segunda-feira, 7 de junho de 2010

644 - IMPÉRIO ROMANO

MA210907
PE(M/T)/AC(T)/ SF(M/N)
ROMA – A Queda do Império Romano
Frente: 01 Aula: 14
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PROFº: PANTOJA
A CRISE DO IMPÉRIO ROMANO DECLÍNIO
E FIM DO IMPÉRIO DO OCIDENTE
Os grande proprietários fundiários tornaram-se
cada vez mais independentes, economicamente, em
relação ao Estado. Tendem a se retirar para suas terras,
onde se desenvolveu uma produção auto-suficiente.
Dessa forma, passaram a exercer as funções que cabiam
ao Estado, como a administração da justiça, e a partir do
final do século IV, se encarregaram da defesa contra os
ataques dos bárbaros. A ligação entre uma grande
propriedade e o poder central do Império resumiu-se na
obrigação de pagar impostos. Começou a se manifestar
um movimento que tornaria a massa rural pobre ainda
mais dependentes dos latifundiários: o “patrocínio”.
Camponês livres, colonos e
até habitantes de aldeias
inteiras se colocavam sob a
proteção – patrocinium –
de uma pessoa influente,
de grande proprietário de
terras poderoso, pagando-a
com produtos agrícolas ou
dinheiro, o que se tornou
uma forma regular de
taxação. Para a monarquia
Imperial, o resultado do
aparato estatal. A pressão
fiscal recaiu então sobre os
setores que ainda pagavam
impostos, o que aumentou ainda mais o
descontentamento geral.
Aqui encontramos a explicação párea o
desinteresse da sociedade romana no império tardio do
Império em relação à sobrevivência do Estado. Já no
início do século V um autor cristão, Orósio, refere-se a
romanos que preferiam viver sobe o domínio dos
bárbaros, nas regiões onde se formariam os estados
germânicos, a sofrer com a pressão do governo romano.
Não se demoraria muito a perceber que o estado Imperial
tornara-se supérfluo, crescendo a indiferença pela sua
manutenção.
Durante o século IV, o sistema estatal romano foi
suficientemente forte para defender sua própria existência
e manter o Império unido, embora, em 395, com a morte
do Imperador Teodósio, o Império foi dividido entre seus
dois filhos: Honório, no Ocidente, e Arcádio, no Oriente.
Essa data de 395 aparece em alguns manuais escolares
como o fim da idade Antiga. Com o reinício das invasões
bárbaras, foi inevitável o declínio do império do Ocidente.
O Estado cada vez mais mostrou-se incapaz de defender
os próprios súditos dos mais favoráveis.
O Império do Oriente, com condições sociais mais
favoráveis, conseguiu sobreviver e dar origem ao Estado
Bizantino, destinado a perdurar até a queda de
Constantinopla, em 1453. As relações entre o Imperador
romano do Oriente e os proprietário de terras eram de
colaboração. A igreja do Oriente, ligada ao Estado,
apoiava-o, assim como o senado de Constantinopla. As
cidades orientais continuavam economicamente estáveis,
o que possibilitava que as ordens de curais pudessem
persistir. Alem disso, a parte oriental ficou menos exposta
aos ataques bárbaros. Todos esses fatores facilitaram a
continuidade do Império Romano do Oriente.
O Império do Ocidente sofreu repetidas incursões
bárbaras culminando, em 410, com a ocupação e o saque
de Roma pelos visigodos de Alarico, fato que teve enorme
impacto entre os romanos. Pela primeira vez em sua
história, Roma era ocupada pelos inimigos (se
desprezarmos o saque gaulês nos primórdios da
República). Em 455, Roma foi saqueada pelos vândalos e
assistiu à formação de reinos bárbaros dentro do território
do Império (na Gália na Espanha e no norte da África). O
fim do sistema político romano no Ocidente é marcado
pela deposição de Rômulo
Augústulo, o último
imperador, pelo chefe
germânico Odoacro. em
476.
Aquilo que
convencionalmente se
costuma qualificar de
passagem da Antiguidade
para a Idade Média não
ocorreu a partir de um
evento específico, como a
divisão do Império por
Teodósio em 395, ou a
derrota de Rômulo
Augústulo, em 476, mas
resultou de uma série de graduais transformações. A
queda do Império Romano do Ocidente representou a
desagregação do quadro político do Estado, cujo aparato
administrativo e militar entrou em colapso no século V. A
organização social da época tardia persistiu, com a
permanência de instituições como o patrocínio e o
colonato. A economia existente no século IV não soh-eu
de imediato uma grande transformação. Ao lado dos
dominadores bárbaros, a velha aristocracia romana de
latifundiários manteve boa parte de seus privilégios. A
força militar dos bárbaros contribuiu para perpetuar a
exploração da massa de colonos, ligando-os
estreitamente à terra e submetendo-os a seus senhores
ou seus bispos.
A Igreja garantiu um mínimo de unidade cultural
no então fragmentado mundo ocidental. A cultura
clássica, tão cara aos homens de letras do século IV,
