domingo, 13 de junho de 2010

1076 - ORIGEM DAS UNIVERSIDADES

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A origem da universidadeResumo do Livro por:ClaudiaMariadeAlmeidaCarvalho Autor : Claudia Maria de Almeida Carvalho Summary rating: 2 stars (41 Avaliações) Visitas : 5318 Palavras:900
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Na Grécia, no século V a.C., aparecem os primeiros professores, profissionais e remunerados, do ensino superior, embora não mantivessem escolas como instituições. Seu método poderia ser definido como um preceptorado coletivo, por se incumbirem da formação completa dos jovens que lhes eram confiados.
No próximo século, a educação grega passa a supor um conjunto complexo de estudos com curso de retórica, filosofia e medicina.
Os romanos incorporaram a educação grega. O curso superior tratava basicamente da oratória. A originalidade do ensino latino foi oferecer a carreira jurídica, e sua importância foi a de ter difundido o ensino grego.
Com o advento do cristianismo, as escolas leigas foram substituídas pelas religiosas, que se tornam um único instrumento de aquisição e transmissão de cultura. No século VI d.C. na Europa continental, todo ensino era ministrado pela Igreja Católica.
A Universidade é o resultado de uma longa preparação que vai do século VII ao século XII, como corporação constituída juridicamente dos mestres e discípulos, programas estabelecidos, cursos regulares e com graus acadêmicos.
O pensamento cristão foi um esforço generalizado para recuperar, conservar, incorporar e assimilar os valores morais, políticos, jurídicos, literários e artísticos do mundo criado pela Grécia e por Roma.
O ensino era transmitido na língua litúrgica da cristandade. Mas esse caráter canônico não demorou a provocar revolta entre alunos e professores: reivindicaram um debate mais aberto e mais fundamentado sobre aquelas ‘novas’ teorias dos antigos gregos, procuraram organizar-se e libertar-se da supervisão rígida dos diretores eclesiásticos.
Percebendo as vantagens do corporativismo: influência nas economias nacionais, independência face aos princípios etc., estudantes e professores seguiram o mesmo caminho. Corporações estudantis, denominadas ‘universidades’, organizaram-se independentes do rei e do bispo. O papa Inocêncio III (1161-1216), que buscava maior prestígio, em detrimento de igrejas e soberanos nacionais, apoiou as universidades.
em 1229, ocorreu a primeira greve estudantil da história. A independência da universidade foi reconhecida na França por São Luís e Branca de Castella. Luta semelhante desenvolveu-se na Inglaterra, na Universidade de Oxford, levando o rei Henrique III a concordar com a autonomia universitária, em 1240.
As universidades conseguiram direito à greve, monopólio dos exames, atribuição de graus, diplomas, autonomia jurídica e possibilidade de apelar diretamente ao papa.
Acredita-se que a mais antiga universidade seja a de Salerno, que no século X já dispunha de uma escola de medicina. Com ela rivalizam em antiguidade as de Paris e Bolonha, seguidas pelas de Oxford, Cambridge, Montpellier, Salamanca, Roma e Nápoles. Na Alemanha, no século XV surgem Hcidelberg e Colônia.
A Universidade emergiu da exigência de vida em comum daqueles que, como mestres e aprendizes, dedicavam-se às ciências e à vida intelectual. Na origem da universidade estava a transição da humanidade de uma etapa para a outra: da vida rural para a vida urbana, do pensamento dogmático para o racionalismo, do mundo eterno e espiritual para o mundo temporal e terreno, da Idade Média para a Renascença. A universidade é filha da transição e elemento dos novos tempos e de novo paradigma.
Por muitos séculos, os grandes avanços do conhecimento foram realizados no trabalho universitário, ou em torno dele.
A primeira universidade brasileira foi criada no Rio de Janeiro, em 1920, pelo então presidente da República, Epitácio Pessoa. Fundou-a para perpetuar, dentro da nova entidade, os usos e costumes dos cursos isolados que viriam a lhe dar origem. Porque, na verdade, o governo juntou vários institutos isolados, numa soma mecânica e não integrativa, e sobre todo o conjunto colocou uma reitoria, como órgão de comando.
