. O feudo era dividido em três partes distintas: manso
senhorial, manso comunal e manso servil
Desenvolvimento tecnológico do período: irrelevante
Rotatividade trienal de cultura .
Sociedade feudal
Sociedade estamental - estratificada e sem mobilidade social.
Camadas produtivas:
Servo- achava-se ligado à terra, não podendo ser dela retirado para ser vendido.
Vilões – antigos proprietários livres, embora permanecessem ligados a um senhor. Na
realidade eram servos com menos deveres e mais obrigações quase sempre bem- definidas e
que não poderiam ser aumentadas segundo a vontade de seu senhor.
Camadas dominantes:
Suseranos – nobres que cediam terras como retribuição a um serviço prestado.
Vassalos – nobres que recebiam as terras.
Vide pág 114 – Cerimonial de homenagem .
Clero regular – constituído por monges que recolhiam em mosteiros , isolados do mundo
sob os votos de castidade, caridade e pobreza.
Clero secular – constituído por cleros que entravam em contato com a vida profana.
Obrigações servis: Corvéia, Talha, Banalidade, Capitação, Tostão de Pedro, Mão-Morta,
Formariage, Albergagem – vide quadro amarelo pág : 113
Hegemonia ideológica e cultural
Exercida pela Igreja Católica Apostólica Romana – caracterizada pelo Teocentrismo.
Atuando em todos os níveis da vida social, a Igreja estabeleceu norma, orientou
comportamentos e, sobretudo imprimiu os ideais do homem medieval- os valores teológicos,
isto é, a cultura religiosa.
Envolto pelo idealismo religioso, o clero transmitia a população uma visão de mundo que lhe
era conveniente e adequada ao período.
Baixa Idade Média (século XI –XV)
Causas da decadência do feudalismo.
Crescimento demográfico:
- Fim das invasões;
- Fim das epidemias;
- A taxa de natalidade supera a de mortalidade;
Crescimento demográfico- porém as técnicas de produção eram limitadas.
Gera a marginalização social – expulsão do excedente populacional dos feudos.
Bandoleiros aldeias – antigos centros urbanos = mercados latentes
Aprimoramento das técnicas agrícolas instrumentos de ferro- arado
novo atrelamento dos animais, ferraduras,
moinhos hidráulicos
Obstáculos na própria estrutura estamental:
- O servo não se motivara a produzir mais porque caber-lhe-ia uma parcela maior de
tributo;
- Expansão dos limites do espaço agrícola (áreas de bosques e florestas) – insuficientes
- Ampliação dos limites geográficos - Guerra de Reconquista e Movimento das
Cruzadas.
Movimento das Cruzadas.
Cruzadas – Uma série de expedições armadas realizadas pelos cristãos contra os
muçulmanos com o propósito de romper o cerco a que vinham submetendo a Europa
desde o século VIII.
Motivações:
· Libertação de lugares religiosos tradicionais – Santo Sepulcro
· A Igreja ambicionava reunificar as duas igrejas, anulando a autonomia da
Igreja Ortodoxa;
· Religiosidade do homem medieval;
· Marginalização decorrente do crescimento demográfico e a persistência
do direito de primogenitura;
· Também interesses comerciais, sobretudo dos negociantes italianos- as
Cruzadas representariam a possibilidade de reabertura do Mediterrâneo e
a obtenção de entreposto e vantagens comerciais no Oriente.
Foram organizadas diversas cruzadas entre 1096-1270. vide livro pág 139.
Conseqüências:
· Comprometimento do prestígio da Igreja entre os fiéis;
· Empobrecimento de alguns senhores feudais;
· Fortalecimento da nobreza;
· Intensificação do comércio com o Oriente;
· Intercâmbio cultural.
Renascimento Comercial e Urbano – vide livro de História pág : 140-143.
Visão geral da Baixa Idade Média:
Duas grandes fases: Expansão (século XI – Século XIII) e
Contração (Séculos XIV e XV) – Tríade do século XIV – Fome, Peste Negra e a
Guerra dos Cem Anos.



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