seria conservada nos livros das bibliotecas dos conventos
e nas escolas bizantinas. A Igreja Católica incorporou
muitos elementos romanos em sua organização e em seu
ritual. Durante séculos, o latim foi não apenas a língua
oficial dos cristãos, mas também a da cultura e das
relações internacionais. Do latim vulgar, falado pelos
soldados e pelo povo, originaram-se os idiomas
neolatinos, inclusive o português.
O legado da civilização romana foi preservado, e
hoje é parte integrante de nossa cultura. Uma das suas
maiores contribuições foi o Direito, que é o fundamento
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das leis dos países ocidentais ainda hoje. A arquitetura e
o urbanismo romanos permaneceram não só nas ruínas
antigas, mas também no traçado das inumeráveis cidades
e estradas. Ao longo do tempo e até nossos dias, os
pensadores, escritores e artistas buscaram inspiração em
temas ligados àquela época. A herança deixada pelo
inundo romano nas artes, na literatura, no pensamento
político, nos sistemas de governo, nas crenças religiosas
e nos valores humanísticos representa um patrimônio
cultural inestimável.
O Baixo Império (Séculos III-V)
Após os Severos, a crise imperial romana foi
aumentando
progressivamente,
iniciando-se um
período de caos e de
invasões, com
governos de exceção.
Esse período da
história de Roma
denominou-se Baixo
Império.
O século III
correspondeu a um
período de anarquia
militar, quando,
simultaneamente,
várias legiões do
exército romano
proclamaram seus
comandantes imperadores, ocasionando conflitos que
afetaram seriamente a produção agrícola, o comércio,
enfim, toda a base da economia imperial. Até a
disponibilidade de mão-de-obra estava afetada, devido ao
fim das conquistas territoriais e da submissão à
escravidão dos povos vencidos. Entre os anos 235 e 284,
houve em Roma 26 imperadores, 25 dos quais morreram
assassinados.
O caos militar, econômico e administrativo
facilitava a invasão de estrangeiros, denominados pelos
romanos de bárbaros, que foram ocupando e dominando,
pacífica ou militarmente, vastos territórios do império.
Alguns imperadores dessa fase, no entanto, se
destacaram: Diocleciano (284-305) dividiu o poder
romano entre quatro generais (tetrarquia) a fim de obter a
paz social. Conseguiu momentaneamente algum sucesso
com o Edito Máximo de 301, o qual estipulava um limite
máximo para preços e salários. Porém, tal medida
provocou o desabastecimento de alimentos e o
surgimento de ágio, contribuindo para o aprofundamento
da crise.
Constantíno (312-337), considerado o último dos
grandes imperadores romanos, publicou, em 313, o Edito
de Milão, concedendo liberdade de culto aos cristãos,
reconhecendo assim a força do cristianismo entre os
súditos do império em várias de suas regiões.
Ainda sob o seu reinado, foram aprovadas as
bases da doutrina da nova Igreja, por meio do Concílio de
Nicéia, ocorrido em 325, que teve a participação do
imperador.
Constantino fundou, ainda, a cidade de Bizâncio,
considerada a segunda Roma, que passou a se chamar
Constantinopla (hoje Istambul). Visando maior proteção
da fronteira leste do Império Romano, essa cidade
assumiu a função de capital oriental do império.
Para reorganizar a produção agrícola, que sofria
com a falta de mão-de-obra escrava, Constantino
decretou a Lei do Colonato (332). Essa medida obrigava
o trabalhador rural a permanescer nas grandes
propriedades como colonos. A lei fixava o homem à terra,
tendo o grande tranbalho escravo pelo trabalho servil.
Entretanto, as medidas de Constantino foram
insuficiente para pôr fim à séria críse pela qual passava a
economia romana. Os constantes ataques bárbaros e
inúmeras outras dificuldades levaram as propriedades
rurais a produzirem somente o necessário para seu
consumo, convertendo-se em unidade auto-suficientes.
Constituía-se, assim, lentamente uma nova ordem
econômica.
Depois de Constantino, acentuou-se a
decadência romana. Com Teodósio (379 – 395),
promoveu-se a definitiva divisão do Império Romano: o
do Ocidente, com capital em Roma, ficou a cargo de
Honório, enquanto o do Oriente, com capital em
Constantinopla, foi atribuido a Arcádio. Teodósio ainda fez
do cristianismo a religião oficial do império.
O processo expansionista dos bárbaros
determinou o fim do Império Romano do Ocidente em
476, quando a tribo dos hérulos, chefiada por Odoacro,
derrubou Rômulço Augusto do trono imperial romano. No
Oriente, porém o império manteve-se até 1453, quando
sua capital, constantinopla, foi tomada pelos turcos
otomanos.
"Escultura simbolizando a Tetrarquia"
O Império Romano e os Barbaros

COPYRIGHTDEVIDO AO AUTOR DO TEXTO.

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