Novas criações surgiram:
- Ministério da Educação e Saúde;
- Estatuto das Universidades Brasileiras. A universidade poderia pública (federal, estadual ou municipal) ou livre (particular), deveria incluir três dos seguintes cursos Direito, Medicina, Engenharia, Educação, Ciências e Letras que seriam ligadas, por meio de uma reitoria, por vínculos administrativos, mantendo a autonomia jurídica.
- “Lei da equivalência”, equiparou os cursos médios técnicos aos acadêmicos, possibilitando aos alunos, os mesmos direitos de prestarem vestibular para qualquer curso universitário, um privilégio, que antes, era exclusivo dos portadores de diplomas dos cursos médios acadêmicos.
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (1961) reforçou o modelo tradicional de instituições de ensino superior vigente no país.
Um processo de modernização sistêmica só tem lugar no início dos anos 1990, quando, então, os empresários e o governo brasileiros voltam sua atenção para a educação, em todos seus níveis.
A evolução da universidade passou por quatro momentos: até 1950, a universidade era inexistente ou incipiente, na próxima década, cresceu em todos os sentidos: número de instituições, de alunos, de professores, durante os anos 70, a universidade assumiu o papel de instituição de pesquisa, principalmente as universidades públicas, professores passaram a ter carreira acadêmica, pós-graduação, salários bem melhores que no período anterior, foram construídos prédios, surgiram laboratórios e bibliotecas. De 1980 em diante iniciou-se o processo de degradação: cursos reduzidos, energia dos professores canalizada para obter recursos e evitar a degradação dos salários, através de greves, que nem sempre levaram ao resultado desejado.
A universidade deve estar comprometida com a qualidade de formação intelectual de seus alunos, com a produção científica, artística, filosófica e tecnológica e com o atendimento às necessidades, aos anseios e às expectativas da sociedade, formando profissionais técnica e politicamente competentes, desenvolvendo soluções para problemas locais, regionais e nacionais.
A história da universidade é de heroísmo, de períodos longos de submissão e subserviência, que serve para ilustrar, orientar, criticar e engrandecer a função acadêmica.
Publicado em: junho 19, 2007
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A origem da universidade

Resumo escrito:ClaudiaMariadeAlmeidaCarvalho
Na Grécia, no século V a.C., aparecem os primeiros professores, profissionais e remunerados, do ensino superior, embora não mantivessem escolas como instituições. Seu método poderia ser definido como um preceptorado coletivo, por se incumbirem da formação completa dos jovens que lhes eram confiados.
No próximo século, a educação grega passa a supor um conjunto complexo de estudos com curso de retórica, filosofia e medicina.
Os romanos incorporaram a educação grega. O curso superior tratava basicamente da oratória. A originalidade do ensino latino foi oferecer a carreira jurídica, e sua importância foi a de ter difundido o ensino grego.
Com o advento do cristianismo, as escolas leigas foram substituídas pelas religiosas, que se tornam um único instrumento de aquisição e transmissão de cultura. No século VI d.C. na Europa continental, todo ensino era ministrado pela Igreja Católica.
A Universidade é o resultado de uma longa preparação que vai do século VII ao século XII, como corporação constituída juridicamente dos mestres e discípulos, programas estabelecidos, cursos regulares e com graus acadêmicos.
O pensamento cristão foi um esforço generalizado para recuperar, conservar, incorporar e assimilar os valores morais, políticos, jurídicos, literários e artísticos do mundo criado pela Grécia e por Roma.
O ensino era transmitido na língua litúrgica da cristandade. Mas esse caráter canônico não demorou a provocar revolta entre alunos e professores: reivindicaram um debate mais aberto e mais fundamentado sobre aquelas ‘novas’ teorias dos antigos gregos, procuraram organizar-se e libertar-se da supervisão rígida dos diretores eclesiásticos.
Percebendo as vantagens do corporativismo: influência nas economias nacionais, independência face aos princípios etc., estudantes e professores seguiram o mesmo caminho. Corporações estudantis, denominadas ‘universidades’, organizaram-se independentes do rei e do bispo. O papa Inocêncio III (1161-1216), que buscava maior prestígio, em detrimento de igrejas e soberanos nacionais, apoiou as universidades.
em 1229, ocorreu a primeira greve estudantil da história. A independência da universidade foi reconhecida na França por São Luís e Branca de Castella. Luta semelhante desenvolveu-se na Inglaterra, na Universidade de Oxford, levando o rei Henrique III a concordar com a autonomia universitária, em 1240.
As universidades conseguiram direito à greve, monopólio dos exames, atribuição de graus, diplomas, autonomia jurídica e possibilidade de apelar diretamente ao papa.
Acredita-se que a mais antiga universidade seja a de Salerno, que no século X já dispunha de uma escola de medicina. Com ela rivalizam em antiguidade as de Paris e Bolonha, seguidas pelas de Oxford, Cambridge, Montpellier, Salamanca, Roma e Nápoles. Na Alemanha, no século XV surgem Hcidelberg e Colônia.
A Universidade emergiu da exigência de vida em comum daqueles que, como mestres e aprendizes, dedicavam-se às ciências e à vida intelectual. Na origem da universidade estava a transição da humanidade de uma etapa para a outra: da vida rural para a vida urbana, do pensamento dogmático para o racionalismo, do mundo eterno e espiritual para o mundo temporal e terreno, da Idade Média para a Renascença. A universidade é filha da transição e elemento dos novos tempos e de novo paradigma.
Por muitos séculos, os grandes avanços do conhecimento foram realizados no trabalho universitário, ou em torno dele.
A primeira universidade brasileira foi criada no Rio de Janeiro, em 1920, pelo então presidente da República, Epitácio Pessoa. Fundou-a para perpetuar, dentro da nova entidade, os usos e costumes dos cursos isolados que viriam a lhe dar origem. Porque, na verdade, o governo juntou vários institutos isolados, numa soma mecânica e não integrativa, e sobre todo o conjunto colocou uma reitoria, como órgão de comando.
Novas criações surgiram:
- Ministério da Educação e Saúde;
- Estatuto das Universidades Brasileiras. A universidade poderia pública (federal, estadual ou municipal) ou livre (particular), deveria incluir três dos seguintes cursos Direito, Medicina, Engenharia, Educação, Ciências e Letras que seriam ligadas, por meio de uma reitoria, por vínculos administrativos, mantendo a autonomia jurídica.
- “Lei da equivalência”, equiparou os cursos médios técnicos aos acadêmicos, possibilitando aos alunos, os mesmos direitos de prestarem vestibular para qualquer curso universitário, um privilégio, que antes, era exclusivo dos portadores de diplomas dos cursos médios acadêmicos.
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (1961) reforçou o modelo tradicional de instituições de ensino superior vigente no país.
Um processo de modernização sistêmica só tem lugar no início dos anos 1990, quando, então, os empresários e o governo brasileiros voltam sua atenção para a educação, em todos seus níveis.
A evolução da universidade passou por quatro momentos: até 1950, a universidade era inexistente ou incipiente, na próxima década, cresceu em todos os sentidos: número de instituições, de alunos, de professores, durante os anos 70, a universidade assumiu o papel de instituição de pesquisa, principalmente as universidades públicas, professores passaram a ter carreira acadêmica, pós-graduação, salários bem melhores que no período anterior, foram construídos prédios, surgiram laboratórios e bibliotecas. De 1980 em diante iniciou-se o processo de degradação: cursos reduzidos, energia dos professores canalizada para obter recursos e evitar a degradação dos salários, através de greves, que nem sempre levaram ao resultado desejado.
A universidade deve estar comprometida com a qualidade de formação intelectual de seus alunos, com a produção científica, artística, filosófica e tecnológica e com o atendimento às necessidades, aos anseios e às expectativas da sociedade, formando profissionais técnica e politicamente competentes, desenvolvendo soluções para problemas locais, regionais e nacionais.
A história da universidade é de heroísmo, de períodos longos de submissão e subserviência, que serve para ilustrar, orientar, criticar e engrandecer a função acadêmica.
A origem da universidade Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/humanities/1619974-origem-da-universidade/
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